tag:blogger.com,1999:blog-5198415934452358092.post6101142845839271846..comments2023-10-17T12:05:18.770+01:00Comments on Lisboa - Jerusalém: O abraço do ursoDLhttp://www.blogger.com/profile/13132688988793025457noreply@blogger.comBlogger6125tag:blogger.com,1999:blog-5198415934452358092.post-23762437783418811852010-01-04T23:27:53.353+00:002010-01-04T23:27:53.353+00:00Levy,
se fosse a Livni a Primeira-Ministra acha q...Levy,<br /><br />se fosse a Livni a Primeira-Ministra acha que ela ia dividir o poder pelos seus Ministros? O Primeiro-Ministro Israelita concentra em si os poderes tal como concentra o Eng. Socrates, Zapatero, Gordon Brown, Berlusconi. É a ordem natural das coisas.<br /><br />A diferença é que em Israel existem sempre governos de coligação que contam com um grande número de partidos, o que pode enfraquecer o executivo, pela grande dispersidade de politicas defendidas. Para ultrapassar este problema, tem que existir um PM mais forte e que se consiga impor no seio da coligação, caso contrário o país não é governável. Gostava de o ver a defender um PM Israelita forte, porque de quedas de governo está Israel farto (e de PMs fracos também, vejamos Olmert). É precisa estabilidade e é preciso que Netanyahu governe.<br /><br />O que é que o facto de ter sido a mais votada a impede de entrar no Governo, algo que até foi defendido por muitos dos seus companheiros de partido? Só o radicalismo, o virar costas aos Israelitas, a incapacidade de dialogar e a necessidade de se demarcar e diferenciar do Likud justifica esta posição de Livni. Até Barak, que possui diferenças bem mais vincadas com Netanyahu teve a capacidade de reconhecer que os interesses de Israel estão acima de qualquer tipo de partidarismos. Livni pelos vistos não e está a ser castigada.Renato Bentohttps://www.blogger.com/profile/04358977468273445431noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5198415934452358092.post-47170377864553122032009-12-28T12:04:52.707+00:002009-12-28T12:04:52.707+00:00Caro amigo, obrigado pelos esclarecimentos. É semp...Caro amigo, obrigado pelos esclarecimentos. É sempre bom saber como funcionam as coisas efectivamente. Tinha alguns conhecimentos, mas fico mais enriquecido neste campo.Cirrushttps://www.blogger.com/profile/07972580559618648318noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5198415934452358092.post-1365698829764624352009-12-28T02:11:54.995+00:002009-12-28T02:11:54.995+00:00@ Cirrus
Não sei se por lei existe uma obrigatori...@ Cirrus<br /><br />Não sei se por lei existe uma obrigatoriedade de ter a maioria na Knesset, mas julgo que sim, pois na prática ela acontece sempre. Cada governo só é formado depois de obter o apoio de 61 dos 120 deputados.<br /><br />O sistema eleitoral israelita é caso único no mundo, pois é altamente proporcional, funcionando apenas com um círculo nacional. Há apenas uma clausula que exige que cada partido obtenha pelo menos 1,5% dos votos para obter assentos. Este sistema tem pulverizado os mandatos, a ponto de surgirem a desaparecerem partidos constantemente. Os partidos que surgem quase nunca têm representatividade, é o caso do Partido dos pássaros e do Partido dos taxistas, que já desapareceram e eram do domínio da anedota. Mas outros, como o Shinui e o Gil, apareceram tiveram muitos votos e depois desapareceram.<br />De início (década de 40,50 e 60) a governabilidade era relativamente fácil, pois o maior partido, o Mapai (embrião do Trabalhista), era dominante à esquerda com votações em torno dos 50 deputados. Bastava coligar.se com 1 partido mais pequeno de esquerda ou de direita e o governo esta feito. Na direita o maior partido era o Herut com votações na casa dos 10%.<br />Com o passar do tempo, quer a esquerda, quer a direita reorganizaram-se: a esquerda juntou-se em torno do Mapai, e formou o Partido Trabalhista, que liderou todos os governos entre 1948 e 1977. Na direita surgiu o Likud, que polarizou este campo eleitoral. Nas décadas de 70 e 80, estes 2 partidos tinham 75% dos lugares. O problema da governabilidade começou com a erosão do partido trabalhista e mais tarde do Likud. Os governos a partir da década de 90 começaram a ser mais difíceis de formar. Com a cisão no Likud, e o surgimento do Kadima a situação não se alterou, tendo estes 2 partidos apenas 55 dos 120 lugares, o que deixa a formação de maiorias nas mãos de partidos mais pequenos.<br />Se extrapolássemos a situação para o nosso país, poderíamos dizer que o Likud equivaleria ao CDS, o Kadima ao PSD, o Trabalhista ao PS, e Meretz ao BE e o Hadash ao PCP. Os dois últimos são residuais, e o trabalhista em declínio.<br /><br />Em relação a Portugal, é verdade o que diz, se Sócrates se demitir, o PR pode pedir que se encontre outra solução na ARDLhttps://www.blogger.com/profile/13132688988793025457noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5198415934452358092.post-67559052899188448182009-12-28T01:06:02.383+00:002009-12-28T01:06:02.383+00:00Devo então entender que a solução para formar gove...Devo então entender que a solução para formar governo passa sempre por uma maioria absoluta ou pode formar-se governo com uma maioria relativa?<br /><br />É uma situação que pode acontecer em Portugal. Se Sócrates se recusar a governar, poderá ser solução para o Cavaco nomear um governo saído do segundo partido mais votado. Obviamente, poderiam haver situações de coligação com o CDS, por exemplo, que fortaleceriam este via. É legal e realmente pode acontecer.<br /><br />Isto salvaguardando as distâncias entre Sócrates e Livni, claro...<br /><br />Mas cada vez mais se vê isso, meu caro. E não sei, dadas as circunstâncias, que resultado desta guerra entre a religião e o secularismo poderemos esperar. Espero não regressarmos a situações obscurantistas do passado, mas temo pela sociedade que assim decidir. Sigo com muita atenção a situação no Irão. Parece que há uma batalha dessa guerra a decorrer.Cirrushttps://www.blogger.com/profile/07972580559618648318noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5198415934452358092.post-61814200320091033672009-12-28T00:32:18.818+00:002009-12-28T00:32:18.818+00:00@ Cirrus
Ela ganhou de facto as eleições, o Kadim...@ Cirrus<br /><br />Ela ganhou de facto as eleições, o Kadima teve 28 deputados contra 27 do Likud. Netanyahu formou governo, porque consegui formar uma coligação (para o governo ter 61 dos 120 deputados). Coisa que Livni não conseguiu, porque se recusou sempre a sentar-se no mesmo governo que o Ysrael Beitenu (de Lieberman) e não quis ceder às extorsões constantes dos ortodoxos sefarditas do Shas. Este partido é especialista em extorquir o Orçamento de Estado a troco de votos. Livni pagou um preço alto pela sua seriedade e decência: passou à oposição. Já a Ehud Barak do Partido Trabalhista não lhe faz confusão nenhuma estar num governo com a extrema-direita e com os religiosos. Opções...<br /><br />Receio no entanto que Livni não resista aos efeitos da gravidade que no espectro político em Israel estão cada vez mais à direita. No futuro o conflito deixará de ser direita contra esquerda, e será de seculares contra religiosos. A liderar o sector laico da direita aparecerá Lieberman, que apesar de todos os defeitos que lhe colocam em cima, é um laico, favorável a 2 estados e ao casamento civil, só para lhe dar um exemplo.DLhttps://www.blogger.com/profile/13132688988793025457noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5198415934452358092.post-46202674848030456902009-12-28T00:07:06.061+00:002009-12-28T00:07:06.061+00:00É uma proposta diria eu, indecorosa. Claro que Liv...É uma proposta diria eu, indecorosa. Claro que Livni não deve aceitar e deve, isso sim, cerrar fileiras na oposição. A sua oportunidade vai chegar.<br /><br />Já agora, admito a minha desatenção. Na altura, ouvi que Livni tinha ganho as eleições. Como é que Netanyahu se tornou PM?Cirrushttps://www.blogger.com/profile/07972580559618648318noreply@blogger.com