domingo, 30 de agosto de 2009

Olmert acusado

O antigo primeiro-ministro israelita Ehud Olmert foi hoje acusado de fraude, quebra de confiança e rendimentos não declarados.
Depois da demissão, na qual jurou a pés juntos estar inocente, veio agora a acusação. O procurador-geral, Eli Abarbanel, acusou Olmert em três casos, todos eles referentes ao tempo em que ainda não era chefe de governo. Foi a segunda vez que um primeiro-ministro em Israel foi forçado a demitir-se por questões legais. A primeira havia sido em 1977, com Itzhak Rabin, que se demitiu por possuir juntamente com sua mulher, Leah Rabin, uma conta não autorizada no estrangeiro. Facto ilegal na altura. Para além dos dois primeiros-ministros, também um presidente já foi afastado: Moshé Katsav, na sequência de um escândalo sexual.
Segundo o procurador que o acusa, Olmert recebeu financiamentos ilegais para a sua campanha eleitoral, cobrou bilhetes de avião a dobrar ao Ministério da Industria e colocou pessoas do seu conhecimento no Centro de Investimentos. Jobs for the boys, portanto.
Recorde-se que Olmert se demitiu há um ano por estar a ser investigado. Facto que atesta a fiabilidade do sistema judicial, pois não só a investigação foi credível o suficiente para afastar Olmert, como é agora sustentada por uma acusação que não levou uma eternidade a ser proferida.

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