sábado, 31 de julho de 2010

Por esta é que ninguém esperava

Albino Almeida surgiu hoje a  apoiar a proposta da ministra da educação de acabar com os chumbos.
Para  justificar o largo e entusiástico  apoio, o Líder-Vitalício da Confap argumenta com  poupanças de 600 milhões de euros/ano - que é o número que os socialistas inventaram para custear os chumbos - e puxa dos galões do eduquês, explicando que a medida "é a maior reforma que pode ser anunciada em educação no nosso país, porque implica um outro conceito de escola. Uma escola que dá condições de trabalho aos professores e aos alunos para que as retenções sejam eliminadas. Sem muito trabalho não é possível chegar lá”.
Em relação aos gastos a justificação é no mínimo esfarrapada: se  a Confap estivesse realmente preocupada com as despesas inúteis, prescindiria da sua generosa avença, uma vez que é uma  gastadora líquida do Ministério da Educação.
Quanto aos argumentos pedagógicos também são um bocado coiso: então acabar os chumbos dará mais condições de trabalho aos professores e aos alunos e fará com que todos trabalhem imenso? Sim. Será mais trabalhoso passar os alunos todos, do que essa chatice de chumbar alguns e ter de justificar muito bem  porque é que chumbaram. E será também  incomparavelmente mais laborioso não fazer nenhum, do que estudar alguma coisa para passar de ano. Aliás, só de saberem que já não chumbam, os alunos vão pôr-se imediatamente a estudar. Confuso? Não. O discurso totalitário em que vivem os socialistas é um discurso ao contrário. Se eles dizem que dará muito trabalho, é porque não dará trabalho nenhum, se eles eles dizem que é bom, é porque é mau, e se Albino Almeida gosta de uma medida, é porque ela não presta. 

O método Valter Lemos

Quem será o Valter Lemos da RTP?

Abriu a caça à raposa

Em entrevista ao Expresso a ministra da educação, Isabel Alçada, manifestou a intenção de acabar com os "chumbos". As antigas "raposas", como eram conhecidas as repetências de ano, têm os dias contados. O penúltimo tijolo do edifício da Escola Socialista está assim quase colocado.  Depois deste faltará apenas o do professor generalista, aquele que "ensinará" tudo, mas que se suspeita que não saberá nada.
Com o fim das "raposas",  será dado um importante passo no caminho da mediocridade total.  Professores e  alunos terão aqui um importante incentivo para baixar os braços. Os docentes porque quer ensinem bem ou não, não fará diferença, o sucesso dos alunos está garantido, e não serão uns exames pontuais que irão borrar a estatística. Os alunos pelo motivo óbvio de que não será necessário qualquer esforço para obterem  um percurso escolar coroado de êxitos.
Assim, feito o convite ao laxismo completo e aberta a porta ao facilitismo mais desbragado, espera-se que acabem finalmente os planos da treta de recuperação & afins, e também os projectos show off disto e daquilo. Espera-se, mas com os socialistas nunca se sabe, visto que há sempre o risco de  as iluminárias do eduquês inventarem mais umas milhentas papeladas para se fingir que se ensina alguma coisa aos alunos que pura e simplesmente não querem estudar.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Música de Israel

Maya Avraham, Ein li od makom

A resposta do Hamas à Liga Árabe

Depois de ontem os ministros dos negócios estrangeiros da Liga Árabe terem exortado o Presidente da Autoridade Palestiniana a encetar negociações directas com Israel, hoje o Hamas mostrou o que pensa das conversas com os israelitas: um míssil foi disparado da Faixa de Gaza e explodiu numa área residencial da cidade de Ashkelon. O foguete, de tipo Grad, causou o pânico na zona,  prejuízos materiais,  e foi disparado com o intuito de causar mortes, pois Ashkelon é uma cidade de  média dimensão  (112 mil habitantes). A Força Aérea Israelita fez entretanto um ataque de retaliação contra a Faixa de Gaza que terá causado 12 feridos.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

O travestismo chegou ao Afeganistão

Não deixa de ser curioso ver, num país cheio de machistas, homens vestidos de mulher. Seja no Carnaval em Portugal, seja no Afeganistão com uma roupa daquelas, há sempre uns moralistas que não resistem a usar um toque feminino.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Quanto pior, melhor

O Presidente da Autoridade Palestiniana dirá amanhã na conferência da Liga Árabe que não se justifica o início de negociações directas com Israel, uma vez que não há nada de novo nas posições israelitas. Abbas segue assim a cartilha do costume: sempre que Israel cede em algum aspecto, os palestinianos fazem outra exigência e recusam o dialogo.
Está quase a terminar o período de congelamento de construções na Judeia e na Samaria, e verifica-se que essa cedência unilateral por parte dos israelitas não trouxe qualquer avanço no processo de paz. Tal deve-se em grande parte às posições radicais dos líderes da AP, que apesar de estarem em posição de fraqueza relativamente a Israel e de representarem um povo sem pátria, preferem enveredar pelo caminho do impasse permanente.
A AP e o Hamas estão apostados em protelar ao máximo a criação de um estado palestiniano  independente e em reforçar aqueles que em Israel se lhe opõem. Só desta maneira conseguem manter a confortável posição que adquiriram ao longo dos tempos: carpir um estado, mas não ter a responsabilidade de o governar.  A velha táctica do quanto pior, melhor.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Israel do passado

Rua Gabirol, Tel Aviv, década de 50

segunda-feira, 26 de julho de 2010

O luxo

Depois da piscina olímpica, do hotel de luxo, do centro comercial de luxo, e dos restaurantes de luxo,  ficou-se a saber que a Faixa de Gaza também tem um centro cultural de luxo. O espaço, de nome Al Mat-haf, é  mais um equipamento ao dispor dos inúmeros visitantes do território. Outra coisa não seria de esperar, pois o sector turístico é dominado por delegações da extrema-esquerda palestinianista europeia, do PNUD, da UNICEF e da UNRWA, que como se sabe são constituídas por pessoas requintadas e habituadas a um nível de vida superior. De outra forma não conseguiriam relatar ao mundo os horrores da vida em Gaza.



sexta-feira, 23 de julho de 2010

A Câmara do Barreiro pisca o olho à "direita" e governa contra os trabalhadores

A Câmara Municipal do Barreiro vai cortar no pessoal e nas fotocópias para conter despesas. O plano de contenção ontem apresentado pelo líder do executivo, Carlos Humberto, também inclui reduções "significativas" nos custos com as habituais festas da cidade, que decorrem em Agosto.
A notícia não teria qualquer significado não fosse o detalhe de se tratar de uma autarquia do PCP, um partido cujo discurso oficial assenta na defesa dos pobres e dos oprimidos, na denúncia dos ataques aos trabalhadores e aos direitos adquiridos, e na diabolização de qualquer medida que implique cortes, reduções ou racionalizações
O Barreiro é aliás um bom exemplo do que é uma governação comunista. A Câmara, que é controlada pelo partido desde o 25 de Abril,  não só reduz no pessoal menor, como desenvolve uma activa política de cunhas partidárias admissão de pessoal maior que tem permitido absorver os mais valorosos quadros da cidade, alguns acabadinhos de sair da JCP faculdade.  Paralelamente tem-se pautado por  uma gestão ruinosa do concelho que o tem conduzido a um definhamento continuo e a um atraso significativo, mesmo quando comparado com municípios vizinhos. A demonstrá-lo estão as zonas sem estradas alcatroadas e sem rede de esgotos que ainda possui. Nada que incomode o partido dos trabalhadores & do bem estar das populações. Nem isso, nem os funcionários da Câmara agora "cortados", que não terão boa imprensa e muito menos um sindicato que os defenda.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Ha'aretz

Haifa ao pôr-do-Sol (clique na imagem para ampliar).

Salónica - Auschwitz - Tel Aviv: as lembranças de Shmuel Naar


Shmuel Naar, de 84 anos, residente em Tel Aviv, é o único sobrevivente de uma extensa família de judeus de Salónica, Grecia. Todos os seus parentes foram assinados pelos nazis. Naar relata a sua experiência e fala das  convicções que o ajudaram a sobreviver e a chegar de forma clandestina a Israel. 
Encontrado no Galiza - Israel

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Cratera orçamental aumenta, cortinas de fumo também

O novo governo socialista ficou hoje a saber os resultados da execução orçamental do primeiro semestre completo sob sua gestão. Como de costume a despesa subiu  mais do que a receita, 4,3% contra 3,5%. O resultado é também o do costume: o défice cresceu 462 milhões de euros, para os 7763 milhões. 
Seria uma péssima notícia para o PS, uma vez que já se aprovaram vários PEC's e um Orçamento de Estado. Mas não: com o país político entretido a discutir uma alegada proposta de revisão constitucional do PSD, baseada em notícias de jornal, o défice pode subir para níveis estratosféricos que ninguém vai reparar. Pelo contrário, José Sócrates ainda consegue aparecer aos olhos dos portugueses como o salvador do "Estado-Social". Jeito aliás não lhe falta, a julgar pelos sucessivos aumentos da despesa que consegue. 
Por este andar, e com este primeiro-ministro, Portugal chegará ao Natal com uma  enorme cratera nas contas do Estado. Mas não é nada que incomode um Governo em campanha eleitoral, porque alguém se lembrará de lançar mais um tema "fracturante" para discussão pública. Depois do casamento gay e da revisão da Constituição, em pleno Inverno pode-se sempre discutir a mudança da hora, ou a alteração do fuso horário da Madeira.

Música de Israel

Ilanit, Eretz, Eretz, Eretz, um clássico.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Economia israelita cresce 3,4%

Segundo  relatório do HaLishka HaMerkazit LiStatistika (Bureau Central de Estatística) a economia israelita desacelerou no 1º trimestre de 2010, atingindo uma taxa de crescimento de 3,4%. O resultado obtido foi menor do que a previsão de 3,6% do Banco de Israel e ficou abaixo dos 4,5% de crescimento do 4º trimestre de 2009. 
Na desagregação por sectores, verificou-se um aumento de 4,4% do consumo privado, de 4,1% no consumo público,  de 3,1% nas exportações, e de 2,4% nas importações. O investimento subiu 1,3%. 
Este abrandamento do crescimento económico interrompe o ciclo de subida das taxas de juro, iniciado no final do ano passado, e estabiliza a taxa directora nos 1,75%.
Recorde-se que o Banco de Israel foi o primeiro a nível mundial a aumentar as taxas de juro, porque a economia israelita foi também a primeira a sair da recessão de 2009.

sábado, 17 de julho de 2010

Israel do passado

Estrada para Eilat, deserto do Negev, 1977

sexta-feira, 16 de julho de 2010

O problema é que o Governo só funciona até que acabe o dinheiro dos contribuintes

A promessa emblemática dos socialistas, de dar um cheque de 200 euros a cada bebé que nascesse, afinal já não vai ser cumprida este ano em virtude das circunstâncias financeiras do país. Melhor exemplo não podia haver para demonstrar em que consiste a diarreia propagandista do governo: promessas de "ofertas" de cheques, computadores e brindes, que depois não se concretizam. A culpa é da realidade financeira do país, essa malvada, que insiste em não se adaptar às promessas e ao discurso distributivo do PS.
Cumpre-se mais uma vez a velha máxima de lady Thatcher: o grande problema do socialismo é que só funciona até que se acabe o dinheiro dos outros.

Jabotinsky

Na semana em que se assinalam os 70 anos da morte de Ze'ev Jabotinsky, o jornal Yedioth Ahronoth revela  que o líder revisionista concebeu um plano para matar Adolf Hitler. 
Esta revelação permite acrescentar alguma informação acerca de uma figura controversa, mas relativamente desconhecida fora do movimento sionista. Tal não deve ser alheio ao facto de Jabotinsky ter sido o pai do sionismo revisionista,  oposto ao sionismo trabalhista que dominou largamente a vida política em Israel nos anos que se seguiram à fundação do Estado.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

O que dizem os outros - Vale a pena ler o 'Avante!'

Albano Nunes, o eterno responsável pelo sector internacional do partido, mostra-se preocupado com a "escalada contra o Irão e a RPD da Coreia [do Norte]", revelando assim quais os modelos que servem de referência ao PCP. A monarquia vermelha e os aiatolás.
O Irão dos enforcamentos e das lapidações é, aliás, uma autêntica obsessão para o Avante! Que dedica uma das suas cabeças de página às "provas apresentadas" pelo Governo de Teerão sobre o suposto "sequestro" de um cientista iraniano pela CIA.
Na permanente dicotomia entre anjos e demónios que molda o imaginário dos comunistas, se o Irão é bom, quem será o mau? Obviamente, o inquilino da Casa Branca. Henrique Custódio, analista do jornal, descobre com inegável argúcia que Barack Obama e George W. Bush são "farinha do mesmo saco". De resto, lê-se numa 'breve', os EUA são tão tirânicos que "invadiram" Porto Rico em 1989, ocupando desde então este país independente. Maldito imperialismo.
Continue a ler no Delito de Opinião.

terça-feira, 13 de julho de 2010

O que diria o ministro se o rating tivesse melhorado?

O Ministério das Finanças sublinhou hoje que apesar do corte no rating da dívida pública portuguesa, a Moody’s deu um sinal “de confiança” na estratégia de política económica do Governo português. 
Estas declarações patéticas não são de estranhar, tendo em conta o nível de delírio e a enorme cara-de-pau que dominam o Governo. Um dia quando alguém escrever a história do consulado Sócrates, terá de estudar e explicar muito bem os motivos que permitiram a um país inteiro manter esta gente no Governo durante 15 anos.

Campeão da propaganda

O país campeão do crescimento económico, nas palavras do propagandista José Sócrates, crescerá uns anémicos 0,2% em 2011. O pior desempenho da Europa toda. Para não fugir à regra, quando as notícias são más quem dá a cara pelo Governo é o ministro das Finanças, porque do primeiro-ministro nem vestígios.

Israel commercial - Pelephone

O menino vende as famosas sufganiyot,  uma espécie de bolas de Berlim, bastante consumidas em Israel durante o Hanukkah. O som é dos Eurythmics.

sábado, 10 de julho de 2010

Ha'aretz

Mar da Galileia e Vale do Jordão (clique na imagem para ampliar).

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Grandes pérolas da burocracia socialista: a bicicleta e outros modos de transporte suaves

Neste momento  não há um único aspecto da vida portuguesa que não tenha sido objecto de regulação por parte do Governo do PS. Todos os assuntos já foram contemplados com um despacho, um decreto-regulamentar, uma lei, ou uma portaria.
Esta forma de governar tem sido o triplo jackpot dos socialistas, pois não só conseguem atingir o objectivo de tornar Portugal uma sociedade socialista, como ainda ocupam a boyzada  instalada no aparelho de Estado e criam novos lugares para os que ainda lá não estão. Exemplo de tudo isto é o despacho número 11125/2010, que cria um grupo de trabalho interministerial com o objectivo de elaborar e apresentar um Plano Nacional de Promoção da Bicicleta e Outros Modos de Transporte Suaves.
É impressionante que um governo consiga produzir mais de 11 mil despachos em apenas 6 meses, mas o que é verdadeiramente pavoroso é a forma como são redigidos. A linguagem utilizada é  invariavelmente uma linguagem palavrosa, muito ao estilo socialista, e que dá a impressão que se está a legislar para criar um paraíso em Portugal, onde todos viverão felizes e contentes,  protegidos  pela regulamentação mais avançada do Mundo. Pode-se ver isso mesmo nos objectivos do grupo agora criado:
a) Promoção do diálogo e reflexão entre instituições públicas e entidades da sociedade civil com vista a derrubar barreiras a estes modos de transporte suave;
b) Identificação dos meios necessários e oportunidades de reforço em contexto escolar, visando a aprendizagem de utilização da bicicleta e outros modos de transporte suave em segurança e introduzir a aprendizagem de regras de trânsito;
c) Desenvolvimento de campanhas e estratégias de sensibilização e acções de educação para a utilização dos modos de transporte suaves em segurança;
d) Apoio a projectos de investigação e à implementação de projectos-piloto em espaço urbano nacional visando melhorar a integração dos modos de transporte suaves e a sua interacção com os sistemas de
transporte público;
e) Estabelecimento de metas verificáveis, designadamente a de aumentar a percentagem de ciclistas em circulação até 2012.

Para se atingirem estes idílicos objectivos, uma parafernália de gente trabalhará em todos os domínios do Estado:

3 - O grupo de trabalho é constituído por elementos dos seguintes ministérios e organismos públicos:
a) Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento;
b) Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações;
c) Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território;
d) Ministério da Educação;
e) Associação Nacional de Municípios Portugueses;
f) Associação Nacional de Freguesias;
g) Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável.
4 — Para além dos elementos das entidades a que se refere o número anterior, podem ainda ser convidados a integrar o grupo de trabalho representantes de outros ministérios e entidades públicas, podendo proceder -se às consultas e auscultações de outras entidades públicas ou privadas que se entenda conveniente.

O Lisboa - Tel Aviv estará atento a este importante assunto e informará os seus leitores quando o grupo de trabalho elaborar o  Plano Quinquenal Nacional de Promoção das Bicicletas, Triciclos, Patins, Skates, Coches, Carroças & Carrinhos de Super-mercado e Outros Modos de Transporte Suaves.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Manual da Propaganda: como utilizar um mapa para fins de desinformação

Há bastante tempo que circula pela blogosfera um mapa de Israel, onde supostamente se demonstra a progressiva ocupação do território da Palestina pelos Judeus. A figura em causa é repetidamente citada em blogues alinhados com a extrema-esquerda anti-sionista e com o palestinianismo anti-semita,  e também em  blogues genuinamente simpatizantes da causa palestiniana. De uma forma simples pretende fazer passar a ideia de que Israel está continuamente a ocupar e a usurpar a terra dos palestinianos. Para  isso o referido mapa foi dividido em quatro partes (fases), ao longo das quais o leitor a doutrinar esclarecer pode observar a evolução da terra palestiniana (a verde) e da terra judaica (a branco). 
Logo na primeira fase (1946) representa-se como palestiniano todo o território do futuro Estado de Israel e ainda os territórios de Gaza, da Judeia e da Samaria.  Os Judeus apenas aparecem em pequenas parcelas de terra. Não é referido que a Palestina era escassamente habitada, e com vastas áreas desocupadas (que os autores do mapa habilmente pintaram de verde).  Os ilustres geógrafos também não explicam que em 1946 a zona estava integrada no Mandato Britânico da Palestina, que abrangia não só a Palestina, como também a Transjordânia:
No território mandatado previa-se o nascimento de três estados: um Judeu (Israel) e dois árabes (Palestina e Jordânia). Para isso foi elaborado pela ONU um Plano de Partilha em 1947,  e que que corresponde à segunda fase representada no mapa. Como a partilha nunca chegou a existir, por recusa dos árabes (dizia-se "árabes" e não "palestinianos"), esta "segunda fase" pura e  simplesmente  não corresponde a nada. Embora se queira fazer passar a ideia que nesta altura já os malvados dos Judeus haviam roubado muitas terras aos inocentes palestinianos. Convém referir que o Plano de Partilha da ONU era apenas um dos vários existentes. Havia outros: o da Comissão Peel (1937), o Morrison-Grady (1946), e o da Agência Judaica (1947).
Na terceira fase do mapa  a patranha continua,  porque embora as delimitações que apresenta sejam correctas, omite quatro factos relativos às fronteiras de 1948-1967: correspondem ao determinado nos Armistícios de 1949;  são resultado de uma guerra declarada a Israel (1948) - previamente à qual não havia fronteiras definidas (com excepção dos planos de partilha já anteriormente rejeitados pelos árabes); e os territórios da Faixa de Gaza e da Judeia/Samaria não eram palestinianos, mas sim egípcios e jordanos (e onde curiosamente durante 19 anos ninguém se lembrou de fundar um estado "palestiniano").
Por fim, também na fase quatro há uma deturpação da realidade:  primeiro porque a Faixa de Gaza está totalmente desocupada; segundo porque a ocupação existente  nos territórios da Judeia e da Samaria resultou de um acto de legitima defesa por parte do Estado de Israel e ocorreu em situação de guerra (1967); terceiro porque essas zonas ainda não têm nem um estatuto definitivo, nem fronteiras acordadas; e quarto porque os territórios pintados a verde, e onde vivem 90% dos palestinianos, estão em situação provisória e resultam dos acordos de Oslo (1993) e do acordo israelo-palestiniano (1995).  O que o mapa faz é transformar uma situação de transição numa solução  definitiva, tipo "arquipélago", para fazer passar a ideia que os palestinianos estão enclausurados dentro de ilhas. Ora essas "ilhas" nada mais são do que o resultado de acordos, ainda que provisórios,  entre as duas partes e que os palestinianos insistem em não prosseguir, manifesta que é a sua recusa em voltar à mesa das negociações.

Knesset aprova Orçamento de Estado bianual

A Knesset aprovou na terça-feira um Orçamento de Estado bianual para os anos de 2011-2012. A aprovação ocorreu após um debate de 18 horas e teve 63 votos a favor e 32 contra. Este é o segundo orçamento bianual aprovado pelo parlamento israelita. O primeiro ocorreu pouco depois de Benjamin Netanyahu formar governo, e abrangeu os anos de 2009-2010. 
A aprovação de orçamentos bianuais aumentou a estabilidade da coligação governamental em relação a coligações anteriores, uma vez que, com orçamentos anuais a pressão das diferentes facções políticas sobre o bolo orçamental era uma constante. Os diferentes partidos valiam-se do facto de a lei israelita prever a convocação de novas eleições, caso o documento não passe na Knesset, para fazerem constantes exigências.
O orçamento agora aprovado prevê gastos de 265 mil milhões de Shekels (54 mil milhões de euros) em 2011 e de 272 mil milhões de shekels (56 mil milhões de euros) em 2012. As receitas serão de 233 mil milhões de shekels (48 mil milhões de euros) em 2011 e de 249 mil milhões de shekels (51 mil milhões de euros) em 2012.  A estes valores corresponde um défice orçamental de 32 mil milhões de shekels (6 mil milhões de euros) em 2011 (3% do PIB), e  outro de 23 mil milhões de shekels (5 mil milhões de euros) em 2012 (2%  do PIB). No corrente ano o deficit será de 4% do PIB. É ainda esperado um crescimento económico de 3,8% em 2011 e de 4% em 2012. 

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Música de Israel

Gilad Segev, Woman from the sky, em hebraico.

O selo Valter Lemos

Depois de ter destruído o pouco que restava do sistema de ensino público, e de ter criado uma gigantesca fábrica de diplomas faz-de-conta, Valter Victorino Lemos estende o seu cunho pessoal à certificação profissional. O inenarrável secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional acaba de criar um "selo qualificante" para os formandos acabados de sair dos Centros Novas Oportunidades. Mais de 100 profissões serão contempladas com a nova invenção do carreirista governante socialista. 
Sem dúvida uma medida importante para a propaganda do governo, mas mais um passo na direcção da mediocridade. Se Portugal fosse um país a sério, ter um selo destes, para além de constituir uma vergonha,  valeria zero. Mas como não é, terá de se esperar que os empresários descubram por si o  que significa o "critério do sucesso" aplicado a formações tipo farinha amparo. Até lá muitas paredes vão cair e  bastantes canalizações rebentar.

Inimigos do Povo

Se há coisa que os socialistas sempre fizeram bem, foi colocar rótulos nos outros. É uma actividade na qual têm longa tradição. Ao longo do tempo limitaram-se apenas a modificar as expressões usadas: os que ontem chamavam de "fascistas", chamam hoje de "neo-liberais". Os que eram "inimigos do povo", são hoje "inimigos do Estado Social". E por ai fora. Foi alias graças a esta técnica de rotulagem, que muitos ditadores permaneceram anos no poder, e alguns ainda permanecem. A diabolização do adversário é uma estratégia que já tem décadas, mas que se tem revelado bastante eficaz. Não é por acaso que José Sócrates, apesar de ser um incompetente do pior que há e de estar completamente descredibilizado, continua a recorrer à velha técnica da etiquetagem.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ha'aretz

Alta Galileia

Israel do passado

Haifa vista do Monte Carmelo, Julho de 1948

domingo, 4 de julho de 2010

Acabaram as aulas...

... e a juventude fica à solta e sem nada para fazer. O tédio é tanto que chega a haver confrontos entre grupos de jovens, tal como aconteceu hoje em Cascais. Estes desacatos deviam acontecer mais vezes, para que muita gente percebesse o que se passa dentro de muitas escolas, e que o inferno legislativo socialista tão bem tem abafado.

Ao lado da rapaziada

O primeiro-ministro ao acusar a Comissão Europeia de posições ultra-liberais, lembra Otelo Saraiva de Carvalho, que no PREC reconhecia que a razão estava do outro lado, mas ele tinha de estar ao lado da rapaziada.  É isto que Sócrates pretende: parecer que está ao lado do Povo, pelo que nada melhor do que levantar o fantasma do ataque bruxelense contra o indefeso Portugal. Acontece que, tal como a Otelo, falta-lhe muita cultura livresca, pelo que com tiradas destas, quanto muito,  será recordado pela História como a Cigarra Socialista do Magreb que praguejava contra  as Formigas Liberais da Europa civilizada.

sábado, 3 de julho de 2010

O que dizem os outros

No Público de dois de Julho, dá-se notícia do lançamento de um livro, cuja autora é a antiga Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues.
Quem frequenta diariamente a escola pública não pode deixar de ficar perplexo, pelo teor entre o afectuoso e o grandiloquente do que se disse, por altura do evento. A família Soares ajudou à festa. Os comentários tecidos pela directora do Colégio Moderno adequam-se obviamente mais a uma revista do Parque Mayer do que à figura aqui em causa.
Passo à transcrição de uma das frases: «Foi uma honra servir consigo o nosso país», entre outras ditas na ocasião.
Relativamente ao registado, não consigo perceber a utilização da palavra «honra». Creio que, nos sistemas persecutórios ou totalitários, os carrascos usam e abusam do termo, como forma de aliviarem a consciência, ou procurarem justificações para o horror. 
Continue a ler no Pernil de Peru.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Manual da propaganda: como disfarçar as marcas de uma governação falhada

Há uns anos, ainda na oposição, José Sócrates pregava aos quatro ventos que 7,3% de desemprego eram a marca de uma governação falhada. Depois, conseguiu fazer-se eleger prometendo 150 mil novos empregos, como se fosse possível  criar postos de trabalho por decreto. Agora, volvidos que estão mais de 5 anos desde que tomou posse do cargo de primeiro-ministro, José Sócrates culpa a crise internacional pelos 10,9% de desemprego registados em Maio. Aquilo que há 5 anos era a marca de uma governação falhada,  é hoje transformado na marca de uma governação de sucesso.
A estratégia de Sócrates assenta sempre no mesmo: inverter os factos, enviar sound-bites para os noticiários, e aparecer sempre a mexer-se e a fazer declarações "optimistas". Como é que um país inteiro se deixa governar de  forma absolutamente irresponsável, e admite a falta de vergonha com que o primeiro-ministro disfarça os rotundos falhanços do seu governo, é um fenómeno no mínimo exótico. Vicissitudes dos países do Sul...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Grandes pérolas da burocracia socialista: a avaliação dos professores


 Clique na imagem para ver melhor.
O labirinto da nova avaliação de desempenho dos professores.