quinta-feira, 30 de abril de 2009

O quase consenso

O deputado socialista António José Seguro vai “furar” o consenso partidário e votar contra a alteração à lei do financiamento dos partidos, que prevê um aumento significativo nas receitas em dinheiro vivo e que a Assembleia da República vai hoje aprovar. O deputado considerou a aprovação da lei um retrocesso relativamente à transparência dos partidos.
Esta votação quase consensual revela que quando se trata de financiamentos e de poderes instalados, os partidos estão todos de acordo. É nestas situações que se vê que em Portugal há um regime implantado, avesso a mudanças e que na prática é
consensual em relação às piores práticas do sistema. Ainda nem há uma semana eram todos contra a corrupção e contra o "enriquecimento ilícito", hoje votam por unanimidade uma lei que abre caminho à corrupção e a práticas menos claras. Com partidos assim...

Yom Ha'atzmaut 61

Azrieli towers, Tel Aviv, ontem

E ao país, não pede desculpa?...

Sócrates pede desculpa aos pais das crianças filmadas em Castelo de Vide. Pelos vistos, as desculpas ficam-se por aqui. E que tal um pedido de desculpas ao país? O uso de meios do Estado para fazer campanha eleitoral, vai passar como se nada fosse? Qual é a diferença entre esta situação e as situações de Fátima Felgueiras e de Avelino Ferreira Torres?

quarta-feira, 29 de abril de 2009

O PS e a Matemática

Se é assim com um cartaz, já se imagina o que é com o resto. Desta vez, o PS foi vitima da sua própria incompetência: colocou nas ruas cartazes com a data de adesão à CEE errada. Os cartazes já foram corrigidos, mas este episódio é elucidativo do estilo habitual dos socialistas: têm horror aos números e ao rigor. São lendários os pontapés que deram na Matemática. Primeiro com Soares, que não gostava de fazer orçamentos e que trocava os milhares com os milhões, depois com Guterres, que não sabia quanto era o PIB e que não era bom a fazer contas. Agora foi a vez do PS de Sócrates, que com tanta tecnologia, não conseguiu escrever correctamente uma data num cartaz.

terça-feira, 28 de abril de 2009

@ 61

Israel aos 61 anos

Politicamente incorrecto: expressões a evitar

O ministro israelita Yakov Litzman, deve estar satisfeito: a emergente ditadura do politicamente correcto, mudou o nome da "gripe suína" para "gripe mexicana".
Não tarda muito, expressões como "gripe das aves", "doença das vacas loucas", "febre da carraça" e "bicos de papagaio", serão de evitar.

Os bons e os maus

22 437

segunda-feira, 27 de abril de 2009

O Estado é o PS

Uma escola de Castelo de Vide foi contactada para uma reportagem sobre o computador "Magalhães". A pessoa que fez o contacto identificou-se como sendo do Ministério da Educação. O professores pediram autorização para recolha de imagens aos pais das crianças. Dias depois, pais e alunos viram a "reportagem" nos ecrãs da televisão:


Informação obtida aqui.

O polícia da língua

O Ministro Israelita da Saúde, Yakov Litzman, do partido Judaísmo Unido da Tora, acaba de decretar que a "Gripe suína", deverá chamar-se "Gripe mexicana". Tudo isto, porque o porco é considerado um animal sujo para a religião judaica.
Como se já não bastassem as constantes tentativas da minoria religiosa, de condicionar e controlar a vida da maioria secular, surge agora este sr ministro a decretar o nome que se deve dar às coisas. Se o ridículo matasse, Litzman não seria ministro. Benjamin Netanyahu está muito bem acompanhado.

Afinal é só para 2012

A ministra da Educação manifestou-se hoje confiante que Portugal poderá cumprir em 2012 a meta de escolaridade obrigatória de 12 anos, mas advertiu que ainda existem assimetrias regionais ao nível da escolarização.
Depois de anunciado e propagado, o aumento da escolaridade obrigatória afinal é só para 2012. E mesmo assim com a reserva do "poderá", que é como quem diz, talvez sim, talvez não. O primeiro anuncio foi feito com uma enorme encenação, este agora de uma forma discreta. Para quando alguma seriedade na educação?

Pré - campanha

domingo, 26 de abril de 2009

Começou a chantagem: ou nós, ou o caos

Ao fim de 4 anos com maioria absoluta, o PS vai agora começar com a ladainha dos caos: "Ou nos dão maioria, ou isto fica ingovernável" e "é preciso maioria para tomar as medidas de que o país precisa".
A este discurso chantagioso, devem fazer-se as seguintes perguntas: que medidas são essas que o país precisa?; por que é que não foram tomadas ao longo deste período em que tiveram maioria absoluta?; em que é que a estabilidade governativa dos últimos anos favoreceu os portugueses?; vão governar se não tiverem maioria absoluta?
Espera-se que os eleitores não compactuem com este tipo de chantagens e que façam as escolhas que tiverem de fazer, não por medo do caos, mas por convicção.

Perguntas ao estilo Alberto Martins

O primeiro-ministro respondeu em directo (...) a questões enviadas, também por vídeo, por cidadãos anónimos. Durante mês e meio, foram deixados 150 vídeos, tendo sido escolhidos onze. A dedo.
Calcula-se o teor de tais perguntas e respostas. Altamente isentas e escrutinadoras. Tal e qual, as que o líder parlamentar do PS, Alberto Martins, costuma fazer a José Sócrates nos debates quinzenais:
- o Sr. 1º ministro não acha que o Magalhães foi uma coisa muito boa que fizeram?
- o que me diz do sr. 1º ministro do extraordinário aumento que foi dado à função pública?
- então o que está o governo a fazer em relação aos painéis solares?
- o programa "novas oportunidades" é excelente. Explique-nos o que é e como funciona.
- é verdade que agora toda a gente vai ter o 12º ano graças ao seu governo?
- como é que se sente depois de ter sido vitima de uma tenebrosa campanha negra?
O governo do PS só tem virtudes.

O comunismo do Bloco de Esquerda

Não, não é propaganda do PCP, é propaganda do comunismo. Da coisa em si. Nem o PCP faz isto tão bem como a extrema-esquerda. Bastou aparecer a crise para o BE deixar cair a cosmética radical chique e mostrar-se como é: uma organização comunista, que usa em tempos difíceis do mesmo tipo de posições políticas e ideológicas do comunismo tradicional e que as transforma numa demagogia populista com algum sucesso.
É que um dos grandes instrumentos clássicos do comunismo, que vem mais de Proudhon do que de Marx, é atacar a propriedade em nome da “moral”. E essa é a chave de toda a propaganda do BE. Veja-se este cartaz diz que se deve dar a “todos o que é de todos”. Na realidade, é esta a frase chave do cartaz, mesmo apesar das referências aos “lucros” da GALP e da EDP, curiosamente duas empresas que são mais de “todos” do que as outras porque, ou são empresas públicas ou com golden share, onde a última palavra é a do Estado. Os “lucros” são já parcialmente de “todos”, mas não é isso que quer o BE. O que o BE de esquerda quer é que a energia seja de “todos”, nacionalizada, nossa, como quererá pelo mesmo argumento, a àgua, o ar, as florestas, as minas, o mar, o solo urbano, as terras. Não é a terra de todos, a velha reivindicação anarco-comunista? Porque é que a “energia” há-de ser de todos e a terra não? E as empresas que tem “lucro”, que é para aquilo que existem na economia de mercado, e não “podem despedir”? Não devem ser de “todos”? Não seria melhor nacionalizá-las, distribuir os lucros e ser o estado a garantir emprego a todos, haja ou não haja actividade económica, pela razão “moral” do “direito ao emprego”?
Como é um comunismo sem URSS, embora tenha Cuba, Chávez e Morales, é um comunismo mais próximo das suas fontes na reacção ao liberalismo. É muito oitocentista, mas é. E mesmo quando os argumentos da propaganda do BE começam muito atrás, numa revolta populista e “moral” contra os desmandos dos “banqueiros”, eles caminham rapidamente para qualquer proibição (“quem tem lucros, não pode despedir”), qualquer repressão (taxar a 90% os rendimentos dos gestores), para acabar nos Sovkhozes e no Combinado Siderúrgico de Magnitogorsk. De polícias do pensamento já eles tem treino, mas algures pelo meio haveria também outras polícias, se fosse para ser a sério.
É inteiramente legítimo como propaganda, cuja liberdade a democracia acautela, do mesmo modo que devia acautelar a do PNR, igualmente extremista. Mas, como extremismo, se desse origem a actos seria péssimo para a democracia porque é estruturalmente incompatível com o funcionamento de uma democracia parlamentar e de um estado de direito numa economia de mercado.
José Pacheco Pereira, ontem, na Sabado.

sábado, 25 de abril de 2009

Conversa de circunstância

Cavaco Silva pontuou o seu discurso esta manhã na sessão solene comemorativa do 25 de Abril, na Assembleia da República, com a crise que mergulhou o país em “tempos muito difíceis”. No entanto, o Presidente da República considera que, “se forem tomadas as decisões certas, a crise será vencida”.
O PR usa o pouco poder quem tem, em discursos com os quais todos os partidos tendem a concordar. E se os partidos, governo e oposição, com ele concordam, isso é o maior sinal de que nada do que Cavaco Silva sugere será feito ou terá importância. Trata-se pois de discursos circunstanciais dos quais amanhã já ninguém se vai lembrar.
Cavaco Silva deveria ter sido mais explicito no tipo de "decisões certas" que pretende ver implementadas. Uma delas, a mais importante por ventura, é reformar o regime politico de alto a baixo. Mas isso Cavaco não disse, porque sabe os partidos não estão interessados numa reforma dessas. Mexe com interesses instalados.
Ficou-se assim pelas "decisões certas" e pela "a crise será vencida". Tudo continuará a apodrecer calmamente e sem ruído. Não há discurso nenhum que contrarie isso. Portugal será o México da Europa.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Nem prioritária, nem necessária.

A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, defendeu ontem à noite que a discussão sobre a regionalização não é, de momento, prioritária, ainda que seja um assunto que "está sempre na agenda política".
A regionalização não é necessária, mas a discussão sobre ela é. Cada partido deve informar o eleitorado sobre a posição que tem sobre o assunto. Para depois das eleições não haver surpresas.
A implementação da regionalização, seria das piores coisas que se poderiam fazer em Portugal. Por muitos motivos: porque o país é demasiado pequeno em termos geográficos, (qualquer região espanhola é quase do tamanho de Portugal); porque é um projecto mastodôntico, que iria fazer aumentar a despesa do Estado; porque iria fazer migrar o amiguismo e o compadrio que existe nos municípios, para esta estrutura intermédia; porque iríamos ter gente muito pouco recomendável a gerir algumas delas; e porque, o regime está doente, e não se fazem reformas destas com partidos e políticos destes.
Devemos pois incentivar a discussão deste tema, mas só a discussão.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Já há quem fale na Argentina

Ninguém vai ligar nenhuma a estas palavras. Nem a estas, nem às de outros, como Medina Carreira, que há anos que vem alertando para a séria situação da economia portuguesa. Estes diagnósticos não têm sido desmentidos por ninguém, e nem era preciso. Em Portugal ninguém liga nenhuma a pessoas sérias. Preferem ir no canto da cigarra. Para esta situação muito tem contribuído a classe política, que não só não diz a verdade sobre as coisas, como ainda faz passar para a opinião pública, a ideia de que "o Governo" é que tem de resolver todos os problemas. Desresponsabilizar o país e assumir a responsabilidade na resolução da crise, é algo que os políticos deveriam evitar fazer, porque isso desmobiliza as pessoas e alheia-as da situação.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Mais um coelho tirado da cartola

Mais um coelho tirado da cartola. Podemos ir preparando a lista, porque daqui até Outubro assistiremos ao anúncio de medidas destas todos os dias. Todos os outros coelhos que Sócrates vai apresentar serão como este. Anúncios de tipo "soud bite", que têm apenas como objectivo o eleitoralismo.
Se a maioria dos portugueses estivesse uma semana dentro de uma escola, perceberia facilmente o alcance de uma decisão destas. A haver condições para ser implementada, coisa muito duvidosa, será mais uma medida de tipo "Valter Lemos". Trata-se mais uma vez de trabalhar para melhorar a estatística, pois o sistema de ensino continuará exactamente na mesma, ou pior, porque terá de incorporar alunos que pura e simplesmente não querem lá estar. E como não querem lá estar, vão continuar a fazer o que têm feito até agora: prejudicar a vida dos outros colegas. A indisciplina continuará e o facilitismo terá de galgar muros para o secundário. Como não se vai conseguir ensinar nada a a quem não quer aprender, terá de se arranjar maneira de TODOS completarem o 12º ano. O Governo de Sócrates irá cantar vitória, por mais esta batalha ganha contra os críticos do "bota-abaixo": não só conseguirá dar o 12º ano a analfabetos, como ainda conseguirá diminuir o desemprego, o dos professores e o dos restantes, que terão vagas nos postos de trabalho desocupados pelos novos "estudantes".

terça-feira, 21 de abril de 2009

Constâncio concorda sempre com o Governo

O cargo de governador do banco de Portugal deveria ser um cargo acima das lutas políticas e dos interesses partidários. Deveria ser mas não é. Desde que o PS subiu ao poder com maioria absoluta, que a pessoa que ocupa o lugar, concorda sempre com o partido do governo. Desde ser avalista do deficit em 2005 (função mais do que criticável), até esta concordância com o governo (ausência de necessidade de fazer um orçamento rectificativo). A desculpa utilizada é no mínimo esfarrapada: a despesa não subiu. Mas a receita desceu e muito, e isso terá impacto directo no deficit. Um impacto brutal. Qualquer pessoa vê isso. E se qualquer pessoa vê, e o governador não vê, só se pode concluir que Vítor Constâncio não está a desempenhar as suas funções ao serviço do superior interesse do país.

Yom HaShoah


Hoje, 21 de Abril, às 10:00 (Jerusalém), 8:00 (Lisboa)

segunda-feira, 20 de abril de 2009

O que é afinal o sionismo?


Dezenas de delegados ocidentais à conferência sobre o racismo das Nações Unidas, a decorrer em Genebra, abandonaram esta tarde o plenário durante o discurso do Presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que voltou a acusar Israel de ser “o mais racista” de todos os governos...Dezenas de delegados levantaram-se de imediato e não ouviram já o dirigente iraniano declarar que “o sionismo personifica o racismo”.
O presidente do Irão fez em Genebra o que tinha feito em 2001 em Durban. Nessa altura, o Irão e os seus aliados, transformaram a cimeira "anti-racista" num panfleto anti-Israel. A palavra sionismo foi largamente deturpada e utilizada para fins políticos a favor daqueles que querem ver o Estado de Israel varrido do mapa. Um dos sloganes largamente apregoados na altura, foi o mesmo que Ahmadinejad usou agora: que sionismo era o mesmo que racismo. Mas quantos daqueles (inclusive em Portugal) que têm propagado este slogan até á náusea, sabem exactamente o que é o sionismo?
Para os que não sabem, o sionismo foi um movimento iniciado por Theodor Herzl no final do século XIX, que teve como objectivo a auto-determinação dos Judeus, no seu próprio Estado (Israel). Nem mais, nem menos. Tudo o resto que queiram colar à palavra não é mais do que desinformação propositada, destinada aos menos atentos.
Declaração de interesses: sou favorável sionista.

Dedicado aos amigos do Hamas

domingo, 19 de abril de 2009

O país de que Sócrates precisa

Respondendo ao Presidente Cavaco Silva José Sócrates disse que “o que o país não precisa é da política do recado, do remoque, do pessimismo, do bota-abaixismo, da crítica fácil”.
Mais uma vez fica demonstrado, que o primeiro ministro lida mal com o regime democrático quem que vive. Num regime democrático, a oposição e as criticas ao governo, não só são legitimas, como necessárias. E se há espaço para a propaganda governativa, também há espaço para o "bota-abaixismo". Em democracia tudo isto pode acontecer.
O que se torna estranho, é que o primeiro ministro responda no mesmo tom a todas criticas que lhe são feitas, rotulando qualquer reparo, com os termos que acima se transcrevem. Mesmo os do presidente da República.
O país em que Sócrates gostaria de viver, não é este, e sim o país dos "yes man", acrítico, dependente do poder e dos favores do governo, subserviente, e sem escrutínio.
Ora esse país já não existe, pelo que o primeiro ministro pode espernear à vontade, porque criticas terá sempre. E se a sua postura e governação não fossem detestáveis, seria com certeza muito menos criticado.

sábado, 18 de abril de 2009

Muito ajuda quem não atrapalha

Este discurso "assistencialista" tende a convencer toda a gente que é ao Estado que compete resolver os problemas de todos. No que diz respeito às empresas, estas não precisam de "apoio", apenas necessitariam de três coisas: que o Estado pague a horas; que haja desburocratização de procedimentos, e que exista uma justiça célere. Nenhuma delas o ministro Teixeira dos Santos vai conseguir fazer, por isso necessita de andar constantemente a dizer que o Estado apoia isto e aquilo.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Vem aí mais uma onda de histerismo

A TVI divulgou hoje, no Jornal Nacional, as imagens de uma alegada reunião gravada por Alan Perkins, administador da Freeport, onde se vê Charles Smith, sócio da consultora Smith & Pedro, contratada para tratar do licenciamento do “outlet” de Alcochete, a reiterar que o actual primeiro-ministro, José Sócrates, “é corrupto”.
As carpideiras de serviço do PS devem estar a postos e aguarda-se a habitual onda de histerismo em torno do caso Freeport.
ruído de mais neste processo, mas pelo menos duas coisas deveriam ser esclarecidas: por que é que José Sócrates não mostra o património que tem? e por que é que a justiça não o considera suspeito?

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Peres condiciona Netanyahu?

O Presidente israelita, Shimon Peres, disse hoje que uma intervenção militar não é uma opção para travar o programa nuclear iraniano e considerou absurdas as especulações de que Israel estaria a preparar um ataque à República Islâmica.
Estarão estas palavras articuladas com o primeiro ministro? Esta estratégia terá feito parte das condições impostas por Peres para viabilizar o governo de Netanyahu? Ou não passam de uma tentativa para o condicionar?
Nestas três questões está parte do futuro de Israel: aquilo que prevalecer em relação ao Irão, não estará desligado do que se decidir em relação aos palestinianos. Tanto num caso como noutro, há duas correntes em Israel: uma mais militar (à direita) e uma mais pacifista (à esquerda).
A incógnita que estas palavras de Peres não revela é se grande parte da direita (Likud) se passa para o lado dos defensores da solução de 2 estados e mais negocial em relação ao Irão (e na qual parece que Lieberman também já está, embora custe a acreditar), ou continua tudo como aparentava estar aquando das eleições.
Se os partidários da solução de 2 estados forem claramente mais que os opositores, não haverá grande espaço de manobra para alguém fazer o que Netanyahu fez ao governo de Itzhak Rabin, em 1995, e ficará provado que só a direita conseguirá levar o país para a paz.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

E no Líbano o Hezbolah...

... treina terroristas impunemente. Foto roubada aqui.

Enquanto isso da Faixa de Gaza...

... continuam a ser disparados rockets.

O lobby anti-Israel

Israel não vai cooperar com a ONU no inquérito à guerra em Gaza. O que tem a maior das lógicas. Estas comissões, sob a capa de serem da ONU e de por isso serem "isentas", são a maior das fraudes e são usadas muitas vezes com intuitos políticos contra determinado ou determinados países. É o que acontece neste caso, a comissão não faz uma única referência aos disparos de rockets do Hamas contra o sul de Israel. E duvido que refira sequer as palavras "escudos humanos". Qual é a credibilidade de uma comissão de inquérito que começa o seu trabalho com posições destas? Que garantias há que vai de facto apurar o que se passou e não servir apenas para atacar o Estado de Israel?
O lobby anti-israel, que já mina os meios de comunicação social, estende assim os seus tentáculos à ONU e aos estados democráticos, que apesar de não apoiarem o inquérito, também não votaram contra ele.

terça-feira, 14 de abril de 2009

E é para ir, ou é só para fazer o número?

Paulo Rangel é o cabeça de lista do PSD às eleições europeias. A primeira pergunta que lhe deviam fazer (a ele e aos outros cabeças de lista) é se pretende efectivamente ir para o parlamento europeu. É um pouco estranho um excelente líder parlamentar ser assim despachado para Estrasburgo.
Situações destas não são novas em Portugal: políticos que têm um determinado cargo concorrem a outro por meras razões de táctica política. Tal prática deveria ser censurada, pois não é transparente. Que garantias tem um eleitor que votar no PSD, que Paulo Rangel vai mesmo ser eurodeputado? Quem é que efectivamente o PSD pretende mandar para Estrasburgo?

segunda-feira, 13 de abril de 2009

A Escola transformada num albergue

Pasme-se. O director-geral da Saúde, Francisco George, sugeriu que as cantinas escolares abrissem durante as férias para suprir necessidades alimentares de algumas crianças. Mais um exemplo do pensamento dominante em Portugal: se há alguma coisa que a sociedade não consegue resolver, a "Escola" que trate disso. A escola é chamada para tudo, desde a "educação para os valores" até à "educação rodoviária", passando pela "assistência psicológica", tudo é lhe é pedido. O sistema educativo vai assim lentamente assumindo as funções que são de outros sectores e dos próprios pais, e ainda não percebeu, que quanto se quer fazer tudo, acaba por não se fazer nada bem feito.
Esta sugestão do director-geral da saúde, vai nesse sentido: passar a responsabilidade para a escola, para ser esta a resolver o problema. Porque é que não são os hospitais a abrir cantinas para estas crianças? Choveriam de imediato dezenas de argumentos tipo "não porque...". Pois bem, com a escola é a mesma coisa, haveria muitos argumentos, desde que a função principal da escola não é alimentar os alunos, até que essa medida iria mais uma vez desresponsabilizar os pais. Muitos deles, que hoje já não tratam de uma série de tarefas, "porque alguém tem de resolver o meu problema", teriam aqui mais uma oportunidade de deixar de fazer aquilo que é básico os pais fazerem: alimentar os filhos. De hoje em diante, a escola assumia essa responsabilidade e os pais deixavam de a ter. Não há nada pior, quando se trata com pais irresponsáveis, que assumir as tarefas deles.

sábado, 11 de abril de 2009

Opinionite aguda

Não há nada que se passe em Portugal sem que o deputado poeta Manuel Alegre dê uma opinião ou comentário. Estes ataques de opinionite aguda podem ter várias leituras. Do lado do poeta, a necessidade de ter constantemente o "boneco a mexer", para dessa forma, ir gerindo aquilo que ele julga ser o seu eleitorado (1 milhão de cruzinhas). Do lado dos média, julga-se que aquilo que Manuel Alegre diz tem audiência, e por isso o citam e publicam.
Os jornais e as televisões não citam e não dizem o que os outros 229 deputados pensam das saias e dos perfumes das funcionárias das lojas do cidadão. Por que é que Manuel Alegre é mais que os outros? O facto de ser um poeta medíocre e de ser deputado desde sempre, não valida a opinião dele em relação à dos outros 229. Mas, no entanto, ninguém liga ao que dizem os outros deputados. Estes dois factos têm uma simples explicação, fazem parte do circo mediático que governa a vida portuguesa, onde só conta o que é vistoso e faz barulho. Manuel Alegre tem essas duas características.
Em relação ao assunto em questão, o deputado alega que a medida aplicada em relação a indumentária das funcionárias da Loja do Cidadão de Faro “é uma coisa de cariz fascizante, totalitário, contra a liberdade individual”, e que “estas coisas são sinais” e “multiplicam-se estes sinais”. Por isso, “tem que ser levado a sério” e “imediatamente revogado”.
Para além da cassete do costume, de chamar fascista a tudo o que não é do respectivo agrado (deve ser por estar ai chegar o 25 de Abril), o sr deputado deveria explicar qual é o limite do vestuário que não vai contra "a liberdade individual". E se acha que aparecer no local de trabalho de chinelos e de fio dental (ou sem roupa) é aceitável e faz parte daquilo a que chama tão pomposamente de "liberdade individual". Manuel Alegre finge que ainda não percebeu, que uma coisa é a rua e a vida privada de cada um, e outra coisa é aquilo que é público e é um local de trabalho. Finge, porque lhe dá jeito, porque julga que com frases destas acena ao eleitorado que anda de chinelas e de umbigo à mostra.

Ainda o Magalhães

"Quando uma coisa não corre bem, é rapidamente esquecida para que apenas a memória das boas imagens subsista intacta. O Magalhães começou a dar problemas, acabaram as sessões de entregas e avançou o silêncio. Qualquer pessoa conhecedora dos problemas do nosso ensino, das nossas escolas, da pedagogia do ensino básico, da nossa condição social, do tipo de problemas de manutenção e do ritmo da renovação tecnológica sabe do enorme desperdício que é o programa Um Aluno Um Computador naquelas idades e com aquelas ideias num ambiente que completa impreparação. Sabe que a maioria dos computadores distribuídos está longe, muito longe, de ter servido para qualquer dos objectivos pretendidos, porque à cabeça todo o programa era desadaptado, foi feito em cima do joelho para servir de propaganda governativa, e, daqui a um ano, tudo estará obsoleto e avariado. O dumping de um computador do Terceiro Mundo para um país europeu, que é o que significou o Classmate transformado em Magalhães, talvez permita vender os restos à Líbia ou à Venezuela, mas neste último caso já se percebeu que será quase a fundo perdido. Silêncio." Por José Pacheco Pereira, hoje, no Público.

Humor israelita

Em Jerusalém, uma repórter vai ao Muro das Lamentações para se encontrar com um velho judeu e entrevistá-lo. Chegando, e vendo que ele está a rezar, aguarda. Depois de uma hora, o ancião pára de rezar, e ela aborda-o:
- Bom dia, senhor! Eu sou a repórter da TV AL JAHZEERA que queria entrevistá-lo.
- Ah, sim, minha filha, não há problema. Diga-me, o que quer saber?
- Disseram-me ser o senhor a pessoa que vem diariamente rezar aqui ao Muro há mais tempo. Há quanto tempo o senhor vem aqui para rezar?
- Ahh... Há uns 80 anos...
- Nossa!... 80 anos! E, nesses 80 anos, o senhor tem rezado pedindo o quê?
- Rezo pedindo Paz no mundo, Paz no Médio Oriente, Paz entre judeus,cristãos e muçulmanos.. Rezo para que cessem o ódio e a guerra, e para que os nossos filhos cresçam juntos, em Paz e Amizade.
- E como se sente o senhor após 80 anos de orações diárias no Muro?
- Sinto-me como se estivesse a falar para uma parede!

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Yom Tel Aviv

Foi no dia 11 de Abril de 1909 que um grupo de 60 famílias se reuniram numa duna de areia para sortear os terrenos para a construção de novas casas. Mal imaginavam que ali acabava de nascer aquela que foi considerada a primeira cidade judaica do mundo. Tel Aviv foi fundada para ser um bairro dormitório com o nome de Ahuzat Bayit, e acabou por se tornar numa grande e cosmopolita cidade património da humanidade.
Ser a primeira cidade judaica do mundo, e anterior à fundação do Estado, fez de Tel Aviv uma cidade pioneira em muitos aspetos e motivo de orgulho para Israel.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

O lobo veste a pele do cordeiro

Os socialistas assinaram um texto da Associação 25 de Abril no qual se critica a situação do país. O texto, que foi assinado também pelos outros partidos de esquerda e pelas centrais sindicais, faz referências à "ruptura do sistema capitalista", aos "direitos dos trabalhadores que estão a ser postos em causa", ao "desemprego e à precariedade que alastram", entre outras "violências contra os trabalhadores".
Que o PCP, o Bloco e as centrais sindicais, subscrevam estas ideias não é de estranhar, pois tem sido esse o discurso destas organizações desde o 25 de Abril. O que é estranho é vir agora o PS assinar tais sloganes quando no governo tem feito precisamente o contrário.
Ao fim de 4 anos de uma governação desastrosa, minada pela incompetência generalizada, pela corrupção e pelo compadrio, o PS aparece agora como o lobo vestindo a pele do cordeiro. Volta a fazer o papel de partido de esquerda, preocupado com os trabalhadores, e responsabilizando "o capitalismo" pelos males que nos atingem. Mas enquanto poder tem compactuado com o pior desse mesmo capitalismo, e não tem a coragem de enfrentar os grandes males que minam a democracia portuguesa. Ficaria bem um bocadinho mais de decoro, mas isso é coisa que o PS também já não tem.

Alerta: estão a chegar os pólenes

As concentrações de pólenes no ar estarão muito elevadas nos próximos dias. Informação aqui.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Ainda acaba pressionado

Já há um inspector a investigar as alegadas pressões sobre os magistrados que tratam do chamado caso "Freeport". Trata-se de uma variante ao desporto nacional de "nomear comissões de inquérito". Se tudo correr como de costume, daqui a uma semana já ninguém se lembra e das conclusões do inspector ainda menos.

Tzipi Livni lídera a Oposição em Israel

No seu primeiro discurso como líder da Oposição, a dirigente do Partido Kadima, foi muito dura para com Benjamin Netanyahu, a quem acusou de ter feito um governo cheio de "ministros de nada". Livni criticou a dimensão do governo, um dos maiores de sempre, se não mesmo o maior, e considerou-o muito despesista, tendo em conta a actual situação de crise financeira que o país atravessa. Acusou ainda Netanyahu de ter "comprado" os ministros do governo, dando tudo a todos.
Tzipi Livni tem seguido uma linha de moralização da vida política israelita, quer enquanto governante, quer agora na oposição. Com a saída de Ehud Olmert, Livni recusou-se a aceitar as condições impostas pelo Partido Shas, para continuar a coligação governamental. Disse na altura que "não cedia a extorções". Depois, e apesar de ter ficado em primeiro lugar nas eleições, preferiu passar à Oposição, a formar um governo com a extrema direita do Beitenu.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

O regime está contra a corrupção

Dá gosto ver os principais partidos unidos na luta contra a corrupção. Esta semana o PS, o PSD, o PCP, e o sempre sempre anti-corrupção Bloco de Esquerrrda, falaram no assunto. Fica sempre bem, num país como Portugal, onde esta prática nasce de baixo das pedras, ter um discurso destes. Lembra vagamente o parlamento da Sicília, onde por unanimidade se votavam leis anti-máfia, e a própria "ala mafiosa" as apoiava com grande entusiasmo.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Se a demagogia pagasse imposto...

...haveria dinheiro para fazer (re)nacionalizações destas. Por que é que em Portugal tanta coisa é escrutinada e nada do que o Bloco de Esquerda propõe o é? Não serão levados a sério? Ou será distracção dos jornalistas e comentadores?
O Bloco de Esquerda tornou-se perito na arte da demagogia. Exemplo disso são os cartazes que espalha pelas praças e pelas ruas, apelando a soluções fáceis, impraticáveis e populistas.
Um desses cartazes, foi contra as grandes reformas e a favor das pequenas (quem é que poderá defender o contrário?), no qual fazia equivaler uma pensão alta a várias pensões baixas, dando a entender que se se reduzisse a primeira, seriam aumentadas as segundas. Que pretende o Bloco de Esquerda? Diminuir as pensões mais altas? Que pensões são essas? Comandantes da TAP e Juízes? Mas essas pessoas para terem pensões altas não tiveram também descontos altos? Há alguém com pensões altas que não tenha direito a ela? ou não tenha realizado os exigidos descontos? Quanto é que essas reduções nas altas pensões fariam subir as baixas pensões? A isto o Bloco de Esquerda não dá respostas, ou se as dá, não as coloca em cartazes.
Outro cartaz, é aquele onde se afirma que quem tem lucros não pode despedir. Mas de que lucros fala o BE? Dos do ano passado? Do mês passado? E se a empresa tiver lucros e agora estiver em prejuízo, ou a prever ter prejuízo? Pode despedir? Se a empresa tiver tido lucros e deixar de ter encomendas deve continuar a pagar salários e a manter os postos de trabalho? É vantajoso para as empresas despedir pessoal? Quanto custa despedir um trabalhador?
Por fim, surgiu agora a ideia mirabolante de renacionalizar o sector energético. Mirabolante, porque o BE sabe perfeitamente que tal não é possível. Primeiro, porque para nacionalizar uma empresa é preciso indemnizar os proprietários, e o Estado não tem dinheiro para empresas tão caras. A não ser que o BE não esteja a pensar pagar as nacionalizações, mas sim, roubar as empresas aos donos. O segundo motivo, prende-se com o ar do tempo, por muito comunista e bloquista que exista em Portugal, nunca serão os suficientes para terem legitimidade democrática para implementar uma medida destas.
Posto isto, resta classificar as ideias do BE como demagogia barata e irresponsável, que em tempos de crise tem muita recepção. Sound-bites destes irão conseguir atrair muitos tolos.

Cuidadinho com o que dizem

Tenham cuidado com o que escrevem e com o que dizem. Se escreverem isto, pode-vos acontecer isto.

100 anos de Tel Aviv - 2

Mais Tel Aviv aqui:

100 anos de Tel Aviv

Decorrem as comemorações dos 100 anos da fundação da cidade de Tel Aviv. Toda a informação aqui.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Um elefante numa loja de porcelanas

Começou mal. O novo ministro dos negócios estrangeiros de Israel foi interrogado pela polícia por suspeitas de corrupção. Nada que não se soubesse já, pois a investigação dura há 13 anos. Motivo que por si só bastaria para inibir Netanyahu de o nomear. Mas não, mesmo com suspeitas de corrupção e perante reacções que foram surgindo um pouco por todo o lado em relação à hipótese de ser nomeado, Lieberman foi escolhido na mesma. A chegada de tal personagem ao cargo de ministro dos negócios estrangeiros, é no mínimo bizarra, pois é o tipo de pessoa que Israel deveria esconder de baixo dos tapetes ou detrás dos cortinados. Não só pelo ar pouco polido que tem, mas principalmente pelo que tem dito. O ministro dos negócios estrangeiros deve ser um diplomata e não um incendiário, que não sabe medir as palavras e que facilmente gera discordâncias e polémicas. O que levou Netanyahu a fazer esta escolha? Pura inabilidade, ou pretende "queimar" Lieberman rapidamente? Ou pretenderá domesticá-lo? 

Aguardam-se os habituais comentários de indignação

Um terrorista palestiniano atacou hoje com um machado dois rapazes israelitas. Um de de 13 anos (que faleceu) e outro de 7. Aguarda-se a onda de indignação.