terça-feira, 30 de junho de 2009

Rescaldo das eleições

Fanado no Povo é Sereno

Um país, três mulheres

Tzipi Livni, Líder da Oposição; Dalia Itzik, Presidente da Knesset (parlamento); e Dorit Beinisch, Presidente do Supremo Tribunal.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Eu só cei u k me intereça


O ministro bem informado

Passando por cima da verdade La Palisseana, de que tudo o que não é eterno se aproxima do fim, que credibilidade terá um ministro que foi considerado o pior da Europa? Teixeira dos Santos não faz a menor ideia se a crise está a acabar ou não. Baseia-se nuns estados de alma chamados "índices de confiança", que tanto sobem como descem, para anunciar o fim da crise em proveito próprio.
O ministro das finanças foi o último a perceber que a crise tinha começado. Conseguiu a proeza de anunciar o fim das restrições orçamentais no preciso momento em que a crise surgia por todos os lados. Agora é o primeiro a anunciar que ela está a acabar. Lembra uma celebre personagem do governo iraquiano, que esbracejava que os americanos estavam a ser derrotados e que jamais entrariam em Bagdad. Mas não era o ministro das finanças, era o ministro da propaganda.

sábado, 27 de junho de 2009

Faltam 92 dias para o Sócrates se ir embora

Cavaco Silva foi sensível aos argumentos da maioria dos partidos políticos e decidiu marcar as eleições legislativas para dia 27 de Setembro.
A única vantagem de as eleições legislativas serem antes das autárquicas, é precisamente esta: passa a faltar menos tempo para este governo vergonhoso sair.
De resto são só desvantagens: passam-nos um atestado de falta de inteligência (pelos vistos julgam que os eleitores não sabem distinguir os diferentes boletins de voto); gasta-se mais dinheiro; e estaremos mais tempo em campanha eleitoral.

Medina Carreira


Medina Carreira, SIC Notícias ontem

Como avaliar os professores?

"ANTEONTEM (Fevereiro de 2008), a Ministra da Educação declarou no Parlamento que na Universidade de Harvard os alunos avaliam os professores, dando a entender ser esta uma boa prática. Além de perigosa, a afirmação é parola. Nem tudo o que se pratica naquela universidade, certamente uma das melhores do mundo, é positivo, porque o ensino dos EUA está infectado pelo «politicamente correcto».
Se há alguém no mundo que não pode nem deve avaliar os professores são os alunos: nem os das universidades, nem, muito menos, os do ensino básico ou secundário. Porque tal prática destrói o cerne da relação pedagógica, a qual se baseia no facto de o docente saber mais do que o estudante e de, por isso, ter obrigação de, no final, lhe dar uma nota. Tudo o resto são cedências às ideologias que dominam as Ciências da Educação. Há ainda um pormenor não despiciendo: Harvard é uma universidade privada e o que lá se passa apenas diz respeito ao seu conselho escolar. Ora, o que está em discussão em Portugal é um plano a ser aplicado no ensino público, ou seja, nas escolas pagas com o nosso dinheiro.
O desastroso estado do sistema educativo português tem muitas causas, mas não será através deste esquema de avaliação, provavelmente inspirado nas grelhas de avaliação para os alunos, que o nefando Secretário de Estado Valter Lemos apresentou no seu livro O Critério de Sucesso, que aquele melhorará. Mesmo que se pudesse instalar uma câmara de vídeo – o que espero não venha a suceder – em cada sala de aula, não haveria maneira de se determinar quem ensina bem ou mal. Os alunos sentem-no, os colegas sabem-no e os próprios terão uma noção das suas competências, mas basta ler a peça de teatro «The History Boys», do premiado Alan Bennett, para se ver quão arbitrária pode ser a avaliação de um docente. Às vezes, só tarde na vida, ao recordar o professor que nos aterrorizou, nos apercebemos que foi este, e não o doce «setor», que nos fez crescer em Sabedoria. Que eu saiba, é para isto que as escolas servem."
Por Maria Filomena Mónica, no Sorumbático.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

A três meses das eleições tudo é transitório

De há uns dias para cá tem soprado vento e marketing da 5 de Outubro. Primeiro o encurtamento do número de anos necessários para o acesso ao topo da carreira, agora o fim das quotas. Depois de 4 anos a destruir a carreira docente, e a achincalhar os professores, foi preciso o PS perder umas eleições, para a ministra da educação dar uma volta de 180 graus e declarar como transitórias as medidas que ela jurava a pés juntos serem eternas, acertadas e fundamentais.
Não é necessário dizer que os professores não se vão deixar enganar por esta conversa do "transitório". A três meses das eleições tudo o é, principalmente promessas destas, que em Outubro valem o mesmo que a ministra, ou seja, zero.

Sócrates apanhado a tentar comprar estação televisiva

Mais um caso, mais uma trapalhada. Depois de ter dito que não sabia de nada e que não tinha nada que saber, José Sócrates vestiu hoje novamente a pele de cordeiro e veio anunciar que vai vetar o negocio entre a PT e a TVI.
Portugal é um país de casos, e este da PT/TVI é mais um exemplo de como funcionam as coisas por cá. Apesar desta oposição de última hora, a alegada sequência de acontecimentos é simples: o governo tenta controlar indirectamente um canal de televisão que o incomoda, através da sua compra por parte da PT; o negocio é tornando público e estava quase concluído; o primeiro-ministro é confrontado com a situação, e reage dizendo que não sabe de nada e que não tem nada que saber; levanta-se um coro de críticas, José Sócrates recua e afinal já se opõe ao negócio. Ontem não sabia de nada e nada lhe dizia respeito, hoje já é contra e vai vetar a compra. Por muito que se tente agora disfarçar, há duas coisas que são indisfarçáveis: o governo estava a tentar atirar o barro à parede a ver se pegava e foi apanhado.
O primeiro-ministro não é lá muito inteligente, pois julga que pode dizer uma coisa num dia, o seu contrário no dia seguinte, e que os portugueses acreditarão nas duas vezes. Sócrates, com este tipo de truques e malabarismos, menospreza claramente a inteligência do eleitorado, julgando-a à semelhança da sua. Talvez seja isto que o faça cair.

Cenas da televisão palestiniana

Enquanto de Israel surgem propostas de paz, os palestinianos continuam em competição para ver quem é mais "mártir", se o Hamas ou a Fatah.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Berlusconi apoia a proposta de Netanyahu

Benjamin Netanyahu reuniu ontem em Roma com Sílvio Berlusconi. Do encontro, o primeiro ministro israelita, recebeu o apoio do italiano para as suas propostas de paz para o médio oriente: na criação de um estado palestiniano desmilitarizado, e na necessidade de os palestinianos reconhecerem Israel como estado judaico.
Sílvio Berlusconi distanciou-se da exigência americana de congelamento de novos colonatos, e Netanyahu afirmou que não serão construídos novos, mas que a vida deve continuar nos já existentes.
Em relação à ameaça iraniana, os dois líderes estiveram em total sintonia, no sentido que o Irão não deve ter armas nucleares.

Previsões da OCDE: Portugal afunda-se, Israel aguenta-se

Segundo relatório hoje divulgado pela OCDE para as economias dos países membros, serão estas as taxas de crescimento da economia para Portugal e para Israel:

Crescimento do PIB (%) 2008 2009 2010

Portugal 0,0 -4,5 -0,5

Israel 4,0 -2,0 0,2


No que diz respeito ao desemprego a situação não será melhor:

Taxa de desemprego (%) 2008 2009 2010
Portugal 7,6 9,6 11,2
Israel 6,1 8,5 9,3

segunda-feira, 22 de junho de 2009

A todo momento cresce o interesse da juventude portuguesa pela Matemática

A todo momento cresce o interesse da juventude portuguesa pela Matemática. Eminentes peritos olham para o nosso país com estupefacção e admiração. Este pequeno rectângulo rodeado de mar e Espanha, que há uns anos não dava uma para a caixa em números, lidera agora a melhoria das estatísticas a nível mundial. A imprensa internacional acotovela-se para conhecer os três responsáveis por esta extraordinária façanha. São eles os heróis: Lurdes Rodrigues, Valter Lemos e Jorge da Pedreira. Saudemos a sua imensa sabedoria e competência.

Editorial do Público: exames de 2009

Clique na imagem para aumentar. Fanado aqui.

sábado, 20 de junho de 2009

O país dos mártires

Enquanto na rua as forças de segurança tentavam calar as vozes dos manifestantes, Mir-Hossein Mousavi, o principal rival de Mahmoud Ahmadinejad nas presidenciais iranianas, enviava uma carta ao principal órgão legislativo do país a reiterar que as presidenciais têm de ser anuladas. E anunciou estar "pronto para o martírio e para prosseguir neste caminho", disse uma apoiante dele por telefone à agência Reuters.
Se decidir continuar a não acatar as decisões do conselho de Guardiões, o destino de Mousavi será o mesmo que o de milhares de compatriotas seus: o martírio. Ou dito de outra forma, a eliminação física. Ele sabe os riscos que corre, pois desde a revolução islâmica de 1979, que muitos iranianos tombaram assim.
Nos primeiro tempos da revolução, o regime islamo-fascista de Teerão, perseguiu e eliminou os seus adversários e aqueles que teimavam em não seguir as leis da virtude. Depois, na guerra Irão-Iraque, milhares de soldados foram declarados "mártires", ao fazerem-se explodir contra os tanques de Saddam Hussein. A tudo isto assistiu Mussavi, que agora estará disposto a fazer o mesmo.

Lieberman: "Colonatos não são obstáculos para a paz"

O ministro dos negócios estrangeiros, Avigdor Lieberman, disse hoje nas Nações Unidas que Israel está preparado para iniciar conversações de paz com os palestinianos. Agora há "uma boa oportunidade de começar o diálogo com os palestinianos e tal como o primeiro-ministro Netanyahu disse, estamos preparados para iniciar as conversações imediatamente", declarou Lieberman no fim de uma reunião com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Questionado sobre o principal obstáculo às negociações, os colonatos, o ministro negou que sejam um problema porque "antes de 1967, e mesmo antes que estabelecêssemos o primeiro, a situação era a mesma que agora", indicou. Referiu ainda que quando Israel desmantelou os 24 colonatos de Gaza e transferiu mais de 12 mil pessoas para outros lugares do seu território, as milícias do Hamas "continuaram a enviar centenas de mísseis" contra as cidades israelitas. "Os colonatos são uma desculpa para evitar as conversações de paz", acrescentou.
Sobre as diferenças que separam a Jerusalém e Washington, em relação a este assunto, Lieberman assegurou que "os dois países têm muitos entendimentos sobre a evolução da paz regional. Estamos de acordo em muitas posições e temos este desacordo. Isto acontece entre entre os melhores amigos". O Estado Unidos e Israel podem "chegar a um entendimento, pois esse não é o principal problema da nossa região".
Lieberman abordou ainda com o secretário-geral da ONU outros problemas regionais, nomeadamente o Irão, a proliferação nuclear e as ameaças à paz regional. Disse que Israel está muito preocupado com a escalada nuclear no médio oriente, e que isso constitui não só uma grande ameaça para Israel mas também para o mundo inteiro.

Sempre vigilantes

sexta-feira, 19 de junho de 2009

O Império contra-ataca

O que vai acontecer no Irão depois de o "ayatollah" Ali Khamenei, Supremo Líder, ter feito um ultimato aos líderes da oposição para cessarem as manifestações ou assumirem a responsabilidade de um banho de sangue?
Durou pouco a aparente passividade do Supremo Líder do Irão. Com o discurso de hoje, colocou-se definitivamente ao lado de declarado vencedor, energúmeno Ahmadinejad, e deu a entender que não vai admitir qualquer tipo de alteração à ordem vigente. Um dos regimes mais absurdos e abjectos que existem, mostra assim as garras. Fica claro, que se os manifestantes persistirem nos protestos, poderá haver um banho de sangue. O que acontecerá depois, não se sabe, mas duas coisas parecem certas: nada ficará como antes e o regime teocrático do Irão tem aqui o seu maior abalo de sempre.

Ainda não percebeu que já não governa

MLR anda desnorteada dentro da teia burocrática que teceu. Com o ano lectivo a terminar, e com eleições em Setembro, a ministra está convencida que ainda decide alguma coisa e que determina que modelo de avaliação é que o próximo governo vai adoptar. Ainda não percebeu que chegou ao fim da linha e que nada do que fizer ou disser será tido em conta. Como é que é possível depois de tudo o que aconteceu, esta senhora ainda se atrever a sugerir voltar ao modelo regulamentado em 2008? Ainda para mais quando até já o 1º ministro percebeu que é uma coisa sem pés nem cabeça.
A pergunta tem uma possível resposta: os membros do governo e respectivos dependentes, vivem no mundo burocrático de despachos e pareceres e de contra-despachos e contra-pareceres, o qual se prolonga indefinidamente para além do seu fim político. É esse o caso de MLR: continua a pensar que ainda governa.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Resultados inversamente proporcionais à ministra

A ministra da educação continua a repetir a mesma mentira cada vez que saem resultados de provas ou exames. Os resultados, segundo ela, estão em constante melhoria, apesar de ser cada vez mais óbvio que os processos que o ME utiliza para aferir as aprendizagens, são tudo menos sérios. É o ministério da educação, que elabora, aplica e classifica as provas. Ou seja, é o ministério que controla todo o processo. Qualquer análise minimamente inteligente percebe que nada disto é honesto, e que não passa de mais um exemplo flagrante que a política educativa do governo se resumiu a três coisas: distribuir computadores, distribuir diplomas, e baixar a exigência e a qualidade, de maneira a melhorar as estatísticas.
A noite das eleições europeias mostrou aos portugueses a verdadeira Maria de Lurdes Rodrigues: arrogante, mal educada e quezilenta. Foi o seu fim político. Acabou à porta de um hotel, numa noite de derrota, a enxotar jornalistas.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

O falso

O primeiro ministro acabou de dar uma "entrevista" a Ana Lourenço da SIC. Entre aspas, porque de entrevista não teve quase nada, a entrevistadora não confrontou José Sócrates com o contraditório, e deixou-o falar e dizer apenas o que quis e como quis. Não se percebe como é que um canal de notícias tem um programa de entrevista em que a jornalista, pura e simplesmente, não as sabe fazer. Um tempo de antena não teria feito melhor.
Sócrates surgiu esta noite aos portugueses como um senhor muito bonzinho, compreensivo, amigo e caridoso. Paternalista, um incompreendido. Tratando-os como se fossem estúpidos e falando-lhes num tom de voz a soar a falso.
Mentiu descaradamente sobre uma série de políticas, nomeadamente as relacionadas com a educação e com as finanças públicas. Voltou a atirar as culpas da crise para cima da conjectura internacional, não deu qualquer tipo de explicação sobre a situação das contas do Estado (também não lhe a pediram...) e elegeu o governo como o pai de todos e que de todos deve tratar.
Sócrates é um político medíocre, que vive de truques e golpes baixos, e que não respeita o eleitorado, pois trata-o com menoridade, a ponto de achar que uma mudança no tom de voz é suficiente para o convencer.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Neo-comunista

Francisco Louçã em entrevista ao Jornal i, deixou escapar algumas pérolas sobre o melhor do pensamento neo-comunista do Bloco de Esquerda.
Sobre soluções governativas, afirma muito democraticamente que "o PSD não pode ganhar as eleições" e que "não faremos uma coligação com o Partido Socialista". Presume-se por isso que já se imagina o grande líder lusitano....
Em relação à economia, Louçã defende "a nacionalização dos sectores estratégicos", sem especificar muito bem o que são, e que "a regulação e a supervisão são um fracasso". Por isso, tudo nacionalizado que é para não haver prevaricação nem vícios, e para a regulação passar a ser desempenhada por um bloquista virtuoso.
Nas questões internacionais, defende a saída de Portugal na NATO; julga sem qualquer pudor Durão Barroso (e outros) como "criminosos de guerra"; e critica a "visão sionista do controlo do Médio Oriente". Sobre esta última, mais não disse mas adivinha-se o que quis dizer: por Louçã, o Estado de Israel seria substituído por uma República Islâmica do Hamas.
Estas ideias, misturadas num discurso moralista, populista e justiceiro, correm o risco de se tornar pensamento dominante em Portugal. 35 anos depois do 25 de Abril, a liberdade é de novo questionada e ameaçada.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Discurso de Netanyahu - reacções

Também a União Europeia saudou o discurso, embora de forma cautelosa. “Na minha opinião, este é um passo na direcção certa. A aceitação de um Estado palestiniano está lá presente”, comentou o ministro checo dos Negócios Estrangeiros, Jan Kohout. Para o seu homólogo sueco Carl Bildt – cujo país herdará da República Checa a presidência rotativa da UE em Julho – trata-se no entanto de “um pequeno passo em frente”.
Em Israel, Tzipi Livni, líder da oposição, disse que o primeiro ministro deu um passo na direcção certa, e que "sempre houve um consenso interno em Israel em matéria de segurança e na manutenção de Israel como estado judaico, as divergências têm surgido apenas no caminho para a obtenção dessas coisas".
Na direita parlamentar, Uri Orbach da "Casa Judaica", considerou perigosas as implicações da criação de um estado palestiniano. Já alguns deputados do Likud, como Danny Danon manifestaram a sua desaprovação ao discurso, estando já a decorrer movimentações ao nível do comité central do partido para a votação das propostas de Netanyahu. Arie Eldad, da União nacional, disse que Netanyahu perdeu a liderança do campo da direita, pois não só quebrou promessas eleitorais, como se converteu às ideias que sempre combatera.
À esquerda, os trabalhistas apoiaram e aplaudiram as propostas presentadas, enquanto o líder do Meretz, Haim Oron, as criticou por virem demasiado tarde.

domingo, 14 de junho de 2009

Contra-revolução no Irão?

O troglodita Ahmadinejad fez o discurso de vitória, enquanto nega a pés juntos que não houve fraude. A negações deste senhor não costumam ser de fiar: nega o Holocausto, nega os propósitos militares da questão nuclear, nega a existência do Estado de Israel, nega a existência de homossexuais no Irão, entre muitas outras que foram surgindo no dia de hoje, como o acesso à rede de telemóveis.
Curiosas são as reacções da comunidade internacional e da comunicação social portuguesa a este assunto. A primeira não se posiciona sobre o resultado eleitoral, com excepção dos apoiantes do costume, a segunda, trata-o em roda pé, como se uma coisa de 5ª ordem se tratasse.

Dia D para Netanyahu

O primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu propôs a criação de um Estado palestiniano desmilitarizado, e impôs como condição do início de negociações de paz que Israel seja reconhecido como "o Estado dos judeus." Trata-se de uma proposta histórica, pois pela primeira vez um primeiro ministro israelita aceita a criação de um estado palestiniano.
Esta ideia, ao contrário do que muitos pensam, é amplamente aceite pela maioria dos israelitas e pela maior parte dos partidos políticos. A criação de um estado palestiniano, foi defendida abertamente na campanha eleitoral por Tzipi Livni do Kadima, e por Ehud Barak, do Partido Trabalhista, e ainda pela extrema-esquerda do Partido Meretz. Posteriormente, também um dos líderes da direita laica, Avigdor Lieberman se mostrou favorável à criação desse estado. Para além de todos eles, o Presidente Shimon Peres, tem sido um incansável defensor dessa solução.
As maiores resistências à ideia, vinham precisamente do Likud, o partido do primeiro ministro e da extrema direita religiosa. Por isso, a actual proposta não deixa de ser uma ironia, pois é quem se opunha à solução, que acaba por a apresentar.
Da proposta em si, alguns aspectos já são conhecidos: a segurança de Israel deve ser prioritária; Israel tem de ser conhecido como estado judaico; o estado palestiniano deve ser desmilitarizado; Israel não negoceia com o Hamas; novos colonatos não serão construídos; e a questão dos palestinianos a viver fora de Israel, deve ser tratada fora de Israel.
Aguardam-se as reacções das diferentes tendências palestinianas, a começar pelo Hamas.

Costuma ser assim

sábado, 13 de junho de 2009

Protestos em Teerão


Teerão, hoje

O anuncio dos resultados eleitorais, está a provocar fortes protestos dos apoiantes do candidato declarado derrotado, Mirhossein Mousav. Apesar dos dois principais candidatos serem figuras do regime, muitos iranianos viram em Mousav uma possibilidade de mudança. A isso não são alheios, os actuais protestos: muita gente está a ter nos resultados frustrados destas eleições, uma janela de oportunidade para protestar, e revelar o regime iraniano ao mundo.

Irão matar-se?

Depois da aparente reeleição do troglodita Ahmadinejad, há muita gente defraudada no Irão. Já há confrontos nas ruas de Teerão, a ponto de o Guia Supremo ter vindo a público apelar à calma.
Apesar de serem justas as aspirações dos manifestantes, muitos deles certamente nasceram depois da revolução de 1979, ignorando o que o poder dos ayatolás fez a uma geração inteira. Por agora apelam à calma, se a calma não se instalar, regressarão aos velhos métodos. Ainda estamos longe da queda do regime iraniano.

Muito preocupante...

...foi como Israel classificou o resultado das eleições presidenciais no Irão e apelou à comunidade internacional para travar o programa nuclear da República Islâmica. A reacção foi anunciada por Danny Avalon, vice-ministro dos negócios estrangeiros, um dia antes do aguardado discurso do primeiro ministro Netanyahu, onde irá anunciar a política de paz e segurança para o Estado de Israel.

20 mil pessoas na parada gay de Tel Aviv

Apesar dos protestos de um pequeno grupo ligado à extrema-direita, e das cartas do ministro Eli Yishai, a parada gay de Tel Aviv foi um sucesso. A abertura oficial ocorreu na quinta feira, e contou com a presença de Tzipi Livni, que desta forma deu o seu apoio ao evento. Ao desfile compareceram também o presidente da câmara, Ron Huldai, do Partido Trabalhista, e o deputado homossexual Nitzan Horovitz, do Partido Meretz (o Bloco de Esquerda de lá).

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Duas faces da mesma moeda

As urnas encerraram esta noite no Irão, quatro horas depois do inicialmente previsto devido à elevada afluência registada. Os primeiros resultados só devem ser conhecidos amanhã, mas o ex-primeiro-ministro Mir-Hossein Mousavi disse ser o “vencedor definitivo” do escrutínio. Contudo, os apoiantes do Presidente cessante reivindicam para si uma maioria idêntica.
É relativamente indiferente ser um ou outro o vencedor. Ambos representam o mesmo: são duas faces de um regime fascista não democrático, ou de outra maneira, de uma república islâmica totalitária. Os mais desatentos poderão embarcar no conto da democracia, pois os eleitores vão escolher entre os dois, mas a verdade é que a escolha não é democrática: o Conselho dos Guardiões, vetou a maior parte das mais de 400 candidaturas ao lugar. Resta apenas saber qual dos candidatos do regime vai ganhar.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Abaixo-assinado pelos Directores de Turma

Por melhores condições para o exercício do cargo de Director de Turma.

Há 17 anos...

Tzipi Livni e George Mitchell

Jerusalém, ontem

Eli Yishai tenta travar a parada gay de Tel Aviv

O ministro do Interior, Eli Yishai, do Partido Shas, escreveu ao primeiro ministro Netanyahu e ao presidente da câmara de Tel Aviv, Ron Huldai, para que ambos mandem cancelar a parada gay da próxima sexta feira. A carta foi ainda assinada pelos líderes de outros partidos da extrema-direita, Uri Ariel, da União Nacional e Menachem Eliezer Moisés, do Judaísmo Unido da Tora.
Já não é a primeira vez que o ministro moralista Yishai tenta travar a realização do evento. Há um ano atrás, escreveu a Ehud Olmert com o mesmo propósito. Apesar disso, a manifestação realizou-se na mesma, reunindo cerca de 20 mil pessoas, mas não sem originar alguns confrontos entre opositores e activistas.
O ministro Yishai ao tomar estas posições contradiz-se, pois conseguiu fazer uma campanha eleitoral inteira rodeado apenas de homens e sem uma única mulher à vista.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

É o momento oportuno para terminar o conflito israelo-árabe

"A viagem do Presidente Obama à Arábia Saudita e ao Egipto pode ser uma oportunidade. Reflecte a necessidade de uma mudança histórica no Médio Oriente e, ao mesmo tempo, uma oportunidade única de alcançá-la. Estão em jogo várias ideias. Uma delas é a iniciativa de paz do Rei Abdala da Arábia Saudita, adoptada pela liga Árabe em Beirute. Outra é a sábia proposta do Rei Abdula da Jordânia acerca de uma "solução de 57 estados" para conflito israelo-árabe. Ambos os Reis têm razão em ver o destino e o caminho mais seguros para a sua realização. Com apoio do líder do Egipto, parece que é o momento oportuno para pôr fim, de uma vez por todas, ao conflito israelo-árabe. Este objectivo histórico exige uma dupla abordagem. Requer negociações bilaterais entre Israel e cada um dos seus vizinhos: os palestinianos, Síria e Líbano. E, ao mesmo tempo, um processo regional de normalização de relações entre Israel e os estados árabes. Essa arquitectura diplomática pode representar uma estratégia de mútuo ganho para todas as partes. O apoio do mundo árabe proporcionará legitimidade à Autoridade Palestiniana para abordar a difícil tarefa de realizar, e logo implementar, acordos históricos. Ao mesmo tempo, pode assegurar a Israel que, as dolorosas concessões que fará, serão recompensadas por uma paz mais ampla, duradoira e integral na região. Este enfoque já foi estabelecido no internacionalmente aceite "Roteiro da paz".
Este esquema esboça certos passos de normalização em relação a Israel, que devem ser tomados pelos estados árabes à medida que avança o processo bilateral. A sua segunda fase, requer do estabelecimento de um estado palestiniano, com fronteiras provisórias, antes da passagem ao estatuto permanente. Um plano similar foi negociado no passado. Os palestinianos rejeitaram as fronteiras provisórias devido à sua preocupação para que se convertessem em permanentes. Um acordo regional, com garantias americanas e europeias, pode tranquilizar as suas dúvidas. Olhando para o passado, confesso que os planos de paz bem formulados não são, por si sós, suficientes. Com frequência requerem algo mais. Eventos imprevistos decidem, nalgumas ocasiões, o destino da guerra e da paz; como uma reviravolta, podem desarreigar pensamentos persistentes e de longa data. Por exemplo, se as negociações israelo-egipcias tivessem sido guiadas só por advogados, pergunto-me se teríamos alcançado a paz com tanta rapidez. O que levou ao tratado de paz israelo-egipcio, assinado em 1979, foi uma viagem de menos de uma hora: o tempo que levou a Anwar Sadat para voar desde o Cairo até Jerusalém. Essa hora mudou o curso da história no Médio Oriente. Não porque houvesse pressão, mas apenas porque reduziu velhos temores. Capturou as ideias das pessoas e criou um ponto decisivo muito mais poderoso que a pressão externa. Israel e o Egipto estavam surpreendidos pelo tremendo efeito desta viagem. Pôs fim à história de desconfiança e receio.
O pai do Rei Abdula de Jordânia fez algo parecido em 1997, depois de sete rapazes israelitas terem sido assassinados por um soldado jordano. As suas famílias viviam em Beit Shemesh, uma cidade próxima de Jerusalém. O Rei Hussein, rompendo o protocolo, conduziu de surpresa até Beit Shemesh, onde visitou a cada uma das famílias atingidas. Procurava um perdão genuíno. O impacto deste gesto, inesperado em Israel, foi espectacular. Até hoje , essa visita é considerada como um ponto decisivo nas relações entre os nossos dois países. Uma paz regional pode ter o mesmo efeito drástico, sempre que se realizem os preparativos correspondentes. Pode ter o potencial de destruir prejuízos e superar negociações insignificantes. Por mais astutos e eruditos que sejam os negociadores, não podem igualar o impacto de tal gesto. Uma paz regional é mais viável agora que antes. A alternativa à paz regional é uma fissura regional. Muitos líderes árabes percebem a procura de hegemonia do Irão como uma ameaça contra a sua existência e identidade. Para eles, o desafio principal não é Israel, são os ayatollahs iranianos que procuram a dominar o Médio Oriente, usando o terror e as ameaças de armas não convencionais. Israel é, cada vez mais, considerado como uma parte do novo caminho para a uma solução regional. A segurança regional ajudará Israel a garantir o seu interesse principal de segurança. Uma paz regional tratará desafios vitais tais como a escassez de água, a poluição ambiental e a pobreza.
Estes problemas parecem nacionais mas são regionais e, também, o são as suas soluções. A sua resolução depende da ciência e da tecnologia que não conhecem fronteiras. A Europa conservou as suas fronteiras políticas mas abriu-as ao progresso. Também podem fazê-lo as nações do Médio Oriente. Para manter a soprar o vento das mudanças, devemos renovar as negociações bilaterais com os palestinianos, apoiados por claros incentivos económicos e ambientais. A "paz económica" não é um substituto da "paz política", é um catalisador para o progresso. Os líderes regionais devem tratar estas opções seriamente e não como outra sessão fotográfica, como uma discussão substantiva que abra as portas para a uma paz integral e o desenvolvimento económico regional. O espírito positivo da iniciativa árabe de paz, juntamente com o “Roteiro da paz”, abriram uma clara oportunidade. Israel não fez parte da redacção da iniciativa árabe de paz e, por tanto, não deve esperar-se que aceite cada uma das suas palavras. Mas Israel não deve abster-se de impor, noutras partes, a sua própria formulação, e está preparada para negociar de comum acordo. As negociações regionais deveriam começar sem pré-condições. Sua Majestade, o Rei jordano, tem razão ao salientar que esta é uma oportunidade única, e é hora de navegar com o forte vento que, agora, está a soprar para a direcção correcta. Não existe força maior que o poder de uma ideia que deu os seus frutos. Este é o ponto para a paz actualmente. Os passageiros estão prontos. O barco está à espera. É hora de os navegantes tomarem o leme com decisão."

terça-feira, 9 de junho de 2009

Europa azul

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A frase

"Vozes críticas do PS apontam as políticas de Educação como umas das causas principais para o desastre eleitoral"
Revista Visão, 09 de Junho de 2009

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Partido de Deus perde eleições no Líbano

Contrariando as sondagens, a coligação pró-ocidental liderada por Saad Hariri, no poder desde 2005, venceu as legislativas de ontem no Líbano, superando as formações lideradas pelo movimento xiita Hezbollah.
O resultado destas eleições é uma profunda derrota para as aspirações do movimento terrorista Hezbollah e para os seus aliados da Síria e do Irão. O eleitores libaneses penalizaram quem de forma ilegítima põe e dispõe do seu país.
Em Israel aguarda-se com expectativa a formação do governo, tendo o ministro dos negócios estrangeiros, Avigdor Lieberman, sublinhado que o novo executivo deve assegurar que o sul do país não seja utilizado para o lançamento de misseis contra o estado hebraico. Isto porque, o Hezbollah continua ilegalmente armado, sendo caso quase único no mundo: um partido supostamente político, dispõe e usa armas contra própria população e contra os vizinhos.

domingo, 7 de junho de 2009

Conseguiremos

A esquerda folclórica...

... quase triplica o resultado. Está tudo dito sobre o nosso país.

Vitória

Resultados...

... de toda a Europa, aqui.

O primeiro lugar vai...

... para a abstenção. Aguardam-se os outros vencedores da noite.

Espírito do dia

Resultados oficiais, aqui, a partir das 21.00.

sábado, 6 de junho de 2009

Dia de reflexão

sexta-feira, 5 de junho de 2009

A guru do 'eduquês'...

...Ana Maria Bettencourt, uma das maiores especialistas portuguesas em 'pedagogice', deu duas entrevistas ao Jornal Público, nas quais disse coisas de fugir. Esta ex deputada do PS, e eventual futura ministra da educação, continua a defender com unhas e dentes a totalitária ideologia do "eduquês".
Segundo ela, "há três componentes na missão do professor. Uma é mudar o paradigma do trabalho dentro da sala de aula: mais trabalho e mais acompanhamento aos alunos. A segunda é que o professor tem que ter função de tutoria, de enquadramento e apoio ao aluno; ajudar um aluno com crise pessoal ou que não consegue aprender. A terceira componente é o trabalho em equipa." Sobre a principal tarefa que é ensinar, nem uma linha.
Depois, prossegue dizendo que "as escolas têm que ser avaliadas se resolverem os problemas e se não o fazem têm que explicar porquê." Ou dito de outra forma, se não passarem os meninos todos, serão culpabilizadas pelos chumbos, e avaliadas pelas grelhas altamente científicas do secretário de estado Valter Lemos.
Sobre as medidas propostas pela actual equipa do ministério, nomeadamente sobre o ensino das línguas, a Drª Bettencourt continua maravilhada com a Finlândia (até suspeito que ela viva lá), pois refere que "na Finlândia, há alunos dessas idades [10 a 12 anos] a estudar cinco línguas, há percursos muito centrados nas línguas porque os finlandeses dizem que são um país periférico e têm que aprender. O problema não é o ensino de duas línguas, mas a consolidação da compreensão das mesmas".
Sobre a Matemática, defende que "os professores têm que trabalhar mais. Não podem ser só as famílias, embora estas sejam importantes; é a escola que tem que ter muito mais responsabilidade." Claro, a culpa é dos professores, não são as famílias que não ligam nenhuma à escolaridade dos filhos, e não são os alunos que são cada vez mais preguiçosos.
Sobre o facilitismo que tem sido acusada, e acerca dos "chumbos" a linha é a mesma: "Um aluno que chumba várias vezes é porque não foi apoiado e vai acabar por desistir, o que é mau para ele e para o país. O que defendo é que os professores compreendam as dificuldades dos alunos, insistam e trabalhem muito. Isto é muito importante, para poder resolver, porque se não, os professores dão sempre mais do mesmo. Um dos aspectos que me impressionou na escola finlandesa foi os alunos trabalharem imenso. Existem alunos com dificuldades, são apoiados e vão fazer a sua escolaridade." Mais uma vez, a culpa é dos professores e nunca, nunca é dos alunos. Dos exames, disse que "o problema do sucesso nas aprendizagens não depende de mais exames."
Ana Maria Bettencourt personifica bem o espírito do Partido Socialista para a educação. Qualquer ministro que venha deste partido vai defender estas ideias, que têm sido em parte responsáveis pelo tremendo falhanço que é a escola em Portugal. Estes senhores, debaixo da capa de quererem ajudar os "coitadinhos" e os "pobres", estão com estas ideias, a prolongar-lhes a pobreza e coitadice, porque no essencial os desresponsabilizam pelos seus resultados e pelas suas aprendizagens. Ao mesmo tempo, fazem tábua rasa de tudo o que muitos professores todos os dias fazem nas escolas, passando-lhes a responsabilidade de todos os males.
Maria de Lurdes Rodrigues, ao pé de Ana Bettencourt, é uma santa, e se a segunda substituir a primeira, ainda vai haver quem tenha saudades da 'Milu'.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Trabalhistas holandeses derrotados

O PVV, dirigido pelo deputado Geert de Wilders, obteve 15,3 por cento dos votos, de acordo com sondagens à boca das urnas. Ficou apenas a 4,3 pontos do Partido Democrata-Cristão (PDA), do primeiro-ministro Jab Balkenende, que perdeu 4,8 pontos percentuais em relação às eleições europeias de 2004. Os trabalhistas, no poder com os democratas-cristãos, perderam quase dez pontos e ficaram com apenas 13,9 por cento dos votos, atrás do PVV.
Seria uma boa notícia o efeito contágio em relação ao PS.

Obama - 3 (Reacções em Israel)

Em Israel já há reacções a este discurso. O governo apoiou-o, compartilhando as suas esperanças na paz, mas sublinhou que a segurança de Israel é primordial, não fazendo referência aos colonatos e à solução de 2 estados. Quer Netanyahu, quer Ehud Barak, declararam vontade em prosseguir com o processo de paz.
Na oposição, o deputado Ze'ev Boim do Kadima, referiu a coincidência de posições entre Obama e o seu partido, salientando que a solução de dois estados é a única que pode garantir o futuro de Israel como estado judaico. Já o deputado Yohanan Plesner, salientou que Israel poderia beneficiar da imagem dos Estados Unidos no mundo árabe, e que isso poderia fortalecer uma coligação para lutar contra Irão. Ambos criticaram a posição do governo em relação ao processo de paz.
Pela extrema direita do partido "A casa judaica", o seu líder Daniel Hershkowitz, salientou que Obama não referiu que os palestinianos têm de renunciar ao terror.
Na extrema esquerda do Meretz, o líder Haim Oron, congratulou-se com o discurso, que referiu estar cheio de inspiração, optimismo e visão. "O discurso é uma façanha de iluminação", disse ele.
Do lado do colonos, um porta voz disse que o discurso era simpático e ingénuo, e que estava fora da realidade.
O presidente Shimon Peres, classificou o discurso de Obama como uma oportunidade histórica e que pode criar uma dinâmica para a resolução dos conflitos no médio oriente.
Posições para todos os gostos.

Obama - 2

"Militantes" palestinianos fazem o mesmo, num campo de treino em Gaza

Obama - 1

Haredi ouve o discurso de Barack Obama, Jerusalém, hoje

PSD na frente

Em terceiro lugar surgem também empatados com 8,9 por cento das intenções de voto Ilda Figueiredo (CDU) e Miguel Portas (BE), sendo que ambos subiram quase dois por cento. A última força política é o CDS-PP que caiu mais de um ponto, para os 3,3 por cento.
Se estes resultados se verificarem, serão eleitos os seguintes deputados: PSD - 9, PS - 8, PCP/PEV - 2, BE - 2, CDS - 1.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Planos de fachada

Mais um grande sucesso da equipa da 5 de Outubro. A sua aposta na burocracia e na produção de papelada em massa, está a dar resultados: o sucesso educativo não pára de aumentar, dos 187.638 alunos sujeitos a planos de recuperação, quase 3/4 conseguiu passar.
O esquema explica-se depressa. O objectivo do ME é ter 100% de aprovações, independentemente das aprendizagens realizadas pelos alunos, então inventou esta 'coisa' chamada plano de recuperação. Assim, fica bem visto e numa posição inatacável: tudo faz para recuperar alunos.
No terreno a 'coisa' não funciona bem assim. Ao aluno que não faz nada, que não quer fazer e que tem raiva de quem faz, elabora-se e aplica-se o plano dito de recuperação. Plano esse, que não é mais que um conjunto de folhas, onde reproduz aquilo que o aluno não sabe, e aquilo que a escola se propõe fazer para o recuperar. A primeira parte era desnecessária, porque o que ele não sabe está a vista de toda a gente, a segunda é um conjunto de estratégias, que na sua maioria já são aplicadas pelos professores, e às quais, na maioria das vezes, o menino resiste porque normalmente dão trabalho. Em resumo, a maioria dos planos não passa de fachada, e apenas serve para ocupar os professores, e para os inibir de serem rigorosos com as avaliações: quantas mais negativas derem, mais papeis preenchem. Um professor que passe os alunos todos, nunca é escrutinado, inquirido e muito menos solicitado para que preencha seja o que for.
Desta forma, e no meio dos milhares de papeis, solicitações, pressões e problemas com que se deparam todos os dias na escola, muitos professores acabam por inteligentemente fazer a vontade ao ministério. Para quê resistir a uma ideologia, porque é disso que se trata, que quer à força que os alunos passem? Qual é neste momento o incentivo que os professores têm para ser rigorosos nas avaliações dos alunos? Os que o fazem, são imediatamente responsabilizados pelo insucesso, penalizados com mais papeis e com exigências de justificação de negativas.
A não ser assim, como se explica que dos 25% de alunos com planos de recuperação, tenham passado quase todos? Um monte de papeis consegue assim tantos resultados? Pobres árvores.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Hoje é...

A candidata fantasma faz uma aparição...

...para tentar envolver o PSD no caso BPN. A insuportável Ana Gomes, disse hoje que o BPN é um caso de "criminalidade financeira organizada que envolve altas figuras do PSD: Oliveira e Costa, Dias Loureiro, Joaquim Coimbra, para citar apenas três nomes”, e que “Não se trata de responsabilizar o PSD pelo BPN, é exactamente o contrário”. Por isso defendeu que “é urgente” Ferreira Leite pronunciar-se. “Tem de demarcar-se, tem de condenar os actos eventualmente praticados por militantes do PSD no BPN, tem de exigir a investigação célere e a punição exemplar”. Porque, avisa, “se não se demarcar do BPN, estará a comprometer o bom nome do PSD”.
Para além de insuportável, Ana Gomes é sonsa e desonesta. Como se não bastasse o facto de estar a concorrer a dois cargos em simultâneo, coisa que não lhe parece causar problemas éticos, esta senhora vem agora colar um partido inteiro às "alegadas" práticas menos claras de 3 dos seus militantes. Práticas essas que ignora quando ocorrem no seu partido.
A forma como o faz é tosca e estilo "chica-esperta": para poder fazer a colagem à vontade, finge-se preocupada com o bom nome do PSD. Não se esperava que Ana Gomes andasse preocupada com a reputação dos adversários, deveria sim, preocupar-se com a sua e como é que ela vai ficar, quando perder as eleições em Sintra e rumar a Estrasburgo para o dourado lugar de eurodeputada.
Ana Gomes deveria ficar satisfeita com o facto de o bom nome do PSD estar comprometido, pois isso seria excelente para ela e para o PS. Não seria criticada por isso, o que se critica são estes golpes de baixa política, onde faz insinuações, e denigre os adversários, fingindo-se preocupada com o seu bom nome.
Ana Gomes é mais uma espertalhaça que julga estar a lidar com eleitorados de 3º mundo e que pode dizer o que quiser e da forma que quiser, que as pessoas não terão sentido crítico e votarão nela na mesma. É um excelente exemplo, de uma candidata que deveria ser exemplarmente derrotada.