segunda-feira, 30 de novembro de 2009
domingo, 29 de novembro de 2009
Milhares contra os Haredim
Milhares de habitantes de Jerusalém, entre seculares e religiosos, protestaram ontem à noite contra a violência e a coerção dos ultra-ortodoxos. A manifestação decorreu entre a Praça Paris e a Praça Zion, no centro da cidade, e teve como lema: "O Irão é aqui, estamos cansados da violência Haredi!"
Entre os manifestantes esteve o deputado do Partido Meretz, Nitzan Horowitz, que acusou os Haredim de utilizarem pretextos como os parques de estacionamento, a Intel, e a Pride Parade, para imporem a sua vontade pela força, coerção e violência. Outro manifestante, Yehonatan Alazar, um religioso da cidade, referiu que os Haredim não estão preocupados com o shabat, mas apenas em fortalecer o seu poder em Jerusalém. Muitos cartazes denunciavam o facto de a comunidade Haredi não servir no exercito, não pagar impostos, mas extorquir constantemente dinheiro ao orçamento de estado, principalmente para financiar as suas escolas religiosas.
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sábado, 28 de novembro de 2009
O que dizem os outros
Como de costume, não chega
A resposta do líder palestiniano Mahmud Abbas à moratória anunciada por Benjamin Netanyahu à construção de colonatos foi a que se esperava, aqui. Depois de a ter exigido como condição para o recomeço das negociações de paz, a inesperada resposta positiva de Israel foi considerada insuficiente. Nada, absolutamente nada de novo daquele lado.
Como nota com cristalina clareza o editorial do Jerusalem Post, a resposta de Abbas é lógica e consistente com a tradição. Abbas, mesmo que quisesse, não pode corresponder. Nem sequer fingir que o faz, com eleições à porta. Porque, como é óbvio, não são os colonatos na margem ocidental do Jordão o pomo da discórdia.
Ao contrário do que querem as boas almas, muitas vezes cheias de boa vontade, a questão não é, nunca foi, tão-pouco uma questão de partilha de territórios, mas a da existência de Israel. E, uma vez mais, mesmo que Abbas quisesse condescender, não poderia fazê-lo. Entrar em negociações supõe aceitar o princípio de um compromisso durável entre as partes. Ora é a existência de uma das partes que não pode ser aceite. E, na actual, conjuntura, nem a brincar.
Por Jorge Costa no Cachimbo de Magritte.
Ao contrário do que querem as boas almas, muitas vezes cheias de boa vontade, a questão não é, nunca foi, tão-pouco uma questão de partilha de territórios, mas a da existência de Israel. E, uma vez mais, mesmo que Abbas quisesse condescender, não poderia fazê-lo. Entrar em negociações supõe aceitar o princípio de um compromisso durável entre as partes. Ora é a existência de uma das partes que não pode ser aceite. E, na actual, conjuntura, nem a brincar.
Por Jorge Costa no Cachimbo de Magritte.
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As músicas sóbrias regressam em breve.
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Haredim contra a Intel
Terceira semana de protestos dos Haredim contra a multinacional Intel. Em causa está o funcionamento, durante o Shabat, de uma nova fábrica de microchips em Jerusalém. Há duas semanas, 2 mil de Heredim invadiram o Parque Industrial Hotzvim Har para protestar contra aquilo que consideram ser uma profanação do Shabat. Houve confrontos com a polícia e alguns manifestantes ficaram feridos. Ontem os protestos voltaram, mas desta vez os manifestantes foram apenas 40. O Rabino Yosef Rosenfeld liderou a manifestação.
O presidente da Câmara de Jerusalém, Nir Barkat, opôs-se às pretensões dos Haredim e declarou o seu apoio à continuação das actividades da empresa em Jerusalém. O mesmo indicam as sondagens de opinião realizadas entretanto: 76% dos israelitas (93% nos judeus seculares) acreditam que os protestos ocorreram devido a interesses pessoais e partidários dos rabinos, enquanto que apenas 24% acreditam que foram inspirados pelo amor a Israel e pelo bem estar da sociedade; em relação à actuação da polícia, 53% considera que foi branda de mais, enquanto que 11% considera que usou força excessiva.
O protesto é legitimo, e a liberdade religiosa também, mas a coerção e a violência, em que parte da comunidade haredim se tem especializado, não são. Há muito tempo que Israel tem um problema com os religiosos extremistas. Desde que em 1982 Menahem Begin cobardemente cedeu ao Partido Religioso Nacional, proibindo os voos da El Al ao Sábado, que os sectores mais extremistas da sociedade israelita têm vindo a ganhar terreno.
O caso da Intel é vergonhoso: Jerusalém é a cidade mais pobre de Israel, e simultâneamente a mais religiosa, e é precisamente aquela onde, em vez de se atrair investimento, se afugenta o pouco que consegue sobreviver às mirabolantes regras do judaísmo extremista.
O protesto é legitimo, e a liberdade religiosa também, mas a coerção e a violência, em que parte da comunidade haredim se tem especializado, não são. Há muito tempo que Israel tem um problema com os religiosos extremistas. Desde que em 1982 Menahem Begin cobardemente cedeu ao Partido Religioso Nacional, proibindo os voos da El Al ao Sábado, que os sectores mais extremistas da sociedade israelita têm vindo a ganhar terreno.
O caso da Intel é vergonhoso: Jerusalém é a cidade mais pobre de Israel, e simultâneamente a mais religiosa, e é precisamente aquela onde, em vez de se atrair investimento, se afugenta o pouco que consegue sobreviver às mirabolantes regras do judaísmo extremista.
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quinta-feira, 26 de novembro de 2009
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
13.785.000.000 euros
é o valor do défice orçamental que o anterior governo de José Sócrates deixou ao novo governo de José Sócrates. Tal como há 4 anos, o primeiro ministro age como se não tivesse nada a ver com o assunto e como se o buraco tivesse sido criado por extra-terrestres.
Durante a legislatura anterior, fingiu sempre que o problema não existia, chegando ao ponto de promover a maior distribuição da história: dar um computador a cada criança do ensino primário. Do Magalhães já ninguém se lembra, e de quantos ainda funcionam ainda menos, pois essa "distribuição" serviu apenas para fazer um brilharete junto de determinadas camadas da população, sempre ávidas de receberem coisas, e para arruinar ainda mais as já delapidadas finanças do Estado.
Agora, depois de novamente empossado, e quando os buracos referentes a "medidas emblemáticas" e "distributivas" começam a ser conhecidos, o José Sócrates continua a fingir que não sabe de nada. Mais: conseguiu pôr todos os ministros, incluindo o das finanças, a fingir o mesmo. Mete impressão tanta irresponsabilidade.
Durante a legislatura anterior, fingiu sempre que o problema não existia, chegando ao ponto de promover a maior distribuição da história: dar um computador a cada criança do ensino primário. Do Magalhães já ninguém se lembra, e de quantos ainda funcionam ainda menos, pois essa "distribuição" serviu apenas para fazer um brilharete junto de determinadas camadas da população, sempre ávidas de receberem coisas, e para arruinar ainda mais as já delapidadas finanças do Estado.
Agora, depois de novamente empossado, e quando os buracos referentes a "medidas emblemáticas" e "distributivas" começam a ser conhecidos, o José Sócrates continua a fingir que não sabe de nada. Mais: conseguiu pôr todos os ministros, incluindo o das finanças, a fingir o mesmo. Mete impressão tanta irresponsabilidade.
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Congelamento
O governo israelita aprovou ontem o congelamento por um período de 10 meses de todas as construções na Judeia e Samaria. A decisão, tomada em conselho de ministros, teve 11 votos a favor, 1 contra, e 2 ministros ausentes, entre eles Eli Yishai do Partido Shas (ortodoxo sefardita), que boicotou a votação. A medida abrange apenas as novas construções, deixando de fora as já em andamento.
Logo a seguir à aprovação, o primeiro-ministro Netanyahu deu uma conferência de imprensa, onde anunciou a decisão e declarou que "o governo de Israel deu um passo importante em direcção à paz, façamos juntos a paz".
O Partido Kadima, o maior da Oposição, já reagiu favoravelmente à decisão governamental, mas lamentou que a mesma tenha sido tomada em resultado da pressão internacional e demasiado tarde.
Do lado dos palestinianos, já há reacções a esta reviravolta israelita: continuam a recusar voltar à mesa nas negociações, porque o congelamento anunciado não inclui a capital de Israel, Jerusalém. Chantagem uma vez, chantagem sempre, principalmente quando resulta. Israel cedeu desta vez, e já obteve um "não" como resposta, resta saber se continuará a fazer cedências atrás de cedências, sem obter nada em troca. Nem que seja o regresso dos palestinianos à mesa das negociações. Será curioso verificar o que acontecerá se as construções pararem e as conversações não começarem.
Logo a seguir à aprovação, o primeiro-ministro Netanyahu deu uma conferência de imprensa, onde anunciou a decisão e declarou que "o governo de Israel deu um passo importante em direcção à paz, façamos juntos a paz".
O Partido Kadima, o maior da Oposição, já reagiu favoravelmente à decisão governamental, mas lamentou que a mesma tenha sido tomada em resultado da pressão internacional e demasiado tarde.
Do lado dos palestinianos, já há reacções a esta reviravolta israelita: continuam a recusar voltar à mesa nas negociações, porque o congelamento anunciado não inclui a capital de Israel, Jerusalém. Chantagem uma vez, chantagem sempre, principalmente quando resulta. Israel cedeu desta vez, e já obteve um "não" como resposta, resta saber se continuará a fazer cedências atrás de cedências, sem obter nada em troca. Nem que seja o regresso dos palestinianos à mesa das negociações. Será curioso verificar o que acontecerá se as construções pararem e as conversações não começarem.
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terça-feira, 24 de novembro de 2009
Read my lips
“(...) não haverá aumento de impostos, porque a prioridade deste orçamento e dos próximos tempos será sem dúvida o crescimento económico e o emprego”.
José Sócrates, hoje, numa acção de propaganda em Loures.
José Sócrates, hoje, numa acção de propaganda em Loures.
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Memoshoa
Associação Memória e Ensino do Holocausto foi fundada por Esther Mucznik, vice-presidente da Comunidade Israelita de Lisboa, por Ricardo Presumido, Paula Leal Presumido e Marta Torres, professores de História. Está aberta à participação e colaboração de todos os interessados no desenvolvimento da memória e ensino do Holocausto em Portugal.
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segunda-feira, 23 de novembro de 2009
domingo, 22 de novembro de 2009
Ranking
O que foi considerado o melhor ministro do Governo português é o 15º em 19 ministros das finanças a nível europeu. Imagine-se em que lugar ficariam as Anas Jorges, os Santos Silvas, e outros que tais. Elaborado pelo Financial Times.
sábado, 21 de novembro de 2009
Índice Guerra e Paz
O índice Guerra e Paz da Universidade de Tel Aviv divulgou que 75% da população judaica de Israel apoia a realização de conversações de paz com a Autoridade Palestiniana. É o valor mais alto dos últimos anos. O índice revelou também que em relação às construções na Judeia e na Samaria, 47% consideram que é importante parar, enquanto que para 50% não é.
Em relação à percepção que os israelitas têm da mediação americana do conflito com os palestinianos, 55% consideram Barack Obama pró-palestiniano, 31% consideram-no neutro, e apenas 5% o julgam pró-israelita.
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sexta-feira, 20 de novembro de 2009
A socretinização de Teixeira dos Santos
Quando substituiu Campos e Cunha em Julho de 2005, Teixeira dos Santos, imediatamente transmitiu ao país uma imagem de rigor, seriedade e competência. A antítese de José Sócrates. Poder-se-ia julgar que com o passar do tempo, o primeiro-ministro adquirisse algumas das qualidades do seu ministro das finanças. Mas não, aconteceu o que costuma acontecer na escola quando se colocam na mesma carteira um bom aluno e um mau aluno: o bom adquire algumas das características do mau, e não o contrário. Foi o que aconteceu a Teixeira dos Santos. Socretinizou-se. O primeiro sintoma surgiu no Verão de 2008, quando ambos anunciam ao país do fim da crise (precisamente quando ela começava) e a descida do IVA. A partir desse dia Teixeira dos Santos revelou uma enorme incompetência para o lugar. Dai para cá, tem sido uma enxurrada de asneiras, que culminaram com a aprovação ontem de um orçamento rectificativo, quando passou meses a negar essa necessidade. O que leva uma pessoa séria a entrar no jogo da mentira e da propaganda? Só pode ser a má influência de José Sócrates e o convívio diário com tantos socialistas.
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quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Jerusalém
Israel aprovou a construção de 900 casas no bairro de Gilo em Jerusalém. Em qualquer outro lugar do mundo, tal aprovação seria completamente ignorada. Mas não neste caso, Israel é o único país que tem constantemente a imprensa e os governos internacionais a ingerirem-se nos seus assuntos de natureza municipal. A Casa Branca, por exemplo, já se mostrou "consternada" com a construção das novas habitações.
Para além de não se indignar com outros assuntos, a administração Obama ainda não percebeu um facto básico: Jerusalém é a capital de Israel, e todos os aspectos referentes a gestão da cidade são assuntos do Estado de Israel. Com estas interferências, a Casa Branca não só se intromete na política interna de outro país, como insiste em querer tornar árabe uma cidade que é judaica, e em ignorar completamente a história recente da região.
Jerusalém foi abandonada à sua sorte pela comunidade internacional em Maio de 1948. Na altura, tal como hoje, a maioria da população era composta por Judeus. Apesar disso, o plano de partilha da Palestina previa para Jerusalém um estatuto de cidade internacional. Não passou das previsões: enquanto que a Agência Judaica aceitou esse estatuto, a Assembleia Geral das Nações Unidas rejeitou três propostas que visavam colocar a cidade sob a sua administração. Na linha da frente da rejeição surgiram os estados árabes, que contra toda a demografia da época, insistiam em decretar Jerusalém como árabe. As Nações Unidas não assumiram as suas responsabilidades como estava previsto. Os árabes, exultantes com a derrota das propostas, decretaram que a guerra resolveria a situação (e que expulsariam os Judeus). Foram cumpridos os desejos de ambos e Israel conquistou a cidade, primeiro uma parte (em 1948), depois o resto (em 1967).
Se a História tivesse decorrido de outra maneira, e os estados árabes tivessem ganho as guerras e expulso os Judeus, como prometiam, toda a discussão em torno de Jerusalém não se verificaria. A conquista árabe seria vista como consequência de uma guerra e por isso com benevolência e naturalidade. Como foi o contrário que aconteceu (com excepção da expulsão dos árabes, que não se chegou a verificar), todos os dias há declarações criticando a soberania israelita.
Os que abandonaram Jerusalém e os que os que a queriam tomar ilegitimamente, surgem agora muito indignados como a construção de casas em determinados bairros. Deveriam ter pensado nisso em 1948.
Jerusalém foi abandonada à sua sorte pela comunidade internacional em Maio de 1948. Na altura, tal como hoje, a maioria da população era composta por Judeus. Apesar disso, o plano de partilha da Palestina previa para Jerusalém um estatuto de cidade internacional. Não passou das previsões: enquanto que a Agência Judaica aceitou esse estatuto, a Assembleia Geral das Nações Unidas rejeitou três propostas que visavam colocar a cidade sob a sua administração. Na linha da frente da rejeição surgiram os estados árabes, que contra toda a demografia da época, insistiam em decretar Jerusalém como árabe. As Nações Unidas não assumiram as suas responsabilidades como estava previsto. Os árabes, exultantes com a derrota das propostas, decretaram que a guerra resolveria a situação (e que expulsariam os Judeus). Foram cumpridos os desejos de ambos e Israel conquistou a cidade, primeiro uma parte (em 1948), depois o resto (em 1967).
Se a História tivesse decorrido de outra maneira, e os estados árabes tivessem ganho as guerras e expulso os Judeus, como prometiam, toda a discussão em torno de Jerusalém não se verificaria. A conquista árabe seria vista como consequência de uma guerra e por isso com benevolência e naturalidade. Como foi o contrário que aconteceu (com excepção da expulsão dos árabes, que não se chegou a verificar), todos os dias há declarações criticando a soberania israelita.
Os que abandonaram Jerusalém e os que os que a queriam tomar ilegitimamente, surgem agora muito indignados como a construção de casas em determinados bairros. Deveriam ter pensado nisso em 1948.
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Resultado: - 77 000 empregos
Depois de tanto optimismo continuam a aparecer os resultados de 14 anos de governo socialista. Só na anterior legislatura perderam-se 77 mil empregos. Não há um único anúncio, objectivo ou horizonte, propagado por José Sócrates que tenha sido atingido. Intenções e profecias também não.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Triple Alliance
Milhares de pessoas manifestaram-se hoje em Buenos Aires contra a visita do Presidente Shimon Peres à Argentina. Alguns manifestantes empunharam cartazes onde se podia ler "Morte a Israel sionista-fascista, oficial do imperialismo americano no Médio Oriente, assassino do povo palestino!", outros levavam panfletos com crianças mortas e frases que apelidavam o presidente israelita de assassino.
Os manifs eram constituídos por vários grupos distintos, uns eram abertamente "pró-muçulmanos", outros intitulavam-se de "defensores dos direitos humanos" e outros de "convergência de esquerda". Do lado dos "pró-muçulmanos", para além vários cartazes glorificando o líder do Hezbolah, Hassan Nasrallah, e o líder supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei, houve ameaças físicas a jornalistas suspeitos de serem israelitas.
Um excelente exemplo da moderna aliança entre "defensores dos direitos humanos", esquerda folclórica e islamo-fascistas. Os extremos costumavam tocar-se, mas neste caso, estão misturados e em convergência absoluta.
Os manifs eram constituídos por vários grupos distintos, uns eram abertamente "pró-muçulmanos", outros intitulavam-se de "defensores dos direitos humanos" e outros de "convergência de esquerda". Do lado dos "pró-muçulmanos", para além vários cartazes glorificando o líder do Hezbolah, Hassan Nasrallah, e o líder supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei, houve ameaças físicas a jornalistas suspeitos de serem israelitas.
Um excelente exemplo da moderna aliança entre "defensores dos direitos humanos", esquerda folclórica e islamo-fascistas. Os extremos costumavam tocar-se, mas neste caso, estão misturados e em convergência absoluta.
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domingo, 15 de novembro de 2009
Poluição na China
Antes de entrar numa cimeira sobre alegadas "alterações climáticas", o Presidente Barack Messias Obama, irá visitar a China. Seria bom que desse uma espreitadela aos locais mais poluídos desse país (como o da foto), talvez deixasse de ser tão politicamente correcto.
Mais fotografias da poluição na China aqui. Não recomendado a ecologistas impressionáveis.
Mais fotografias da poluição na China aqui. Não recomendado a ecologistas impressionáveis.
Via Fiel Inimigo.
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Israel rejeita a declaração unilateral de um Estado palestiniano
Num discurso no Fórum Saban que decorre em Jerusalém, o primeiro-ministro Netanyahu deixou bem claro que se a AP optar por decisões unilaterais, Israel fará o mesmo. Em causa estão a declarações do negociador palestiniano, Saeb Erekat, que referiu que a AP está a ponderar pedir à ONU que reconheça a declaração unilateral de um Estado palestiniano.
O presidente Shimon Peres, de visita à Argentina, concordou com o primeiro-ministro, afirmando que não é possível estabelecer um estado palestiniano sem um acordo prévio de paz. O mesmo pensam o ministro dos negócios estrangeiros, Avigdor Lieberman, e o da defesa, Ehud Barak.
Mais uma vez as partes divergem, com Israel a querer encetar negociações de paz, e com a AP a recusar negociar e a ameaçar com decisões unilaterais. Recorde-se que a criação de um estado palestiniano, nos territórios da Judeia e da Samaria, é um ideia largamente apoiada em Israel. Tal só não avançou ainda na prática, porque os líderes palestinianos não se entendem sobre qual o caminho a seguir. Enquanto o Hamas, que ocupa a Faixa de Gaza, jura a morte de Israel, a AP entrou num processo de chantagem, afirmando que só negoceia depois de Israel cumprir com todas as suas exigências.
O presidente Shimon Peres, de visita à Argentina, concordou com o primeiro-ministro, afirmando que não é possível estabelecer um estado palestiniano sem um acordo prévio de paz. O mesmo pensam o ministro dos negócios estrangeiros, Avigdor Lieberman, e o da defesa, Ehud Barak.
Mais uma vez as partes divergem, com Israel a querer encetar negociações de paz, e com a AP a recusar negociar e a ameaçar com decisões unilaterais. Recorde-se que a criação de um estado palestiniano, nos territórios da Judeia e da Samaria, é um ideia largamente apoiada em Israel. Tal só não avançou ainda na prática, porque os líderes palestinianos não se entendem sobre qual o caminho a seguir. Enquanto o Hamas, que ocupa a Faixa de Gaza, jura a morte de Israel, a AP entrou num processo de chantagem, afirmando que só negoceia depois de Israel cumprir com todas as suas exigências.
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sábado, 14 de novembro de 2009
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
A oportunidade de Cavaco
Interrogado sobre o processo "Face Oculta", o Presidente da República escusou-se a fazer comentários directos sobre o assunto, mas manifestou a sua preocupação em relação ao caso.
O Chefe de Estado é o maior beneficiado com a situação criada, pois cada dia que passa, os "casos" à volta do primeiro-ministro aumentam. Por muita presunção de inocência que lhe ponham em cima, é cada vez mais evidente que José Sócrates não é flor que se cheire. Cavaco tem aqui a sua oportunidade de ficar novamente numa posição moral superior. Com este primeiro-ministro será facílimo.
O Chefe de Estado é o maior beneficiado com a situação criada, pois cada dia que passa, os "casos" à volta do primeiro-ministro aumentam. Por muita presunção de inocência que lhe ponham em cima, é cada vez mais evidente que José Sócrates não é flor que se cheire. Cavaco tem aqui a sua oportunidade de ficar novamente numa posição moral superior. Com este primeiro-ministro será facílimo.
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O que dizem os outros
Toda a gente tem direito à inocência (presumida) até ser condenada (transitado em julgado). Assim deve ser com a generalidade dos cidadãos mas não necessariamente com o ‘bicho’ político. É patente que o sistema de justiça português está em roda livre, quero dizer, pensa que é um país dentro do país e cada um dos seus ‘actores’ tenta arrebanhar ou abocanhar um máximo de províncias.
É patente que o sistema de justiça tem um calendário político e igualmente patente que o governo não tem coragem para pôr o dedo na ferida.
É também verdade que a diferença entre ‘casos’ e ‘casos criados para arremesso político’ é ténue.
De qualquer forma, parece-me que já há muito passámos a barreira do admissível.
José Sócrates, enquanto cidadão, tem direito a todas as presunções de inocência do mundo, mas o primeiro-ministro não.
Ser-se primeiro-ministro é ser-se bicho político e enquanto bicho político está-se sujeito a julgamento político. Se José Sócrates quer ser apenas avaliado enquanto José Sócrates terá que passar a exercer apenas a soberania da sua própria pessoa.
Já se me acabaram as cabeças dos dedos, dos pés e das mãos, para contar a quantidade de trapalhadas de justiça em que seus próximos colaboradores se viram metidos. Desde os caldinhos dos seus familiares com os ingleses (para não falar dos tempos em que José Sócrates não era ministro), às habilidades da sua mandatária para a juventude, à história do caramelo que queria plantar amêijoa algures para o lado do Bugio e que desapareceu deixando pendurada uma data de gente, à encrenca da cangalhada das sucatas, José Sócrates pode, pessoalmente, ter direito a todas as presunções de inocência mas o primeiro-ministro não.
Terá sido em vão que, na qualidade de figuras de estado, os camaradas Medeiros Ferreira e António Vitorino se demitiram? Qualquer destes casos, comparativamente a Sócrates era um bater de assas de borboleta frente a furacão. Em minha opinião nenhum destes casos implicaria demissão.
Que primeiro-ministro tem Portugal em instâncias internacionais? Que garantia tem Portugal relativamente à capacidade negocial de quem o representa quando se torna patente que o seu primeiro-ministro está sistematicamente rodeado, em reuniões, campanhas eleitorais, projectos em pós modernidade, de todo o tipo de trafulhas?
Se o primeiro-ministro é incapaz de manter desinfectado o seu mais próximo espaço-vital, que perspicácia terá ele em negociações internacionais de interesse nacional? Que polícias e tribunais vigiam as tramóias em que ele se deixe levar a reboque do mesmo tipo de sonsa perspicácia ou, como diz o povo, esperteza saloia?
É patente que o sistema de justiça tem um calendário político e igualmente patente que o governo não tem coragem para pôr o dedo na ferida.
É também verdade que a diferença entre ‘casos’ e ‘casos criados para arremesso político’ é ténue.
De qualquer forma, parece-me que já há muito passámos a barreira do admissível.
José Sócrates, enquanto cidadão, tem direito a todas as presunções de inocência do mundo, mas o primeiro-ministro não.
Ser-se primeiro-ministro é ser-se bicho político e enquanto bicho político está-se sujeito a julgamento político. Se José Sócrates quer ser apenas avaliado enquanto José Sócrates terá que passar a exercer apenas a soberania da sua própria pessoa.
Já se me acabaram as cabeças dos dedos, dos pés e das mãos, para contar a quantidade de trapalhadas de justiça em que seus próximos colaboradores se viram metidos. Desde os caldinhos dos seus familiares com os ingleses (para não falar dos tempos em que José Sócrates não era ministro), às habilidades da sua mandatária para a juventude, à história do caramelo que queria plantar amêijoa algures para o lado do Bugio e que desapareceu deixando pendurada uma data de gente, à encrenca da cangalhada das sucatas, José Sócrates pode, pessoalmente, ter direito a todas as presunções de inocência mas o primeiro-ministro não.
Terá sido em vão que, na qualidade de figuras de estado, os camaradas Medeiros Ferreira e António Vitorino se demitiram? Qualquer destes casos, comparativamente a Sócrates era um bater de assas de borboleta frente a furacão. Em minha opinião nenhum destes casos implicaria demissão.
Que primeiro-ministro tem Portugal em instâncias internacionais? Que garantia tem Portugal relativamente à capacidade negocial de quem o representa quando se torna patente que o seu primeiro-ministro está sistematicamente rodeado, em reuniões, campanhas eleitorais, projectos em pós modernidade, de todo o tipo de trafulhas?
Se o primeiro-ministro é incapaz de manter desinfectado o seu mais próximo espaço-vital, que perspicácia terá ele em negociações internacionais de interesse nacional? Que polícias e tribunais vigiam as tramóias em que ele se deixe levar a reboque do mesmo tipo de sonsa perspicácia ou, como diz o povo, esperteza saloia?
Por Range-o-dente, no Fiel Inimigo.
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terça-feira, 10 de novembro de 2009
Ashkenazi: "O Hezbollah tem mísseis capazes de atingir Tel Aviv"
O General Gabi (Gabriel) Ashkenazi, Chefe das Forças de Defesa de Israel, disse hoje que o Hezbollah possui dezenas de milhares de mísseis capazes de atingir Israel, tendo alguns capacidade para alcançar Jerusalém e Tel Aviv. Ashkenazi referiu ainda que no Médio-Oriente há um conflito entre moderados e extremistas, que os extremistas estão a ser apoiados pelo Irão, e que sem esse apoio não teriam capacidade para atacar Israel.
Estas declarações surgem depois de o jornal Haaretz ter noticiado que principal grupo terrorista do sul do Líbano, o Hezbollah, tem actualmente 40 mil foguetes e está a treinar os seus guerrilheiros para operarem mísseis capazes de atingir as grandes áreas populacionais do Estado de Israel. A ONU, que emitiu uma resolução 1701 onde exigia o desarmamento de todos os grupos armados do Líbano, continua impávida e serena a assistir ao rearmamento do Hezbollah. A ONU e o resto do mundo.
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segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Partido Trabalhista à beira da cisão
O grupo rebelde do Partido Trabalhista Israelita deu mais um passo em direcção à cisão. Ontem à noite, num comício em Tel Aviv, 4 dos seus 13 deputados formaram um movimento chamado Momento da Democracia (Democratic Stage). O deputado Ophir Pines-Paz foi um dos oradores, referindo que Israel está a deixar passar uma oportunidade histórica de alcançar a paz, num momento em que não há terrorismo. Por sua vez, a deputada Yuli Tamir criticou fortemente o primeiro-ministro Netanyahu, por ter prejudicado a imagem de Israel e por ter incluído a extrema- direita no Executivo.
Desde o início da formação da coligação governamental, que houve entre os trabalhistas quem se opusesse à entrada do partido no Governo. Na altura, a facção liderada pelo ministro da defesa Ehud Barak levou a melhor. Com o passar dos meses, e perante o impasse no processo de paz, os rebeldes têm vindo a ganhar apoios, a ponto de neste momento faltar apenas um deputado para, de acordo com a lei israelita, poderem formar um novo partido político.
O Partido Trabalhista foi durante 30 anos o maior partido de Israel, tendo liderado todos os governos do país entre 1948 e 1977. Entrou em declínio no final da década de 90, sobrevivendo com dificuldade à assinatura dos Acordos de Oslo e à fundação do Partido Kadima, para onde foram parte dos seus membros. Nas eleições de Fevereiro deste ano obteve a mais baixa representação de sempre, conseguindo apenas 13 das 120 cadeiras da Knesset.
Desde o início da formação da coligação governamental, que houve entre os trabalhistas quem se opusesse à entrada do partido no Governo. Na altura, a facção liderada pelo ministro da defesa Ehud Barak levou a melhor. Com o passar dos meses, e perante o impasse no processo de paz, os rebeldes têm vindo a ganhar apoios, a ponto de neste momento faltar apenas um deputado para, de acordo com a lei israelita, poderem formar um novo partido político.
O Partido Trabalhista foi durante 30 anos o maior partido de Israel, tendo liderado todos os governos do país entre 1948 e 1977. Entrou em declínio no final da década de 90, sobrevivendo com dificuldade à assinatura dos Acordos de Oslo e à fundação do Partido Kadima, para onde foram parte dos seus membros. Nas eleições de Fevereiro deste ano obteve a mais baixa representação de sempre, conseguindo apenas 13 das 120 cadeiras da Knesset.
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domingo, 8 de novembro de 2009
Música de Israel
Dana International, Love Boy. Cuidado ao abrir.
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sábado, 7 de novembro de 2009
Para o abismo, rapidamente e em força
"Entre o início do ano 2000 e o fim de 2008, Portugal endividou-se a uma média de 42 milhões de euros por dia. Desde o dia 1 de Janeiro deste ano, até ao fim de Agosto, a média foi de 61 milhões de euros por dia."
Medina Carreira, no programa Plano Inclinado, SIC Notícias.
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sexta-feira, 6 de novembro de 2009
É só fumaça
Tal como há 4 anos, o primeiro-ministro inicia a legislatura a anunciar que dará total prioridade ao "investimento público". Na enxurrada de "anúncios" e "intenções" não há quase nenhuma novidade em relação a 2005. Com excepção do casamento "gay", tudo o resto é um "déjà vu" assustador. Com isto, o Governo continua a lançar uma cortina de fumo sobre a real situação do país. Propaganda pura. Por detrás do fumo da propaganda, Portugal continua a caminhar para o abismo e a ser governado por um medíocre sem conteúdo nenhum. A 27 de Setembro, os portugueses escolheram a ruína. É a ruína que terão.
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quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Marinha israelita apreende navio carregado de armas
Uma força da marinha israelita interceptou, hoje de manhã, um navio carregado de armas que se supõe ter como origem o Irão e como destino o Hezbolah. O incidente ocorreu a 150 km da costa de Israel, perto de Chipre, e os tripulantes da embarcação não ofereceram resistência. A marinha israelita apreendeu o navio e conduziu-o ao porto de Ashdod.
A bordo foram descobertos 36 contentores carregados de armas, disfarçados de carga comercial, que dariam para quase um mês de ataques a Israel, pois só misseis e bombas são mais de 3 mil.
Aguarda-se, com expectativa, a reacção das Nações Unidas a mais esta violação da resolução 1701 (que exige o desarmamento do Hezbolah) e ao total desrespeito com que o Irão trata as restrições às exportações de armas que lhe foram impostas.
A bordo foram descobertos 36 contentores carregados de armas, disfarçados de carga comercial, que dariam para quase um mês de ataques a Israel, pois só misseis e bombas são mais de 3 mil.
Aguarda-se, com expectativa, a reacção das Nações Unidas a mais esta violação da resolução 1701 (que exige o desarmamento do Hezbolah) e ao total desrespeito com que o Irão trata as restrições às exportações de armas que lhe foram impostas.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Universidade Hebraica entre as melhores do mundo
Segundo o Ranking Académico das Universidades Mundiais, compilado anualmente pela Shanghai Jiao Tong University, a Universidade Hebraica de Jerusalém encontra-se entre as 100 melhores do mundo, na 64ª posição, obtendo as seguintes classificações sectoriais: 25º lugar em ciências da computação, 75º em Matemática, economia e administração de empresas e em 100º lugar em Química.
O Technion (Instituto de Tecnologia de Israel) de Haifa, a Universidade de Tel Aviv e o Instituto Weizmann da Ciência ficaram, respectivamente, em 116º, 117º e 200º lugar no ranking.
Duas universidades portuguesas figuram também na lista: a Universidade de Lisboa em 476º lugar e a Universidade do Porto em 484º, quase quase no fim da lista.
Duas universidades portuguesas figuram também na lista: a Universidade de Lisboa em 476º lugar e a Universidade do Porto em 484º, quase quase no fim da lista.
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domingo, 1 de novembro de 2009
Abbas não quer negociar
A visita ao médio-oriente da secretária de estado norte-americana, Hillary Clinton, está a ser um enorme fracasso. Depois de ter obtido um "sim" do primeiro-ministro Netanyahu, como resposta para o início imediato das negociações de paz, Clinton levou um rotundo "não" do presidente da AP.
Mahmoud Abbas, apesar de estar numa posição de fraqueza, insiste em negar o recomeço das conversações de paz, e pretende obter dividendos antes do seu início. Esta atitude é absolutamente inaceitável, pois num processo de negociações sério, as cedências são feitas depois do começo, e não antes, como pretende Abbas. É mais um sinal de que as lideranças palestinianas não estão interessadas na paz e na formação de um estado. Pelo contrário, limitam-se a repetir o que os seus antecessores fizeram: dizer sucessivamente "não" a tudo o que lhes é proposto.
Netanyahu já afirmou que concorda com um estado palestiniano independente, o principal partido da oposição, o Kadima, também defende essa solução. O Ysrael Beitenu e o Partido Trabalhista são favoráveis à solução de dois estados. Perante esta situação sem precedentes, o que fazem os palestinianos? Chantagem, exigências e recusa de negociações.
Mahmoud Abbas, apesar de estar numa posição de fraqueza, insiste em negar o recomeço das conversações de paz, e pretende obter dividendos antes do seu início. Esta atitude é absolutamente inaceitável, pois num processo de negociações sério, as cedências são feitas depois do começo, e não antes, como pretende Abbas. É mais um sinal de que as lideranças palestinianas não estão interessadas na paz e na formação de um estado. Pelo contrário, limitam-se a repetir o que os seus antecessores fizeram: dizer sucessivamente "não" a tudo o que lhes é proposto.
Netanyahu já afirmou que concorda com um estado palestiniano independente, o principal partido da oposição, o Kadima, também defende essa solução. O Ysrael Beitenu e o Partido Trabalhista são favoráveis à solução de dois estados. Perante esta situação sem precedentes, o que fazem os palestinianos? Chantagem, exigências e recusa de negociações.
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Águas turvas
O bombardeamento continua: depois das acusações da Human Rights Watch (HRW) e do relatório Goldstone (que são só as duas mais importantes entre muitas, incluindo algumas de fabrico caseiro), um míssil [também artesanal?] da Amnistia Internacional, "Águas Turvas", aterrou. O essencial: Israel seca os palestinianos. Toda a difamação, que refira uma suposta discriminação contra os palestinianos, é imediatamente colocada nas parangonas dos jornais e é transmitida e difundida generosamente, não só em Israel, mas no mundo inteiro. Geralmente sem qualquer comprovação e muitas vezes sem sequer solicitar comentários às autoridades. Um redactor de jornal sabe, por exemplo, que só há 300.000 colonos, e não 450.000 - que "sugam" com seu alto consumo a água os palestinianos (alguns dirão mesmo "o sangue"). O motivo da ampla cobertura, por parte dos meios de comunicação israelitas, das mentiras que tentam enxovalhar o seu país não é muito diferente da motivação das próprias organizações estrangeiras: desmoralizar Israel, diante dos seus próprios olhos e diante dos do mundo inteiro.
Dado que os esforços militares não conseguiram abalar a motivação dos israelitas em defender o Estado Judeu, os que querem destruir este país começaram a centraram-se na demonização de Israel, tornando-lhe a vida insuportável (orientando as suas mentiras para o ponto fraco dos judeus: a sensibilidade perante a injustiça), e atacando o sentido sionista de justiça. Não só viemos de muito longe (alguns garantem que ao serviço do colonialismo) para saquear as terras dos palestinianos, como depois de expulsar a maioria deles, continuamos a cometer crimes de guerra (em Gaza), e estamos a secar os seus poços na Judeia e Samaria (Suha Arafat afirmou mesmo que os envenenamos). Muitos judeus dedicam-se alegremente a esta guerra psicológica anti-Israel, e muitos deles cobrando salários pagos por governos estrangeiros e por organizações como a Amnistia Internacional.
As acusações da Amnistia Internacional sobre o problema da água carecem de fundamento. A maioria dos colonatos recebem água canalizada da companhia das água Mekorot captada para cá da Linha Verde e não, como afirma a Amnistia Internacional, dos poços da Judeia e Samaria que pertencem aos palestinianos. E os palestinianos não têm de se governar com 70 litros por dia (ou menos) per cápita. Segundo os acordos de Oslo, os palestinianos têm direito a 23,6 milhões de metros cúbicos por ano, mas na realidade bombeiam, com o consentimento de Israel, 70 milhões de metros cúbicos. Além disso, a Administração Civil israelita fornece água, por cima das obrigações de Oslo, às aldeias palestinianas que realmente estão a sofrer de escassez. Uma questão chave, que os meios de comunicação de Israel deixaram sem resposta, é por que é que Israel não impede o bombeamento extra, que violam os acordos de Oslo, e nem a drenagem e a contaminação dos aquíferos de montanha.
A Amnistia Internacional e o resto das organizações pro-palestinianas não exigem em nenhum momento conhecer onde estão os muitos milhões de dólares que fluíram para a Autoridade Palestiniana para a construção de um sistema hídrico eficaz e económico, ou onde está o dinheiro que o Banco Mundial e outros organismos de ajuda têm previsto para a construção pelos Palestinianos de uma rede de esgotos que proteja o meio ambiente e evite a infiltração das água residuais nos aquíferos.
A Amnistia Internacional e o resto das organizações pro-palestinianas não exigem em nenhum momento conhecer onde estão os muitos milhões de dólares que fluíram para a Autoridade Palestiniana para a construção de um sistema hídrico eficaz e económico, ou onde está o dinheiro que o Banco Mundial e outros organismos de ajuda têm previsto para a construção pelos Palestinianos de uma rede de esgotos que proteja o meio ambiente e evite a infiltração das água residuais nos aquíferos.
Outra mentira da Amnistia Internacional: no lado judeu, diz o relatório, a agricultura é florescente, e que os campos palestinianos estão secos. A verdade é que a agricultura judaica só existiu nos colonatos de Gush Katif na Faixa de Gaza. Os rendimentos que alcançaram foram recordes mundiais e proporcionaram uma vida desafogada aos que trabalharam ali a terra, antes que a desocupação caísse sobre eles. A maioria dos judeus da Judeia e Samaria - e este é actualmente um dos argumentos utilizados contra eles - trabalha fora dos colonatos e regressa às suas casas à noite. Uma razão para isso é que, tirando algumas hortas aqui e ali regadas com água da chuva, a agricultura na Judeia e Samaria, por causa do terreno montanhoso, não produz muitos rendimentos. Todos estes factos são conhecidos pelos israelitas que trabalham como investigadores para organizações como Amnistia Internacional. Mas afinal, os salários justificam os meios.
Por Israel Harel, Haaretz - 29.10.09
Por Israel Harel, Haaretz - 29.10.09
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