segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Partido Trabalhista à beira da cisão

O grupo rebelde do Partido Trabalhista Israelita deu mais um passo em direcção à cisão. Ontem à noite, num comício em Tel Aviv, 4 dos seus 13 deputados formaram um movimento chamado Momento da Democracia (Democratic Stage). O deputado Ophir Pines-Paz foi um dos oradores, referindo que Israel está a deixar passar uma oportunidade histórica de alcançar a paz, num momento em que não há terrorismo. Por sua vez, a deputada Yuli Tamir criticou fortemente o primeiro-ministro Netanyahu, por ter prejudicado a imagem de Israel e por ter incluído a extrema- direita no Executivo.
Desde o início da formação da coligação governamental, que houve entre os trabalhistas quem se opusesse à entrada do partido no Governo. Na altura, a facção liderada pelo ministro da defesa Ehud Barak levou a melhor. Com o passar dos meses, e perante o impasse no processo de paz, os rebeldes têm vindo a ganhar apoios, a ponto de neste momento faltar apenas um deputado para, de acordo com a lei israelita, poderem formar um novo partido político.
O Partido Trabalhista foi durante 30 anos o maior partido de Israel, tendo liderado todos os governos do país entre 1948 e 1977. Entrou em declínio no final da década de 90, sobrevivendo com dificuldade à assinatura dos Acordos de Oslo e à fundação do Partido Kadima, para onde foram parte dos seus membros. Nas eleições de Fevereiro deste ano obteve a mais baixa representação de sempre, conseguindo apenas 13 das 120 cadeiras da Knesset.

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