Depois de muitas tentativas, um grupo de palestinianistas conseguiu finalmente colocar Gaza nas parangonas dos noticiários. Os valentes activistas conceberam uma acção propagandista humanitária destinada a entregar ajuda na Faixa, sabendo antemão da existência dos bloqueios israelita e egípcio ao território.
O humanitarismo é por si só altamente original, pois nunca se viu tal acção em relação aos somalis, etíopes e quiçá, norte-coreanos, que como se sabe morrem de fome aos milhões. Os activistas preferem virar-se para um território com restaurantes de luxo, piscina olímpica, hotéis de 5 estrelas, e mercados cheios de comida. Gaza é dos poucos pretextos que a aliança esquerda alegre/islamistas ainda tem para mediatizar a sua agenda política anti-ocidente.
Israel, por sua vez, ia estragando os planos dos beneméritos activistas, ao oferecer-se para descarregar a "ajuda humanitária" no porto de Ashdod, de forma a ser encaminhada por terra para Gaza. Gesto prontamente recusado. O final já se sabe: o barco foi interceptado - como todos os que passam naquele local - e só foi preciso receber os soldados à pancada e atirar um ao mar, para o incidente estar criado. Nada mais fácil.
O seguimento é o habitual: a tonta imprensa ocidental encarrega-se de ampliar o "clamor" do martirizado povo da Faixa de Gaza, e os idiotas úteis fazem o resto. O resultado não é por isso surpreendente: palestinianos 1 - israelitas 0. Afinal somos todos gazeanos. Ou gazenses, como se quiser dizer.