quarta-feira, 19 de maio de 2010

Israel: 42% dos Judeus são seculares

O Bureau Central de Estatísticas divulgou no domingo os resultados de um inquérito à população judaica de Israel. O estudo revelou que 8% dos Judeus definem-se com haredim, 12% como religiosos, 13% como tradicionais-religiosos, 25% como tradicionais e 42% como seculares, numa escala decrescente de religiosidade.
O inquérito revela ainda que entre os homens em idade activa, 93% dos seculares trabalham, o mesmo acontecendo com 91% dos tradicionais, 94% dos religiosos, e apenas 52% dos haredim. Nas mulheres os resultados não são muito diferentes: 88% das seculares, 80% das tradicionais, 83% das religiosas e 61% das haredim. 
Em relação às condições de vida em Israel, 88% dos Judeus declaram-se satisfeitos. Os  haredim lideram  com uma taxa de 96%, seguindo-se os religiosos com 91%, os seculares com 87% e os tradicionais com 86%.
Os dados fazem parte do levantamento anual sobre as condições de vida da população em Israel e foram obtidos através da entrevista de 7500 pessoas com mais de 20 anos.

3 comentários:

UN VOYAGEUR SANS PLACE disse...

Shalom, chaver.

Bem, se eu não me engano, o número, a porcentagem de haredim está a cresecr. Antes acho que não era 8%.

Claro que os judeus mais religiosos em Eretz têm uma taxa de natalidade bem mais elevada que os seculares, porém nem todos os filhos de famílias religiosas, ao crescerem, acabam por seguir o mesmo caminho dos pais. Uma vez eu li uma reportagem de um rapaz que era de Yerushalayim, filho de haredim, que foi morar em Tel Aviv-Yafo e lá tornou-se secular, para desgosto completo dos pais. Casos como estes parecem-me serem mais comuns que os de judeus seculares que acabam por aderir a ortodxia, afinal os religiosos são minoria entre a população judia, que ali é maioria (em todos os outros países do mundo, os judeus são minoria, apenas em Israel não, e a identidade israelita em Israel não é uma cultura religiosa).

Tendo em vista, contudo, que parcela significativa da população haredim apoia partidos de extrema direita e que seu interesse pela criação e manutenção de uma cultura de paz com os árabes é pequeno, ou mesmo nenhum, parece algo a se considerar como um golpe duro (o que é de se admirar, já que muitos deles nem sequer reconhecem a validade da existência do Estado Judaico, já que esperariam pelo Messias para que isso fosse uma realidade).

Nos primeiros anos, Israel tinha relativamente poucos haredim. E seu poder político era reduzido.

Outro ponto relevante é a população árabe. Uma vez, numa pesquisa, constatou-se que a religião era algo considerado "muito ou muitíssimo importante" por apenas uns 15% dos judeus, enquanto que os cidadãos árabes de Israel mais de 70% tinha nessa opinião.

DL disse...

@ Abdoul

Muitos haredim rejeitam a existência do Estado de Israel. O ministro da Autoridade Palestiniana para os assuntos judaicos, é um haredim anti-sionista.

UN VOYAGEUR SANS PLACE disse...

Para os palestinianos, cai como uma luva essa! Que ridículo da parte deles, e desse senhor que é ministro também. Onde já se viu um judeu ser contrário à Israel? Mesmo que não tenha sido o Messias que fez esse país nascer, foram judeus, e isso era para ser no mínimo respeitado por parte dos haredim. Esses Naturei Karta e outros que tais, com seu fanatismo religioso, em pleno século XXI (na verdade, em critérios judaicos, já é mais de 60 séculos, não?)... fazem um papel ridículo.

PS.: Sou sionista, sim! E com muita honra. Não apoio tudo o que o Estado Judaico faz, porém sou a favor do direito à autodeterminação dos povos, e se Israel um dia deixasse de existir, seria uma pena com toda a certeza. Se os judeus seculares fossem jogados ao mar, como ainda tem muita gente que quer pelas vizinhanças, naquela região só ia sobrar o fundamentalismo Islâmico do Hamas, do Hizbollah e de outros, junto com essa gente fanática do Mea Shearim e de Bene Beraq. Ia ser catastrófico!

Viva a democracia laica, aonde quer que ela se encontre neste mundo!

Bem haja para ti, chaver.
LeHitraot.