quarta-feira, 31 de março de 2010

Fim dos chumbos?

Isabel Alçada esteve ontem no Parlamento, onde anunciou uma série de medidas aparentemente simpáticas, como a criminalização do bullying e os reajustamentos nos currículos do ensino básico. Estes anúncios tiveram ampla cobertura mediática. O mesmo não se pode dizer das declarações da ministra em relação à sua intenção de acabar com os chumbos. Alçada referiu que a repetência é "um mal que gera conflitualidade". 
Passando por cima da justificação da ministra, que é do mais esfarrapado que há, seria conveniente saber três coisas: quais são as reais intenções de Alçada em relação aos chumbos; por que é que a comunicação social não deu destaque a tal afirmação; e por que é que os deputados a não inquiriram sobre este assunto. A questão dos "chumbos" (ou "retenções" como agora se diz na novilíngua do eduquês) não é um assunto menor, pelo contrário, é talvez o mais importante de todos. Por isso a ministra deveria ter sido escrutinada, quer em relação à sua intenção, quer  em relação ao facto de aparentemente estar a decidir coisas nas costas dos portugueses.
Apesar de ser cada vez mais dificultada, devido às pressões indirectas do ME e às gigantescas montanhas de papel que provoca, a retenção dos alunos foi a única coisa que o poder socialista, instalado na 5 de Outubro, nunca teve coragem de eliminar. Mas está quase a consegui-lo, pois ao longo dos anos tem movido uma perseguição velada aos professores que chumbam alunos. Não é por acaso que as taxas de retenção descem todos os anos, ao passo que a ignorância dos alunos varia inversamente. Os poucos chumbos que ainda sobrevivem são o último resquício da exigência que outrora existia no ensino básico.
Se os chumbos desaparecerem por completo, será a machadada final na qualidade da escola do Estado. Desaparecerá o mérito e a diferenciação. Estudar ou não estudar não fará diferença, ensinar bem ou não, será facultativo. Os professores mais exigentes e rigorosos perderão toda a sua autoridade e com o tempo tenderão a desaparecer. Muitos não estarão para se sujeitar ao enxovalho de exigir coisas para depois não haver qualquer tipo consequências do seu incumprimento. Os alunos cumpridores migrarão para o privado, os que não puderem migrar serão os totós de serviço, rodeados de cábulas e preguiçosos por todos os lados.
O fim dos chumbos corresponde ao último estágio da implementação da Escola Socialista em Portugal, pois é a sua consequência natural e o expoente máximo do igualitarismo.

Shirim em Português

Shirim em Português é um blogue dedicado à divulgação da  música hebraica, e tem como particularidade estar escrito em hebraico e em português. Possui dezenas de músicas, letras e transliterações, de todos os estilos e categorias, desde as mais conhecidas, até às autênticas descobertas. É editado por Yair Mau que vive em Beer Sheva.

terça-feira, 30 de março de 2010

Hamas assalta banco em Gaza

A polícia do Hamas invadiu uma dependência do Banco da Palestina e roubou confiscou 270 mil dólares de uma conta da Autoridade Palestiniana. A apreensão do dinheiro foi autorizada por um tribunal da organização Hamas da Faixa de Gaza que considerou ilegal o bloqueio de fundos. A verba em causa, atribuída pela Autoridade Palestiniana à associação "Amigo do Doente", foi bloqueada  após a eleição de um membro do Hamas para o conselho de administração da referida associação.
Este é o mais recente episódio da luta entre a AP e o Hamas, desde que a organização terrorista palestiniana tomou violentamente o poder em Gaza. Se o diferendo não se resolver, não demorará muito a exigirem dois  estados palestinianos: um em Gaza e outro na Judeia. Nesse caso, o eurodeputado eleito pelo Hamas Bloco de Esquerda, Miguel Portas, terá de fazer tudo a dobrar: viagens, visitas, propaganda anti-semita anti-sionista, encontros com carpideiras, fotos junto ao muro de protecção, aparições com kaffieh na cabeça, etc.

segunda-feira, 29 de março de 2010

2 + 2 = 5

Fechadas as contas nacionais de 2009 e mais uma vez se verifica que a Matemática  nunca bate certo com os socialistas. No défice voltaram a rebentar a escala. Atingiu 9,4% do PIB, ultrapassando o valor estimado há dois meses e que "surpreendeu" meio governo e o dr. Constâncio. No crescimento também não acertaram, depois das tiradas fantasiosas acerca do fim da recessão, eis que afinal Portugal continua no vermelho. O crescimento no último trimestre de 2009 foi de -0,2%. E na dívida pública também falharam: passou de 110 377 milhões de euros em 2008 (66,3% do PIB) para 125 909 milhões em 2009 (76,8% do PIB).
Continua assim a saga dos primeiros-ministros do PS que não lidam bem com os números. Depois de um que trocava os milhares com os milhões, e de outro que não sabia fazer contas, surge agora  este que tem uma Matemática privada, vendo crescimento onde há decréscimo e vice-versa. 
Se os socialistas são assim com uma ciência exacta, já se pode ver o que serão com outras menos precisas.

Hag Pessach Sameach!

domingo, 28 de março de 2010

Pressões

O final do 2º período chegou e algumas perturbações começam a fazer-se sentir, por aqui, por ali, por acolá. As famosas pressões.
Não são coisas novas. Novidade é ser possível falá-las abertamente e discuti-las para além dos corredores e mesas de café.
Ontem ao início da noite um amigo telefonava-me a contar como fora contactado a meio da tarde pelo seu delegado para que subisse as suas notas, caso contrário poderiam existir problemas. Fora outras insinuações sobre o futuro profissional.
Paulo Guinote, na Educação do meu Umbigo.

Israel commercial - Cartão estudante Banco Leumi

sábado, 27 de março de 2010

Avançar Portugal

O Senhor Primeiro-Ministro, Engenheiro José Sócrates,  inaugurou hoje o ramal ferroviário do porto de Aveiro. A obra, no valor de 72 milhões de euros, tem uma extensão de 9 km e vai permitir aos comboios fazer coisas extraordinárias, nomeadamente levar mercadorias de um sítio para o outro. 
Na comitiva do Senhor Primeiro-Ministro estava também o Senhor Ministro do Fomento,  o Professor Doutor António Mendonça. Os dois governantes deslocaram-se de comboio entre a muy nobre cidade de Aveiro e a valorosa freguesia de Cacia, seguindo depois a pé para o porto comercial. 
Durante a viagem o comboio mal conseguia circular devido à enorme afluência de gente vinda de todos os cantos do concelho, e que queria ver e cumprimentar o Senhor Primeiro-Ministro. Algumas senhoras chegaram a desmaiar com a emoção. Numa das paragens o Senhor Ministro do Fomento deu vários autógrafos a bandos de crianças que por ali andavam. Todas queriam ser a primeira a receber o precioso papelinho com a chancela do Senhor Ministro.
Depois, no decorrer da inauguração, o Senhor Primeiro-Ministro, Engenheiro José Sócrates, discursou à multidão que o seguia, mostrando-se encantado com os avanços que o seu governo tem proporcionado ao transporte ferroviário. Declarou também que é sua intenção dar um TGV a cada freguesia. O anúncio, o milésimo novecentésimo terceiro do seu mandato, levou a assistência ao rubro. O aplauso, que se seguiu, durou largos minutos, pois nenhum dos presentes queria ser o primeiro a parar de aplaudir.

Música de Israel


                                                  Shay Gabso, Arim Roshi

Para memória futura

O futuro primeiro-ministro.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Tombaram hoje

O Major Eliraz Peretz (31 anos) de Kiryat Arba e o Sargento Ilan Sviatkovsky  (21 anos) de Rishon Lezion foram hoje mortos numa emboscada na Faixa de Gaza. Estes dois militares pertenciam à equipa de 12 soldados do Batalhão Golani que entrou em Gaza após ter visto homens a colocar explosivos junto à fronteira com Israel. Foram depois atacados com morteiros e tiros. Nas escaramuças que se seguiram, morreram também 4 palestinianos. A Jihad Islâmica reivindicou a emboscada.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Partido Kadima na frente

 Segundo uma sondagem publicada na sexta-feira pelo jornal Yedioth Ahronoth se as eleições para a Knesset fossem agora, o Partido Kadima de Tzipi Livni venceria com 32 mandatos, contra os 29 do Partido Likud de Benjamin Netanyahu. O Partido Trabalhista (que durante mais de 30 anos foi o maior de Israel) obteria apenas 8 mandatos. Na actual Knesset o Kadima tem 29 deputados, o Likud 27 e o Partido Trabalhista 13.  A pesquisa revelou ainda que 64% dos eleitores israelitas não se revêem na actual coligação governamental e que o partidos da direita continuam a ter um maior peso do que os da esquerda.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Discurso do primeiro-ministro Netanyahu na conferência da AIPAC

"O futuro do Estado judeu nunca pode depender da boa vontade até mesmo do mais importante dos homens. Israel deve sempre reservar-se o direito de se defender".
Continue a ler no Galiza - Israel.

Livni

Tzipi Livni, ontem, numa visita à instituição "Luz Feliz", em Kfar Chabad, uma ONG que serve de acolhimento a crianças e jovens em risco.

terça-feira, 23 de março de 2010

Os dois Obamas


Taxa de desemprego desce em Israel

O número de desempregados em Israel  desceu  em Fevereiro 3,2% face a Dezembro. Há agora 214.018 pessoas sem trabalho, o que coloca o desemprego pouco a cima dos 7%. 
A taxa de desemprego em Israel tem vindo a cair de forma sustentada desde 2005, ano em que atingiu 11,5% da população activa.

Sócrates em campanha

Depois da visita à Mesquita de Lisboa, do anúncio de mais barragens, escolas e hospitais, eis que o primeiro-ministro aterra no Magrebe. Se dúvidas houvesse, bastaria olhar para esta agenda para se perceber que Sócrates está em campanha eleitoral. Ninguém o verá junto a um problema ou a uma dificuldade, e muito menos a anunciar maçadas como aumentos de impostos. Dos primeiros foge a sete pés, dos segundos opta por anunciar precisamente o contrário.
O primeiro-ministro sabe que a melhor maneira de se perpetuar no poder  é aparecer todos os dias  a visitar sítios simpáticos, a anunciar coisas (mesmo que depois ninguém vá verificar se as fez ou não) e a fazer "diplomacia económica". Só assuntos agradáveis.  Propaganda pura. Das dificuldades alguém um dia há-de tratar.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Tudo é possível

Após o espectacular sucesso mediático que obteve no histórico acordo com os sindicatos, Isabel Alçada nunca mais acertou uma. 
Primeiro, na declaração estapafúrdica de justificar a chuva dentro um pavilhão escolar, acabado de construir, com as alegadas mudanças no clima.
Depois, nas mirabolantes propostas de alteração do Estatuto da Carreira Docente, que foram apresentadas de manhã e praticamente retiradas de tarde.
A seguir, nos trágicos acontecimentos que vitimaram um professor e um aluno, e que trouxeram o tema da indisciplina para a ordem do dia. Pouco habituada ao tema, Alçada  declarou de imediato que o Ministério tem reforçado a autoridade dos Directores, sem especificar como, enunciando depois algumas medidas para combater o problema. Exemplo disso, foi o anúncio de um programa de formação sobre bullying para os professores e o fim da distinção entre faltas justificadas e injustificadas para alunos. Da primeira não se sabe grande coisa, mas teme-se o pior, da segunda fica-se com a impressão que a ministra parece desconhecer que o actual estatuto do aluno já faz a distinção entre os dois tipos de faltas. 
Por fim, e a juntar a tudo isto, na proposta da Fenprof  (que as agressões a professores sejam consideradas crime público), que Isabel Alçada imediatamente classificou como sendo uma possibilidade.
Quando se ocupa um  lugar, sem estar devidamente preparada para ele, tudo é possível. E as possibilidades  para Isabel Alçada têm sido de facto muitas: falar do que não sabe, ser a última a saber, não saber do que fala, e não saber o que dizer.

domingo, 21 de março de 2010

Debaixo de fogo, dia 4

Pelo quarto dia consecutivo, o Sul de Israel esteve na mira dos disparos provenientes da Faixa de Gaza. Um missil Kassam foi disparado esta noite e atingiu campos agrícolas perto de Ashkelon.
Um autarca local admitiu que os ataques estão a ganhar intensidade devido ao facto de o primeiro-ministro Netanyahu se encontrar nos Estados Unidos em reuniões. A situação provoca dificuldades de reacção ao IDF. Por sua vez, o vice-presidente da Câmara de Ashkelon, Shlomo Cohen, assumiu que a situação se está a deteriorar, pois os misseis estão a cair cada vez mais perto da cidade. 

A malta é jovem, mas sabe muito bem o que está a fazer

Jovens palestinianos exprimem os seus desejos e ansiedades. Ramallah, ontem. Encontrado aqui.

Debaixo de fogo

O sul de Israel continuou este sábado a ser atacado com misseis Kassam provenientes da Faixa de Gaza. Muitos habitantes das zonas de Sderot e Ashkelon tiveram, mais uma vez, de passar o dia em abrigos.
Apesar do alarme, todos os misseis falharam os alvos, não havendo vítimas ou danos materiais a lamentar. Apenas se registou desgaste psicológico nas populações que, como se sabe, não é suficiente para encher as páginas dos jornais.

O que dizem os outros

Mais uma nuvem de fumo
E que tipo de punição se pode aplicar a uma criança indisciplinada e/ou violenta? As crianças e jovens que não respeitam os outros, que são indisciplinadas e violentas devem poder ser suspensas e afastadas da escola, por períodos mais curtos ou mais longos, consoante a infracção. E se, na Assembleia da República, os comunistas, os bloquistas e os especialistas em inducação acharem que não devem ser as famílias a resolver o problema e a tomar conta dos filhos indisciplinados e violentos, que cumprem pena (sim, pena) de suspensão da escola, então que os aturem eles durante um ou dois dias para ver se gostam. (Continue a ler).
No blogue Educação S.A.

Israel do passado

Moshe Dayan e a filha Yael, 1960

sábado, 20 de março de 2010

Resultados da campanha "Boicote Israel"

A campanha "Boicote  Israel" tem como objectivo boicotar a compra de produtos  "Made in Israel", e é entusiasticamente apoiada pela esquerda folclórica alegre, pelos "defensores dos direitos humanos" e por organizações islamo-fascistas. Conseguiu até agora os seguintes resultados:


 Mais informações no blogue Philosémitisme.

IAF ataca Gaza pela segunda noite consecutiva

Caças da Força Aérea Israelita voltaram a atacar a Faixa de Gaza ontem à noite (6ª feira). Segundo informações fornecidas pela organização terrorista Hamas, um dos alvos foi um aeroporto, onde 14 pessoas ficaram feridas.
Entretanto, um porta voz do IDF, em comunicado, considerou o Hamas responsável por tudo o que se está a passar na Faixa de Gaza, e informou que não irá tolerar que  soldados e civis continuem a ser atacados dentro de território israelita.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Música de Israel


Hadorbanim, Od Layla

Autoridade Palestiniana: doutrinação e propaganda

A televisão da Autoridade Palestiniana está a transmitir um novo programa infantil que explica às crianças as diferentes áreas da Palestina. Para isso, é apresentado um mapa com a legenda (em árabe) "Explora o teu país". No mapa não há fronteiras, apenas um país está assinalado, a Palestina, e abrange todo o território de Israel. Um belo exemplo da forma como os palestinianos se  recorrem dos mais novos, para fins políticos.
Cedo os estrategas da Autoridade Palestiniana se aperceberam das potencialidades que o recurso a crianças e jovens podia ter na luta contra Israel. As crianças doutrinam-nas, com a  manipulação de programas televisivos e  de manuais escolares, onde incutem a ideia de que Israel não deve existir. Os jovens utilizam-nos na Intifada,  permitindo que bandos de adolescentes apedrejem os soldados israelitas, para depois explorar propagandisticamente a  sua identificação pelo IDF e os ferimentos que inevitavelmente acontecem.
Estes dois modos de manipulação encaixam perfeitamente na linha oficial seguida pela Autoridade Palestiniana: para o exterior um discurso pacifista e vitimizador; para o interior uma doutrinação belicista e agressiva, diabolizando Israel e negando a sua existência. Esta estratégia tem sido um sucesso, não  só entre a população palestiniana, mas principalmente junto dos média ocidentais, que acriticamente servem à opinião pública dos seus países todas as patranhas que a AP lhes apresenta.

Aviões da IAF atacaram 6 alvos na Faixa de Gaza

A resposta de Israel não se fez esperar, aviões da Força Aérea Israelita lançaram mísseis contra 6 alvos na Faixa de Gaza. Os ataques atingiram áreas abertas perto de Khan Yunis, três túneis na fronteira entre Rafah e  o Egipto, e um armazém utilizado para produzir foguetes na cidade de Gaza.  Dois palestinianos ficaram levemente feridos no ataque. O IDF ainda não confirmou estas informações.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Israel promete responder a ataque

Israel avisou que responderá duramente ao ataque de hoje vindo da Faixa de Gaza. Um míssil Kassam foi disparado pelos terroristas do grupo islâmico Ansar Al-Sunna e matou um homem em Ntetiv Ha'asara.  Posteriormente as Brigadas dos Mártires de Al-Aksa também reivindicaram o ataque.
Já na quarta-feira, dois outros misseis Kassam foram disparados para a zona de Sderot, deixando duas pessoas em estado de choque, entre as quais uma menina.

O deputado n.º 4 do Bloco de Esquerda falou sobre o PEC


José Soeiro falou na Associação de Estudantes Assembleia da República sobre o Programa de Extorsão em Curso de Estabilidade e Crescimento.

Escolas de Lod pararam após agressão a Director

Todas as escolas  de Lod pararam ontem durante duas horas em protesto contra mais uma agressão ao Director de um dos liceus da cidade. A decisão coube ao presidente da câmara, Ilan Harari, e foi apoiada pelas associações de pais e pelo conselho local de educação. Os protestos continuarão hoje em Jerusalém, com uma manifestação de alunos e professores junto ao Ministério da Segurança.
Paralelamente,  a União Nacional de Professores anunciou  na terça-feira que todos os professores de Israel iriam parar uma hora para discutir a crescente onda de violência nas escolas do país.  O anúncio surgiu na sequência de um brutal ataque, por parte de um aluno de 5º ano, a um professor do Liceu de Be'er Tuvia. Enquanto o professor em causa era pontapeado e agredido, vários alunos reuniram-se em volta e gritaram "morte ao professor".
Ao contrário do que acontece em Portugal, onde o problema da indisciplina não tem feito parte das verdades oficiais, em Israel o ministro da Educação, Gideon Sa'ar, declarou-o como a principal prioridade do seu gabinete.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Anti-semitismo, como usar

Sempre que se verifica um aumento da conflitualidade no Médio Oriente, no Ocidente aumentam as discussões sobre o assunto. Há até quem entre em histeria com a questão. No meio de acusações e contra-acusações, o anti-semitismo vem invariavelmente a lume.
Uns consideram qualquer critica a Israel, como anti-semitismo. Usam a expressão para tirar legitimidade a quem discorda das políticas levadas a cabo pelo Estado Judeu.
Outros agem ao contrário, utilizam o  anti-semitismo fazendo-o passar  por críticas a Israel. Está lá todo, mas disfarçado de crítica legítima.
E outros ainda, impregnados pelo politicamente correcto, declaram-se anti-sionistas, mas na verdade são autênticos anti-semitas. Para além de deturparem o conceito de sionismo, que a maioria não faz a menor ideia do que seja, ainda o utilizam como cortina de fumo para  poderem usar o anti-semitismo mais  pérfido que pode haver: o encoberto. Esta última variante está a ser usada em larga escala.

Terceira intifada?

Cada vez que Israel avança com propostas concretas em direcção a um acordo de paz,  os palestinianos levantam o espectro da intifada. É linear.
Vários meses passaram deste a presentação do plano de paz do governo israelita (na qual se incluía a  criação de um estado palestiniano independente) e o processo está num impasse. À proposta israelita, a resposta palestiniana foi a mesma de sempre: não. A AP só entraria em negociações, depois de Israel congelar as construções na Judeia e Samaria. Chantagem pura. Os palestinianos, derrotados de todas as guerras, conseguiram impor ao lado vencedor as condições para negociar. Israel cedeu, congelou as construções durante 10 meses, sem obter rigorosamente nada em troca. 
As consequências já eram de prever: uma vez atendidas as primeiras reivindicações, logo surgiram outros pretextos para a recusa de conversações. Exemplo é o simples acto de recuperar património histórico degradado, como a Gruta dos Patriarcas ou do Túmulo de Raquel, que está a ser usado pelos palestinianos para tentar despoletar uma terceira intifada. Para isso, contam com a habitual benevolência da comunicação social palestinianista, que mostra os confrontos em Jerusalém, mas não revela os ataques sistemáticos contra os locais de culto dos Judeus.
A História repete-se. O que aconteceu no passado com a OLP, acontece hoje com o Hamas e a AP. Estas organizações estão interessadas em tudo menos na paz, pelo simples facto que só sobrevivem em cima do estado deplorável em que vivem muitos palestinianos. Só o permanente clima de insatisfação e de paz-fria lhes convém. Para os ajudar, têm a ideologia idiota da extrema-esquerda europeia, que viu no conflito com Israel uma arma de arremesso contra o capitalismoimperialistanazifascistaamericano.

segunda-feira, 15 de março de 2010

A campanha eleitoral dos socialistas vai de vento em popa

Enquanto o PSD dava tiros no pé aprovando normas socretinas estalinistas, José Sócrates ficava lindamente na fotografia visitando a Mesquita de Lisboa. Com mais esta trapalhada, os sociais-democratas conseguiram fazer com que o primeiro-ministro que mais atacou a liberdade de imprensa em Portugal, parecesse o mais puro dos democratas, e um governante tolerante e aberto.
Uma excelente ajuda esta, a do PSD, à campanha eleitoral dos socialistas, que consiste em passar o ano de 2010 sem tocar na governação, para evitar queimaduras, e a visitar locais simpáticos como mesquitas, lares de idosos, jardins de infância e hospitais.

sábado, 13 de março de 2010

Israel do passado

Militar israelita canta para os seus camaradas, Negev, 1960

Judeia e Samaria fechadas

O Ministério da Defesa de Israel ordenou o encerramento, por 48 horas, da Judeia e Samaria. A medida prende-se com receios de que as orações muçulmanas desta sexta-feira sejam aproveitadas para novos protestos na Cidade Velha de Jerusalém. Assim, entre as 00 horas de ontem e a meia-noite de hoje, apenas os doentes, funcionários dos locais religiosos, professores e trabalhadores com autorizações especiais estão autorizados a sair e a entrar da Judeia e Samaria.
Nas últimas sextas-feiras tem havido confrontos entre palestinianos e a polícia israelita.  Os palestinianos têm protestado violentamente contra a decisão do governo de Benjamin Netanyahu de considerar a Cave dos Patriarcas de Hebron (locais onde foram sepultados Abraão, Sara, Isaque, Rebeca, Jacob e Leá), e o Túmulo de Raquel em Belém,  como lugares históricos a preservar. A tensão subiu na terça-feira depois do anúncio por parte do Ministro do Interior, Eli Yishai, da construção de 1600 casas no bairro de Ramat Shlomo em Jerusalém.
A classificação da Cave dos Patriarcas e do Túmulo de Raquel, como locais históricos a preservar, é uma decisão legitima do governo israelita, que assim combate a degradação de sítios com grande significado para os Judeus. A construção de casas em Jerusalém é uma questão de natureza municipal. Estes dois assuntos do Estado de Israel são assim usados,  pelos palestinianos, como arma de arremesso mediático  e como eterna desculpa para o adiamento das conversações de paz.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Bater no fundo

L.V.C., ex-professor da Escola EB2/3 de Fitares.
Agora todos falam da indisciplina nas escolas. Até há algum tempo atrás esse assunto era uma coisa de chatos e de velhos do Restelo, avessos aos amanhãs que cantam,  da escola moderna, democrática e progressista, que foi sendo construída em cima da velha escola opressora e salazarenta.  Foi preciso acontecerem duas tragédias, para algumas pessoas abrirem os olhos.
Podem abri-los à vontade, mas já não vão a tempo, pois o sistema educativo está todo armadilhado. O problema da indisciplina já é muito antigo e tem vindo a agravar-se nos últimos anos. Como? Com a desautorização sucessiva dos professores e o seu contínuo achincalhamento  perante (e pela) opinião pública; com a invasão das escolas por enxurradas de leis líricas e inoperacionais; com a  visão lúdica da escola, que incute nos alunos a ideia de que o estudo não é para levar a sério; com  a desresponsabilização de alunos e pais, e a proporcional culpabilização dos professores; com o facilitismo, que permite a fuga ao trabalho e ao esforço, sem que com isso haja chumbos ou penalizações; com a psiquiatrização excessiva do ambiente escolar; e com a infantilização das aulas, ditada pelas iluminárias das ciências da educação. Todos estes motivos têm vindo a ser cavados no sistema, ano após ano, governo após governo.
Não será, por isso, com alterações pontuais à lei que o problema diminuirá. A indisciplina só tenderá a desaparecer, quando o sistema educativo se libertar das ideologias  políticas e educativas, que o puseram neste estado. Como a sociedade portuguesa maioritariamente as apoia, a escola continuará degradar-se e a ser, cada vez mais, um depósito de alunos mal comportados.

Frei Tomás

António Costa, em declarações no programa Quadratura do Círculo, e depois de desfiar o habitual chorrilho de mentiras, informou que os filhos estudaram em escolas privadas. Estranho hábito este, o dos socialistas. Anos e anos a doutrinarem a Escola Pública, a propagarem constantemente que estavam a melhorar o sistema educativo, a jurarem a pés juntos que o ensino do Estado era o paraíso na Terra,  a citarem elogios da OCDE à sua política educativa, e a afirmarem que a existência de indisciplina nas aulas era uma mentira inventada por loucos e  bota-baixistas,  eis que afinal metem os filhos no ensino privado.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Exemplar

A Presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou hoje que o seu país é um modelo na luta contra o terrorismo. As declarações foram proferidas na sequência da captura do líder do grupo Jundollah, Abdolmalek Rigi, pelas forças de segurança iraniana. Este grupo foi responsável por vários ataques dentro do Irão.
Com esta captura, o Presidente Ahmadinejad mostra ao mundo que o seu país é exemplar na luta contra este flagelo, e que as afirmações de que o Irão é o maior financiador do terrorismo internacional, não passam de propaganda nazi-sionista, a soldo do grande satã Israel.

Mesmo, mesmo, mesmo a sair da recessão.

Aguarda-se a mentira que o Governo irá inventar para justificar o injustificável, ou o sound bite que irá usar para abafar mais uma vez a realidade. As falsidades disponíveis são cada vez menos: a crise internacional já não cola e culpar o governo anterior não dá muito jeito. Só a capacidade inventiva dos socialistas poderá ultrapassar a situação.

quarta-feira, 10 de março de 2010

A culpa foi do professor que não se desviou da cadeira

O professor agredido ficou de muletas e psicologicamente abatido.  O aluno agressor continua, impávido e sereno, a frequentar as aulas como se nada se tivesse passado. Se a agressão não fosse notícia, levaria, quanto muito, um raspanete. Nada que o maçasse. Uma vez que a situação  foi relatada  pelos jornais,  haverá a instauração de um processo disciplinar. Uma montanha de papeis terá de ser movida pela directora de turma, que é a instrutora do processo, e simultaneamente  a maior castigada nesta situação.
Durante a fase de instrução serão ouvidas as 15 testemunhas, o agredido, o agressor, os encarregados de educação, o cão, o gato e o periquito do aluno, e ainda o sociólogo, o psicólogo, o animador, e o pedagogo, todos eles da escola, ou caso nela não existam, das delegações do PS ou do BE que estiverem mais próximas. Todos alegarão o mesmo de sempre: o aluno não tem culpa de nada, porque é uma vítima inocente da sociedade capitalista; a agressão não passou de uma resposta a uma ordem opressora;  e quem vai para professor tem de saber motivar as crianças,  centrar o ensino nos seus desejos e ansiedades, e ter agilidade para se desviar de objectos em movimento. Principalmente mesas, cadeiras e sapatos.
A instrução irá ainda apurar que, no dia da agressão, o professor corrigiu os testes a vermelho, facto por si só traumatizante para a turma, e se esqueceu de dar os bons dias aos alunos.
Assim, com os representantes do eduquês em maioria, concluir-se-á que o aluno agressor não pode ser responsabilizado, e que o professor agredido é que não cumpriu com as regras de boa educação.  Ao docente ser-lhe-á recomendado que, da próxima vez, seja mais rápido a desviar-se  da cadeira e que frequente uma formação para melhorar as suas competências de relacionamento inter-pessoal.

domingo, 7 de março de 2010

Música de Israel


Rita, Mehaka

sábado, 6 de março de 2010

O acordo que antes de o ser já o era

Depois da aprovação do PEC, quantos dias irá resistir o acordo assinado entre o ME e os Sindicatos?
Vai ser penoso ver a Ministra Alçada ser desautorizada pela força gravítica do buraco orçamental, a FENPROF a receber um excelente pretexto para deitar fogo ao circo, e alguns professores a ficarem de queixo caído. É no que dá acreditar em cozinhados entre ministras amadoras e sindicalistas profissionais.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Quantas são?

Quantas das pessoas, que bradam aos quatro ventos que se tem de cortar no 13º e 14º meses dos salários dos funcionários públicos, é que serão pessoalmente afectadas por essa hipotética medida?

O vira-casacas

Foi preciso um aluno morrer, para o inenarrável Albino Almeida vir a terreno apresentar propostas contra a indisciplina em meio escolar. Este senhor, no seu obscuro cargo de Presidente Eterno da CONFAP,  ignorou o problema durante anos. Em vez disso, especializou-se noutros assuntos:  criticar os professores e defender até à exaustão  o modelo da Escola Depósito de Alunos.
Como apoiante-mor do trio Lurdes Rodrigues/Valter Lemos/Jorge Pedreira,  nunca se lhe ouviu um reparo às directrizes laxistas, indisciplinadoras e desresponsabilizantes que Governo introduziu no sistema educativo ao longo de quase meia década. Até mesmo no estapafúrdio Estatuto do Aluno, Albino Almeida limitou-se a criticar aspectos pontuais, concordando com o essencial do documento.
Agora que o vento mudou, o presidente da CONFAP apressou-se a virar a casaca, quer ser o primeiro a apresentar medidas disciplinadoras, quando passou anos a compactuar com a rebaldaria e com o "eduquês".

O que dizem os outros

Muita gente já escreveu neste blogue acerca da violência nas escolas portuguesas. Começando pelo autor do blog, e passando por exemplo pela minha modesta pessoa. Certa vez, quando contei alguns episódios de violência, um então habitual comentador a soldo da Situação chamou-me mentiroso, disse que eu estava a inventar para manchar a bela obra de Lurdes Rodrigues & C.a. Chamou-me louco, disse que eu devia estar internado. Ah, que pena que tenho de estar eu certo e de o louco ser ele...
Já morreram alunos nas nossas escolas, este é mais um. Mais se seguirão, e não apenas alunos, tal é o despudor dos incompetentes que prosseguem no erro, por orgulho e interesses que só eles saberão quais são. Reina o medo. Quem denuncia a violência tem má nota em "relacionamento interpessoal", e, bem pior que isso, fica exposto a represálias profissionais, e a represálias físicas, da parte dos marginais. E NINGUÉM vem em socorro do professor que ousa intervir. Nem as vítimas, por medo de levar mais, nem os pais das vítimas, que, bem à Portuguesa, "não querem é problemas".
A minha tristeza é mais do que consigo explicar. A minha vergonha, a minha revolta, a minha desilusão, não tenho palavras para as exprimir.
Quem morreu? "Um rapazola, servente de pedreiro", como escreveu Cesário Verde num poema. Foi um rapazito pobre, do Interior, coisa pouca... Siga o descalabro!
Por Jorge Arriaga, no ProfBlog

quinta-feira, 4 de março de 2010

Gazastão

Os ocupantes da Faixa de Gaza deram mais um passo na instalação de um regime islâmico no território. O Hamas Ministério do Interior decidiu banir os cabeleireiros masculinos dos centros comerciais (!) frequentados por mulheres. Esta decisão faz parte de uma campanha destinada a reforçar as tradições islâmicas, e haverá sanções para quem não obedecer. Recentemente outras medidas do género foram adoptadas: a roupa interior feminina não pode ser exposta nas montras e as raparigas devem usar longos vestidos para ir à escola.
Aceitam-se apostas sobre o tempo que faltará para a burka ser obrigatória, e para o número de protestos que os palermas, da Esquerda Alegre palestinianista, farão em defesa das mulheres de Gaza.

terça-feira, 2 de março de 2010

Livni

Tzipi Livni assinalou o dia do Purim com uma visita ao Schneider Children´s Medical Center of Israel. Este hospital, localizado na cidade de Petah Tikva, especializou-se em medicina pediátrica, e é o mais moderno do género em Israel e em todo o Médio Oriente.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Israel do passado

 Chegada de Judeus iraquianos, Aeroporto de Lod (futuro Internacional Ben Gurion), 1950