quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Sondagens: como usar

Uma organização amiga faz uma sondagem a 500 pessoas, utilizando perguntas convenientemente selecionadas. A seguir o jornalismo de causas divulga os resultados e extrapola-os para um país inteiro. Depois é só fazer os títulos e esperar que a turba trate do resto.
O mais espantoso é que ainda não lhes deu para fazer uma sondagem destas junto dos palestinianos. Ficariam surpreendidos com as respostas.

6 comentários:

Lura do Grilo disse...

O apartheid é praticado pelos "palestinianos" sobre as mulheres e cristãos.

João Monteiro disse...

Nós já estamos habituados a este tipo de manipulações habilidosas por parte dos media ocidentais. O que verdadeiramente entristece e se lamenta profundamente é que de dentro de Israel haja quem as alimente e lhes dê força! Já não bastam os inimigos externos que por todo o lado e de todas as maneiras cercam Israel, para também internamente haver quem lhes dê alento para continuar com estas campanhas. Afinal, se dentro há quem tão empenhada e diligentemente procura minar o terreno, como esperar que haja contenção por parte dos de fora? Isto não é crítica construtiva! Isto é fazer o jogo do inimigo! O que os que o fazem internamente não percebem é que Israel é o único sítio no mundo a que podem aspirar como Judeus, para terem um porto de abrigo numa situação de ataque global contra o seu Povo, situação da qual já estivemos bem mais longe!

Luís Lavoura disse...

Isto é fazer o jogo do inimigo!

Não vejo em que medida é que divulgar uma sondagem (a qual pode ter sido feita com pouco rigor científico, mas enfim, vamos supôr que efetivamente foi feita) pode ser "fazer o jogo do inimigo".

O Ha'aretz limitou-se a divulgar as opiniões de alguns israelitas, recolhidas atrvés de uma sondagem. As pessoas (israelitas neste caso) têm o direito de ter as suas opiniões e, até, de que elas sejam divulgadas.

DL disse...

O Jornal Público não apresentou os resultados como 'a opinião de alguns israelitas', mas sim como 'maioria dos judeus israelitas a favor de um regime de apartheid.

João Monteiro disse...

Luís Lavoura.
Mais uma vez você falha completamente o cerne da questão: não se está a negar a ninguém o direito de expressar uma opinião. O que ninguém tem o direito de fazer, é extrapolar a opinião de uma “meia dúzia” para uma nação inteira, dando uma imagem completamente distorcida da realidade. No artigo do Ha'retz pode ler-se: "We're racists, the Israelis are saying, we practice apartheid and we even want to live in an apartheid state. Yes, this is Israel". De facto, é fazer o jogo do inimigo quando usamos contra nós as mesmas armas que ele usa para nos atacar. Quando de dentro de Israel se concorda com o inimigo desfraldando “bandeiras” tais como, Israel é um estado de apartheid e um estado racista, que não passam de mentiras caluniosas que ao longo dos anos têm vindo a ser usadas para justificação de toda a sorte de boicotes a Israel procurando tirar legitimidade à sua existência como nação, isto, para mim, é fazer o jogo do inimigo. Soa-me a “politicamente correto” demais, com o objectivo de servir agendas pessoais ou corporativas que nada têm a ver com liberdade de expressão. Querer comparar-se a sociedade israelita com o regime de apartheid que vigorou na África do Sul ou com o racismo e a segregação social instituídos em grande parte dos Estados Unidos da América até meados do século XX demonstra, no mínimo, uma enorme má-fé. Claro está que, servidos de bandeja com material expressamente vindo de Israel que lhes permite prosseguir com as suas campanhas difamatórias do Estado Judeu, ainda para mais sem esforço, os média ocidentais entram imediatamente em delírio!

Pedro disse...

http://www.haaretz.com/misc/article-print-page/most-of-us-don-t-want-apartheid-1.472660?trailingPath=2.169%2C2.225%2C2.227%2C