Os
Acordos de Paz de Oslo (o primeiro de 1993 e o segundo de 1995) acabariam por
entregar à Autoridade Palestiniana o território de Gaza e partes da Judeia e
Samaria, mas a questão de Jerusalém – devido à sua dificuldade – acabou por ser
deixada para mais tarde. As duas partes ainda negociaram a divisão da cidade em
áreas judaicas e áreas árabes, com uma municipalidade unificada e a Cidade
Velha a ter um estatuto especial, e chegaram a um entendimento informal, mas
não assinaram qualquer acordo. Os Acordos de Oslo foram virulentamente
rejeitados por amplos sectores de ambas as partes, com a direita israelita e os
fundamentalistas palestinianos a oporem-se veementemente a eles. O assassinato
de Rabin e a onda de atentados terroristas palestinianos foram a manifestação
mais exacerbada dessa rejeição e acabaram por levar novamente o Partido Likud
ao Governo em 1996. O Likud ganhou as eleições com uma campanha assente na
recusa dos Acordos de Oslo e da divisão de Jerusalém. Esta mudança política em
Israel acabou por provocar um afastamento de posições em relação ao estatuto da
cidade, quer entre israelitas, quer entre israelitas e palestinianos.
Só no ano 2000, com a eleição do trabalhista Ehud Barak para primeiro-ministro, se voltou a equacionar a partilha Jerusalém. Nessa altura o chefe do Governo israelita propôs a Arafat que os palestinianos ficassem com os subúrbios árabes de Jerusalém, ficando a Cidade Velha sob a soberania de Israel, mas o Bairro Muçulmano, o Bairro Cristão e o Monte do Templo ficariam sob custódia soberana dos palestinianos. A terra e os túneis sob o Monte do Templo – nomeadamente a Pedra Fundacional do Templo seriam israelitas – permitindo assim aos judeus pela primeira vez rezarem no local. Arafat exigiu ainda o Bairro Arménio, ficando assim com ¾ da Cidade Velha, e Israel concordou. Arafat, no entanto, mudou de ideias e recusou-se a assinar um acordo de partilha, invocando falsidades como a de que nunca ter existido um Templo Judaico em Jerusalém. A recusa do líder palestiniano enquadrou-se na continuidade da velha reivindicação de manter Jerusalém exclusivamente sob domínio árabe.
Só no ano 2000, com a eleição do trabalhista Ehud Barak para primeiro-ministro, se voltou a equacionar a partilha Jerusalém. Nessa altura o chefe do Governo israelita propôs a Arafat que os palestinianos ficassem com os subúrbios árabes de Jerusalém, ficando a Cidade Velha sob a soberania de Israel, mas o Bairro Muçulmano, o Bairro Cristão e o Monte do Templo ficariam sob custódia soberana dos palestinianos. A terra e os túneis sob o Monte do Templo – nomeadamente a Pedra Fundacional do Templo seriam israelitas – permitindo assim aos judeus pela primeira vez rezarem no local. Arafat exigiu ainda o Bairro Arménio, ficando assim com ¾ da Cidade Velha, e Israel concordou. Arafat, no entanto, mudou de ideias e recusou-se a assinar um acordo de partilha, invocando falsidades como a de que nunca ter existido um Templo Judaico em Jerusalém. A recusa do líder palestiniano enquadrou-se na continuidade da velha reivindicação de manter Jerusalém exclusivamente sob domínio árabe.
O
contexto criado pelo fracasso dos acordos de paz, pela recusa de Arafat em
partilhar Jerusalém, pelo aumento do poder do sionismo religioso e nacionalista
em Israel, e pelo surgimento da segunda Intifada (a partir de Setembro de 2000),
tornou cada vez mais impraticável a ideia de partilha de Jerusalém. Actualmente a generalidade dos partidos políticos israelitas opõem-se à divisão da cidade. Este
entendimento vai deste o Partido Trabalhista até à Casa Judaica.
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