Ficou estipulado que, a partir da décima aula, passaremos a encontrar-nos para o efeito às Segundas e às sete da tarde (digo tarde e não noite por os dias em Dublin, mau grado o frio, já serem grandotes).
Assim sendo, houve um curto intervalo de cinco dias entre as aulas. A que se junta uma semana mal dormida. E assim se chega à justificação para anexar uma ata a outra e apresentá-las duma assentada.
Em vez de verbos, o professor Yossi insiste agora nos provérbios. Essas frases feitas, de que é construído o quotidiano de quem tem que falar e ouvir falar Hebraico a toda a hora. Coisa que a minha coleguinha irlandesa bem podia aproveitar - tão bem, que o podia aproveitar sem pagar.
Eu cá contento-me com o prolongamento do Purim. Isso e ir dia sim, dia sim a Yerushalayim.
Além dos provérbios, também já ensaíamos alguns diálogos. A mim coube-me ser o menino Moshé e que eu supus ser o traquinas da classe, de dedo e nariz em riste.
Avançámos o bastante para aprender os pronomes posssessivos. Não fosse a propriedade tão importante no país mais ameaçado à face da terra.
Para a semana há mais. Para começar a semana. Ah, o professor Yossi também nos ensinou os dias da semana e que o nome de cada dia tem a ver com o fato de ser o primeiro, o segundo ou o último da semana. Não me me recordo de nenhum dia, apenas de que existe uma lógica. Mas lembrar-me da lógica é meio caminho andado para perceber o porquê das palavras - para as poder beijar e trazer na ponta dos lábios.
1 comentário:
dizia o pai para o filho, ou vice-versa, "nem atas, nem desatas"
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