Às vezes apetece-me dar uma resposta torta. Alguém me disse: “eu tenho um amigo que votou sempre PSD ou PS, mas agora está tão zangado com tudo, que diz que vai votar Bloco de Esquerda”. A resposta torta que dei foi esta: “então diga lá ao seu amigo que quando houver mais desemprego, quando tiver que pagar mais juros no banco, quando nem um tostão vier de fora para Portugal, porque um país com uma extrema-esquerda com dez por cento, não é destino de qualquer investimento, tem o seu rating ameaçado, ninguém vai abrir uma fabriqueta se “quem tem lucros não pode despedir”, e se houver muitos Robins dos Bosques à solta pelas árvores, então que agradeça a si próprio ter votado por zanga no Bloco de Esquerda”. É que votar no Bloco de Esquerda por zanga com a política e com o país não muda um átomo nenhuma coisa, deixa-nos só pior do que o que estamos. É uma brincadeira que se paga caro, parece tudo muito bonito, mas tem enormes custos sociais e políticos. É por isso que dei logo uma resposta torta. E se for preciso repito-a tantas vezes quanto necessário.
José Pacheco Pereira, Resposta torta, na revista Sábado
sábado, 30 de maio de 2009
Professores protestam, polícias contabilizam, bloquistas aproveitam
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) estimou hoje em 70 mil as pessoas que percorrem a Avenida da Liberdade na manifestação dos docentes convocada pelos sindicatos do sector, mas a PSP aponta para entre 50 e 55 mil.
Foi uma manifestação impressionante, não só pela altura do ano lectivo em que decorreu, mas também pelo facto de estarem 32ºC. Os motivos do protesto são os mesmos das anteriores manifestações. Quando a ministra da educação julgava ter esvaziado o balão, é novamente contestada por uma grande quantidade de professores. Resta esperar que tenha sido a última da era Maria de Lurdes Rodrigues.
Regista-se que a PSP foi novamente autorizada a divulgar o número de manifestantes. Isto depois de Oliveira Pereira, director-nacional da PSP ter afirmado recentemente que a polícia nunca mais faria essa divulgação.
Outro registo, mas desta vez de sentido contrário, foi o facto de algumas forças políticas, como o Bloco de Esquerda, aparecerem nestes desfiles, que nem abutres, com o intuito de capitalizar o descontentamento alheio. Lá estava Francisco Louçã, no meio dos protestos a distribuir sorrisos e simpatias, e a ver se ganhava mais uns votos. Devia de haver algum pudor neste tipo de acções em períodos eleitorais, pois tratava-se de uma manifestação profissional e não política.
Foi uma manifestação impressionante, não só pela altura do ano lectivo em que decorreu, mas também pelo facto de estarem 32ºC. Os motivos do protesto são os mesmos das anteriores manifestações. Quando a ministra da educação julgava ter esvaziado o balão, é novamente contestada por uma grande quantidade de professores. Resta esperar que tenha sido a última da era Maria de Lurdes Rodrigues.
Regista-se que a PSP foi novamente autorizada a divulgar o número de manifestantes. Isto depois de Oliveira Pereira, director-nacional da PSP ter afirmado recentemente que a polícia nunca mais faria essa divulgação.
Outro registo, mas desta vez de sentido contrário, foi o facto de algumas forças políticas, como o Bloco de Esquerda, aparecerem nestes desfiles, que nem abutres, com o intuito de capitalizar o descontentamento alheio. Lá estava Francisco Louçã, no meio dos protestos a distribuir sorrisos e simpatias, e a ver se ganhava mais uns votos. Devia de haver algum pudor neste tipo de acções em períodos eleitorais, pois tratava-se de uma manifestação profissional e não política.
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sexta-feira, 29 de maio de 2009
Roubalheiras, só falo das que me dão jeito
O cabeça de lista do PS ao Parlamento Europeu, Vital Moreia, fez hoje à noite em Évora o discurso mais violento da campanha contra o PSD, associando os sociais-democratas ao que chamou de “roubalheira” do BPN.
O desespero socialista já deve ser muito, a ponto de VM ter decidido baixar ainda mais o nível da campanha eleitoral. Acusações como estas, para além de demagógicas, revelam uma profunda falta de vergonha na cara e um total desrespeito pela inteligência dos eleitores.
O desespero socialista já deve ser muito, a ponto de VM ter decidido baixar ainda mais o nível da campanha eleitoral. Acusações como estas, para além de demagógicas, revelam uma profunda falta de vergonha na cara e um total desrespeito pela inteligência dos eleitores.
O mesmo Vital Moreira que defende o primeiro ministro dos escândalos do Freeport, da licenciatura tirada por fax e dos projectos das casas na Guarda, vem agora, num total desplante associar o PSD à corrupção. Não há ninguém que explique a este senhor que quem tem telhados de vidro não atira pedras ao vizinho? É um lugar comum, mas para políticos comuns, não é preciso mais.
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quinta-feira, 28 de maio de 2009
David Justino, que saudades
O secretário-geral do PS, José Sócrates, considerou hoje que os governos de coligação PSD/CDS-PP foram responsáveis por terem lançado um clima de "terror na educação", atrasando a colocação de professores e a abertura dos anos lectivos. Para o secretário-geral do PS, a principal consequência da política educativa dos anteriores governos PSD/CDS "foi o terror das famílias e, mais do que isso, o horror das famílias portuguesas perante um Governo incompetente".
Estas declarações revelam bem o estilo do 1º ministro, com elas José Sócrates tem a esperança de enganar os desmemoriados e os distraídos.
O governo do PSD/CDS teve muitos defeitos, quase tantos como os do governo do PS, mas conseguiu ter o melhor ministro da educação desde o 25 de Abril. David Justino, colocava Lurdes Rodrigues a milhas de distância, porque tinha uma coisa que ela não tem: vontade de melhorar o sector.
David Justino enquanto ministro, tomou medidas que valorizavam o rigor e a exigência para com os alunos, foi pela realização dos exames e pela divulgação dos resultados, aprovou um estatuto do aluno que foi o mais exequível de sempre, devolveu parte da autoridade retirada aos professores, fez um ministério sóbrio, sereno, sem golpes de propaganda barata, e mais importante que tudo, nunca lançou para cima dos docentes as culpas do que corria mal nas escolas.
Mais, foi nesse tempo que foram lançados os alicerces do actual modelo de colocação de professores. Foi com os erros cometidos por esse governo, que o actual se pode gabar que tem uma máquina de concursos bem oleada. Para refrescar a memória, estes exemplos chegam.
O que José Sócrates faz agora de forma demagógica, é atirar para cima de um ministro competente, o ruído e o ónus de uma coisa que correu mal, enquanto branqueia e dá o seu aval a uma politica desastrosa que a incompetente equipa da educação que nomeou tem levado a cabo.
Se o primeiro ministro se sujeitasse ao contraditório, seria necessário dizer-lhe porque é que a sua politica é desastrosa: porque falhou redondamente na implementação de um sistema de avaliação de professores, que na prática deixa tudo na mesma, afoga as pessoas em papeis e que confunde avaliação com progressão na carreira; porque provocou o êxodo de milhares de professores do sistema, muitos deles com largos anos de experiência e dedicação às escolas e aos alunos; porque aprovou um modelo de gestão escolar, que com o passar do tempo se começa a revelar que foi estruturado para controlar politicamente as escolas; porque promoveu uma escola que não ensina e que se limita a trabalhar para as estatísticas em nome do "sucesso" e da "inclusão"; porque aprovou um estatuto do aluno que é do mais mastodôntico que se fez até hoje em Portugal, e que na prática se limita a branquear e a esconder os graves problemas de indisciplina que há nas escolas; porque tomou como bandeira uma parolice chamada "Magalhães"; e porque desresponsabiliza os alunos e os pais, ao mesmo tempo que responsabiliza por todos os males os professores.
Se David Justino tivesse feito uma pequeníssima parte do mal que Maria de Lurdes Rodrigues e José Sócrates fizeram ao ensino, já teria caído o Carmo e a Trindade, com o PS nas ruas a chamar-lhe todos os nomes possíveis e imaginários. Vergonha.
Estas declarações revelam bem o estilo do 1º ministro, com elas José Sócrates tem a esperança de enganar os desmemoriados e os distraídos.
O governo do PSD/CDS teve muitos defeitos, quase tantos como os do governo do PS, mas conseguiu ter o melhor ministro da educação desde o 25 de Abril. David Justino, colocava Lurdes Rodrigues a milhas de distância, porque tinha uma coisa que ela não tem: vontade de melhorar o sector.
David Justino enquanto ministro, tomou medidas que valorizavam o rigor e a exigência para com os alunos, foi pela realização dos exames e pela divulgação dos resultados, aprovou um estatuto do aluno que foi o mais exequível de sempre, devolveu parte da autoridade retirada aos professores, fez um ministério sóbrio, sereno, sem golpes de propaganda barata, e mais importante que tudo, nunca lançou para cima dos docentes as culpas do que corria mal nas escolas.
Mais, foi nesse tempo que foram lançados os alicerces do actual modelo de colocação de professores. Foi com os erros cometidos por esse governo, que o actual se pode gabar que tem uma máquina de concursos bem oleada. Para refrescar a memória, estes exemplos chegam.
O que José Sócrates faz agora de forma demagógica, é atirar para cima de um ministro competente, o ruído e o ónus de uma coisa que correu mal, enquanto branqueia e dá o seu aval a uma politica desastrosa que a incompetente equipa da educação que nomeou tem levado a cabo.
Se o primeiro ministro se sujeitasse ao contraditório, seria necessário dizer-lhe porque é que a sua politica é desastrosa: porque falhou redondamente na implementação de um sistema de avaliação de professores, que na prática deixa tudo na mesma, afoga as pessoas em papeis e que confunde avaliação com progressão na carreira; porque provocou o êxodo de milhares de professores do sistema, muitos deles com largos anos de experiência e dedicação às escolas e aos alunos; porque aprovou um modelo de gestão escolar, que com o passar do tempo se começa a revelar que foi estruturado para controlar politicamente as escolas; porque promoveu uma escola que não ensina e que se limita a trabalhar para as estatísticas em nome do "sucesso" e da "inclusão"; porque aprovou um estatuto do aluno que é do mais mastodôntico que se fez até hoje em Portugal, e que na prática se limita a branquear e a esconder os graves problemas de indisciplina que há nas escolas; porque tomou como bandeira uma parolice chamada "Magalhães"; e porque desresponsabiliza os alunos e os pais, ao mesmo tempo que responsabiliza por todos os males os professores.
Se David Justino tivesse feito uma pequeníssima parte do mal que Maria de Lurdes Rodrigues e José Sócrates fizeram ao ensino, já teria caído o Carmo e a Trindade, com o PS nas ruas a chamar-lhe todos os nomes possíveis e imaginários. Vergonha.
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Foi só para contrariar uma ideia
Manuel Dias Loureiro recusou hoje a ideia de que renunciou ao cargo de conselheiro de Estado devido às acusações que lhe foram ontem feitas pelo ex-presidente do BPN, José Oliveira e Costa, no Parlamento. O ex-ministro da Administração Interna de Cavaco Silva afirmou que esta era uma decisão que já andava a amadurecer há 15 dias e decorre "da ideia que estava a passar [para a opinião pública] de que o Conselho de Estado me estava a proteger".
É das desculpas mais esfarrapadas que se ouviram até hoje. Dias Loureiro sai do Conselho de Estado, para que não se julgasse que o lugar o estava a proteger, e afirma de seguida precisamente o contrário: que o lugar não o protege de nada. Então por que é que sai?
Este tipo de afirmações começa a ser usual, primeiro tomam-nos por parvos ao declararem-se de "consciência tranquila" (esse estado de alma nacional), e que "não têm motivos para sair", depois quando as situações se tornam insustentáveis, voltam a tomar-nos por parvos, com as desculpas que dão.
Este tipo de afirmações começa a ser usual, primeiro tomam-nos por parvos ao declararem-se de "consciência tranquila" (esse estado de alma nacional), e que "não têm motivos para sair", depois quando as situações se tornam insustentáveis, voltam a tomar-nos por parvos, com as desculpas que dão.
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terça-feira, 26 de maio de 2009
Primeiro o voto, depois o esclarecimento
Vital Moreira propõe criação de imposto europeu. Mais pormenores só quando for eleito para o Parlamento Europeu e apresentar propostas nesse sentido.
Não se percebe se VM é trapalhão por natureza, ou se está mesmo a gozar com o eleitorado. Cada coisa que diz, sai uma asneira. Com a proposta de hoje, VM espera um cheque em branco no PS: vota-se primeiro e depois é que vem o esclarecimento. Com propostas destas, mais vale estar calado.
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segunda-feira, 25 de maio de 2009
domingo, 24 de maio de 2009
Netanyahu está numa encruzilhada
Pela primeira vez desde que foi eleito, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, evocou ontem a possibilidade de “um Estado palestiano”. Mas apenas para indicar que tem “reservas” quanto à sua existência, e durante a reunião semanal do Conselho de Ministros.
O primeiro ministro israelita está numa encruzilhada. Ou avança com o processo de paz, na direcção da formação do estado palestiniano e tem grande parte da sua base eleitoral contra, ou toma uma decisão contrária e fica com mais de metade de Israel e o mundo quase todo contra si.
As decisões que tem de tomar são muito difíceis e o risco de serem mal tomadas é enorme. A começar pelo facto de ainda não se ter percebido claramente a sua estratégia para o processo de paz, se é que tem alguma. Sem uma visão clara e determinada da questão, será muito difícil tomar as opções firmes que se lhe exigem.
Não há uma solução ideal para este conflito, há apenas a possível: manter em Israel as cidades de Ariel, Gush Etzion/Efrat e Maale Adoumim e compensar os palestinianos com territórios noutros locais (Neguev e Galileia).
Resta esperar que Netanyahu caminhe em direcção da solução de dois estados, e que ninguém lhe faça o mesmo que ele fez a Itzhak Rabin e a Ariel Sharon no passado.
As decisões que tem de tomar são muito difíceis e o risco de serem mal tomadas é enorme. A começar pelo facto de ainda não se ter percebido claramente a sua estratégia para o processo de paz, se é que tem alguma. Sem uma visão clara e determinada da questão, será muito difícil tomar as opções firmes que se lhe exigem.
Não há uma solução ideal para este conflito, há apenas a possível: manter em Israel as cidades de Ariel, Gush Etzion/Efrat e Maale Adoumim e compensar os palestinianos com territórios noutros locais (Neguev e Galileia).
Resta esperar que Netanyahu caminhe em direcção da solução de dois estados, e que ninguém lhe faça o mesmo que ele fez a Itzhak Rabin e a Ariel Sharon no passado.
Que partido representa melhor o seu perfil?
O tiro de partida é dado hoje à meia-noite, para aquelas que serão as primeiras eleições do ano. Para os eleitores saberem que partido representa melhor o seu perfil, existe o site EU Profiler.
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Postos avançados e centrifugadoras
Quem não compreende o Irão não compreende o Médio Oriente. Se o Irão se converter ao nuclear, segui-lo-ão o Egipto e a Arábia Saudita, e o Médio Oriente converter-se-á numa região nuclear multipolar. Se o Irão se converter ao nuclear, os xiítas fortalecem-se e os sunitas enfraquecem-se, e o radicalismo religioso ameaçará os regimes moderados. Se Irão se converter ao nuclear, o Médio Oriente estará ameaçado por um terror nuclear. Se Irão se converter ao nuclear, o Hamas tornar-se-á mais forte e a Al Fatah enfraquecerá. Se o Irão se converter ao nuclear, será o fim da solução de dois Estados. Felizmente, Barack Obama compreende em grande parte o Irão. Benjamin Netanyahu e Ehud Barak compreendem muito bem o Irão. Angela Merkel e Nicolas Sarkozy também compreendem o Irão. Mesmo Gordon Brown compreende o Irão. Hosni Mubarak, o Rei Abdullah e os governantes árabes moderados na Arábia Saudita e nos emiratos do Golfo compreendem o Irão melhor que todos eles. Só em Israel alguns não compreendem ainda o Irão, e assim simpatizantes da esquerda e da direita continuam a cantar mantras obsoletas. A esquerda tem toda a razão ao afirmar que só uma solução de dois estados para dois povos conduzirá a uma paz israelo-palestiniana. Por isso, a evacuação dos colonatos é uma condição necessária para a paz. Por isso, as conversações com todos os estados árabes, serão um marco adequado para a paz, e para obter uma paz regional. Contudo, tudo isto em si mesmo não pode parar uma só centrifugadora de Natanz.
Falar da paz e fazer a paz, não deterá os ayatolas. E se os ayatolas não são detidos, no ano que vem o discurso pela paz perderá o seu sentido e qualquer acordo de paz pode ser irrelevante. Quem queira a paz deve adoptar uma resposta face ao Irão. Esta é a última hora, e a hora para que as avestruzes tirem a cabeça da areia. Como no passado, a direita é anda hoje tão excêntrica como a esquerda. A direita do projecto dos colonatos comportou-se absurdamente desde o princípio. Em 2009, só um cego acredita que a segurança de Israel depende de algumas povoações isoladas. Só alguém que careça de qualquer entendimento dos assuntos do Estado acreditará que o futuro de Israel depende dos postos ilegais na Judeia e do crescimento natural da Samaria. A direita israelita deve ser não só religiosa e ideológica, mas também realista e sóbria. Mas uma facção política que insista em não sacrificar nada da Cisjordânia aumenta a ameaça estratégica na frente oriental. No momento da verdade, o anacronismo da direita põe perigo a existência de Israel. Israel necessita de um plano de paz com três etapas para deter o Irão. Na primeira etapa, Israel deveria reunir os moderados, árabes e israelitas, em redor de uma visão conjunta e tomar medidas que fomentem a confiança mútua. Na segunda etapa, deveria tratar do Irão. Na terceira etapa, tratar de aplicar uma visão de paz com acções audazes, mas também realistas. Mas para avançar nessa iniciativa de paz Israel deverá libertar-se dos velhos dogmas da esquerda e da direita. Uma parte, deve compreender que não haverá paz de baixo da sombra de um Irão nuclear. A outra parte, deve compreender que sem um compromisso e um movimento para a paz seguramente o Irão se converterá ao nuclear. Não há tempo. O governo de Netanyahu deve actuar antes do discurso de Obama no Cairo nos princípios de Junho. Deve apresentar sem demora uma visão de paz que seja inspiradora e realista. A evacuação dos postos avançados e a paralisação da construção nos colonatos devem fazer parte desta visão, e deverá concentrar-se na disposição de Israel e dos árabes a assinar um tratado para construir um estado palestiniano. Os Emiratos do Golfo, podem empreender o desenvolvimento da Cisjordânia. Arábia Saudita pode oferecer um horizonte de esperança para Gaza. Os egípcios e os jordanos podem proporcionar a segurança necessária e a responsabilidade diplomática. Uma coligação de forças moderadas pode actuar conjuntamente no Médio Oriente para mudar a situação no terreno. Os responsáveis dos poderes na cena internacional devem ser capazes de proporcionar a base estratégia para tomar medidas firmes contra o Irão. No seu regresso de Washington, supunha-se que Netanyahu se daria conta que é agora ou nunca. A esquerda pode ser irritante, mas a direita é restritiva. Israel deve actuar para responder aos seus desafios. Deve pôr de pé uma iniciativa israelita. Mas para formular uma iniciativa israelita Netanyahu deverá libertar-se finalmente dos projectos ilusórios da direita.
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Livni arrasa Netanyahu
A líder da Oposição Tzipi Livni criticou fortemente Benjamin Netanyahu. Em entrevista ao Canal2, Livni apontou as suas baterias à política externa do Governo e às características pessoais do primeiro ministro.
Livni afirmou que a "má gestão e falta de capacidade para tomar as decisões correctas são a essência da Benjamin Netanyahu." Referiu ainda que ao não aceitar a solução de "2 estados", Netanyahu está a agir contra os interesses de Israel, acusando o 1º ministro de colocar em causa o futuro de Israel como estado judaico.
Em relação ao estatuto de Jerusalém, a líder do Kadima deu a entender estar disposta a ceder partes da cidade a um futuro estado palestiniano. No que diz respeito à entrada do seu partido no governo, voltou a reafirmar que essa hipótese está fora de questão, pois considera-o mau e liderado por um péssimo primeiro ministro.
O líder trabalhista, Ehud Barak, também foi criticado, Livni disse que não há nenhum motivo real para ele permanecer no executivo, a não ser o desejo pessoal de ser ministro da defesa. Para se manter no governo, disse, "Barak dá um selo de aprovação a coisas que não são apenas erradas na minha opinião, mas também não têm ligação com o Partido Trabalhista."
Em relação ao estatuto de Jerusalém, a líder do Kadima deu a entender estar disposta a ceder partes da cidade a um futuro estado palestiniano. No que diz respeito à entrada do seu partido no governo, voltou a reafirmar que essa hipótese está fora de questão, pois considera-o mau e liderado por um péssimo primeiro ministro.
O líder trabalhista, Ehud Barak, também foi criticado, Livni disse que não há nenhum motivo real para ele permanecer no executivo, a não ser o desejo pessoal de ser ministro da defesa. Para se manter no governo, disse, "Barak dá um selo de aprovação a coisas que não são apenas erradas na minha opinião, mas também não têm ligação com o Partido Trabalhista."
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Tzipi Livni
Problemas com o Internet Explorer
Tem havido problemas entre este blogue e o Internet Explorer. Não sei explicar a origem desses problemas, apenas sei que se passa o mesmo com outros blogues. Para evitar crashes e outros que tais, estou a usar o Mozilla Firefox.
sábado, 23 de maio de 2009
Um país de poliglotas
O anúncio de que o Governo está a ponderar antecipar para o 2.º ciclo do ensino básico a segunda língua estrangeira foi recebido com reservas.
Obviamente que foi. O ME está constantemente a inventar medidas e reformas, sem nunca estabilizar e avaliar o que está no terreno. De que serve introduzir uma segunda língua, se até hoje ninguém articulou o inglês que dizem andar a ensinar no 1º ciclo com o do 2º? E de que serve uma segunda língua, se uma parte significativa dos alunos não aprende sequer a ler e a escrever correctamente português? Decididamente andam a brincar às escolas.
Obviamente que foi. O ME está constantemente a inventar medidas e reformas, sem nunca estabilizar e avaliar o que está no terreno. De que serve introduzir uma segunda língua, se até hoje ninguém articulou o inglês que dizem andar a ensinar no 1º ciclo com o do 2º? E de que serve uma segunda língua, se uma parte significativa dos alunos não aprende sequer a ler e a escrever correctamente português? Decididamente andam a brincar às escolas.
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sexta-feira, 22 de maio de 2009
quinta-feira, 21 de maio de 2009
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Mais um passo na direcção da guerra...
O Irão anunciou hoje ter lançado com êxito um míssil terra-terra Sejil 2, com um raio de acção de dois mil quilómetros, o que lhe permite alcançar Israel e as bases norte-americanas no Golfo Pérsico. Mahmoud Ahmadinejad garantiu que o míssil ensaiado hoje poderá enviar “para o Inferno” qualquer país que ataque a República Islâmica.
O Irão e o seu presidente troglodita estão a esticar a corda. Se o pior acontecer, será interessante ver as posições daqueles que agora ignoram e desculpam estas acções.
O Irão e o seu presidente troglodita estão a esticar a corda. Se o pior acontecer, será interessante ver as posições daqueles que agora ignoram e desculpam estas acções.
Juíz em causa própria
A Sociedade Portuguesa de Matemática considera que as provas de aferição do 4º e 6º anos, que hoje se realizaram, “continuam a não testar os conhecimentos mínimos correspondentes aos anos de escolaridade” em que foram aplicadas.
Esta opinião, está em linha com as outras que hoje se foram ouvindo um pouco por todo lado: a prova era fácil. Que o facilitismo está instalado, não é novidade para ninguém.
O que talvez escape a muita gente, é a forma como o Ministério da Educação faz a classificação das referidas provas. O processo é todo ele muito pouco transparente. Basicamente passa por duas fases: a correcção, que é da competência de um professor corrector, e a classificação, que é da competência dos serviços do ministério. Na primeira fase, a prova é corrigida e a cada uma das respostas dadas pelo aluno é atribuído um determinado código, depois em função do código atribuído pelo professor corrector, o ministério atribui uma pontuação, procedendo depois ao somatório das pontuações. A partir desse somatório é feita a classificação.
A primeira parte do processo é já de si facilitadora, pois praticamente basta o aluno fazer um risco no local da resposta para qualquer coisa já ser contada. Mas é na atribuição da pontuação e na classificação que há uma grande falta de transparência. Ninguém sabe como é feita e com que propósitos. É perfeitamente possível com este sistema, fazer subir ou descer os resultados, manipulando-se assim as estatísticas, pois não há escrutínio de ninguém exterior ao ME.
Aferições e avaliações nunca deveriam ser feitas pelo próprio ministério, pois é juiz em causa própria. Deveriam ser entregues a uma identidade independente e que não fosse sujeita a pressões e a manipulações.
O que talvez escape a muita gente, é a forma como o Ministério da Educação faz a classificação das referidas provas. O processo é todo ele muito pouco transparente. Basicamente passa por duas fases: a correcção, que é da competência de um professor corrector, e a classificação, que é da competência dos serviços do ministério. Na primeira fase, a prova é corrigida e a cada uma das respostas dadas pelo aluno é atribuído um determinado código, depois em função do código atribuído pelo professor corrector, o ministério atribui uma pontuação, procedendo depois ao somatório das pontuações. A partir desse somatório é feita a classificação.
A primeira parte do processo é já de si facilitadora, pois praticamente basta o aluno fazer um risco no local da resposta para qualquer coisa já ser contada. Mas é na atribuição da pontuação e na classificação que há uma grande falta de transparência. Ninguém sabe como é feita e com que propósitos. É perfeitamente possível com este sistema, fazer subir ou descer os resultados, manipulando-se assim as estatísticas, pois não há escrutínio de ninguém exterior ao ME.
Aferições e avaliações nunca deveriam ser feitas pelo próprio ministério, pois é juiz em causa própria. Deveriam ser entregues a uma identidade independente e que não fosse sujeita a pressões e a manipulações.
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A Confap e o Ministério da Educação
O presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), Albino Almeida, responsabilizou hoje a Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL) “pela mais que certa falta de professores de Espanhol em todas as escolas do país, no início do próximo ano lectivo”.
Não. O sr. Albino Almeida, tem de responsabilizar em primeiro lugar a DGRHE e depois o tribunal que aceitou e executou a providência cautelar. E nunca a ASPL. Se o tribunal aceitou a providência, é porque alguma coisa está errada com o concurso. Alguma ilegalidade há. Por isso, o líder da Confap deveria manter o recato, em vez de vir a terreno atirar com as culpas para cima do sindicato dos professores.
Algo de sinistro se passa nesta associação de pais: estão sempre contra os professores e sempre a favor do ministério. Será pelo facto de serem financiados pelo orçamento do ME?
E já agora quantos filhos tem o sr Albino Almeida na escola? Convém esclarecer isso, pois este senhor há anos que faz carreira nesta associação, sem se perceber muito bem os interesses que anda a defender, se os dos seus filhos, se os do Ministério da Educação.
Não. O sr. Albino Almeida, tem de responsabilizar em primeiro lugar a DGRHE e depois o tribunal que aceitou e executou a providência cautelar. E nunca a ASPL. Se o tribunal aceitou a providência, é porque alguma coisa está errada com o concurso. Alguma ilegalidade há. Por isso, o líder da Confap deveria manter o recato, em vez de vir a terreno atirar com as culpas para cima do sindicato dos professores.
Algo de sinistro se passa nesta associação de pais: estão sempre contra os professores e sempre a favor do ministério. Será pelo facto de serem financiados pelo orçamento do ME?
E já agora quantos filhos tem o sr Albino Almeida na escola? Convém esclarecer isso, pois este senhor há anos que faz carreira nesta associação, sem se perceber muito bem os interesses que anda a defender, se os dos seus filhos, se os do Ministério da Educação.
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segunda-feira, 18 de maio de 2009
Netanyahu nos Estados Unidos - 2
“Não queremos governar os palestinianos. Queremos que se governem eles próprios”. Disse hoje Benjamin Netanyahu, após o encontro com o presidente Barak Obama. Nunca Netanyahu tinha ido tão longe. Apesar de não se ter referido a uma solução de 2 estados, também não a negou categoricamente. Poderemos estar perante uma alteração de posição semelhante à de Ariel Sharon num passado recente. A ser assim, serão boas notícias para o processo de paz.
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Netanyahu nos Estados Unidos - 1
O primeiro ministro Benjamin Netanyahu aterrou ontem em Washington, para aquela que será a sua primeira visita aos Estados Unidos desde que foi nomeado para a chefia do governo. Aguarda-se com expectativa o seu encontro com Obama para se confirmar ou não a diferença de prioridades entre os dois. Obama está mais inclinado em fazer avançar a questão palestiniana, ao passo que Netanyahu dará prioridade à questão iraniana.
Sabe-se que há muita tensão no ar, uma vez que "Bibi" está a ser fortemente pressionado por todos os lados: pelos americanos e pelos trabalhistas israelitas (parceiros de governo) para que ceda na criação de um estado palestiniano, e pelo Likud e outras facções da direita, para que não ceda nessa questão.
Sabe-se que há muita tensão no ar, uma vez que "Bibi" está a ser fortemente pressionado por todos os lados: pelos americanos e pelos trabalhistas israelitas (parceiros de governo) para que ceda na criação de um estado palestiniano, e pelo Likud e outras facções da direita, para que não ceda nessa questão.
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Israel
Sinais
Cerca de 40% dos árabes israelitas acreditam que o Holocausto nunca aconteceu. É o que revela uma sondagem da Universidade de Haifa divulgada ontem. O inquérito mostra ainda que apenas 41% da minoria árabe de Israel reconhece o direito à existência do país como um estado judeu democrático. Comparativamente a um inquérito semelhante feito em 2003, observa-se uma radicalização destas posições em todas as questões formuladas.
É caso para perguntar: quem é que os obriga a ser israelitas?
É caso para perguntar: quem é que os obriga a ser israelitas?
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Israel
domingo, 17 de maio de 2009
A maior distribuição de diplomas da História
Durante o fim-de-semana, o primeiro-ministro e vários ministros e secretários de Estado entregam diplomas do programa de educação "Novas Oportunidades" por todo o país.
José Sócrates não faz outra coisa se não distribuir e promover diplomas da treta. Da treta, porque é isso mesmo que eles são. Como é que é possível certificar em três tempos, estudos que demoram anos a adquirir? Se é assim tão fácil obter o 9º e o 12º ano, por que é que estas pessoas, que andam a correr todas contentes atrás do 1º ministro, não se inscrevem no ensino regular? E por que é que não tiraram esses estudos quando andaram na escola?
O "Novas Oportunidades" é uma mentira e uma injustiça. Uma mentira, porque anda a enganar os formandos com diplomas que não correspondem a aprendizagens realizadas, uma injustiça, porque certifica pessoas em meses, enquanto outras levaram anos a sê-lo.
José Sócrates não faz outra coisa se não distribuir e promover diplomas da treta. Da treta, porque é isso mesmo que eles são. Como é que é possível certificar em três tempos, estudos que demoram anos a adquirir? Se é assim tão fácil obter o 9º e o 12º ano, por que é que estas pessoas, que andam a correr todas contentes atrás do 1º ministro, não se inscrevem no ensino regular? E por que é que não tiraram esses estudos quando andaram na escola?
O "Novas Oportunidades" é uma mentira e uma injustiça. Uma mentira, porque anda a enganar os formandos com diplomas que não correspondem a aprendizagens realizadas, uma injustiça, porque certifica pessoas em meses, enquanto outras levaram anos a sê-lo.
Este programa, que era uma boa ideia, acabou por se tornar numa coisa sem credibilidade, pois não passa de uma maquina de imprimir diplomas, que na maioria dos casos correspondem a coisa nenhuma.
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Cretinices
O cabeçalho só pode ser preenchido depois da abertura dos sacos com os enunciados...
... estando o cabeçalho nos enunciados, não se percebe como é que os alunos fariam o preenchimento com os enunciados fechados dentro de um saco lacrado. Mais um mistério só ao alcance de iluminados.
Esta é apenas umas das muitas instruções que serão lidas a mais de 200 mil crianças entre os nove e os 12 anos vão mostrar amanhã e na quarta-feira o que aprenderam em Língua Portuguesa e Matemática mas, para as provas nacionais de aferição do 4.º e 6.º anos.
Esta é apenas umas das muitas instruções que serão lidas a mais de 200 mil crianças entre os nove e os 12 anos vão mostrar amanhã e na quarta-feira o que aprenderam em Língua Portuguesa e Matemática mas, para as provas nacionais de aferição do 4.º e 6.º anos.
O que mais espanta nesta notícia linkada do Público, é só agora se terem apercebido disto. Aos anos que os professores fazem de papagaios das instruções emanadas do ME. O circo está instalado há muito tempo: professores a fazer a fazer de leitores, provas de aferição que não contam para nada (a não ser para censurar algum professor), e facilitismo instalado, são a ideologia reinante. Ideologia essa, que é tal maneira totalitária, que depois surgem estes documentos com páginas e páginas de instruções, ao bom estilo soviético.
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sexta-feira, 15 de maio de 2009
Os habituais cozinhados
José Sócrates elogiou hoje Manuel Alegre por não ter optado pela "aventura de criar um partido", lamentando, com ironia, a "desilusão" para aqueles que acreditavam que o histórico socialista abandonaria o PS.
Claro que Manuel Alegre nunca abandonaria o PS. Esteve este tempo todo a fazer render o peixe. A esta hora, ele e Sócrates já têm o cozinhado pronto, e Manuel Alegre vai deixar de incomodar o Governo. Com o tempo saberemos o que Sócrates deu a Alegre, e o que este aceitou. É mais um caso em que os habituais cozinhados da política, acabam por expor as falsas verticalidades e os superiores interesses pessoais.
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quinta-feira, 14 de maio de 2009
Assim nasceu o Estado de Israel
"O país de Israel é o local onde o povo judaico nasceu. Foi aqui que o seu carácter espiritual, religioso e nacional se formou. Foi aqui que adquiriu a sua independência e que criou, ao mesmo tempo, uma civilização de importância nacional e universal. Foi aqui também que escreveu o Livro dos Livros para o oferecer ao mundo.
O povo judeu, exilado da Terra Santa, permaneceu-lhe fiel em todos os locais por onde se dispersou, orando sem cessar para que o regresso fosse possível e esperando sempre voltar a restaurar a sua liberdade nacional. Os judeus também se esforçaram através dos séculos para regressar ao país dos antepassados e aqui reconstruírem a sua nação, dirigindo-se em massa, nestes últimos decénios, para este país. Desbravaram o deserto, fizeram renascer a sua língua, construíram cidades e aldeias e fundaram uma forte comunidade que se expande continuamente, possuindo uma vida cultural e económica própria. O povo judeu procura a paz, mas está preparado para se defender e trouxe as riquezas do progresso a todos os habitantes.
A catástrofe nazi, que aniquilou milhões de judeus na Europa, demonstrou novamente a urgência que havia no restabelecimento da nação judaica, a única medida capaz de resolver o judaísmo apatricida, abrindo as portas a todos os judeus e conferindo-lhes a igualdade no seio da família das nações. Os sobreviventes da catástrofe europeia, bem como os judeus dos outros países, reivindicaram o direito a uma vida de dignidade, de liberdade e de trabalho e, sem se deixarem assustar pelos riscos nem pelo obstáculos, procuraram incansavelmente penetrar na Palestina. O povo judeu da Palestina contribuiu, no decorrer da Segunda Guerra Mundial, na luta das nações desejosas de liberdade contra o flagelo nazi. O sacrifício destes soldados e os esforços dos trabalhadores qualificam este povo para tomar lugar entre os povos que fundaram as Nações Unidas.
Em virtude do direito natural e histórico do povo judaico, proclamaremos a fundação do estado judeu na Terra santa. Este estado terá o nome de Israel.
O Estado de Israel ficará aberto a imigração dos judeus de todos os países onde se encontram dispersos. O país será desenvolvido em benefício de todos os habitantes e será fundado nos princípios da liberdade, da justiça e da paz, tal como foi concebido pelos profetas de Israel. Respeitará a mais completa igualdade social e política de todos os cidadãos, sem distinção de religião, de raça, ou de seita. Garantirá a liberdade de religião, de consciência, de educação e de cultura. Protegerá os lugares santos de todas crenças e aplicará lealmente os princípios da Carta das Nações Unidas.
Adjuramos as Nações Unidas para ajudar o povo judeu a construir o seu estado e admitir Israel no seio da família das nações.
Convidamos os habitantes árabes do Estado de Israel a preservar os caminhos da paz e a desempenharem um papel no desenvolvimento do estado, na base de uma cidadania igual e completa, bem como de uma representação justa nas instituições, quer estas sejam provisórias ou permanentes. Estendemos a mão, num desejo de paz e boa vizinhança, a todos os estados que nos rodeiam e convidamo-los a cooperar com a nação judaica independente para o bem comum de todos. O Estado de Israel está pronto a contribuir para o progresso do Médio oriente.
Confiantes no Todo-Poderoso então, assinamos esta declaração no solo da pátria, nesta cidade de Tel Aviv e nesta sessão da assembleia provisória que tem lugar na véspera do sabat, no dia 5 de Iyar de 5708, ou seja, 14 de Maio de 1948.
Levantemo-nos para adoptar a Carta Constitucional que cria o estado judaico."
O povo judeu, exilado da Terra Santa, permaneceu-lhe fiel em todos os locais por onde se dispersou, orando sem cessar para que o regresso fosse possível e esperando sempre voltar a restaurar a sua liberdade nacional. Os judeus também se esforçaram através dos séculos para regressar ao país dos antepassados e aqui reconstruírem a sua nação, dirigindo-se em massa, nestes últimos decénios, para este país. Desbravaram o deserto, fizeram renascer a sua língua, construíram cidades e aldeias e fundaram uma forte comunidade que se expande continuamente, possuindo uma vida cultural e económica própria. O povo judeu procura a paz, mas está preparado para se defender e trouxe as riquezas do progresso a todos os habitantes.
A catástrofe nazi, que aniquilou milhões de judeus na Europa, demonstrou novamente a urgência que havia no restabelecimento da nação judaica, a única medida capaz de resolver o judaísmo apatricida, abrindo as portas a todos os judeus e conferindo-lhes a igualdade no seio da família das nações. Os sobreviventes da catástrofe europeia, bem como os judeus dos outros países, reivindicaram o direito a uma vida de dignidade, de liberdade e de trabalho e, sem se deixarem assustar pelos riscos nem pelo obstáculos, procuraram incansavelmente penetrar na Palestina. O povo judeu da Palestina contribuiu, no decorrer da Segunda Guerra Mundial, na luta das nações desejosas de liberdade contra o flagelo nazi. O sacrifício destes soldados e os esforços dos trabalhadores qualificam este povo para tomar lugar entre os povos que fundaram as Nações Unidas.
Em virtude do direito natural e histórico do povo judaico, proclamaremos a fundação do estado judeu na Terra santa. Este estado terá o nome de Israel.
O Estado de Israel ficará aberto a imigração dos judeus de todos os países onde se encontram dispersos. O país será desenvolvido em benefício de todos os habitantes e será fundado nos princípios da liberdade, da justiça e da paz, tal como foi concebido pelos profetas de Israel. Respeitará a mais completa igualdade social e política de todos os cidadãos, sem distinção de religião, de raça, ou de seita. Garantirá a liberdade de religião, de consciência, de educação e de cultura. Protegerá os lugares santos de todas crenças e aplicará lealmente os princípios da Carta das Nações Unidas.
Adjuramos as Nações Unidas para ajudar o povo judeu a construir o seu estado e admitir Israel no seio da família das nações.
Convidamos os habitantes árabes do Estado de Israel a preservar os caminhos da paz e a desempenharem um papel no desenvolvimento do estado, na base de uma cidadania igual e completa, bem como de uma representação justa nas instituições, quer estas sejam provisórias ou permanentes. Estendemos a mão, num desejo de paz e boa vizinhança, a todos os estados que nos rodeiam e convidamo-los a cooperar com a nação judaica independente para o bem comum de todos. O Estado de Israel está pronto a contribuir para o progresso do Médio oriente.
Confiantes no Todo-Poderoso então, assinamos esta declaração no solo da pátria, nesta cidade de Tel Aviv e nesta sessão da assembleia provisória que tem lugar na véspera do sabat, no dia 5 de Iyar de 5708, ou seja, 14 de Maio de 1948.
Levantemo-nos para adoptar a Carta Constitucional que cria o estado judaico."
Eram 4 horas e 57 minutos, David Ben Gurion declarou:
-Nasceu o Estado de Israel. A sessão terminou.
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quarta-feira, 13 de maio de 2009
Depois das insónias, os arrepios
O primeiro-ministro, José Sócrates, considerou "arrepiantes" as recentes notícias sobre práticas de gestão fraudulenta no Banco Privado Português (BPP) e no Banco Português de Negócios (BPN) e pediu rapidez à autoridades judiciais na perseguição dos criminosos.
Sócrates é o homem dos dois pesos e das duas medidas. No caso BPN/BPP, as "notícias" são fiáveis e permitem conclusões (gestão fraudulenta). No caso Freeport, as notícias são campanhas negras destinadas a manchar o bom nome do 1º ministro. No caso BPN/BPP, aos administradores não lhes reconhece o direito ao bom nome e ao princípio da presunção de inocência, no caso Freeport, acusa a comunicação social de lhe manchar o bom nome e de não o presumir inocente. No caso BPN/BPP, pede à justiça, celeridade na perseguição dos criminosos, no caso Freeport, nem fala em criminosos e em justiça muito menos. Depois de ontem ter tido insónias, hoje teve arrepios. Quando chegará o dia em que terá vergonha?
Sócrates é o homem dos dois pesos e das duas medidas. No caso BPN/BPP, as "notícias" são fiáveis e permitem conclusões (gestão fraudulenta). No caso Freeport, as notícias são campanhas negras destinadas a manchar o bom nome do 1º ministro. No caso BPN/BPP, aos administradores não lhes reconhece o direito ao bom nome e ao princípio da presunção de inocência, no caso Freeport, acusa a comunicação social de lhe manchar o bom nome e de não o presumir inocente. No caso BPN/BPP, pede à justiça, celeridade na perseguição dos criminosos, no caso Freeport, nem fala em criminosos e em justiça muito menos. Depois de ontem ter tido insónias, hoje teve arrepios. Quando chegará o dia em que terá vergonha?
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'Jovem' em discurso directo
Jovem - Não é delinquência, é revolta!
Jornalista - Achas que alguma coisa justifica pôr fogo a carros?
Jovem - Não há outra maneira...
Jornalista - Tu achas bem assaltar?
Jovem - Não acho bem os assaltos, mas se não há trabalho, como é que os rapazes assim não fazem assaltos? Vão-se safando como podem... é os ATM, é os assaltos à mão armada (...) é os carjacking...
Jornalista - Por que é que decidiram por fogo aos carros e aos caixotes do lixo?
Jovem - A gente exprimiu o que a gente sente, dos amigos que perde, dos abusos que fazem à gente...
Jornalista - Eram carros de quem?
Jovem - Até agora de um vizinho já tiraram 2, tanto pode ser o meu, como pode ser o teu amanhã.
Jornalista - Tu querias trabalhar?
Jovem - Eu??!! Claro, trabalhar, jogar à bola, bola então é o que eu gosto mais...
Entrevista à SIC de um 'jovem' do bairro da Bela Vista, Setúbal, ontem. Vídeo aqui.
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terça-feira, 12 de maio de 2009
Alguém que ponha os pontos nos is
“Há uma certa esquerda com a cumplicidade dos que se calam que quando vê um gangue violento, armas ruidosas, em vez de verem um gangue perigoso imediatamente o transformam num conjunto de pessoas vítimas da crise”, disse Paulo Portas, sem nunca concretizar a que forças de esquerda se referia, no discurso de encerramento das jornadas do CDS, em Aveiro.
Goste-se ou não, Paulo Portas é o único político que diz aquilo que muitos portugueses pensam em relação à criminalidade: há um excessiva desculpabilização dos criminosos. Toda a gente sabe que as pessoas que comentem este tipo de desacatos (assaltos a bancos, disparos sobre esquadras, incêndio de viaturas) não são vitimas nenhumas. Vitima é quem tem de suportar tudo isto, e nada poder fazer ou dizer.
Cada vez mais vivemos num regime que rotula e censura todos aqueles que não cumprem com as regras do politicamente correcto ou que não concordam com as teorias do "coitadinho".
A continuarmos assim, haverá duas consequências: será instalada uma verdade oficial, que não admitirá que se ponha o nome correcto nas coisas; e distúrbios como os do Bairro da Bela Vista serão corriqueiros...
Cada vez mais vivemos num regime que rotula e censura todos aqueles que não cumprem com as regras do politicamente correcto ou que não concordam com as teorias do "coitadinho".
A continuarmos assim, haverá duas consequências: será instalada uma verdade oficial, que não admitirá que se ponha o nome correcto nas coisas; e distúrbios como os do Bairro da Bela Vista serão corriqueiros...
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segunda-feira, 11 de maio de 2009
domingo, 10 de maio de 2009
Israel twelve points, Israel douze points - 3
ESC, 1998, Dana International, 1º lugar
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Israel twelve points, Israel douze points - 2
ESC, 1979, Gali Atari and Milk & Honey, 1º lugar
Dedicado à Gaby e à Rita.
... e Netanyahu não quer devolver os Montes Golã
Apesar de se tratar de uma promessa de campanha eleitoral, Benjamin Netanyahu deveria assumir uma posição mais flexível em relação à devolução ou não à Síria deste território.
O simples facto de falar nisso, já de alguma maneira coloca essa hipótese, pois assume implicitamente que o território não era israelita anteriormente. Mas ao negar categoricamente a devolução, não só deixa o seu governo mal na fotografia, como dá aos inimigos de Israel os necessários argumentos na guerra mediática que esta questão provoca.
Obviamente, que os Montes Golã nunca poderão ser devolvidos, sem a existência prévia de três condições: que haja um acordo de paz permanente com a Síria, que a Síria indemnize Israel pelas infra-estruturas de 1º mundo que vai receber, e que a devolução seja votada num referendo.
Obviamente, que os Montes Golã nunca poderão ser devolvidos, sem a existência prévia de três condições: que haja um acordo de paz permanente com a Síria, que a Síria indemnize Israel pelas infra-estruturas de 1º mundo que vai receber, e que a devolução seja votada num referendo.
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O Hamas nunca aceitará Israel...
O líder do Hamas, Khaled Masha, voltou a reafirmar que o movimento é contra a existência de 2 estados como forma de terminar com o conflito israelo-palestiniano. Para este movimento, o conflito só terminará com a destruição de Israel.
É curioso o caminho apontado por Khaled Masha: o início de uma trégua com Israel por 10 anos, e a criação imediata de um estado palestiniano na Judeia e Samaria, que seria posteriormente alargado ao resto do território israelita.
Estas posições, de absurdas que são, nem merecem grande comentário, o que importa saber é até quando os palestinianos darão o seu apoio a um movimento que tem ideias destas. A continuarem a apoiar o Hamas, estarão a perpetuar o maior erro que os dirigentes palestinianos cometeram até hoje e que é responsável pela situação em que se encontram neste momento: basear a estratégia na destruição do vizinho, em vez de apostarem na construção do seu país. Assim não vão longe.
Estas posições, de absurdas que são, nem merecem grande comentário, o que importa saber é até quando os palestinianos darão o seu apoio a um movimento que tem ideias destas. A continuarem a apoiar o Hamas, estarão a perpetuar o maior erro que os dirigentes palestinianos cometeram até hoje e que é responsável pela situação em que se encontram neste momento: basear a estratégia na destruição do vizinho, em vez de apostarem na construção do seu país. Assim não vão longe.
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Uma ilusão como as outras...
... que anda a espalhar pelo país. José Sócrates diz que o Bloco Central "é uma ilusão", reafirmando que a maioria absoluta para o PS é "a melhor forma de garantir a estabilidade política e ajudar as pessoas a enfrentar a crise".
O primeiro ministro é um perito em anunciar ilusões. Já tem várias no currículo: o "Magalhães"; os 150 mil empregos; o salvamento de empresas; o não aumento dos impostos; o via CTT; o "Novas Oportunidades"; a redução da despesa pública; entre muitas outras.
Depois de anos a anunciar fantasias, Sócrates afirma agora que a questão do Bloco Central é uma ilusão. Talvez seja a única que se torne realidade.
O primeiro ministro é um perito em anunciar ilusões. Já tem várias no currículo: o "Magalhães"; os 150 mil empregos; o salvamento de empresas; o não aumento dos impostos; o via CTT; o "Novas Oportunidades"; a redução da despesa pública; entre muitas outras.
Depois de anos a anunciar fantasias, Sócrates afirma agora que a questão do Bloco Central é uma ilusão. Talvez seja a única que se torne realidade.
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O Estado é o PS - 2
"Pintaram os bairros, mas esqueceram-se de vos dizer que o dinheiro é do Estado, é do PS", disse ontem a bi-candidata do Partido Socialista à Câmara do Porto e ao Parlamento Europeu, Elisa Ferreira.
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sábado, 9 de maio de 2009
Mais uma distribuição suportada pelo contribuinte
De cada vez que os iluminados especialistas em educação do Partido Socialista têm uma ideia, normalmente isso significa uns milhares de euros de aumento na despesa pública. Seguindo a habitual política de desresponsabilização e de dar tudo a todos, desta vez chegou a altura de ser a escola fornecer preservativos aos estudantes.
A existência de Educação Sexual nas escolas é um assunto polémico, que não está fechado, e que está relacionado com questões de saúde pública. Mas as relações sexuais não, são um acto privado, e não deve ser o Estado, através dos contribuintes, a financiá-lo.
A existência de Educação Sexual nas escolas é um assunto polémico, que não está fechado, e que está relacionado com questões de saúde pública. Mas as relações sexuais não, são um acto privado, e não deve ser o Estado, através dos contribuintes, a financiá-lo.
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Lá se vão as "sobras de campanha"
Ainda não saiu do Parlamento e já PS e PSD admitem alterações à nova lei do financiamento dos partidos e das campanhas eleitorais, aprovada na semana passada por unanimidade com um único voto contra, o do socialista António José Seguro.
Tal alteração, deve-se a uma "brecha" na nova lei que permitia que as campanhas eleitorais dessem lucro. Assim, a situação deverá ser corrigida para que isso não aconteça.
Ficarão em maus lençóis todos aqueles que tiverem "sobras de campanha" na Suíça e noutros locais.
Tal alteração, deve-se a uma "brecha" na nova lei que permitia que as campanhas eleitorais dessem lucro. Assim, a situação deverá ser corrigida para que isso não aconteça.
Ficarão em maus lençóis todos aqueles que tiverem "sobras de campanha" na Suíça e noutros locais.
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quinta-feira, 7 de maio de 2009
Os árabes israelitas
Muçulmanos radicais, liderados por um imã na cidade onde Jesus nasceu, não estão satisfeitos com a perspectiva de uma visita do Papa, e prepararam um insulto para o receber.
Apesar de se tratar de uma polémica causada por motivos religiosos, é mais uma a juntar às outras que recentemente têm envolvido alguns sectores desta comunidade em Israel. A selecção de uma cantora árabe para representar o país no Festival Eurovisão da Canção e a tentativa de exclusão de dois partidos árabes das eleições (por serem contra a existência do estado judaico), são disso exemplo.
Perante a lei, estes árabes são cidadãos israelitas de pleno direito. O problema é que raramente adoptam posições enquanto tal. É indiscutível que parte significativa da comunidade árabe israelita só o é por conveniência, pois se pudesse seria outra coisa. Isto é facilmente demonstrável nas manifestações que costuma fazer. Manifestam-se como "árabes-israelitas", mas empunham apenas bandeiras da Palestina. De Israel, o seu país, nem uma.
Perante esta situação, várias questões se põem: como é que Israel enquanto estado judaico, dá cidadania a pessoas que são contra a sua essência? quais são as condições para se ser cidadão israelita? como é que se lida com uma demografia hostil? As respostas são simples, apesar de o problema ser complexo: a formação de 2 estados, e a transferência das populações que não queiram ficar no estado de que não gostam.
Perante esta situação, várias questões se põem: como é que Israel enquanto estado judaico, dá cidadania a pessoas que são contra a sua essência? quais são as condições para se ser cidadão israelita? como é que se lida com uma demografia hostil? As respostas são simples, apesar de o problema ser complexo: a formação de 2 estados, e a transferência das populações que não queiram ficar no estado de que não gostam.
O governo israelita, paralelamente às questões do processo de paz, deve ir preparando a forma como vai lidar com o problema de alguns dos seus cidadãos árabes. Este assunto, deve ser tratado com frontalidade e seriedade e não com os habituais melindres do politicamente correcto.
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quarta-feira, 6 de maio de 2009
Quem não sabe fazer mais nada, finge que negoceia
Sem resultados. O Ministério da Educação e a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) não registaram hoje qualquer evolução nas negociações sobre o Estatuto da Carreira Docente, pelo que um acordo, mesmo parcial, está praticamente afastado pelas duas partes.
Estas negociações não passam de cosmética. Cosmética da pior qualidade. Por muitos motivos, mas principalmente pelo facto de que tudo o que o ME quis fazer em relação aos professores, já o fez na revisão do Estatuto da Carreira Docente de 2006. Nesse ano, o ministério deu uma machadada no estatuto dos professores, de tal maneira profunda, que a maioria deles se encontra bastante insatisfeita com a profissão e com a tutela. O Governo sabe isso, e sabe que foi longe de mais.
Agora, em véspera de eleições, acena com umas "revisões", prometendo umas melhorias aqui e ali. Tal de nada serve, porque nem os sindicatos, nem os professores, se vão deixar enganar. Ambos sabem que o Governo está de má fé e que não é fiável. Sabem-no, porque para haver fiabilidade no processo, não se pode andar permanentemente a negociar e a mudar as coisas. O Estatuto da Carreira Docente, por bom ou mau que seja, não deve andar permanentemente a ser revisto. É um assunto no qual deve haver estabilidade durante uns anos. Ora estabilidade é precisamente o que os professores não têm tido, por isso, ninguém acredita nas propostas do secretário de estado Pedreira. Aquilo que ele propõe hoje, daqui a 6 meses será alterado novamente. Esta "negociação" apenas serve como arma de propaganda, e para ter os burocratas ocupados.
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segunda-feira, 4 de maio de 2009
Bloco Central: uma hipótese como outra qualquer
O país político anda entretido com a novela do "Bloco central". Depois de este assunto ter sido abordado por Mário Crespo na entrevista a Manuela Ferreira Leite, não se fala noutra coisa. Todos os líderes partidários já vieram a terreno mostrar a sua repulsa pela ideia. Hoje foi a vez de MFL voltar a desdizer-se, ao afirmar que “Isso [uma coligação] é verdadeiramente impensável”.
Percebe-se perfeitamente que ninguém queira, a esta distância das eleições, estar a fazer conjecturas de governo. Mas o que já não se percebe é a repulsa geral pela ideia. É uma hipótese com outra qualquer. Nem mais nem menos. Mas só deve ser equacionada depois das eleições. De que serve andar neste momento com histerismos, se a questão não se coloca agora? Por que é que não se faz o mesmo escrutínio às outras coligações possíveis: PS/PCP; PS/BE; PS/CDS; ou PSD/CDS? A quem interessa discutir apenas esta coligação?
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domingo, 3 de maio de 2009
O milagre de Israel
Israel celebra estes dias a sua proclamação como estado, e emocionam-me as palavras do seu presidente Shimon Peres quando diz que este país passará à história como um milagre.
É fácil e é bem visto ataca-lo gratuitamente em alguns meios. Fácil na perspectiva de quem dormia, quando há 64 anos os seus habitantes marchavam para as câmaras de gás.
Fácil quando se ignoram os contornos de uma ameaça permanente de países como Líbano, Síria, Iraque, Jordânia, Egipto, Líbia ou Arábia Saudita. E fácil, quando não se pensa que há 61 anos decretaram que queriam atirar os Judeus ao mar e que em apenas 6 dias esta ameaça se converteu em nada...
Mas é difícil compreender como Israel vingou e transformou o deserto num jardim, que vende laranjas para todo o mundo, que enviou os seus próprios satélites para espaço, que passa ao lado da crise que assola o mundo inteiro porque apostou na inovação , e que luta como a única democracia da zona, contra a ameaça que o escolheu como porta de entrada ao resto do mundo civilizado: o terrorismo islâmico.
É difícil atacar Israel pela dureza e pela fé de gente que o levantou do nada, pela fé de gentes que sem nada terem, quiseram ter o mesmo que todos os homens: um estado onde pudessem ser livres como todos os demais. Onde trabalhar, viver, celebrar a vida, e levar ao mundo riqueza e criatividade.
É difícil de compreender, mas convido-vos a tentá-lo pela liberdade e não pelo preconceito, e que confiem nas palavras proféticas do seu presidente: este país passará sem dúvida à historia como um milagre.
Quero com estas palavras chegar aos seus corações, a uma grande Terra desconhecida, mil vezes disputada e que está de aniversario e aos seus habitantes dizer-lhes, como a sua primeira ministra Golda Meir disse há 61 anos: Judeus, Mazel Tov! (Boa sorte!)
Por Raquel Lage Cuinãs, no Faro de Vigo.
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Medina Carreira sobre educação...
... no Correio da Manhã. Excertos.
"Nós para termos uma mão-de-obra que ganhe bem temos de ter outra escola. Nós não podemos andar a formar analfabetos e depois dizermos para arranjarem empregos bons a esta gente."
"Agora mexer na escola e ficar tudo na mesma não interessa. Se os alunos estiverem lá e são tão bons os bons como são bons os maus, quer dizer, anda lá um número grande a atrapalhar o trânsito, em nome de uma coisa esquisitíssima e que eu não aceito que é a escola inclusiva. Ora, a escola é inclusiva se as pessoas estão lá para aprender. Se não estão para aprender têm de ir para outro sítio. Um estádio de futebol, põe-se lá toda a gente aos pontapés na bola. Agora, na escola só pode estar quem queira aprender. Mas isso tem de ser aferido. Nós temos todos os anos de verificar se eles aprenderam."
"Nós temos de ter programas decentes, feitos por intelectuais, por artistas, por técnicos. Nem sei quem é que os fez. São uns programas horríveis, os manuais são de fugir. E depois inverte-se tudo. Nós não podemos ter professores a ensinar bem se os alunos nem os ouvem. O senhor pode arranjar 200 mil catedráticos que não consegue ensinar esta gente. Porque eles não querem aprender. Oitenta por cento dos que estão lá não querem aprender. Bons são sempre bons. Quando nós éramos crianças também havia bons e havia maus. E havia uns médios e estes estudavam por causa dos exames."
"Temos os bons que eram bons e temos o resto. E como não há exames nunca chega a ocasião para estudar. Portanto isto é uma falsificação. O ensino em Portugal é uma intrujice. Uma intrujice cara. E depois inverte-se isto. Vamos avaliar os professores, nem sei quais são os critérios. No estado em que aquilo está parece-me uma tontice... "
"Nós estamos a bater no chão. (...) Um aluno sai dali e não sabe escrever. Eu ensinei muitos anos e acabei por me irritar com o ensino. Dava-lhes provas escritas e era dificílimo de entender o que escreviam. Cheias de erros, linha sim, linha não um erro, expunham pessimamente, tudo aquilo era um ver se te avias."
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sábado, 2 de maio de 2009
Ou há moral ou comem todos...
...disse uma vez sabiamente o presidente do Governo Regional da Madeira. Desta vez o sr presidente é notícia porque gastou em 2008 mais de meio milhão de euros em viagens, todas classificadas de "secretas".
Em relação a AJJ já não há muito a dizer. Ele só faz o que deixam fazer. Como não há moral nenhuma na República Portuguesa, AJJ lá vai tratando vidinha. Este é o exemplo máximo do que pode acontecer num país onde a classe dirigente tem os defeitos da nossa. Uma das consequências é não haver força para travar estes caciques gastadores. Tal só acontecerá numa de duas situações: ou o eleitorado da Madeira o penaliza, o que se duvida, porque são iguais a ele; ou o Governo da República dá o exemplo, que não acontecerá, porque Portugal está cheio de casos iguais, só que não dão tanto nas vistas como AJJ.
Em relação a AJJ já não há muito a dizer. Ele só faz o que deixam fazer. Como não há moral nenhuma na República Portuguesa, AJJ lá vai tratando vidinha. Este é o exemplo máximo do que pode acontecer num país onde a classe dirigente tem os defeitos da nossa. Uma das consequências é não haver força para travar estes caciques gastadores. Tal só acontecerá numa de duas situações: ou o eleitorado da Madeira o penaliza, o que se duvida, porque são iguais a ele; ou o Governo da República dá o exemplo, que não acontecerá, porque Portugal está cheio de casos iguais, só que não dão tanto nas vistas como AJJ.
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sexta-feira, 1 de maio de 2009
Vital Moreira agradece
Vital Moreira considera que os insultos e as agressões de que foi alvo esta tarde, depois de ter cumprimentado a direcção da CGTP, no Martim Moniz, configuram um acto de “animosidade contra um antigo militante do PCP que não enjeita o seu percurso político, mas também não renuncia às circunstâncias” que levaram ao seu abandono do partido.
Demorou apenas 2 horas o aproveitamento político da situação. Já era de esperar. Há quem na CGTP e no PCP ainda não tenha percebido, que acções como as desta tarde, são tudo o que o Partido Socialista precisa. Não só ofuscam as manifestações e os meus motivos, como permitem ao PS vitimizar-se. Da manifestação de hoje, apenas ficarão as agressões, os insultos e a consequente publicidade. Vital Moreira agradece.
Demorou apenas 2 horas o aproveitamento político da situação. Já era de esperar. Há quem na CGTP e no PCP ainda não tenha percebido, que acções como as desta tarde, são tudo o que o Partido Socialista precisa. Não só ofuscam as manifestações e os meus motivos, como permitem ao PS vitimizar-se. Da manifestação de hoje, apenas ficarão as agressões, os insultos e a consequente publicidade. Vital Moreira agradece.
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Da outra vez o candidato ganhou
O cabeça de lista às eleições europeias pelo Partido Socialista, Vital Moreira, foi agredido e insultado por vários manifestantes, durante o desfile da CGTP do primeiro de Maio em Lisboa.
Estas cenas são de lamentar, pelos motivos óbvios e pelos menos óbvios: estes desacatos só ajudam o PS, que agora se vai fazer de vitima. A ultima vez que isto aconteceu, foi na Marinha Grande, com Mário Soares, que capitalizou as agressões a seu favor.
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