quarta-feira, 30 de junho de 2010

Assembleia Municipal de Lisboa aprova moção anti-Israel

 Clique na imagem para ver melhor
A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou ontem uma moção "contra o bloqueio da Faixa de Gaza". A moção foi apresentada por deputados independentes ligados a Helena Roseta, e teve o apoio do PCP e do BE. O PS absteve-se nos pontos 1 e 2, e aprovou o 3. Quando ao PSD aprovou o 3 e votou contra o 1 e o 2. 
O único partido que teve a decência de se demarcar totalmente de uma acção destas foi o CDS, que pela voz da deputada municipal Maria Luísa Aldim, denunciou a moção nos seguintes termos: "Considerando que os cidadãos de Gaza são governados por um bando criminoso - o Hamas - que destila ódio contra o Ocidente e a democracia, que exerce o terrorismo indiscriminado contra os cidadãos israelitas e que oprime e pratica crimes contra as mulheres, os homossexuais e outras minorias, nomeadamente as religiosas, do seu próprio povo. Considerando que a economia palestiniana está arruinada pela corrupção dos seus dirigentes e pela recusa sistemática do estabelecimento da paz, nomeadamente por que o Hamas insiste em não reconhecer Israel como um Estado. O CDS reprova esta moção pró-Hamas por a mesma querer importar um conflito e por colocar o ónus da culpa, de forma propagandista e sem fundamento histórico, do lado israelita."
Esta moção, apoiada pela extrema-esquerda, é apenas mais uma confirmação da doutrina adoptada em relação à questão de Gaza: desculpabilizar e ignorar a acção do Hamas, ignorar o bloqueio egípcio ao território, diabolizar e culpabilizar Israel pelo conflito, e aproveitar a situação dos palestinianos para fins políticos e de propaganda. 
Já é a segunda vez que a AML é utilizada pelo PCP e pelo BE para estes fins. A primeira ocorreu em 2009, com a aprovação de uma proposta de geminação de Lisboa com Gaza. Um facto deveras insólito, e que na altura não teve qualquer tipo de oposição por parte dos partidos da direita, anestesiados que deviam estar pelo "politicamente correcto". Desta vez, o PSD e o CDS tiveram o bom senso de não ir atrás da conversa palavrosa que os "amigos dos palestinianos" costumam usar para fazer passar a sua agenda política.
Um bem haja à deputada Luísa Aldim.

4 comentários:

Anónimo disse...

O anti-semitismo de esquerda em todo o seu esplendor!
Por si só não seria grande problema, o pior é quando existe omissão ou mesmo conivência das outras forças políticas.
Enfim a estupidez e a falta de vergonha não têm limites!
F.G.

DL disse...

@ F.G.

Pelo tempo que dedicam a este assunto, o BE e o PCP não devem fazer mais nada na AML.

Provocação 'aka' Menina Ção disse...

David cá está a prova de que o partido que trabalha a sério neste país é mesmo o CDS. A minha única questão com eles era a propósito a propósito do casamento homossexual, como essa já está ultrapassada confio plenamente que eles é que detém a boa resposta para saúde, educação, economia, etc. Esta resposta da deputada teve em mim o efeito de respirar fundo e pensar que há pessoas que são decentes e usam o seu poder político fora das convenções e facilitismos disseminados. Porra que este fanatismo pró.palestina foi mais rápido que a varíola, parece-me que será mais letal também.

DL disse...

@ provocação

Concordo com tudo o que disse. O casamento homossexual também era das poucas divergências que tinha com o CDS.
Na educação é de longe o partido que está mais próximo das minhas posições.