terça-feira, 23 de agosto de 2011

E quem é que o vai governar: o Hamas ou a Fatah?

O Bloco de Esquerda, para além de ser um partido irresponsável do ponto de vista económico, é completamente leviano do ponto de vista diplomático. A sua última leviandade foi apresentada hoje na assembleia da república: um projecto de resolução recomendando ao Governo português reconheça o Estado da Palestina - nas fronteiras anteriores a 1967 - e que apoie o pedido de adesão desse estado à ONU.
Esta resolução demonstra mais uma vez que o BE apenas se interessa por este assunto para obter dele dividendos políticos. Para este partido o que conta é o constante foguetório, sendo completamente irrelevantes pormenores como: a demografia existente no terreno, os palestinianos terem ou não condições para se auto-governarem, a inexistência de um tratado de paz com Israel e saber se o novo estado vai ser governado pela Fatah ou pelo Hamas.
Constituir um estado com as fronteiras anteriores a 1967, sem qualquer outra negociação fronteiriça, pressupõe a expulsão de milhares de israelitas que vivem na Judeia e na Samaria; a não existência de um tratado de paz com Israel, para além de violar as sempre citadas resoluções da ONU, é uma tremenda irresponsabilidade porque do novo estado podem surgir a todo o momento ataques com mísseis como os que se verificaram nos últimos dias; não se saber previamente como vai ser o regime político desse novo país abre a porta à instauração de mais uma teocracia fundamentalista que para além da declarada hostilidade aos vizinhos, já deu provas de como governará os próprios palestinianos. Nenhum destes aspectos preocupa o Bloco de Esquerda. Para este partido é aceitável a expulsão de milhares de Judeus das suas casas, é irrelevante a relação belicosa que o novo país terá com Israel, é indiferente ser a Fatah ou o Hamas a governar - não lhe causando qualquer tipo de repulsa se for o Hamas e instalar uma teocracia -  e é desprezível a segurança do Estado de Israel.
Que o Bloco de Esquerda detesta Israel e os israelitas já se sabia há muito tempo, pois nunca escondeu ao que anda, o que se espera é que dentro da Assembleia da República uma resolução destas não tenha qualquer tipo de aceitação.

4 comentários:

Anónimo disse...

O BE e a extrema esquerda deviam ter vergonha! Esta proposta destina-se a desviar as atenções da queda de Kadafhi. O ditador líbio foi um dos principais financiadores da extrema esquerda ocidental nos anos 70 e 80. Tudo o que era radical, terrorista, marxista e correlativos,comeu da mão do coronel, agora que ele caiu, nem uma palavrinha de agradecimento!
Ingratos!
F.G.

João Monteiro disse...

A cegueira dessa gente é impressionante: para além de manifestarem a sua ignorância e desconhecimento da História, despudoradamente declaram que a validação por parte da Comunidade Internacional do desrespeito dos acordos por parte dos Palestinianos (a que estes estão obrigados para com Israel - Acordos de Oslo que tiveram o aval da Comunidade Internacional - UE, EU, Rússia e ONU) "...será um importante contributo de Portugal para o cumprimento do Direito Internacional e para uma paz duradoura no Médio Oriente”. Espero que o bom senso prevaleça na AR e tal resolução seja recusada (que considerem as declarações da Primeira-Ministra australiana que, mesmo correndo o risco de perder o apoio na obtenção de um lugar no Conselho de Segurança, entende que a Austrália nem sequer se deve abster na próxima votação na AG da ONU e sim votar contra esta pretensão palestiniana).

Anónimo disse...

Quando é que "isto" vai a votos ?

Aprendiz disse...

É evidente que Israel não retirará centenas de milhares de cidadãos, a força, da Judéia e Samaria, sem que haja garantias de paz. Um governo israelense que fizesse isso, caíria imediatamente. Também é evidente que Israel não consentirá que essa população seja alvo de ataques.

A criação de um estado palestino já em estado de guerra com Israel é o que se está planejando. A intenção sempre foi a guerra, o método tem apenas o objetivo de por a culpa em Israel.