As duas últimas aulas de Hebraico não foram bem umas aulas. Na que era para ter sido a décima terceira, como só compareci eu e o Inglês, fomos levados pelo Professor Yossi até à Sinagoga, onde se assinalava o Dia da Memória do Holocausto. No que acabou por ser a décima terceira, onde desta vez só fui eu e a Irlandesa, passámos metade da aula a falar do Dia da Independência e outra a ter uma aula propriamente dita. Quanto à pupila que falta, a Polaca, foi para Cracóvia.
Mas deixemos Cracóvia. Pelo menos, por agora. Até porque, daqui a pouco, temos a décima quarta aula de Hebraico.
Porque na Segunda-Feira tivemos a cerimónia do Dia da Independência. De que discordo. Digo, do nome. Eu sei que é só isso, um nome. Mas eu teimo em querer chamar as coisas pelos nomes. Digo, nomes próprios. Alcunhas deixo para as alcoviteiras deste mundo.
E explico-me: chamar de Dia da Independência é americanizar Israel. Por uma vez na vida, vejo-me obrigado a dar razão aos que são anti-Americanos e, por inerência falaciosa, anti-Israelitas por tudo e por nada.
Devia chamar-se Dia Nacional, isso sim.
Menos mal que o posso dizer de boca cheia. Ainda a sorver o vinho Kosher que foi servido na dita cerimónia, para a qual recebi convite, com direito a acompanhante. E em que fiz questão de estar presente. Nem que fosse para comemorar o direito à discórdia, à discussão.
Vai lá explicar isto aos gajos de Gaza. Enfiam-te saco ou uma burka. Enforcam-te. Fodem-te.
1 comentário:
Adoro este atlas :)
Israel Bloom
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