Há um claro paralelelismo entre a situação política do PS e a situação política do país. Os socialistas liderados por Sócrates e apoiados por Costa, faliram Portugal. A seguir veio a coligação de direita que teve de efentar uma situação de bancarrota e fazer cortes durissímos, pagando um alto preço por isso. O PS por sua vez colocou-se de fora, fingiu que nada tinha que ver com a bancarrota e todos os dias bradou contra as medidas impopulares que foram sendo tomadas. No final da legislatura há uma alta probabilidade de os socialistas capitalizarem o descontentamento e serem premiados pelo eleitorado ganhando as eleições.
No PS a situação é parecida: Seguro que nunca esteve muito colado a Sócrates - ao contrário de Costa - fez a parte pior do período governativo de Passos, liderou a oposição no momento imediatamente a seguir à derrota de 2011 e pagou o preço da pesada herança.
António Costa, por sua vez, esteve por fora, pairando por cima da gestão de Seguro, mas sem nunca ter sido beliscado pelo desgaste da bancarrota. Passou os últimos 3 anos numa zona de conforto a tratar da vida na Câmara de Lisboa e na Quadratura. Reaparece agora oportunisticamente para destornar Seguro da liderança do PS e Passos Coelho da chefia do Governo. E apesar de ser mais responsável pela situação de bancarrota do que eles os dois juntos, arrisca-se a ter sucesso: o eleitorado adora que o enganem e não resiste a um bom vendedor da banha da cobra.
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