
As surpresas acontecem: contra todas as
expectativas,
o Haavoda (partido trabalhista) vai entrar na coligação governamental liderada pelo Partido Likud (centro direita laico). É difícil de entender esta atitude. Por vários motivos: por um lado, a coligação encontra-se muito encostada à direita (
Likud 27 assentos,
Shas 9 e
Beitenu 15) sendo a inclusão dos 13 deputados trabalhistas considerada por muita gente contra natura. Por outro lado, o partido trabalhista entra na coligação bastante dividido, 7 dos 13 deputados não a apoiam. A juntar a estes dois factores de peso, surge o factor risco, que é enorme. Se o governo funcionar, o
Likud e a direita saem reforçados e os trabalhistas penalizados; se o governo falhar, os trabalhistas vão ser acusados de colaborarem com o desastre. Por que preferem os trabalhistas integrar um governo que está nos seus antípodas a reorganizarem-se na oposição? Aparentemente apenas o apego ao poder. Nada mais que isso. O
Haavoda a continuar assim tem os dias contados... infelizmente.
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