quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O folhetim

O ensino em Portugal está há quase uma década mergulhado em dois permanentes folhetins: a avaliação dos professores e a colocação dos professores. Esta última segue o guião normal: põe lista, retira lista, site em manutenção. Como muito bem diz o Ramiro Marques este assunto é um psicodrama. Já não há paciência.

O Governo quer reduzir a despesa e vai aumentar a receita

Há coisas que nunca mudam.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Momento Alberto João Jardim

O presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, declarou hoje que "a redução para quatro horas de emissão diária é um caminho perigoso para a coesão nacional. O Estado não deve poupar com funções de soberania, de representatividade nas regiões autónomas". Um típico momento Alberto João Jardim. Sempre que alguém sugere que se deva cortar alguma coisa nas regiões autónomas, os respectivos líderes tiram a coesão nacional da cartola e fazem umas ameaças veladas de separatismo. Estamos cheios de medo. 
Não é a redução para quatro horas diárias de emissão da RTP-Açores que é uma ameaça a coesão nacional. O que ameaça a coesão nacional é a incontinência verbal dos presidentes dos governos regionais, que têm passado a vida a extorquir os contribuintes e ainda falam de alto como se todos lhes devessem alguma coisa. E gastar 24 milhões de euros num canal de televisão que não tem similar em mais parte nenhuma do país - e que quase nenhum açoriano vê - também é capaz de não ser bom para a coesão.

Não há nada como um bom prejuízo

Caso contrário há o risco de ser taxado por mais um aumento de impostos inventado pelos socialistas.
A vida política portuguesa chega a ser hilariante. Numa situação normal os governos aumentam os impostos e a oposição clama contra os aumentos e pede a redução da despesa. No actual período de anormalidade o Governo aumenta dos impostos e a oposição pede mais aumentos.

domingo, 28 de agosto de 2011

Música de Israel


Ninet Tayeb, Hi Yoda'at. 
Ninet Tayeb foi a primeira cantora a vencer o Kokhav Nolad, a versão israelita dos Ídolos.

António Telhados de Vidro

Parece uma partida de 1º de Abril, mas não é. António José Seguro desafiou hoje o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, a esclarecer "quem paga a irresponsabilidade da dívida que existe aqui na Madeira, da exclusiva responsabilidade do seu partido, o PSD, aqui na Madeira?”  O descaramento do secretário-geral do PS é total, bastava fazer o exercício de substituir a palavra Madeira pela palavra Portugal e a sigla PSD pela sigla PS, para a pergunta lhe poder ser feita a ele.
São estes os telhados de vidro e é esta a herança com que Seguro vai liderar a oposição em Portugal. Noutros locais seriam motivo mais do que suficiente para alguém já estar preso ou no mínimo ter a cara pintada de preto. Em Portugal servem para animar as festas partidárias de Verão.

sábado, 27 de agosto de 2011

A raiz do mal

O eterno motivo do conflito israelo-árabe vem mais uma vez ao de cima. O líder da AP, Mahmoud Abbas, declarou que: Não vamos reconhecer Israel como Estado Judeu
A AP não reconhece Israel, a Fatah não reconhece Israel, o Hamas não reconhece Israel, a Jihad Islâmica não reconhece Israel, o Hezbolah não reconhece Israel. Tudo com um detalhe: como Estado Judeu. Claro que se for como estado árabe até se pode chamar Israel que para estas organizações não haverá problema nenhum.
É mais que evidente que os palestinianos nunca quiseram, e ao fim de 63 anos de conflito continuam a não querer, um estado judaico na Palestina. Esta é a raiz de todos os males e o motivo pelo qual não há paz na região. Israel não tem com quem fazer a paz, porque não tem a condição essencial: ser aceite. Um facto básico que a imprensa e o agip-prop palestinianista da Europa parecem ainda não ter percebido e pelos vistos nunca vão perceber.

Primavera árabe?

Não há festas como estas...

... as de Corroios. E ainda dizem que em Portugal as juntas de freguesia vivem mal e passam dificuldades. Mais um excelente exemplo do que é a imaculada gestão autárquica do PCP, tão imaculada que até estátuas e tapeçarias compra.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Não há um ditador que não seja apoiado pelo PCP

Que o PCP apoia entusiasticamente os ditadores cubano e norte-coreano já é amplamente conhecido. Que tem uma enorme simpatia pelos tiranetes venezuelano e iraniano também se sabia. O que estava relativamente mais escondido era o apoio deste partido a  Muammar Kahdafi. Apoio esse que foi sendo desvendado nos últimos tempos, desde que o ditador líbio se viu em apuros. No Jornal Avante! tem-se elogiado a atitude do regime líbio e do seu líder e à boleia disso reforçam-se os artigos com o desporto favorito dos comunistas: malhar na NATO
A cantiga é sempre a mesma: há os bons - os mais variados ditadores e os seus respectivos povos - que são vítimas dos maus - o maléfico imperialismo americano e a pérfida política de direita. O Partido Comunista, como não poderia deixar de ser, está ao lado dos bons porque é solidário com os povos e está contra os maus, representados pelo ocidente em geral, porque são uns capitalistas exploradores.
Com esta cartilha o PCP só consegue ver defeitos na NATO quando nunca os viu no Pacto de Varsóvia, e é extremamente crítico em relação aos países ocidentais, sendo completamente acrítico em relação aos maiores ditadores do planeta, nos quais Kahdafi se inclui. Mais gente devia ler o Avante!.

Aumento das despesas

Até este ano apenas a Confederação das Associações de Pais  (a Confap do inenarrável Albino Almeida) recebia subsídios do Ministério da Educação. A partir do ano que vem também a Confederação Nacional independente de Pais e Encarregados de Educação passará a receber um subsídio dos contribuintes. Em vez de sustentar subsidiar uma associação, o Estado passará a sustentar subsidiar duas.  Dois cheques em vez de um. Isto tem um nome: aumento das despesas.
Parece que em Portugal continua a não passar pela cabeça de ninguém que os pais e encarregados de educação se associem livremente e se quotizem de forma a terem financiamento e a poderem desenvolver a sua actividade. Para tudo é preciso o Estado, que neste caso paga aos pais para eles se representarem junto de si próprio.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Grandes títulos do Público

Ataques de Israel matam cinco pessoas em Gaza e ameaçam trégua.  Diz um título do Jornal Público,  conseguindo misturar na mesma frase as palavras ataque, Israel, mata, Gaza e ameaça. Mas não se fica por ai, logo de seguida refere que: Os ataques aéreos israelitas mataram cinco pessoas em Gaza, ao mesmo tempo que foram lançados vários rockets para Israel por rebeldes palestinianos, ferindo um bebé. Repare-se na lógica: são os ataques de Israel que ameaçam a trégua e não os mísseis constantemente disparados a partir de Gaza; e os ataques israelitas ocorrem ao mesmo tempo que a chuva de mísseis Grad, sendo irrelevante referir quem despoletou o conflito e quem apenas se defendeu. O ataque terrorista de Eilat, por exemplo, deve ter ocorrido ao mesmo tempo que um ataque israelita qualquer, o qual por sua vez terá provocado inúmeros mortos e ameaçado uma trégua existente. E assim sucessivamente.
Melhor título que o do Público só mesmo o do portal do Bloco de Esquerda: Egipto quer "fim imediato" dos ataques israelitas. Cá estão mais uma vez as palavras Israel e ataque. Nunca falha.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Ha'aretz: o céu acima de Jerusalém

Chuva de mísseis continua

O Sul de Israel continua de baixo do fogo dos mísseis disparados da Faixa de Gaza. Durante esta noite um bebé foi ferido num dos ataques. As retaliações da Força Aérea Israelita também prosseguem, tendo um membro da Jihad Islâmica sido morto esta noite numa das operações.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Israel do passado

A bancada do Governo durante um plenário da Knesset a 27 de Setembro de 1978, no qual se debateram os Acordos de Paz de Camp David. Da esquerda para a direita: Simha Erlich, Menahem Begin, Yigael Yadin e Moshe Dayan.
Yigael Yadin, que para além de arqueólogo e vice-primeiro ministro no primeiro governo de Manachem Begin, foi o segundo Chefe do Estado Maior do IDF, ocupando o lugar entre 1949 e 1952. É a figura em destaque na coluna da direita.

E quem é que o vai governar: o Hamas ou a Fatah?

O Bloco de Esquerda, para além de ser um partido irresponsável do ponto de vista económico, é completamente leviano do ponto de vista diplomático. A sua última leviandade foi apresentada hoje na assembleia da república: um projecto de resolução recomendando ao Governo português reconheça o Estado da Palestina - nas fronteiras anteriores a 1967 - e que apoie o pedido de adesão desse estado à ONU.
Esta resolução demonstra mais uma vez que o BE apenas se interessa por este assunto para obter dele dividendos políticos. Para este partido o que conta é o constante foguetório, sendo completamente irrelevantes pormenores como: a demografia existente no terreno, os palestinianos terem ou não condições para se auto-governarem, a inexistência de um tratado de paz com Israel e saber se o novo estado vai ser governado pela Fatah ou pelo Hamas.
Constituir um estado com as fronteiras anteriores a 1967, sem qualquer outra negociação fronteiriça, pressupõe a expulsão de milhares de israelitas que vivem na Judeia e na Samaria; a não existência de um tratado de paz com Israel, para além de violar as sempre citadas resoluções da ONU, é uma tremenda irresponsabilidade porque do novo estado podem surgir a todo o momento ataques com mísseis como os que se verificaram nos últimos dias; não se saber previamente como vai ser o regime político desse novo país abre a porta à instauração de mais uma teocracia fundamentalista que para além da declarada hostilidade aos vizinhos, já deu provas de como governará os próprios palestinianos. Nenhum destes aspectos preocupa o Bloco de Esquerda. Para este partido é aceitável a expulsão de milhares de Judeus das suas casas, é irrelevante a relação belicosa que o novo país terá com Israel, é indiferente ser a Fatah ou o Hamas a governar - não lhe causando qualquer tipo de repulsa se for o Hamas e instalar uma teocracia -  e é desprezível a segurança do Estado de Israel.
Que o Bloco de Esquerda detesta Israel e os israelitas já se sabia há muito tempo, pois nunca escondeu ao que anda, o que se espera é que dentro da Assembleia da República uma resolução destas não tenha qualquer tipo de aceitação.

O que são os Comités de Resistência Popular?

domingo, 21 de agosto de 2011

Ha'aretz

Parque Nacional Gan HaShlosha. Situado no Norte de Israel este parque é famoso pelas suas lagoas e cascatas de água morna, onde é possível tomar banho todo o ano.

sábado, 20 de agosto de 2011

Ashdod e Be'er Sheva atacadas

Um total de 12 foguetes foram lançados da Faixa de Gaza contra as cidades do Sul de Israel durante esta noite. Os ataques provocaram 1 morto e pelo menos 11 feridos nas cidades de Be'er Sheva,  Ashdod e Ofakim. Nesta última, os feridos foram um bebé e uma menina de oito anos. O sistema de defesa anti-míssil Iron Dome conseguiu interceptar alguns dos foguetes, cujo lançamento já foi reivindicado pelo Hamas - que entretanto anunciou o fim da trégua com Israel - e pelo Comité de Resistência Popular.
A chuva de mísseis, despoletada após o  ataque terrorista de Eilat, parece não ter fim à vista e os habitantes do sul de Israel passam as noites em sobressalto. Factos que parecem não ter grande eco junto dos grupos que se dizem pela paz e contra a guerra. Quando Israel der início a uma operação do tipo Chumbo Endurecido II, nessa altura vão acordar e a gritaria vai começar. É já um clássico deste conflito: ele só existe quando as vítimas passam a ser palestinianas, enquanto são israelitas ninguém liga nenhuma ao assunto.
Moradores de Be'er Sheva captaram o momento do ataque e o sistema Iron Dome a interceptar alguns dos mísseis.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Da cidade que ficou famosa por não queimar bandeiras de Israel


Centenas de pessoas manifestaram-se hoje junto à embaixada israelita no Cairo, onde tentaram impedir a entrada do embaixador e exigiram a sua deportação. Empunhando bandeiras palestinianas, queimaram bandeiras de Israel e gritaram "morte a Israel" entre outros impropérios. Os manifestantes pediram ainda ao Hamas para atacar o Estado Judeu  e exigiram o fim dos acordos de paz de Camp David.
Manifestantes a queimar a bandeira de Israel

Iron Dome

O sistema anti-míssil Iron Dome hoje à noite.
O disparo de foguetes e morteiros sobre o sul de Israel não tem fim à vista. Só durante o dia de hoje foram disparados 17, um dos quais foi interceptado pelo sistema anti-míssil Iron Dome. A alvo era a populosa cidade de Ashkelon.
Os grupos terroristas palestinianos, entre os quais o Hamas, redobraram as ameaças o que tem provocado o medo entre os habitantes do sul de Israel. Na cidade de Be'er Sheva as ruas estão completamente desertas e os moradores preparam-se para mais uma noite em alerta máximo.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Contra-ataque

A resposta não se fez esperar, aviões da Força Aérea Israelita atacaram alvos em Gaza, matando seis pessoas. Entre os mortos encontram-se dois operacionais do grupo terrorista Comité de Resistência Popular (responsável pelos ataques de hoje em Eilat):  Abu al-Nirab Oud, o comandante da ala militar, Khaled e Shaath, um membro sénior do grupo de terrorista.
Durante a tarde os sistema anti-mísseis Iron Dome interceptou três foguetes Katyusha disparados de Gaza para a cidade israelita de Ashkelon e entretanto morreu a oitava vítima israelita dos ataques de Eilat. 

Mais um problema

Segundo fonte israelita os terroristas que esta manhã mataram várias pessoas perto de Eilat são provenientes de Gaza, de onde passaram para Sinai e dai se infiltram em Israel. É a primeira demonstração que este ataque revela: o Egipto não consegue controlar as suas fronteiras com Gaza, não controla a península do Sinai, pelo que não é um país fiável. Mais um problema com que Israel terá de se defrontar, ainda para mais proveniente de país com o qual assinou um tratado de paz.

Terror em Eilat

Socorristas da Magen David Adom ajudam as vítimas dos ataques desta tarde.
Sete pessoas morreram e trinta e uma ficaram feridas numa série de ataques terroristas que ocorreram hoje no sul de Israel perto da cidade balnear de Eilat, junto à fronteira com o Egipto. No curto espaço de pouco mais de uma hora, cinco ataques terroristas foram perpetrados. Num primeiro um autocarro da carreira 392 que fazia a ligação entre Beer Sheva e Eilat foi alvo de um tiroteio em plena Auto-estrada 12, junto do posto fronteiriço de Nefatim, depois as forças do IDF que se dirigiram para o local também foram atacadas. Mais tarde, um morteiro foi disparado do Egipto sem causar vitimas, a que se seguiram mais dois ataques com misseis anti-tanque disparados contra veículos particulares, que num caso feriram sete pessoas e no outro mataram seis.
Segundo a imprensa israelita, apesar dos ataques terem surgido da fronteira egípcia, a sua fonte será Gaza.
Entretanto a ONU evacuou todo o seu pessoal de Gaza, antecipando uma operação militar por parte de Israel, o Egipto encerrou a fronteira de Rafiah com Gaza e o IDF declarou o sul de Israel, alvo dos ataques terroristas, como "zona militar fechada".

O céu é o limite

O BE está contra a inscrição nas constituições de um limite ao endividamento porque tal é contra as necessidades dos países. Repare-se na subtileza do argumento: um país que necessita deve continuar a poder endividar-se eternamente e sem qualquer limite até que as necessidades estejam satisfeitas. Aspectos como haver alguém disposto a pagar satisfazer essas necessidades de dinheiro através de empréstimos, a taxa de juro pedida e o país pedinte conseguir pagar ou não, são coisa pouca quando comparados com as necessidades de um país.
Só há uma coisa que  é maior do que a dívida e que não tem qualquer limite: a demagogia do Bloco de Esquerda.

E quem diz PCP, diz CGTP

O líder do PCP, Jerónimo de Sousa, garantiu que o partido vai lutar contra as medidas de austeridade do Governo e que não irá aceitar um acordo em sede de concertação social. Como o PCP não tem assento no Conselho Económico e Social, fica-se já a saber que a CGTP não vai assinar nenhum acordo, mesmo sem se conhecer o seu conteúdo.
A maneira como o PCP admite na praça pública que controla a Intersindical é completamente despudorada, mas não acontece por acaso, pois ninguém tem a coragem de criticar tal actuação. Coisa deveras estranha num país onde tanto se criticam os interesses ocultos, as influências e as manipulações. 

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Universidade Hebraica novamente entre as melhores do mundo

Tal como em anos anteriores, a Universidade Hebraica de Jerusalém voltou a ser classificada como uma das melhores do mundo, ocupando a 57.ª posição do ranking  Universidade Jiao Tong de Xangai, uma melhoria de 15 lugares face ao ano passado. Várias outras universidades de Israel também conseguiram boas classificações do ranking: a Universidade de Tel Aviv, o Instituto Weizmann da Ciência e o Technion - Instituto de Tecnologia de Haifa ficaram entre os lugares 100 e 150 e as Universidades de  Bar-Ilan e de Ben-Gurion do Negev ficaram entre as posições 300 e 400.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

PCP e Ahmadinejad: a mesma luta

É impressionante a condescendência com que os comunistas tratam o líder iraniano Mahmoud Ahmadinejad. Nada neste homem lhes faz confusão, nem as ameaças que constantemente faz a Israel, nem a repressão das manifestações populares de há dois anos em Teerão, nem a desculpa esfarrapada de querer enriquecer urânio para produzir energia, quando está a nadar em petróleo. Nada. 
Toda esta simpatia dos comunistas pelo presidente iraniano deve-se não só à convergência de posições anti-americanas que os une, mas principalmente porque Mahmoud Ahmadinejad diz em voz alta aquilo que muitos comunistas pensam, mas não se atrevem a pronunciar. Parecia deveras mal. 

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Ariel não é um colonato

Diz o Jornal Público que Israel autorizou a construção de 227 novas casas no colonato de Ariel. Uma simples construção habitacional numa pequena cidade israelita dá direito a um titulo de jornal em Portugal. Deturpado por sinal. 
Muito boa imprensa ainda não percebeu que a hostilidade à construção de habitação nas cidades israelitas da Judeia e da Samaria - classificando-as como zonas ocupadas - e a consequente defesa do seu desmantelamento são atitudes contrárias ao processo de paz. O motivo é muito simples, mas mesmo sendo simples parece escapar a toda a imprensa palestinianista que domina a Europa e também Portugal: não é realista desmantelar cidades inteiras e transferir os habitantes contra a sua vontade, pois tal atitude abriria um conflito dentro de Israel, contraproducente e inaceitável, quando o que se pretende é a paz.
Grande parte dos meios de comunicação social cai ainda no erro de dar eco à ideia de que o processo de paz não avança devido à pérfida construção israelita no território do oprimido povo palestiniano. Uma ideia errada e conveniente. Errada porque a situação de guerra é anterior à fundação dessas cidades e não será o seu desmantelamento que trará a paz. Se assim fosse teria havido paz muito antes de 1967. Conveniente porque a questão da construção israelita nas cidades da Judeia e da Samaria apenas tem servido de desculpa para mascarar o verdadeiro problema:  o processo de paz não avança porque a grande maioria dos palestinianos quer um estado independente no lugar de Israel e não ao lado de Israel. Não haverá paz enquanto os palestinianos não aceitarem Israel como estado judaico e não por causa da construção de uns apartamentos.
Só quando esse reconhecimento existir serão definidas as fronteiras e só nessa altura se saberá quem fica com o quê. Esse processo terá de satisfazer a pretensão palestiniana a um estado independente, mas ao mesmo tempo evitar tensões desnecessárias em Israel. Para isso deverá respeitar a demografia existente no terreno, mantendo em Israel as grandes cidades judaicas da Judeia e da Samaria, das quais Ariel é um exemplo.

Música de Israel

Metropolin, Lishon B'li Lachlom. Cuidado ao abrir.

domingo, 14 de agosto de 2011

Sócrates e Passos

Já são visíveis duas grandes diferenças entre o anterior primeiro-ministro e o actual. A primeira prende-se com a linguagem utilizada: Sócrates passou seis anos a dizer tinha feito isto e aquilo, Passos anda há dois meses a dizer que vai fazer. A segunda tem a ver com o nível de propaganda utilizada: com Sócrates foi o mais elevado que se conhece. Tão elevado que a propaganda juntamente com a  bancarrota são as duas grandes heranças que deixou ao país. Passos Coelho neste aspecto é um mero aprendiz. Também faz o seu marketing, mas nada que se compare com a gigantesca máquina de desinformação socretina.

sábado, 13 de agosto de 2011

Que melhor integrem o crescimento do aluno


Mais uma grande conquista do 'eduquês': a integração do crescimento do aluno.
Como muito bem diz o RioD'oiro, o que espanta nem é tanto a ignorância do estudante, mas o discurso integrador da Directora da escola e a forma completamente acrítica como o profere. Mais um exemplo de como os eduqueses são como uma seita fundamentalista. Contra todas as evidências dizem sempre as mesmas coisas, ocas de sentido e de realismo, embrulhadas numa linguagem apelativa, simpática e que soa bem. E são incapazes de perceber que o que estão a dizer é ideológico, estratosférico e só prejudica os alunos.

Israel do passado

Reunião de deputados da Frente Religiosa Unida, 1949.
A Frente Religiosa Unida era uma aliança política entre os quatro maiores partidos religiosos de Israel (Agudat Yisrael, Hapoel  HaMizrachi, Mizrachi e Poalei Agudat Yisrael)  e a União dos Independentes Religiosos. Foi fundada para concorrer às eleições de 1949 para a 1.ª Knesset - as primeiras depois da independência -  e obteve 16 dos 120 deputados (o 3º maior grupo parlamentar depois do Mapai e do Mapan). Integrou a primeira coligação governamental liderada por David Ben Gurion, acabando no entanto por criar problemas que culminaram com a demissão do 1º Governo e a tomada de posse do 2º Governo liderado igualmente por Ben Gurion. Apesar de manter o seu lugar no 2º Governo a Frente Religiosa Unida acabaria por se desintegrar, tendo as suas formações concorrido em separado às eleições para a 2.ª Knesset em 1951.

Filhos e enteados

A lei do Orçamento de Estado de 2011 impôs o congelamento de todas as progressões na Função Pública, mas parece que dois ministérios não cumpriram a norma: Administração Interna e Defesa. O facto em si já é deveras estranho, mas ainda é mais esquisito por não haver consequências de maior para os ministérios incumpridores. Mais: esta situação absurda acabou a ser utilizada pelo ministro das Finanças como o único exemplo de corte na despesa anunciado ontem de manhã - um corte que já estava previsto e que não estava a ser aplicado, pelo que aparece como um novo corte.
Depois de toda esta trapalhada só falta saber como será mantida a equidade entre os funcionários  do Estado. Para isso só há duas hipóteses: ou se promovem os funcionários dos outros ministérios, que a tal tinham direito, até à entrada em vigor do congelamento na Defesa e Administração Interna,  ou se despromovem os militares e polícias entretanto promovidos, com a consequente devolução das verbas indevidamente recebidas. Caso não se aplique nenhuma das soluções estar-se-á perante uma típica situação de filhos e enteados.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Do oportunismo

O ministro do Interior, Eli Yishai, diz-se pronto a sair da coligação governamental se os protestos socio-económicos não forem resolvidos. Yishai que é ministro pelo Partido Shas - ortodoxo sefardita - ameaça abandonar o governo desde o início dos protestos, numa atitude no mínimo peculiar.
Que a líder da Oposição, Tzipi Livni, cavalgue a onda de descontentamento ainda é aceitável - faz parte do seu papel - o que é menos expectável é que um membro do governo não resista à pressão da rua e ameace sair no meio de uma dificuldade. Ainda para mais quando Yishai está no poder desde 1996 - com excepção do período entre 2003 e 2006 (30º Governo) - e ocupou variadíssimas pastas como a do Trabalho e da Segurança Social (27º e 28º), a da Administração Interna (29º), a da Industria, Comercio e Trabalho (31º) e a da Administração Interna novamente (32º). 
Com esta posição, Yishai parece querer demarcar-se do actual governo e das suas responsabilidades nos governos anteriores, o que demonstra bem ao que anda. O seu partido Shas é amplamente conhecido por saber aproveitar muito bem as fragilidades do sistema político e eleitoral israelita, integrando normalmente as maiorias governativas a troco de avultadas  extorsões orçamentais para as suas obras sociais e escolas religiosas. Não é pois de admirar que abandone o Governo neste momento de dificuldade e que regresse quando a situação for mais favorável. Faz parte da natureza dos oportunistas. Se sair, já vai tarde, pois quanto menos ministros deste calibre Israel tiver, melhor.

Debaixo de fogo

Um foguete Qassam explodiu hoje perto do kibbutz HaNegev Shaar, não provocando danos nem vítimas. Os ataques provenientes da Faixa de Gaza continuam imparáveis, causando enorme stress nos habitantes do Sul de Israel, que a todo o momento têm de largar os seus afazeres e fugir para os abrigos. Este míssil é o quinto a atingir no Negev desde Domingo.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Ha'aretz

Zona das salinas, Mar Morto
(Clique na imagem para ampliar)

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Independência sim, mas primeiro paguem o que devem

Quando alguém põe o dedo na ferida e demonstra o que é a ruinosa gestão que Alberto João Jardim faz na Madeira, este vem imediatamente a terreno indignar-se. Normalmente as indignações não passam de tiradas mal educadas e de insultos, mas desta vez, confrontado com as criticas do Tribunal de Contas, o presidente do Governo Regional ameaçou com a independência da Madeira. A ideia por si só é amplamente discutível e nada chocante. O que já é mais chocante é Alberto João Jardim falar como se fosse o dono da Madeira, por todos os madeirenses e como se fosse ele a decidir se a Madeira é independente ou não.
Se Alberto João Jardim quer a Madeira independente, que comece por fazer as contas e explicar aos madeirenses quanto dinheiro é que o governo regional sacou a Lisboa desde o 25 de Abril. Numa situação de independência esse dinheiro tem de ser devolvido. Isso e o assumir pela Madeira independente de 2,5% da dívida pública nacional.

A escumalha

Feios, porcos e maus. E basicamente é tudo como muito bem diz o Ramiro Marques.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Da credibilidade da ONU

A Coreia do Norte assumiu a presidência da Conferência de Desarmamento da ONU. A seguir podem atribuir o Comité Contra a Corrupção a Angola, a Liga do Combate à Droga à Guiné-Bissau, a Comissão para os Direitos Humanos ao Congo, o Observatório  da Igualdade Entre os Sexos à Arábia Saudita e o Conselho de Protecção dos Homossexuais ao Zimbabwe.

Os motins londrinos questionados pela 'esquerda alegre' portuguesa

A juventude não tem centros de diversão para passar as tardes e começa a partir montras e a saquear lojas. De quem é a culpa? Do governo inglês que mandou fechar os centros de diversão da juventude? Dos jovens que não têm com o que ocupar as tardes? Ou da polícia que despoletou a revolta? Por aqui parece haver quem tenha dúvidas deste género, mas não questione o facto de bairros inteiros entrarem em motim devido a um alegado excesso policial. Pelos vistos o motivo é atendível. E quem diz o 'excesso' policial, diz as pérfidas medidas de austeridade do governo de David Cameron. Está tudo ligado.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Reduzir a burocracia nas escolas

Como muito bem refere o Ramiro Marques, há muito por onde cortar. Acabar com as reuniões intercalares e com os pomposos e inúteis Projectos Curriculares de Turma já dava uma grande ajuda. E com um pouco de sorte 90% disto podia ser eliminado. Uma série a seguir no ProfBlog.

José Sócrates não diria melhor

Obama diz que os Estados Unidos serão sempre um país com rating AAA e culpa o Tea Party pela descida do rating da dívida americana.

Aspirinas

O que o BCE fez hoje com a compra da dívida da Espanha e da Itália foi o mesmo que andou a fazer durante semanas com a dívida portuguesa. Na altura o primeiro-ministro Sócrates, aproveitando o embalo da ajuda do BCE, jurava a pés juntos que não havia necessidade da vinda do FMI. Viu-se. De certeza que Zapatero e Berluscuoni estão neste momento a jurar o mesmo.

Do multiculturalismo

Há meninas a sofrer mutilação genital no Vale da Amoreira, concelho da Moita. Trata-se de uma prática que ocorre entre imigrantes guineenses e com certeza terá a devida a atenção do Bloco de Esquerda e do Movimento Democrático das Mulheres.

domingo, 7 de agosto de 2011

Israel: as manifestações em imagens

Manifestantes empunham a bandeira de Israel em frente às Torres Azrieli, ontem em Tel Aviv durante as manifestações contra o aumento do custo de vida e pela justiça social.
200 mil foi o número dos que se manifestaram em Tel Aviv, estima-se em 300 mil a nível nacional. Ao fundo vê-se a Rua Kaplan completamente cheia.
Manifestantes banham-se numa fonte da Praça de Paris em Jerusalém. O cartaz vermelho diz:"As pessoas à frente do bem-estar".
De um lado palavras de ordem:"Já tivemos porcos que cheguem!", do outro a fotografia do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Praça Zion em Jerusalém. Num dos cartazes lê-se:" Uma geração inteira está exigindo um futuro".
Homem vestido de Theodor Herlz numa varanda em Tel Aviv, junto a um cartaz onde se afirma que "se você lutar, ele não será um sonho". Esta frase foi retirada do livro de Herlz "A velha nova terra"
Manifestação em Hashomrim no vale de Jezreel.
Bebé dorme num carrinho durante os protestos em Tel Aviv. No cartaz lê-se: "Bibi, eu posso ser um bebé, mas não nasci ontem".
Manifestantes em Kiriyat Shmona
Jovens vestindo uma t-shirt estampada com a frase "Lutando por uma casa", Tel Aviv.

Sismo (2)

Outro sismo, mas desta vez de natureza financeira, varreu hoje Israel: a bolsa de valores de Tel Aviv afundou quase 6%, fazendo com que as negociações fossem várias vezes suspensas. Após a abertura o TA-25 caiu 5 %, para 1.100 pontos, o TA-100 caiu 5,2 %, o TA-Banking caiu 5,3 %, e o TA Real-Estate-15 caiu 6,4 %.
As perdas estão a ser interpretadas como sendo resultado da baixa da notação da dívida americana pela agência Standard & Poors. 

Sismo (1)

Israel foi esta manhã sacudida por um terramoto de magnitude 4,2 na escala de Richter. O epicentro ocorreu no mar a 71 km a noroeste de Tel Aviv e a 80 km a sudoeste de Haifa. O sismo foi sentido em todo o país, mas com maior intensidade na Baixa Galileia, na baía de Haifa e em Petah Tikva.
Os terramotos desta magnitude são normais em Israel, pois o país fica na sensível falha sírio-africana, tendo os especialistas vindo a alertar nos últimos anos que se deve esperar um grande terremoto num futuro próximo.
O último grande terramoto na região ocorreu em Julho 1927  e matou 300 pessoas em Jerusalém. Antes disso,  em 1837, um sismo de magnitude 7 na escala de Richter matou 4000 pessoas.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Férias

Como é hábito em Agosto, este blogue fará uma pausa de uma semana. Boas férias a todos os leitores.