domingo, 30 de setembro de 2012

Babi Yar

Nada se passa

Descubra as diferenças

A primeira fotografia é  uma típica fotografia de propaganda, que anda a circular no Facebook com o sugestivo título 500 000 na Praça do Comércio!, dando a entender que aquilo estava a abarrotar de povo.
A segunda fotografia - que não foi sujeita a retoques - mostra várias zonas da praça com pouca gente, as laterais semi-vazias e as típicas sombras de uma tarde ensolarada.
Mas não é preciso sequer olhar para a segunda fotografia para constatar que a manifestação de ontem, anunciada como uma das maiores de sempre, foi um autêntico flop. Muitas pessoas não compram o discurso sectário, radical e datado do PCP e da sua central sindical.
Sem ter essa intenção, porque apenas queria tirar partido da situação de insatisfação, a CGTP acabou por dar uma grande ajuda ao Governo ao organizar uma manif poucos dias depois da de 15 de setembro.

Index

Depois de piegas, a palavra ignorante entrou hoje no index das palavras proibidas. São impressionantes as gritarias que se formam em torno de não-assuntos.

sábado, 29 de setembro de 2012

Ninguém o ouviria

A diferença entre a manif da CGTP e este artigo de José Manuel Fernandes é abissal. Ninguém em Portugal seguiria quem dissesse uma coisa destas. Viu-se isso hoje na rua.

Ouvido na fila do supermercado

Devíamos era ter cá um Mário Monti. Isso é que era. Mas ninguém quer...

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A 'rua árabe' reage...

Cachimbo de Magritte

Um blogue que chegou ao fim. O Cachimbo de Magritte publicou hoje o seu último post. Não havia necessidade.

Do salvador da Europa

Então mas não era ao contrário: a favor do crescimento e contra a austeridade? Nessa altura fazia mais primeiras páginas do que agora.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Música de Israel


Yoni Bloch, Ksheat Ity

Já começaram a surgir os problemas

Durante os protestos contra a subida da TSU, os cortes nas fundações tinham uma legião de fãs. Não havia ninguém que não apoiasse a medida. Agora, abandonada a TSU e quando finalmente se começou a mexer nas fundações, já estão a surgir os primeiros problemas. Não demorará muito a começar a contestação do costume, com o conveniente apoio das oposições.
Basicamente tudo se resume ao mesmo de sempre: todos são a favor dos cortes, desde que sejam no vizinho do lado. Assistiu-se a isso com os funcionários públicos. Enquanto foram os únicos visados pelas reduções salariais, a medida teve amplo apoio. Quando tocou a outros, a coisa mudou logo de figura.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

PS e Fenprof, a mesma luta

A vaia é o novo desporto nacional. Onde quer que esteja um ministro há sempre umas pessoas à espera para o insultar. Hoje foi a vez de Nuno Crato: durante uma visita a uma escola de Ermesinde, 10 manifestantes do SPN e mais 10 do PS (sim do PS!) encheram as goelas com a palavra gatuno
A memória é curta e os fins justificam os meios. Aos sindicatos controlados pelo PCP já não lhes faz confusão manifestarem-se ao lado dos socialistas que tão vigorosamente combateram no passado recente. E os socialistas não se sentem incomodados por berrarem juntamente com os sindicatos que lhes minaram o caminho quando estavam no Governo. Águas passadas. O que interessa agora é a luta e a luta é contra o neoliberal ministro Crato, que está a estragar a Escola Socialista que PS e PCP construiram durante anos.

Só falta a bomba atómica

Homossexuais iranianos condenados à pena de morte.
Só falta a bomba atómica.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Aumento fofinho

Depois de todo o tumulto em torno da subida da TSU o aumento generalizado de impostos vai parecer muito mais fofinho. Há trabalhadores não se importam de ser extorquidos, desde que o resultado da extorsão fique no Estado e não vá parar ao bolso dos empresários patrões e do grande capital.

domingo, 23 de setembro de 2012

sábado, 22 de setembro de 2012

Israel do passado

Rina Messinger, Miss Israel 1976,  é eleita Miss Universo.

O povo bestial

Muitos portugueses estão convencidos que pertencem a um povo bestial que teve o azar de ser liderado por uma classe política corrupta. Por todo o lado abundam as indignações contra os políticos a propósito de tudo e de nada. Na verdade trata-se de um puro exercício de passa culpas: a gatunagem, a corrupção e o compadrio atravessam a sociedade portuguesa de alto a baixo. Portugal é o país da cunha, da atençãozinha e do favorzinho, mas a generalidade dos indignados prefere fazer dos políticos o bode expiatório de todos os males, escamoteando assim sua própria responsabilidade.
Em vez de andarem a berrar contra os políticos e a exigir-lhes mundos e fundos, mais valia que estes portugueses assumissem a sua contribuição para a situação atual e não fizessem no dia-a-dia aquilo que acusam os políticos de fazerem. Passariam a ter moral para criticar e melhorariam imenso o país.

Ha'aretz

O Outono em Israel

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Contra a austeridade

A manifestação contra a austeridade continua em frente ao Palácio de Belém. Mas haverá alguém em Portugal a favor da austeridade? Os manifestantes julgam-se uns originais e estão convencidos que se assustarem a austeridade com gritarias ela se vai embora.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Manifestações em vez de eleições

Algumas das luminárias que povoam os órgãos de comunicação social defendem que devido à manifestação de sábado o Governo está acabado e como tal deve ser substituído. Mas como é que ninguém se lembrou disto antes? Mudem-se os governos à medida que forem surgindo manifestações e se por um acaso a turba exigir a pessoa A ou a pessoa B para chefiar o Governo, tanto melhor: nomeie-se imediatamente o escolhido

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Mas não estava de saída?

Era só mesmo isto que faltava: Anacleto Louçã no Governo.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Estar com a rapaziada

A descida da TSU foi anunciada vezes sem conta antes das eleições de 2011 e estava incluída no memorando de entendimento que José Sócrates assinou com a troika. O assunto foi inclusive discutido no debate entre Passos Coelho e Sócrates (a partir dos 43:06).
Não é de esperar que o eleitorado, sempre fraco de memória, se fosse lembrar de uma coisa destas. Mas seria expectável que pelos menos os três partidos que apoiaram o memorando se lembrassem do que lá está escrito. Por aquilo a que se tem assistido nos últimos dias, pelos vistos só o PSD é que ainda tem uma vaga ideia que a descida da TSU fez parte do acordo. Os outros dois já não se lembram do que assinaram e preferem estar com a rapaziada.

A grande obra

O estado da única obra do Presidente da Câmara de Lisboa.

domingo, 16 de setembro de 2012

Descaramento

Os socialistas estiveram ontem na manifestação. Para além do descaramento que mostra, esta fotografia simboliza bem a falta de memória que há em Portugal.
Consta que uma das socialistas que marcaram presença foi Ana Gomes e que se fartou de berrar: gatuno, gatuno!

Reportagens fofinhas

António Costa apareceu hoje na televisão a conduzir uma equipa da SIC pela sua única obra: as alterações ao transito na rotunda do Marquês de Pombal. E os jornalistas deixaram-se conduzir alegremente, prestando-se a servir de difusores da propaganda do presidente da Câmara de Lisboa. Já não bastava o tempo de antena semanal na Quadratura do Círculo.

A manifestação 'que se lixe a troika' na blogosfera

Revolta-te por mim, no Blasfémias.
Sous les pavés, o Guincho, no Portugal dos Pequeninos.
Um cabaz de sumidades, no Fado Alexandrino.
Contra quem, a favor de quê?, no Corta-fitas,
Falhou a intentona do 15 de setembro, no Combustões.

sábado, 15 de setembro de 2012

Istambul

Esta fotografia surgiu no facebook como sendo a Av. de Berna esta tarde. Acontece que não é: trata-se de uma avenida de Istambul cheia de gente.
Não é preciso chegar a uma fotografia falsa para caracterizar este protesto. Basta entrevistar um 'indignado'.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Quando não existe, inventa-se

De um momento para o outro surgiu a expressão crise política. Muita gente faz crer que existe uma em Portugal, mas a verdade é que não existe: Portugal tem um governo eleito, com maioria no parlamento e com legitimidade para governar. A crise política é apenas uma invenção das esquerdas, que tem como objetivo derrubar o atual executivo e restaurar aquilo que elas julgam ser a normalidade democrática: meter novamente os socialistas no Governo ou algo parecido. Também há quem sonhe com um governo salvador apoiado pelo Presidente.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Zero

Seguro vai votar contra o Orçamento de Estado. Soluções é que não apresentou nenhumas. Zero. Ou melhor, apresentou a proposta de um imposto sobre as PPP impossível de aplicar porque o anterior governo socialista blindou os contratos. Os socialistas não têm emenda.

De bestas a bestiais

Não será de estranhar se perigosos neoliberais como Cavaco Silva, Medina Carreira ou Manuela Ferreira Leite, passarem de repente a defensores do povo trabalhador. Os rótulos serão sempre o que a esquerda quiser.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Música de Israel


Yoni Bloch, Shir Acher

Autoridade quase perdida

Há muita gente no PSD e no CDS que ainda não percebeu que é quase impossível a um governo de direita governar um país de esquerda. Ainda para mais numa situação de aperto financeiro. Se tivessem entendido isso, certas medidas não teriam sido tomadas e anunciadas da forma que foram e a situação generalizada de contestação não teria chegado ao ponto a que chegou. Agora vai ser muito difícil recuperar autoridade sobre a governação, principalmente com a campanha eleitoral do Obama português já em marcha.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Histerismo coletivo

É impossível contrariar o estado de histerismo coletivo atualmente em curso na República Socialista Portuguesa. E tentar demonstrar que a situação de défice é insustentável, ainda menos.
Portugal está cheio de gente que não faz contas e tem raiva de quem as faz. Não é por acaso que no meio de tanto ruído ninguém das oposições esteja preocupado em explicar como reduziria o défice e de onde viria o dinheiro para o ir financiando.

Um reformado em cada esquina

António Costa não resistiu e entrou na imensa gritaria que por estes dias assola Portugal. Aproveitando a apresentação do novo sistema de circulação rodoviário no Marquês de Pombal, tratou de deixar umas frases simpáticas contra as novas medidas anunciadas pelo Governo, conseguindo assim mais um tempo de antena na corrida para a liderança do PS. Mas a propaganda desta vez lhe correu-lhe mal: a sua competência foi desmascarada minutos depois por um simples reformado
Uma vez que a imprensa não perde tempo com isso, devia haver um aposentado destes a cada esquina de Lisboa para pôr a nu a péssima gestão que António Costa faz na capital. Rapidamente se perceberia que quem não sabe governar uma cidade, não sabe governar um país e talvez se evitassem males maiores.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Breve resenha comparativa entre os manifestos da OLP, do Hezbollah e do Hamas

Por Gabriel Maria Baptista Fernandes
A OLP foi criada numa cimeira árabe em 1964, com o fim de reunir vários grupos palestinianos e juntar numa só organização e a uma só voz os interesses do povo palestiniano. A proposta síria de reunir 75.000 refugiados que se encontravam no seu território, mais um número indeterminado que se encontava noutros países árabes, e autorizou formalmente os Palestinianos, onde quer que se encontrassem, a “assumirem o seu papel na libertação da sua pátria e a serem donos do seu destino”[1], foi aceite. Mais tarde, na referida cimeira árabe e com a permissão da Jordânia, realizada em Jerusalém oriental,   levou à criação da Organização de Libertação da Palestina, que referia no seu manifesto fundador “ o objectivo de liquidar Israel”[2], neste contexto é também criado mais tarde o Exército de Libertação da Palestina, pelo facto de só acreditarem na luta armada como forma de atingirem os seus propósitos. Numa primeira fase a OLP pouco conseguiu fazer para melhorar ou afirmar a autodeterminação palestiniana. O órgão legislador da OLP, o Conselho Nacional Palestiniano (CNP), era composto por membros da população civil de várias comunidades palestinianas, e a sua carta (Carta Nacional da Palestina, ou Pacto Nacional) visava definir as metas e objectivos da organização, o que incluia como se disse, a eliminação completa da soberania israelita na Palestina e a destruição do Estado de Israel. A Carta faz também uma alusão clara sobre a questão de quem são os palestianianos, considerando todos os descendentes pelo lado paterno de palestinianos desde 1948, “onde quer que eles se encontrem”. Considera também que a Palestina é indivísivel e composta por todo o território de que fazia parte o Mandato Britânico, e não apenas os 20 % que disputa com Israel. Esta pretensão abre campo para uma legitimação futura como território  palestino do Reino da Jordânia. Como movimento secular que os distingue dos outros aqui em apreço, a OLP defende um regime que aparentemente defende a liberdade de credo, à semelhança da Turquia, desde Ataturk[3], após a queda do Império Otomano.Considera também, que a religião não é uma Nação e os Judeus são nacionais dos países onde vivem, não havendo por isso a necessidade de formar uma Nação só por esse facto. O Judaísmo não é uma Nação.A Carta faz ainda referência ao facto do Plano de Partição da ONU ir contra o direito natural de um Povo à autodeterminação.[4] No artigo 22º a Carta considera que Israel é uma ameaça para todo o Mundo.
Por outro lado, a OLP financiava-se de impostos cobrados sobre os salários  dos trabalhadores palestinianos e ainda pelas contribuições de países amigos da causa, nomeadamente os árabes. Foi só após a derrota dos países árabes por Israel na Guerra dos Seis Dias em Junho de 1967 que a OLP começou a ser amplamente reconhecida como legítima representante dos palestinianos e conseguiu promover uma agenda marcadamente palestiniana. Esta derrota desacreditou os estados árabes e os palestinianos reivindicaram maior autonomia na luta contra Israel. Em 1968, alguns líderes de facções da guerrilha palestiniana ganham representação no CNP, e a influência dos grupos mais militantes e independentes dentro da OLP aumenta. As principais facções da OLP e aqueles a ela associados são a Fatah [5](desde 1968, a facção mais proeminente da OLP), a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), a Frente Democrática para a Libertação da Palestina (FDLP), e a al-Saiqah[6]. Ao longo de décadas os membros da OLP têm variado a composição nos seus órgãos constituintes e têm-se reorganizado e discutido internamente. As facções mais radicais mantiveram-se firmes nos seus objectivos, como a destruição de Israel, mas a sua substituição por um Estado laico em que os muçulmanos, judeus e cristãos, supostamente, possam participar de igual para igual, não é bem vista, por exemplo, pelo mais recentemente criado partido radical islâmico Hamas[7]. As facções mais moderadas dentro da OLP, no entanto, revelaram-se dispostas a aceitar uma solução negociada com Israel, o que permitiria a existência de um Estado palestiniano. Como consequência, este tema tem levado à discórdia e violência entre as facções ao longo dos tempos. Em 1969, Yasser Arafat, líder da Fatah, é nomeado presidente da OLP. Desde os finais dos anos 1960, que a OLP organizou e lançou ataques de guerrilha contra Israel a partir das suas bases na Jordânia, o que levou a significativas represálias israelitas e conduziu à instabilidade na zona fronteiriça do rio Jordão. Esta instabilidade, por sua vez, levou a OLP a um conflito crescente com o governo do rei Hussein da Jordânia, entre 1970 e 1971. As acções da OLP, levaram a que o Rei Hussein temesse por um lado, a que devido à sua popularidade a OLP reivindicasse para si  o território do antigo Mandato Britânico na Jordânia, que como se sabe, juntamente com a Palestina formavam a província sob administração britânica da Transjordânia, e por outro, que a existência de bases da Organização no seu território atraíssem cada vez mais os ataques de Israel. A OLP em consequência destes factos foi violentamente expulsa do país pelo exército jordano, numa acção que lhe causou cerca de 2.000 baixas. Posteriormente, a OLP mudou as suas bases para o Líbano e continuou a partir daí os ataques a Israel. As relações entre a OLP com o Líbano governado pelos cristãos maronitas eram tumultuosas, e a organização logo se viu envolvida em disputas sectárias no país, o que viria mais tarde a contribuir para que o país caísse numa guerra civil. Durante esse tempo, as facções no interior da OLP mudaram a estratégia de ataques a alvos militares para uma estratégia de política de terrorismo contra alvos civis ocidentais. A partir de 1974 Arafat defendeu o fim dos ataques da OLP a alvos fora de Israel e pediu à comunidade internacional para reconhecer a OLP como única representante legítima do povo palestiniano. Em 1974, os chefes de Estado árabes reconheceram-na como única representante legítima de todos os palestinianos, e assim, a OLP foi admitida como membro pleno da Liga Árabe em 1976. No entanto, a OLP foi excluída das negociações entre o Egipto e Israel, de que resultou em 1979 um tratado de paz, mais uma vez num acordo de “terra por paz” que devolveu o território ocupado por Israel na península do Sinai ao Egipto, mas não conseguiu ainda um acordo de Israel para o estabelecimento de um Estado palestiniano nos territórios ocupados da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. A intenção de Israel em destruir a OLP e as suas bases no sul do Líbano, e nos campos de refugiados nos arredores de Beirute levou Israel a invadir o país em Junho de 1982. Tropas israelitas cercaram a capital Beirute, que durante vários anos acolheu a sede da OLP, e os seus campos de treino militar e terroristas, e como resultado deu-se o massacre de Sabra e Shatila[8], perpetrado pelos libaneses da Falange e com a passividade tácita de Israel.  Após negociações, as forças da OLP foram evacuadas de Beirute e foram transportadas para países árabes amigos como a Tunísia, onde se refugiou Yasser Arafat. Destituída de bases a partir da qual as forças da OLP pudessem atacar o Estado judeu e incentivado pelo sucesso de uma revolta popular, a Intifada (em árabe: "sacudir"), que começou em 1987 nos territórios ocupados, a liderança da OLP desenvolveu uma política mais flexível e conciliatória em direcção à paz com Israel. A 15 de novembro de 1988, a OLP proclamou o "Estado da Palestina", uma espécie de governo no exílio, e em 02 de abril de 1989, o PNC elegeu Presidente do novo proto-Estado da Palestina, Yasser Arafat. A OLP, durante este período também reconheceu as Resoluções das Nações Unidas 242 e 338, aceitando assim tacitamente o direito de Israel a existir. Entretanto, no Sul e fronteira leste do Líbano, nasce o Movimento Hezzbollah, na sequela dos massacres de Sabra e Shatila: O significado árabe de Hizb Allah é o "Partido de Deus", também  conhecido como Hezbollah ou Hizzbullah. É um grupo de milícias constituído no seio de um partido político que surgiu como uma facção no Líbano após a invasão israelita do país em 1982. É constituído por Xiitas muçulmanos, tradicionalmente dos mais fracos dos grupos religiosos presentes no Líbano, e que encontrou a sua voz no movimento moderado e amplamente secular Amal[9]. Após a Revolução Islâmica no Irão de Kohmeini em 1979, que curiosamente é logo louvado no primeiro parágrafo do Programa do Hizzballah, consta que o seu objectivo principal é a criação de um Estado islâmico no Líbano, tendo como modelo a Teocracia dos Ayatollahs (clérigos) recentemente implantada na antiga Pérsia de Reza Pahlevi.O primeiro objectivo prático no Líbano, é que os israelitas retirem as suas forças do território. O Hizzballah defende que a sua Constituição é o Corão, culpa os falangistas e Israel pelos massacres de Sabra e Shatilla. No seu Programa consagra três prioridades: -Primeiro, expulsar os americanos, franceses e os seus aliados do Líbano, pondo fim à “entidade colonialista do território”, em segundo lugar, submeter os falangistas a um só poder e trazê-los `a Justiça pelos crimes cometidos contra muçulmanos e cristãos. Por último, que os “filhos do Líbano” possam escolher e determinar a forma de governo que almejam, embora devam optar por um governo islâmico, que consideram ser o mais justo e livre de todos.[10] Rejeitam o capitalismo americano e o comunismo soviético e explicam da “necessidade da destruição de Israel”.
A Convenção do Movimento de Resistência Islâmico (Hamas)[11], que começa por ser uma organização filantrópica que Israel vê com bons olhos, defende que o seu Programa é o Islão no seu Artigo 1º, e no Artº 2º identifica-se como uma das “asas” da Irmandade Muçulmana[12], e adopta o Islão como o seu modo de vida (Artº5). No seu Artº 11º considera que a terra da Palestina é uma Waqf (legado religioso inalienável), pelo que não pode ser desperdiçada nem dividida por outros que não muçulmanos. São inegociáveis quaisquer tentativas e iniciativas relativas a processos de paz porque isso vai contra os princípios do Hamas (Artº13º).
 No Artº14º, o Hamas considera que a questão de libertação da Palestina gira à volta de três círculos: O Palestiniano, o árabe e o islâmico. E cada um destes círculos tem o seu próprio papel na luta contra o Sionismo. E que quem dissociar ou negligenciar qualquer um destes círculos, incorre num erro terrível e dá um sinal de ignorância profunda sobre a questão.No Artigo seguinte, afirma que é necessário banir a educação e o legado dos “cruzados” e consideram o problema da Palestina como um assunto religioso.Dá uma série de indicações sobre as Artes, as Ciências e as Letras no Artº 19 e compara a actuação dos judeus aos métodos nazis dando como exemplos a repressão sobre o povo palestiniano, a deportação de refugiados e a humilhação.Neste Artº 20, referencia o inimigo como um corpo indiviso (civil e militar) e que o objectivo é que qualquer parte desse corpo deve ser atingido e pagar por todos. Culpa os judeus de toda a instabilidade que existe ou existiu no Mundo, e das guerras e revoluções que houveram na história universal (Artº22. Considera a OLP como um Pai, ou como um parente mais próximo e que no dia em a OLP adoptar o Islão, o Hamas será “o seu exército, e o combustível que servirá para queimar os seus inimigos”( Artº27º). Considera que existe um plano antigo gizado pelos Sábios do Sião que visa dominar todos os territórios desde o Nilo até ao Eufrates (Artº 32ª).
[1] Gilbert, Martin, “História de Israel”, pp390, Edições 70, Abril 2009, Lisboa
[2] idem
[3] http://www.britannica.com/EBchecked/topic/40411/Kemal-Ataturk
[4] Art 20º PLO Charter
[5] http://www.britannica.com/EBchecked/topic/202423/Fatah
[6] http://www.britannica.com/EBchecked/topic/518520/al-Saiqah
[7] http://www.britannica.com/EBchecked/topic/253202/Hamas
[8] http://www.britannica.com/EBchecked/topic/515129/Sabra
[9] http://countrystudies.us/lebanon/88.htm
[10] The Hizzballah Program, pp 3
[11] acrónimo de Harakat al-Islamiya al-Muqāwamah, em português “Movimento de Resistência Islâmica” A palavra Hamas também significa "zelo".  
[12] http://www.britannica.com/EBchecked/topic/399387/Muslim-Brotherhood

domingo, 9 de setembro de 2012

Toda a verdade: o 'processo de paz'


Por Danny Ayalon, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel.

Do internacionalismo proletário

O líder comunista acaba de mandar um prop ao povo sírio e outro ao 'martirizado' povo palestiniano. Segundo Jerónimo de Sousa, ambos são vítimas inocentes das pérfidas garras do imperialismo. Mais duas das muitas tiradas para consumo interno, típicas de quem se recusa a admitir que naquelas bandas está tudo entregue ao islamismo radical e ninguém faz menor ideia do que é o internacionalismo proletário dos comunistas portugueses.

Míssil atinge duas casas em Netivot

O que resta das duas habitações destruídas ontem à noite por de mísseis disparados da Faixa da Gaza contra a cidade de Netivot. O ataque terrorista palestiniano provocou o pânico nos moradores, e por pouco não causou vítimas mortais. Apesar do incidente as escolas da cidade estão abertas este domingo, ao contrário das de Beersheba que estão encerradas devido ao receio de mais ataques, depois de um míssil ter atingido a cidade ontem à noite. 

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A pátria é o partido

Jerónimo de Sousa prega a ladainha do costume na Festa do Avante!, mas desta vez com uma inovação:  nas suas costas surge uma bandeira nacional adulterada com uma foice e um martelo estampados na parte vermelha. 
Não é propriamente uma novidade que se o PCP fosse Governo, os símbolos do partido passariam a ser os símbolos nacionais, mas uma vez que não é, ainda se arrisca a ser acusado de ultraje à bandeira nacional.

Da especulação

Já começaram as especulações em torno do que Passos Coelho irá anunciar ao país. E passam todas pelo mesmo: aumento de impostos, redução de salários e despedimentos na Função Pública. Ninguém se atreve a especular sobre a extinção de institutos, a fusão de municípios, o corte nas rendas excessivas ou a anulação das PPP. Uns porque já interiorizaram a ideia que Governo é incapaz de proceder de outra maneira, mas outros porque se limitam a especular sobre aquilo que lhes dá mais jeito que aconteça.

Ir buscar o dinheiro onde o há

É preciso ir buscar o dinheiro onde o há, diz este socialista. Na Quinta da Marinha, onde vive, pelos vistos há muito. É só unir os pontos.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Israel do passado

A velha Estação Rodoviária de Jerusalém fotografada em 1984. A estação foi construida em 1960 e seria substituída em 2001 por uma nova com maior capacidade e melhores comodidades.

Ana Benavente não faria melhor

Saiu o novo Estatuto do Aluno. Mas de novo só tem o número do decreto lei. O palavreado, o emaranhado, o compliquismo e a burocracia são os do costume. Claro que amanhã a esquerda vai descabelar-se contra mais uma agressão neo-liberal à escola pública de qualidade,  mas a verdade é que o novo estatuto poderia perfeitamente ter sido escrito por uma qualquer Ana Benavente.
Em matéria de ideologia educativa a direita continua a não ter agenda, limitando-se a aplicar as ideias da esquerda com uns pozinhos de exigência e de rigor.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Netanyahu considera submeter ministros ao polígrafo

O Gabinete reuniu ontem durante mais de oito horas para analisar vários assuntos, nomeadamente a questão do Irão que foi tratada profundamente. Mais tarde terá havido uma fuga para a imprensa segundo a qual os ministros ficaram chocados com a falta de acordo entre as várias agências secretas israelitas - Mossad, Shin Bet - e o IDF sobre a resposta a dar à ameaça iraniana. O primeiro-ministro viu-se assim forçado a cancelar a segunda parte da reunião prevista para hoje, até que se apure a origem da fuga.
A sugestão do polígrafo foi a dada a Netanyahu pelo ministro da Energia e Recursos Hídricos, Uzi Landau, mas este tipo de teste não constitui novidade em Israel. Anteriormente já foi aplicado a altos funcionários do Governo devido a outras situações de fugas para a imprensa. Um dos funcionários chegou a ser demitido.
O Gabinete de Segurança do Estado de Israel foi criado em 1999 e conta com vinte e um membros, seis dos quais sem direito a voto.

Paroles, paroles

Tó Seguro apresenta ao país as suas propostas mágicas para Portugal sair da crise. Um monte de balelas que conduzem invariavelmente ao mesmo: mais dívida. Os socialistas continuam viciados em défice e não conhecem outro discurso que não seja o dos sound-bites simpáticos.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Ha'aretz

Vista aérea de Rishon LeTzion

domingo, 2 de setembro de 2012

Ler os outros

A quem interessa a 'má educação'? no ProfBlog, Estado Social - como começa e como termina, no Insurgente, Abriu a época do circo nos Comediantes, e todo o Obamatório. Este último entrou recentemente para a lista de blogues da coluna da direita.

The Palestinian School of Economics

Há 600 milionários na Faixa  de Gaza. Quem o diz é o jornal árabe Asharq Al-Awsat, que também descobriu que o território não vive qualquer tipo de crise humanitária devido ao bloqueio israelita. Muito pelo contrário, não só os milionários surgem como cogumelos, como o corrupto governo do Hamas prospera à custa do contrabando e outras atividades pouco religiosas. 
Nos territórios sob administração da Autoridade Palestiniana a economia também vai de vento em poupa. Mas neste caso a estratégia baseia-se no calote: os palestinianos da Judeia e da Samaria devem à companhia israelita de eletricidade mais de 432 milhões de shekels - a que acrescem 239 milhões de shekels devidos por  Gaza. O total ascende a 622 milhões de shekels (131 milhões de euros) e não contabiliza os roubos de energia que ocorrem um pouco por todo o lado.

Estratégia para totós

Esta simples declaração diz tudo o que são os socialistas. Faliram o país, deixando um défice de 10%,  uma divida monstruosa e um desemprego galopante, e agora, uma vez na oposição, são contra toda e qualquer  correção dos erros que fizeram - não querem austeridade. Surgem aos portugueses como o partido bonzinho que se preocupa com as pessoas. O Governo que faça o papel de mau e que se amanhe com a batata quente que lhe deixaram.
A atual estratégia socialista, que roça o básico de tão primitiva que é, tem no entanto um erro de palmatória: parte do principio que os portugueses são atrasados mentais e que já se esqueceram que foi esse partido que os pôs na bancarrota. Um principio errado, porque se nem Sócrates com a sua imensa propaganda os conseguiu enganar eternamente, não vai ser o atual aprendiz de líder a consegui-lo.

sábado, 1 de setembro de 2012

Que bem prega Frei Tomás

Os socialistas quando estão na Oposição têm excelentes ideias. Só é pena que não as apliquem quando estão no Governo.

Música de Israel


Ivri Lider & Mookie, Mazal tov Israel

Falhanço atroz

Já ninguém se lembra, mas há pouco mais de um mês a Fenprof  previa um cataclismo na colocação de professores. Todos os dias fazia anúncios alarmantes de milhares de professores contratados no desemprego e de outros tantos efetivos sem horário. A realidade apesar de má não confirmou estes números, tendo os prognósticos da Fenprof uma taxa de erro de 74% nos contratados e de 86% nos horários zero (5 147 contratados sem horário e 1 872 docentes dos quadros com horário zero). 
Claro que agora, conhecidos os resultados, nenhum jornalista pergunta a Mário Nogueira onde estão os 13 mil horários zero e os 20 mil contratados desempregados que ele várias vezes anunciou, pelo contrário limitam-se a amplificar mais uma vez os comentários calamitosos que tece aos resultados do concurso, mesmo que tais resultados nada tenham que ver com os vaticínios anteriores da Fenprof.
O desemprego dos docentes é uma situação muito grave, mas não é com gritarias e com empolamentos que ela se resolve. Infelizmente mais uma vez confirmou-se que tem sido apenas esse o contributo da Fenprof.