sábado, 30 de janeiro de 2010

Constância

O Governador do Banco de Portugal ficou "surpreendido" com o défice de 9,30% anunciado pelo Ministro do Orçamento, Teixeira do Santos. Não estava à espera, portanto. Chegou agora de Marte, julgava a situação desafogada, e eis que é apanhado no aeroporto por uma notícia destas. 
O que  vale é que Constâncio considera que o Orçamento de 2010 tem várias "medidas inteligentes" e que o Governo está a fazer "o que é exigido". O país pode por isso ficar descansado, e o sr. Governador voltar para o sitio de onde veio. Daqui a um ano regressará, e voltará a surpreender-se com os resultados.
Começa-se agora a perceber o que significa a palavra "Constâncio",  é o masculino de "Constância", mas quer dizer precisamente a mesma coisa.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Nunca mais

Ha'shoah, um vídeo entre os muitos que estão no YouTube, relembra a tragédia que terminou há 65 anos. Apenas a introdução é em hebraico, começa aos 0:49. Aproveita-se para informar os visitantes negacionistas, que desde ontem invadiram este blogue, que  não verão os comentários publicados.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Para não esquecer o Holocausto

Por Ehud Gol, embaixador de Israel em Lisboa. Hoje no jornal Público.             Clique na imagem para ampliar.

Dia Internacional em memória das vítimas do Holocausto


240 milhões de árvores plantadas


Desde 1901 o Fundo Nacional Judaico já plantou 240 milhões de árvores em Israel, tornando-o no único país do mundo que tem mais árvores agora do que há 100 anos. Tais factos não são de estranhar, pois segundo estudos recentes 71% dos israelitas já plantaram uma árvore.

9,30%

O Ministro do Orçamento quantifica finalmente o tamanho da incompetência do seu Governo. Por onde anda o primeiro-ministro que se gabava de ter sido o melhor no défice? Espera-se que apareça rapidamente e corrija para "Está para nascer um primeiro-ministro que faça pior no défice do que eu." E que esclareça por que é que nunca mais houve valores de défice arredondados à centésima.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Israel do passado














Eilat, década de 60

OE 2010

O país mediático acotovela-se e aguarda com expectativa a divulgação do OE 2010. Toda a gente se sujeita às horas estapafúrdicas a que o Ministro do Orçamento decidiu apresentar o documento. Tudo isto para alimentar o circo do costume.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O que dizem os outros

Certo, certo, é que Jerusalém não voltará a ser dividida, pela simples razão de que Israel e a esmagadora maioria dos judeus de todo o mundo jamais o aceitarão. Explico porquê (...) Israel e os judeus em geral têm muito dolorosamente presente no espírito o que foi a única experiência histórica da divisão de Jerusalém - a que decorreu entre 1948 e 1967.
Continue a ler em Jerusalém não voltará a ser assim.
Por Jorge Costa no Cachimbo de Magritte.

Música de Israel


Efrat Gosh, Lir'ot et Haor.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Esquerda Alegre

O Bloco de Esquerda declarou o seu apoio à candidatura de Manuel Alegre à presidência da república. Este apoio contribuirá essencialmente para duas coisas: facilitar a reeleição de Presidente Cavaco Silva, e ao mesmo tempo fazer um lifting ao léxico político português. Não faltarão graçolas de oportunidade que mudarão o nome da "esquerda folclórica" para "esquerda alegre".

Governo israelita autoriza o pagamento de pensões aos moradores de Gaza

O ministro da defesa, Ehud Barak, autorizou a transferência anual de 25 milhões de shekels (5 milhões de euros) para os moradores da Faixa de Gaza que têm direito a pensões da Segurança Social de Israel. As transferências haviam sido congeladas quando o Hamas ocupou a Faixa de Gaza, pois deixou de haver conectividade entre os dois sistemas bancários. Cerca de 1000 palestinianos ficaram sem acesso aos vários benefícios a que tinham direito, por terem trabalhado em Israel. O novo sistema, agora autorizado pelo governo, prevê que a segurança social israelita transfira mensalmente os fundos para contas bancárias da Autoridade Palestiniana em  Ramallah, que por sua vez os transferirá para bancos de Gaza.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Sei o que fizeste no orçamento passado

O Governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, anda numa azáfama, desdobrando-se em declarações acerca do Orçamento de Estado. Hoje deu a sua opinião sobre os aumentos salariais da Função Pública. Um contraste absoluto com a postura que teve em relação ao Orçamento de 2009. Nessa altura, ninguém o ouviu falar sobre as despesas eleitoralistas do Governo e muito menos a bradar por "reformas estruturais".

Feijões

O PSD  e o CDS estão a negociar  feijões no Orçamento do Estado. Ambos parecem não se dar conta que, se aprovarem um OE socialista, estarão a dar a sua caução ao desastre financeiro e à irresponsabilidade que têm sido a prática dos governos do PS. É impressionante como  estes dois partidos estão a cair nesta armadilha: nas medidas impopulares serão responsabilizados e ficarão com os espinhos, nas populares ficará o PS com os louros. Mas mais grave do que isso, é permitirem que Sócrates nunca seja responsabilizado pela situação a que deixou chegar o país. Tudo isto por causa de uns feijões, que supostamente vão beneficiar as respectivas clientelas partidárias.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Hamas declara que tenciona aceitar o direito à existência de Israel

O mais alto representante do Hamas na Judeia e Samaria, Aziz Dwaik, afirmou que o Hamas admitiu a possibilidade de aceitar o direito à existência de Israel e que estará preparado para anular a sua carta que apela à destruição de Israel. A notícia foi avançada hoje pelo Jerusalém Post, e apesar de se referir a "intenções" que chegam com 62 anos de atraso, pode vir a significar um passo na direcção da paz. Agora só falta o Hamas confirmar estas declarações, e de seguida parar de disparar rockets contra civis israelitas e de  massacrar elementos da Fatah.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Tzipi Livni na CNN

4 dias de trabalho com direito a louvor


Um bom exemplo de como o primeiro-ministro ocupa as tardes, e de como promove a boyzada do seu partido.

Um ano perdido

Vamos admitir por um momento, apenas por um momento, que amanhã, em dois dias, ou numa semana, Benjamin Netanyahu estará a acabar o seu actual mandato como primeiro-ministro de Israel. 
Ou então, vamos admitir por um momento, apenas por um momento, que o primeiro-ministro vai estar a tentar resumir o seu primeiro ano de mandato. O que trará com ele para a celebração do primeiro ano? O que vai apresentar ao povo de Israel? O que ele disser irá suscitar aplausos e cânticos impressionados por parte dos cidadãos deste país? 
Uma análise honesta e franca do primeiro ano do segundo mandato de Netanyahu, como primeiro-ministro, mostra o que ele tem (quase nada) para nos "vender": algum trabalho para salvaguardar o estado da economia de Israel  face à crise financeira global (embora a maior parte do louvor aqui é devido ao seu mandato como ministro das Finanças.) 
E que mais? Mesmo os seus maiores apoiantes não podem apontar para uma série de realizações. Eu disse que uma série? Nem mesmo uma! 
Netanyahu dispõe de um governo de monstruoso, de 30 ministros e nove vice-ministros, e nada ou quase nada para além disso. Se não pode finalizar um acordo de paz com os palestinianos ou estabelecer negociações de paz com os sírios, então pelo menos poderíamos ter esperança na melhoria das relações estratégicas com a Turquia. Mas nem mesmo isso? Então, talvez pudéssemos ver uma nova estrada a ser pavimentada? Ou menos pobres, ou menos  laços entre o governo e os empresários ricos? Ou talvez um projecto novo e importante? Qualquer coisa?
Na mesma altura, do mandato do primeiro-ministro Menachem Begin, já estávamos à beira de finalizar um acordo de paz com o Egipto.
Na mesma altura,  do mandato do primeiro-ministro Yitzhak Rabin, já estávamos envolvidos nos Acordos de Oslo, e um pouco mais tarde, tivemos o tratado de paz com a Jordânia, novos intercâmbios, a Auto-Estrada Trans-Israel, e o novo terminal no Aeroporto Ben-Gurion.


Na mesma altura,  do mandato do primeiro-ministro Levi Eshkol, estava  inaugurada a Conduta Nacional de Israel (Aqueduto Kineret-Negev).
E o que temos nós com Netanyahu?

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O que dizem os outros

A Tailândia deve ser dos poucos países no mundo que comemora com grande pompa o Dia do Professor. Como aqui se disse, ninguém se atreve levantar a voz perante um professor, ninguém discute, ameaça ou agride um professor. Hoje assisti a um longo documentário sobre o Wan Krú (o dia do professor) e fiquei profundamente tocado pela autenticidade do culto civil que é tributado aos docentes. O Primeiro-Ministro anula todos os compromissos de Estado e dirige-se à Casa do Professor - instituição que acolhe velhos mestres que mantiveram celibato e não têm família - e ajoelha-se demoradamente perante as suas velhas professoras, oferecendo-lhes flores e recebendo um afago na cabeça, como se regressasse aos sete anos de idade. Nas escolas e liceus, formam-se fileiras e, um a um, os alunos genuflectem perante os seus professores e agradecem tudo quanto estes lhes deram. (continue a ler)
Por Miguel Castelo Branco, no Blogue Combustões.

domingo, 17 de janeiro de 2010

IDF salva homem preso num edifício colapsado


Uma equipa de busca e salvamento das Forças de Defesa de Israel (IDF), a actuar no Haiti, resgatou um homem de 52 anos que se encontrava soterrado debaixo dos escombros de um edifício. A equipa trabalhou durante 8 horas para retirar o homem que, apesar da desidratação e dos ferimentos, estava em boas condições físicas. No total esteve 125 horas soterrado e comunicou a sua localização às IDF por sms.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Tradutores de "alegrês" precisam-se

“mais que uma visão contabilística e tecnocrática, é preciso uma visão política, com abertura de espírito, inovação e criatividade. Mudar a economia, mudar o sentido da política, mudar a vida. Capacidade de invenção, poder de inspiração”.
O discurso oco, redondo e pouco preciso, que domina alguns sectores da vida portuguesa, está na corrida para se instalar no Palácio de Belém, um dos poucos locais ainda a salvo dos lunáticos palavrosos. Nos próximos tempos, uma nova classe profissional emergirá: a dos tradutores de "alegrês"/português.

Navio Escola Sagres

A viagem começa dia 19 e pode ser seguida no blogue Na rota da Sagres.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Tel Aviv 100

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O cão do Pavlov não faria melhor

Não há eleições...logo não há aumento de salários. O governo socialista, que arruína Portugal todos os dias, é altamente básico e fácil de prever. É de um "chico-espertismo" tão óbvio, que aflige ver tanta gente que não percebe.

Equipa de emergência israelita parte para o Haiti

Israel preparou uma equipa de 220 membros, destinada a socorrer as vítimas do sismo do Haiti, e que conta com pessoal médico, enfermeiros, farmacêuticos e engenheiros do exercito. Foram fretados dois aviões de carga da El Al, para fazer o transporte do pessoal e de um hospital de campo. Comandará a missão o Brigadeiro-General (na reserva) Shalom Ben Ariyeh.

Israel do passado

Abertura da estrada de Sdom (Sodoma), 1953

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Eliminem-se os professores...

... e o défice descerá de 8,5% para 5,5% do PIB. A julgar pelos cálculos que Pedro Adão e Silva apresenta no Diário Económico, a massa salarial dos professores representa 3% do PIB, o que, segundo este ilustre "politólogo", é uma pesada factura para um país tão bem gerido como Portugal. Para não variar, só fez as contas que lhe deu jeito fazer. Não referiu que os professores, para além de serem quase todos licenciados e serem a maior classe profissional, representam 2,7% da força laboral do país. A maior classe, e uma das mais qualificadas, representa 2,7% dos empregos e recebe 3% do rendimento. Um nítido exagero.
Mas destes números não quis saber Pedro Adão e Silva. Limitou-se a seguir a moda: cada vez que se fala em carreiras de professores, as carpideiras do regime saltam a terreno, para debitar as mentiras do costume. Miguel Sousa Tavares, Emídio Rangel, e agora Pedro Adão e Silva, estão sempre à espera da oportunidade para emitir a sua sentença de alegados entendidos em educação e/ou economia. Invariavelmente concluem sempre o mesmo: os professores trabalham pouco e ganham muito. Nem vale a pena complicar de mais, porque tudo se resume a isso.
Esta é uma das terríveis consequências da política de hostilização dos professores, seguida pelo governo Sócrates. Mas não só. É também o resultado da excessiva exposição que os sindicatos, e alguns professores, fazem da carreira docente. Os líderes sindicais, que surgiram a anunciar o acordo celebrado com a ministra da Educação, são disso exemplo. Deveriam ter revelado um pouco mais de sobriedade e recato, para não expor uma classe inteira aos disparates dos comentadores anti-professores. Deveriam saber que há muita inveja na sociedade portuguesa contra esta profissão, e que em tempos de crise as invejas são ainda mais exacerbadas. Principalmente quando são promovidas pelos demagogos do costume.
A juntar a isso, acresce ainda o facto de a palavra "acordo", colar imediatamente aos professores a palavra "privilégio". O que é um perigo, pois nem o acordo é o que parece, como depressa muitos professores perceberão, nem há garantias que daqui a 2 anos ainda esteja em vigor. Mário Nogueira e outros, às vezes parecem esquecer-se que estão a lidar com o Ministério do Faz e Desfaz, que governa o País dos Invejosos.

O apostador

O primeiro-ministro, José Sócrates, apontou hoje a aposta do Governo na “requalificação da rede hospitalar” como um exemplo da resposta do executivo à crise económica e da aposta nas “futuras gerações”.
Quando o desastre é total, nada melhor do que fazer umas apostas para ver se sai alguma coisa. Hoje apostou na "requalificação da rede hospitalar", amanhã poderá ser noutra coisa qualquer, tanto faz, desde que apareça na televisão a apostar e a debitar frases simpáticas, sempre sempre em prol das gerações vindouras.
Mas alguém pensará que as "futuras gerações", propagadas pelo primeiro-ministro, alguma vez terão uma imagem positiva dele? O único lugar garantido que José Sócrates terá na História, será o do primeiro-ministro mais irresponsável de sempre. As "futuras gerações" olharão para o passado e não compreenderão com foi possível deixar um homem como Sócrates governar. Não perceberão como foi possível deixar um primeiro-ministro cigarra, andar pelo país a cantar, enquanto o défice do estado continuava, imparável, a crescer 1,6 milhões de euros por hora. Nessa altura, quando se aperceberem do buraco em que as meteram, as "futuras gerações" substituirão a palavra "dívida" pela palavra "Sócrates".

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Yom Huledet Same'ach!

Ao blogue FIEL INIMIGO pelo segundo aniversário.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Arrefecimento global

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sábado, 9 de janeiro de 2010

Israel x Gaza

Educação em Israel

Educação em Gaza

Exportações de Israel

Exportações de Gaza

Festa em Israel

Festa em Gaza

Praia em Israel

Praia em Gaza

Mais 2 foguetes Qassam disparados contra o Sul de Israel

Mais 2 foguetes Qassam foram disparados por terroristas da Faixa de Gaza contra o Negev. Os disparos ocorreram sexta-feira à noite e não causaram vitimas ou danos.
Na quinta-feira, a IDF lançou uma serie de ataques para a Faixa de Gaza como forma de retaliação pelos disparos de misseis Qassam perpetrados anteriormente. A operação das IDF terá morto 3 palestinianos, e foi noticiada pelos meios de comunicação social. Dos ataques vindos da Faixa de Gaza não houve notícia.
Há uma grande coincidência entre estes incidentes e os que precederam a Operação Chumbo Endurecido. O tratamento dado pelos média acompanha essa coincidência.

Jobs for the girls, embora ela não seja propriamente uma girl

A antiga ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, foi nomeada por José Sócrates para suceder a Rui Machete à frente da Fundação Luso-Americana de Desenvolvimento (FLAD).

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Qassam atinge Ashkelon

Um míssil Qassam foi hoje disparado da Faixa de Gaza e caiu em Ashkelon. É a primeira vez que esta cidade é atingida desde a operação Chumbo Endurecido. O foguete não causou vitimas ou danos, pois explodiu em campo aberto, mas provocou o pânico na cidade e fez soar as sirenes de alarme.
Na quinta-feira passada, terroristas de Gaza dispararam um míssil anti-tanque contra tropas israelitas que patrulhavam a fronteira com a Faixa. Os soldados ripostaram para a zona de onde o míssil foi disparado. Antes deste incidente, 10 tiros de morteiro foram disparados para áreas abertas do sul de Israel.

Os professores são (quase) todos bons

Dá vontade de rir, ver o espanto que por ai anda, por mais de 83% dos professores terem sido classificados com "Bom", e por apenas haver 0,5% com "Regular" ou "Não satisfaz". Verifica-se que os mais espantados, são aqueles que mais defenderam o modelo de avaliação da anterior ministra Maria de Lurdes Rodrigues (lagarto, lagarto, lagarto).
Esses que agora se indignam, nunca quiseram reparar que a anterior equipa ministerial tresandava a incompetência e a laxismo, e que apenas estava interessada em poupar uns trocos nos vencimentos dos docentes, para depois os poder gastar noutras rubricas, nomeadamente na propaganda do "Magalhães". Nunca perceberam que um modelo de avaliação altamente burocrático, em que para se "reprovar" alguém tem de se mover uma montanha de papeis (tal e qual como no modelo de avaliação dos alunos), e em que as notas são atribuídas pelo colega do lado, só poderia dar este resultado. Foram na conversa populista e demagógica do par Lurdes Rodrigues/José Sócrates, que juravam a pés juntos que os professores eram uma cambada de malandros, que nunca tinham sido avaliados, que os iriam avaliar para distinguir o trigo joio, e que os "maus" seriam atirados aos leões. A populaça e muitos dos actuais indignados com o resultado da avaliação, rejubilaram e fizeram dos professores os bodes expiatórios de todos os males.
Agora, parece que finalmente acordaram para mais alguns dos defeitos da "Escola Socialista" que tanto apoiaram: a falta de rigor, o facilitismo e o igualitarismo. Mas não é disso que é feito o socialismo?

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Ehud Barak ameaçado de morte

O ministro da Defesa, Ehud Barak, recebeu no seu escritório uma carta ameaçando a sua vida e a da sua família. O motivo das ameaças prende-se com o congelamento das construções na Judeia e Samaria. Segundo informação avançada pelo Canal 10 a carta tinha a seguinte redacção: "Sr. Ehud Barak, se pensa que vai conseguir destruir as construções na Judeia e Samaria, está enganado. Eu vou matá-lo primeiro e se não conseguir, mato-o depois quando já não for ministro e já não tiver guarda-costas. Cuidado, porque vou magoa-lo a si, ou aos seus filhos ou a todos os que lhe são próximos." A carta, conotada com alguém da extrema-direita, foi entregue ao Shin Bet para investigação.
Este episódio tem como pano de fundo os protestos dos moradores das localidades afectadas pelo congelamento, e trás à memória o clima que se gerou em Israel, no período anterior à morte de Yitzhak Rabin. Na altura, Rabin foi alvo de várias ameaças, verbais e físicas, que acabariam por culminar com o seu assassinato.

Música de Israel


Rona Kenan, Ness

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Onde é que você estava no 25 de Abril?

«Não podemos esperar pela recuperação económica para reduzir o défice orçamental», disse o governador do Banco de Portugal.
Constâncio está de saída, ao que parece para um exílio dourado, mas só agora reparou que o governo socialista deixou crescer um défice orçamental gigantesco. Durante meses, assistiu em silêncio à degradação das contas do estado. Com isso deu a sua caução a todos os disparates feitos pelo governo, desde a justificação apresentada pelo primeiro-ministro para o crescimento do défice, "promover o investimento público para acelerar a recuperação económica", até aos sucessivos anúncios do fim da recessão. A tudo isto Constâncio disse zero. Agora, com o maior dos à vontades, vem contrariar tudo aquilo que caucionou, admitindo não só que o aumento do défice não provocou a recuperação económica, como também que a recuperação económica não existe. O que andou Constâncio a fazer durante o ano de 2009? Onde é que ele esteve? Poder-se-ia dizer que andou a supervisionar a actividade bancária, mas pelos casos que se conhecem, não foi com isso que ocupou as tardes. Constâncio passou este tempo todo a fazer um grande favor ao Governo (coisa alias que já faz desde o famoso défice de 6,83%): não só anuiu na loucura despesista dos socialistas, como agora aparece a preparar o terreno para as correcções difíceis que terão de ser feitas.
José Sócrates só corrige as contas do Estado depois de mandar o Governador do Banco de Portugal dizer que é preciso corrigi-las. Constâncio, como bom pau mandado que é, tem-lhe feito a vontade.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Campeões do abandono escolar

Um em cada quatro alunos que abandona a escola secundária no Luxemburgo é português, revela um estudo do Ministério da Educação luxemburguês, acrescentando que o abandono escolar entre os alunos portugueses aumentou 5%.
Este estudo deixa bem patente duas coisas. A primeira é o manifesto desinteresse com que os portugueses encaram a escola, sempre esquivos ao estudo e ao trabalho; a segunda é que ainda não chegaram ao Luxemburgo as medidas educativas do governo Sócrates: computadores, planos de recuperação, planos de acompanhamento, projectos curriculares de turma, projectos curriculares de agrupamento, competências gerais e específicas, adaptações curriculares, diferenciação pedagógica, programas educativos individuais, estatuto do aluno, estatuto do professor, provas de recuperação, planos de desenvolvimento, área de projecto, estudo acompanhado, formação cívica, educação sexual, "escola inclusiva", enfim todo um mundo de pedagogice que enterrou definitivamente o ensino em Portugal.
Se o governo do Luxemburgo adoptar as mesmas medidas que o governo de Sócrates adoptou, os alunos portugueses regressarão, mas nessa altura deixará de haver escola. Existirá o que em Portugal tem esse nome mas não o é: um gigantesco depósito de alunos indisciplinados, cheio até a cima de papeis com frases bonitas e títulos pomposos, onde o trabalho, o estudo, e os conteúdos disciplinares, são remetidos para uma pequena linha de rodapé. Um mero pormenor.
Por enquanto o Luxemburgo ainda goza das vantagens do abandono escolar, pelo menos lá, os "cábulas" não andam a atrapalhar o transito.

Missão inacabada

Ariel Sharon entrou em coma há 4 anos, acabou dessa forma dramática a sua longa carreira. Uma carreira dedicada a servir Israel, primeiro como militar e depois como político.
Enquanto militar, Sharon participou em todas as guerras até à do Yom Kippur. Na da independência, em Maio de 1948, ficou gravemente ferido na Batalha de Latrão, lançada para furar o bloqueio a Jerusalém. Na Campanha do Sinai (Outubro de 1956) distinguiu-se ao comandar os para-quedistas na Batalha de Mitla. Mais tarde, na Guerra dos Seis Dias (1967) e na do Yom Kippur (1973), dirigiu de forma brilhante o sector sul do exercito.
A passagem para a política ocorreu em 1973, com a formação do Partido Likud. Numa famosa conferência de imprensa, Ariel Sharon rasga o cartão de militante do Mapai (trabalhista) e apela a formação do Likud. A politica israelita nunca mais foi a mesma. É eleito deputado em 1974, e nomeado ministro da Agricultura em 1976, no governo de coligação Trabalhista-Likud. Depois da vitoria eleitoral do Likud (1978), sobe a ministro da Defesa (1981) para um conturbado mandato de dois anos, marcados pela operação Paz na Galileia, a única guerra que comandou politicamente. Foi de seguida demitido, como consequência das conclusões da comissão de inquérito às operações levadas a cabo no Líbano, mas voltaria ao governo um ano depois, como ministro do Comercio. Sol de pouca dura, pois com o regresso dos trabalhistas ao poder, Sharon mal teve tempo de aquecer o lugar. Desde essa altura, até ser eleito primeiro-ministro, em Fevereiro de 2001, as entradas e saídas do governo sucedem-se ao ritmo dos ciclos eleitorais: é ministro das Obras Públicas e do Ordenamento do Território (1990-1992), ministro das Infra-Estruturas (1996) e ministro dos Negócios Estrangeiros (1998).
No cargo de primeiro-ministro, Sharon protagonizou uma das maiores reviravoltas de sempre na política israelita, ao concretizar a retirada unilateral da Faixa de Gaza. Tal atitude, valeu-lhe um motim interno no seu partido, o Likud, facto que o fez sair e fundar o Partido Kadima.
O Partido Kadima é talvez o maior legado que Sharon deixa a Israel, pois é a materialização das suas ideias em relação ao futuro do país: continuar a ser um estado judaico e uma democracia. Sharon percebeu que se Israel quiser manter estas duas condições, não pode governar e ocupar outro povo. Essa foi a principal linha condutora da sua actuação enquanto chefe do governo, para isso, avançou não só com a retirada da Faixa de Gaza, mas também com a construção de um muro de protecção entre Israel e os Territórios, embrião da futura fronteira entre os dois estados.
O acidente vascular cerebral que sofreu há 4 anos, para além do drama pessoal e familiar que provocou, teve como principal consequência a indefinição da posição israelita nas negociações com os palestinianos, e o consequente retrocesso da linha de rumo que havia traçado. Ariel Sharon deixou a meio uma ideia de país, que só outro visionário como ele poderá levar a cabo. É uma ideia inacabada, e inacabada deverá continuar, pois no governo de Israel já não há gente assim.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Situação explosiva

Cavaco vê aquilo que muita gente vê. Mas num país governado por uma cigarra, de pouco adianta. A propósito, por onde andará ela?

Israel do passado

Tel Aviv depois de uma chuvada, 1952