Ariel Sharon entrou em coma há 4 anos, acabou dessa forma dramática a sua longa carreira. Uma carreira dedicada a servir Israel, primeiro como militar e depois como político.
Enquanto militar, Sharon participou em todas as guerras até à do Yom Kippur. Na da independência, em Maio de 1948, ficou gravemente ferido na Batalha de Latrão, lançada para furar o bloqueio a Jerusalém. Na Campanha do Sinai (Outubro de 1956) distinguiu-se ao comandar os para-quedistas na Batalha de Mitla. Mais tarde, na Guerra dos Seis Dias (1967) e na do Yom Kippur (1973), dirigiu de forma brilhante o sector sul do exercito.
A passagem para a política ocorreu em 1973, com a formação do Partido Likud. Numa famosa conferência de imprensa, Ariel Sharon rasga o cartão de militante do Mapai (trabalhista) e apela a formação do Likud. A politica israelita nunca mais foi a mesma. É eleito deputado em 1974, e nomeado ministro da Agricultura em 1976, no governo de coligação Trabalhista-Likud. Depois da vitoria eleitoral do Likud (1978), sobe a ministro da Defesa (1981) para um conturbado mandato de dois anos, marcados pela operação Paz na Galileia, a única guerra que comandou politicamente. Foi de seguida demitido, como consequência das conclusões da comissão de inquérito às operações levadas a cabo no Líbano, mas voltaria ao governo um ano depois, como ministro do Comercio. Sol de pouca dura, pois com o regresso dos trabalhistas ao poder, Sharon mal teve tempo de aquecer o lugar. Desde essa altura, até ser eleito primeiro-ministro, em Fevereiro de 2001, as entradas e saídas do governo sucedem-se ao ritmo dos ciclos eleitorais: é ministro das Obras Públicas e do Ordenamento do Território (1990-1992), ministro das Infra-Estruturas (1996) e ministro dos Negócios Estrangeiros (1998).
No cargo de primeiro-ministro, Sharon protagonizou uma das maiores reviravoltas de sempre na política israelita, ao concretizar a retirada unilateral da Faixa de Gaza. Tal atitude, valeu-lhe um motim interno no seu partido, o Likud, facto que o fez sair e fundar o Partido Kadima.
O Partido Kadima é talvez o maior legado que Sharon deixa a Israel, pois é a materialização das suas ideias em relação ao futuro do país: continuar a ser um estado judaico e uma democracia. Sharon percebeu que se Israel quiser manter estas duas condições, não pode governar e ocupar outro povo. Essa foi a principal linha condutora da sua actuação enquanto chefe do governo, para isso, avançou não só com a retirada da Faixa de Gaza, mas também com a construção de um muro de protecção entre Israel e os Territórios, embrião da futura fronteira entre os dois estados.
O acidente vascular cerebral que sofreu há 4 anos, para além do drama pessoal e familiar que provocou, teve como principal consequência a indefinição da posição israelita nas negociações com os palestinianos, e o consequente retrocesso da linha de rumo que havia traçado. Ariel Sharon deixou a meio uma ideia de país, que só outro visionário como ele poderá levar a cabo. É uma ideia inacabada, e inacabada deverá continuar, pois no governo de Israel já não há gente assim.
Enquanto militar, Sharon participou em todas as guerras até à do Yom Kippur. Na da independência, em Maio de 1948, ficou gravemente ferido na Batalha de Latrão, lançada para furar o bloqueio a Jerusalém. Na Campanha do Sinai (Outubro de 1956) distinguiu-se ao comandar os para-quedistas na Batalha de Mitla. Mais tarde, na Guerra dos Seis Dias (1967) e na do Yom Kippur (1973), dirigiu de forma brilhante o sector sul do exercito.
A passagem para a política ocorreu em 1973, com a formação do Partido Likud. Numa famosa conferência de imprensa, Ariel Sharon rasga o cartão de militante do Mapai (trabalhista) e apela a formação do Likud. A politica israelita nunca mais foi a mesma. É eleito deputado em 1974, e nomeado ministro da Agricultura em 1976, no governo de coligação Trabalhista-Likud. Depois da vitoria eleitoral do Likud (1978), sobe a ministro da Defesa (1981) para um conturbado mandato de dois anos, marcados pela operação Paz na Galileia, a única guerra que comandou politicamente. Foi de seguida demitido, como consequência das conclusões da comissão de inquérito às operações levadas a cabo no Líbano, mas voltaria ao governo um ano depois, como ministro do Comercio. Sol de pouca dura, pois com o regresso dos trabalhistas ao poder, Sharon mal teve tempo de aquecer o lugar. Desde essa altura, até ser eleito primeiro-ministro, em Fevereiro de 2001, as entradas e saídas do governo sucedem-se ao ritmo dos ciclos eleitorais: é ministro das Obras Públicas e do Ordenamento do Território (1990-1992), ministro das Infra-Estruturas (1996) e ministro dos Negócios Estrangeiros (1998).
No cargo de primeiro-ministro, Sharon protagonizou uma das maiores reviravoltas de sempre na política israelita, ao concretizar a retirada unilateral da Faixa de Gaza. Tal atitude, valeu-lhe um motim interno no seu partido, o Likud, facto que o fez sair e fundar o Partido Kadima.
O Partido Kadima é talvez o maior legado que Sharon deixa a Israel, pois é a materialização das suas ideias em relação ao futuro do país: continuar a ser um estado judaico e uma democracia. Sharon percebeu que se Israel quiser manter estas duas condições, não pode governar e ocupar outro povo. Essa foi a principal linha condutora da sua actuação enquanto chefe do governo, para isso, avançou não só com a retirada da Faixa de Gaza, mas também com a construção de um muro de protecção entre Israel e os Territórios, embrião da futura fronteira entre os dois estados.
O acidente vascular cerebral que sofreu há 4 anos, para além do drama pessoal e familiar que provocou, teve como principal consequência a indefinição da posição israelita nas negociações com os palestinianos, e o consequente retrocesso da linha de rumo que havia traçado. Ariel Sharon deixou a meio uma ideia de país, que só outro visionário como ele poderá levar a cabo. É uma ideia inacabada, e inacabada deverá continuar, pois no governo de Israel já não há gente assim.
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