quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Atestados de parvoíce

Quase tão má como as medidas ontem anunciadas para reduzir a despesa do Estado, é a forma como o primeiro-ministro lida com o eleitorado e com os portugueses em geral. O principio é sempre o mesmo: trata-os como se fossem parvos.
Ontem, enquanto anunciava os cortes na função pública e o aumento dos impostos, foi incapaz de assumir a responsabilidade pela situação a que deixou chegar o país, e nem lhe passou pela cabeça pedir desculpas por isso. Pelo contrário, Sócrates ainda tentou lançar as culpas nas largas costas dos 'mercados internacionais' e da Oposição. Como se os mercados não se limitassem a reagir ao seu desgoverno, e como se fosse o PSD a governar.
Hoje, no debate quinzenal, comportou-se como se na véspera não tivesse apresentado ao país a factura da sua incompetência. Muito pelo contrário, o foguetório e a demagogia foram constantes, com a retirada de dois submarinos da cartola, e  acusando com isso o líder do CDS de despesismo. É impressionante o tamanho da lata do primeiro-ministro: colar Paulo Portas às despesas dos submarinos que o Governo de António Guterres encomendou. Quando era o ministro do Ambiente desse tempo, Sócrates não achou despesista a compra de 3 submarinos, agora lamenta-se porque teve de pagar 2. Ele que gere empresas públicas com passivos suficientes  para pagar mais de 20.
O caso do primeiro-ministro português é  único na Europa Ocidental, pois apesar de incompetente e medíocre, consegue a proeza de se manter no poder, recorrendo às habituais baixas tácticas do chico-espertismo - esse desporto nacional - e à constante passagem de atestados de parvoíce ao seu próprio povo. E tudo isto, sem que nada lhe aconteça.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

357 dias

Nestas coisas detesto ter razão, mas como havia dito aqui, o acordo entre a ministra Alçada e a Fenprof não iria resistir à força gravítica do buraco orçamental. Na altura perguntei quantos dias iam passar até o documento ser rasgado. Hoje obtive a resposta: 357 dias (se as medidas apenas forem aplicadas no ano que vem, se não, serão menos).

Dedicado ao dr. Miguel Sousa Tavares

Como prova da incompetência e da irresponsabilidade do Eng. Sócrates, e como resultado de 15 anos de socialismo, o Governo decidiu adoptar várias medidas para reduzir as despesas. Os professores, para não variar, serão das classes mais atingidas:
- Congelamento dos salários até 1500 euros ilíquidos; 
- Redução de 3,5% dos salários entre os 1501 e os 2000 euros ilíquidos;
- Reduções entre 3,5% e 10% dos salários superiores a 2000 euros ilíquidos;
- Congelamento das promoções e progressões
- Congelamento das admissões e redução do número de contratados; 
- Aumento de 1% das contribuições para a Caixa Geral de Aposentações;
- Redução dos benefícios da ADSE;
- Redução as transferências do Estado para o Ensino.
Espera-se que estas medidas satisfaçam o dr. Miguel Sousa Tavares. 

Para que quer Netanyahu este ministro?

Num qualquer país, o ministro dos Negócios Estrangeiros tem a seu cargo a elaboração, coordenação e execução da política externa. É dos livros. Israel não fugia à regra até ter aos comandos das suas relações externas uma pessoa com o nome de Avigdor Lieberman. 
O polémico ministro dos Estrangeiros israelita foi desde o início uma má escolha. Os problemas surgiram logo uma semana depois da tomada de posse, com uma ida à polícia para depor. Motivo: suspeitas de corrupção. Lieberman tinha já na altura a reputação de alguém a quem ninguém se atrevia a comprar um carro em segunda mão. Depois, e já com a mandato em velocidade de cruzeiro, começou a verificar-se que o seu desempenho era no mínimo um tanto ou quanto apagado. Raramente se ouvia falar no ministro dos negócios Estrangeiros de Israel, e quando se ouvia ficava-se sem se perceber qual era a concepção que tinha para o mais importante dos assuntos: a condução do processo de paz. As contradições avolumavam-se: ora se manifestava a favor de um Estado Palestiniano e se dispunha a abandonar a sua própria casa numa cidade da Judeia, ora declarava que os colonatos não eram obstáculos para a paz, congelando-os de seguida, mas prometendo simultaneamente que regressariam em força e em todos os lugares. Incoerências que não causaram grande mossa enquanto a Autoridade Palestiniana se entreteve a chantagear o Governo de Netanyahu, recusando-se a iniciar negociações.
Ultrapassado o impasse, e relançado o processo de paz, seria de esperar uma clarificação e um maior protagonismo por parte do ministro dos Negócios Estrangeiros. Mas não, Netanyahu  não se atreveu a ter Lieberman  por perto quando se tratava dos assuntos da paz, centrando exclusivamente em si a tarefa.
Felizmente, e apesar da desorientação e da falta de estratégia, o primeiro-ministro parece ter percebido a má escolha que fez e que nenhum país pode negociar a paz liderado por um ministro que declara que o acordo pode levar décadas. Mas perceber não chega, Netanyahu também deve entender que ninguém levará a sério as suas intenções pacifistas, se continuar a ter nos Negócios Estrangeiros um homem que cada vez que fala envergonha o Governo.
Embora algumas  das posições que defende sejam acertadas - caso do casamento civil, da troca de localidades entre Israel e o futuro Estado da Palestina, da ideia de dois estados etnicamente homogéneos - Lieberman é mais do que um erro de casting, é a pessoa errada no local errado. Pior era impossível, pois o ministro não só  não contribui  positivamente para o processo de paz, como ainda o prejudica constantemente, desferindo com isso sérios golpes na imagem externa de Israel. Só resta uma solução a Netanyahu: demitir Lieberman. Antes que lhe cause mais problemas.

Os "pacifistas" pariram um rato

A marinha israelita interceptou esta manhã o barco de pacifistas judeus que transportava ajuda para Gaza, com o objectivo de furar o bloqueio ao território palestiniano.
A missão humanitária, que já andava nas parangonas dos blogues palestinianistas,  não conseguiu assim o desejado golpe publicitário. Mas nem tudo está perdido, pois como se pode ver nos títulos dos jornais, continua-se a chamar pacifista a alguém que tenta furar um bloqueio militar. 

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Gestão danosa

Basta ter um pouco de memória para se perceber que o primeiro-ministro está há mais de 5 anos a mentir sobre a real situação das finanças públicas e a manipular o valor do défice.
O problema começou logo em 2005 quando Sócrates chegou ao Governo e decretou os famosos 6,83%. Uma proeza de adivinhação, anunciada  8 meses antes do final do ano. Manipulado uma vez, manipulado sempre. Dai para cá o défice foi sempre usado para efeitos de propaganda e nunca foi uma coisa muito certa.  O cúmulo aconteceu  no ano de 2009, quando se escondeu  a situação calamitosa das contas públicas durante o tempo que antecedeu as eleições. Depois foi o que se sabe, com Sócrates  a anunciar a subida propositada  do défice para ajudar as empresas e as famílias. Esta confissão, por si só, deveria arrumar o assunto e  ser mais do que suficiente para o demitir e levar à barra de um tribunal para ser julgado por gestão danosa. Estas duas medidas acabariam imediatamente com o  foguetório e com a irresponsabilidade  em torno do défice e do orçamento.

O sr. Manuel Alegre

O Sr. Manuel Alegre todos os dias aparece a criticar o Presidente da República. Não há nada que Cavaco faça que não passe no apurado crivo do candidato bloquisto-socialista. Até aqui nada de mais, Alegre pode dizer o que bem entender, até porque só debita irrelevâncias e vacuidades. O problema surge  quando acusa  o Presidente de já estar em campanha, baseando grande parte da sua campanha nessa  critica. O que seria de Alegre se Cavaco não andasse já na caça ao voto? E quem diz Alegre, diz os outros todos.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Miguel Sousa Tavares e os professores

Miguel Sousa Tavares acaba de dizer na SIC que o primeiro erro do Governo  foi a "capitulação" perante os professores. Segundo o comentador o acordo entre a ministra Alçada e a Fenprof  fez com que "todos os professores ficassem a ganhar mais" e isso foi a primeira brecha na poupada governação do engenheiro Sócrates.
Sousa Tavares mentiu, pois por desconhecimento ou pura má fé omitiu o facto de a esmagadora maioria dos docentes ainda não ter tido qualquer aumento de ordenado. O motivo é simples: a aplicação do acordo é faseada (2010, 2011, 2012, 2013), e será esse faseamento que dará tempo à bancarrota para  resolver o assunto.  Por isso alguém lhe devia dizer que pode ficar descansado porque aquilo que Alçada e Nogueira acertaram, não passará de letra morta e a generalidade dos professores não terá um único tostão de acréscimo salarial. Será mais um caso em que ficarão com a fama, sem ter o proveito.
Miguel Sousa Tavares pertence àquele grupo de pessoas que anda há 10 anos a dizer sempre o mesmo: os professores são uns privilegiados que ganham muito e trabalham pouco. Enfim, uns parasitas inúteis. Uma década depois do início deste discurso - e após vários congelamentos salariais, alterações de carreiras, roubo do tempo de serviço, aumento das contribuições para a ADSE, aumento do IRS -  estas pessoas continuam a dizer a mesma coisa, como se nada se tivesse entretanto passado. Os cortes nunca chegam e os que  foram feitos são simplesmente ignorados. Prova de que há gente que só ficará satisfeita quando a classe dos professores for uma classe de indigentes.

Ziguezague

Parece ser a orientação do Governo israelita em relação ao processo de paz. Contra toda a lógica decretou o congelamento das construções nos territórios da Judeia e da Samaria sem obter rigorosamente nada em troca, e ainda antes do início das conversações de paz. O congelamento foi decretado devido à pressão dos Estados Unidos e  foi uma clara cedência às exigências unilaterais da Autoridade Palestiniana.
Agora, passados 10 meses sobre a paragem das obras e escassas semanas depois início das conversas, o governo de Netanyahu levanta o congelamento. A decisão é desconcertante principalmente devido facto de não  parecer obedecer a qualquer estratégia de fundo, pois Netanyahu insiste em tratar todas as construções por igual, e não parece perceber a importância deste assunto para se alcançar a paz com os palestinianos. Prova disso é o facto de o descongelamento não ter sido alvo de grande discussão a nível interno - nem sequer foi foi unânime dentro do Governo -  nem ter sido usado como moeda de troca nas negociações com os palestinianos.  E como se tudo isto não bastasse, há ainda as ondas de choque  que  esta orientação irá trazer, não só ao nível da imagem externa do país,  mas também ao nível do conflito mediático que este assunto gera.
Em vez desta confusão, seria sensato que o Governo israelita fosse claro para os dois lados (israelita e palestiniano) e levantasse definitivamente o congelamento em áreas que no futuro serão integradas em Israel, como é o caso de Ariel, Gush Etzion/Efrat e todos os outros junto à Linha Verde. Nos restantes locais a proibição de construções deveria continuar para sempre, pois deverão ser integradas no futuro Estado da Palestina. Aos israelitas que habitam nessas localidades deve-lhes ser dada a possibilidade de se retirarem e serem indemnizados. Caso não o desejem fazer, deverão ter a possibilidade de permanecer como minoria judaica num estado árabe, tal como acontece com a minoria árabe em Israel. Este assunto não deve ser tabu e deve ser objecto de discussão e de negociação.
O que Netanyahu está a fazer não obedece a qualquer estratégia, nem favorece o entendimento, pois com esta política ziguezague de congela e descongela está a tratar todas as construções por igual, estando com isso a  assustar desnecessariamente a parte da população que não terá de sair da Judeia e Samaria e não está a preparar a outra parte para a saída.  Mas mais grave que isso, não  consegue passar a ideia da futura partilha de território, condição essencial para uma coexistência pacifica entre árabes e judeus.

domingo, 26 de setembro de 2010

Ha'aretz

 (Clique na imagem para ampliar)
Vale de Hulah e o monte Hermon.

sábado, 25 de setembro de 2010

O que dizem os outros - Nada que não se soubesse

Dentro de meses já com o orçamento aprovado, quiçá com outro líder no PSD e o estrangeiro cada vez mais mal impressionado com o país vai confirmar-se que Passos tinha razão: não se pode aprovar um OE só porque sim.
Mas nessa altura o problema será novamente o líder do PSD seja ele quem for. E assim sucessivamente porque o nosso problema político é que o PS se confirmou como partido natural de poder. Ou seja não importa se governa bem ou mal. O que conta é conseguir que os outros líderes nunca sejam vistos como alternativa e, mais notável ainda, o PS consegue que as responsabilidades recaiam sobre os líderes da oposição. Continue a ler no Blasfémias.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A naftalina

Com Portugal à beira do colapso financeiro o que faz a brigada Abrantina? Como já não consegue defender o indefensável, prefere passar à desmoralização do adversário: pergunta se as pessoas confiam em Marco António ou em Nogueira Leite, e tenta colar o Prof. Diogo Leite Campos ao antigamente
Autênticos tiros de pólvora seca, pois neste momento ninguém quer saber dos níveis de confiança em Marco António e muito menos se o Prof. Diogo Leite Campos cheira ou não a naftalina. Pelo contrário, as pessoas estão preocupadas com o desastroso estado a que os socialistas deixaram chegar o país. A situação é cada vez mais indisfarçável, e não vale a pena levantar fantasmas do passado, tentando colar a oposição ao tempo da outra senhora, porque o PS é que faz lembrar esses tempos, pois num sistema democrático conseguiu a proeza de instituir um regime socialista em Portugal.
No futuro esta época será recordada com horror e tratada como a longa noite socialista. Sócrates, Alegre e os  Abrantes  serão a naftalina do amanhã.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Agarrem-nos, se não eles demitem-se

O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, foi a à RTP fazer uma birrinha,  ameaçando com a demissão do Governo caso o PSD não aprove o orçamento. Postas assim as coisas, até era um favor que o maior partido da oposição fazia ao país se recusasse o 7º orçamento consecutivo elaborado pelos socialistas. Era, mas não é, porque mesmo que o PSD  chumbe o Orçamento, o Governo nunca se demitirá, pelo simples motivo que o PS se julga  dono do país e do Estado e não vai largar a manjedoura nem por nada. 
Todo este teatro só terminará no dia em que o primeiro-ministro for forçado a fugir de Portugal dentro de um helicóptero.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Israel do passado

O primeiro-ministro Yitzhak Rabin e o seu ministro da Defesa, Shimon Peres, em meados da década de 70, quando lideravam o 17º Governo. Vinte anos depois Rabin chegaria novamente a primeiro-ministro, cargo que acumulou com o de  ministro da Defesa. Shimon Peres ocupou os dois lugares depois do assassinado de Rabin em 1995.

O que dizem os outros - Os aldrabões

Entramos na fase da aldrabice descarada, sem vergonha. A fase da aldrabice compulsiva, já sem sentido nenhum, porque já não engana ninguém, nem por um minuto. Um olhar cursivo sobre a síntese de execução orçamental e as balelas que por lá se propalam dá para desmontar a coisa nuns segundos. Conheço o caso. Assisti a isto já vezes sem conta. Na recta final para o muro vale tudo. Nem que seja para passar os próximos cinco minutos. Depois logo se vê. O filme já enjoa, ao fim de décadas nisto (o último episódio da mitomania convertida em técnica de governo foi em 2001).
Continue a ler no Cachimbo de Magritte.

domingo, 19 de setembro de 2010

Portugal às avessas

Diz o líder da Oposição, Pedro Passos Coelho, que Portugal é um país às avessas. Não podia ter mais razão, mas ainda terá mais quando se começar a discutir o Orçamento de Estado de 2011. Nessa altura, tal como hoje já hoje se verifica, muita gente andará a propagandear o corte do 13º mês aos funcionários públicos. Sempre que chega a Setembro, o assunto vem à baila. Muitos falam disso, mas poucos conseguem explicar como é que com um congelamento salarial em 2010, a despesa do Estado estava a subir 3,8% em Julho - ultimo mês da execução orçamental conhecido.
Perante esta matemática, as perguntas que se deviam fazer são simples: se os salários estão congelados e a despesa não pára de aumentar, em que é que andam a gastar o dinheiro? E porque é que se cortam nos salários e não na outra despesa que não pára de aumentar? Mas nada disto é  perguntado, e muito menos discutido ou escrutinado, pelo contrário muitas pessoas preferem falar em cortes que só atingirão os outros, normalmente funcionários públicos, os eternos bodes expiatórios da crise. Exemplos acabados de um país às avessas.

sábado, 18 de setembro de 2010

Quando as causas politicamente correctas colidem

Tal como aqui se disse, a Embaixada de Israel prestou apoio oficial à 14ª edição do Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa - Queer Lisboa 2010. Esse facto aparentemente passou  despercebido aos auto-intitulados defensores dos palestinianos e de todas as causas politicamente correctas. Descoberto o patrocínio, imediatamente se abriram as portas do Inferno. Já há manifestações de repúdio contra o apoio israelita a um festival que devia ser promotor da aceitação dos homossexuais, da tolerância e da paz. Causas bonitas e que estão sempre na boca de algumas pessoas, excepto quando colidem com os seus interesses. É o que se passa neste caso,  pois as totalitárias e pouco tolerantes associações protectoras dos gays  não gostaram de perder o protagonismo, e num ápice montaram um circo de protesto em torno de um simples apoio institucional.  Uma grande contradição, pois dizem-se defensores dos direitos dos homossexuais, mas repudiam o país do Médio-Oriente  que mais abertura dá a este assunto, ao mesmo tempo que se dizem apoiantes dos palestinianos, um povo abertamente homofóbico e que é conhecido pelas perseguições que faz aos seus gays e lésbicas. Os mistérios de tal contradição encontram explicação em três palavras: Bloco de Esquerda. Este partido, para além de ser geneticamente anti-sionista, considera-se dono das minorias,  dominando os movimentos  homossexuais. Por isso, é-lhe impossível admitir que um país como Israel apoie um festival de cinema gay. É contra-natura e estraga-lhe a cartilha ideológica. 
Não há muito a fazer em relação a isso, excepto denunciar o totalitarismo do BE e das suas associações satélite,  que com protestos destes acabam por se mostrar mais preconceituosas do que muitos homofóbicos.
Na foto a parada gay de Tel Aviv de 2010, que juntou 100 mil pessoas, quase tantas quanto os eleitores do Bloco de Esquerda e bem mais do que os filiados em associações do tipo panteras rosa.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

É assim uma espécie de desporto do cérebro


Desde pontapés na gramática, olhares de esguelha, e  tiques típicos das tias da esquerda caviar, há de tudo neste vídeo. Mas o pior é o discurso pobre, infantil, paternalista e improvisado com que a ministra  da educação se dirige aos membros da comunidade educativa. Alguém lhe devia explicar que tudo o que faz e diz é visto por milhares de pessoas, e que por isso devia ter muito mais cuidado com as suas intervenções.
Isabel Alçada é claramente um erro de casting, e é também o exemplo de quem está ocupar uma pasta sem ter a mínima  preparação para ela. Há qualquer coisa aqui que faz lembrar Manuel Alegre.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

11 de Setembro: houve quem comemorasse


Palestinianos comemoram o atentado terrorista contra as torres gémeas. Jerusalém, 11 de Setembro de 2001.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Primeiro dia de aulas

Hoje foi o primeiro dia de aulas. Em muitas escolas houve festa e brincadeiras. Numa delas os alunos até foram à praia. Um claro sinal dos tempos. Não admira que a indisciplina suba pelas paredes, pois muitos estudantes passam o seu primeiro dia de escola - que é  o primeiro contacto que têm com o novo ano lectivo e  alguns com sistema educativo - no meio de uma animação onde só parecem faltar os palhaços. Como é que os alunos podem levar a escola a sério, se a primeira coisa que lá encontram é um circo?
Nunca passou pela cabeça das luminárias da pedagogice que o primeiro dia do ano escolar deveria servir para transmitir aos estudantes as regras referentes ao estudo e à disciplina? Um arranque sóbrio, menos agitado, e em que a ênfase estivesse no trabalho e no esforço, poderia não resolver muita coisa, mas pelo menos tinha o mérito de transmitir os sinais correctos, e não a ideia da escola como parque de diversões.

sábado, 11 de setembro de 2010

Flash Mob Israel


Praia de Rishon LeTzion esta semana. Um flash mob ao som dos ABBA, destinado a promover a Mifal Hapais (Lotaria Nacional de Israel).

Ha'aretz

(Clique na imagem para ampliar)
A estrada 443 é uma via-rápida que liga Jerusalém a Tel Aviv. Também conhecida como Ma'ale Beit Horon (subida de Beit Horon), serve de complemento à Auto-Estrada 1.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O ensino integrado da Música e o constante faz e desfaz

Depois de anos a encher os jornais com títulos como: "Governo quer democratizar o ensino da música" ou "Ministério quer ensino da música em cerca de uma centena de escolas", eis que agora o Ministério da Educação decidiu voltar com os seus desejos atrás. 
As escolas que se chegaram à frente e se organizaram para oferecer  o ensino integrado da música aos seus alunos, foram hoje surpreendidas com um despacho por parte da tutela: não há autorização para o funcionamento dos cursos básicos de música. O motivo alegado parece ser o do costume: falta de verba e não se fala mais nisso. De pouco adiantou já se estar a meio do período definido para a abertura das escolas (8 a 13 de Setembro) e que todos os horários, turmas, e restantes tarefas organizativas já estivessem concluídas. A regra é sempre a mesma: desfazer e fazer novamente. E cara alegre, porque o sr. primeiro-ministro anda por ai a inaugurar escolas e não quer maçadas destas a estragar a festa.
Como se já não bastasse a balburdia resultante do recente decreto que agrupou  as escolas básicas com as secundárias, surge agora esta ordem que vem  complicar ainda mais o início do ano escolar. A horas do início das aulas há escolas elaborar horários quase do zero, unicamente porque ministério não descobriu a tempo que não tinha dinheiro para cumprir com as parangonas da propaganda oficial que decretaram música para todos.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Quem se mete com o PS, leva


No Sábado passado em Matosinhos, enquanto Sócrates discursava,  moradores locais colocaram nas varandas umas faixas acerca do circo e dos palhaços. Os diligentes militantes socialistas que assistiam ao comício não acharam graça à brincadeira e  rapidamente passaram às ameaças, aos insultos, e à coacção dos  referidos moradores. Até tentativas de invasão do prédio houve. Para além de se terem revisto nos dizeres das faixas, os xuxas arruaceiros deram um excelente exemplo do que quer dizer a tão propagada tolerância democrática do PS: não passa de fachada.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Propaganda barata, demagogia cara

Depois de o Governo ter encerrado mais de 700 escolas, o primeiro-ministro anda numa azáfama a inaugurar meia dúzia de novos centros escolares. Ontem no Lumiar e em Loures, hoje em Paredes. Em todos os lugares a cartilha do costume: propaganda e demagogia. 
A propaganda é da mais barata que há: beijinhos aos alunos e respectivas mães. Tal como muitos políticos da América Latina, Sócrates não resiste a posar ao lado de criancinhas vestidas de bibe. 
Já a demagogia é bastante cara:  mais 50 milhões de euros gastos em computadores Magalhães, unicamente com o propósito de conseguir votos para o partido do Governo. O dinheiro dos contribuintes ao serviço dos propósitos eleitorais do primeiro-ministro.
A história do computador Magalhães, para além de também ter um ligeiro toque latino-americano, demonstra a total inversão de valores que os socialistas têm introduzido nas escolas. Ontem mesmo Sócrates perguntava a um aluno se já tinha recebido o seu Magalhães. Um primeiro-ministro sério ter-lhe-ia perguntado se já sabia ler ou se sabia a tabuada. Mas este não, em vez disso prefere destacar o acessório e o vistoso. Aliás, se saber ler e contar desse votos, Sócrates nunca teria chegado onde chegou.

Economia cresce 50%

Afinal a economia portuguesa cresceu 0,3% no 2º trimestre, em vez dos 0,2% previstos pelo Eurostat. A nova previsão avançada pelo INE demonstra  um aumento de 50% face à anterior estimativa do organismo europeu. Um número excelente e que decerto fará as delícias dos abrantes. Já se pode imaginar as parangonas: "Economia cresce 50%""O progressista governo de Sócrates é o campeão do crescimento económico"; "+ 50%, a marca de uma governação de sucesso". Etc etc etc...

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Livni incita Netanyahu a desafiar os falcões e alcançar a paz

 Tzipi Livni, a líder da Oposição, encorajou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a desafiar os falcões do seu governo e a alcançar um acordo de paz com a Autoridade Palestiniana. 
Falando na cerimónia do Rosh Hashana (ano novo) do Partido Kadima, Livni teceu fortes criticas aos partidos mais à direita da coligação governamental e questionou as declarações do primeiro-ministro em relação ao processo de paz, referindo que "as palavras que são agradáveis ao ouvido não são suficientes, Netanyahu terá de tomar decisões, mesmo que tenha de pagar um preço pessoal e político, quer dentro quer fora da sua coligação."
Livni disse ainda  que o Partido Kadima, ao contrário dos ministros de Netanyahu, deseja o sucesso do primeiro-ministro nas conversações de paz. Lamentou que o ministro Avigdor Lieberman ande a propagar o fracasso das conversações, mesmo antes de estas começarem, e  acusou o ministro Eli Yishai de hipocrisia, por ter jurado a pés juntos que não faria parte de um governo que negociasse Jerusalém e agora ser admitida a divisão de alguns locais da cidade.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

População de Israel continua a crescer

Segundo o census da população divulgado hoje,  a população de Israel atingiu os 7 645 000 habitantes, um aumento de 1,8% face ao ano anterior. 75,5% são Judeus, 20,3% árabes e 4,2% de outra etnia. O aumento populacional deve-se principalmente à taxa de crescimento da população árabe (2,4%) e à entrada de 27 mil trabalhadores imigrantes. Entre a população judaica, o aumento foi menor (1,7%), parte dele devido à entrada de 14.572 olim (novos Judeus) provenientes principalmente da Rússia, do Estados Unidos, da Ucrânia, do Reino Unido e da França.
Relativamente ao envelhecimento da população, Israel continua a ter uma população mais jovem que os outros países ocidentais: 18% tem entre 0 e 14 anos (contra 17%  dos países ocidentais), 10% tem mais de 65 anos (contra 15% dos países ocidentais). 
No que diz respeito ás estruturas familiares, há em Israel 2,1 milhões de lares, 23 % dos quais compostos por casais sem filhos e 6% de famílias monoparentais. Tel Aviv lidera na percentagem de casais sem filhos, enquanto que a Judeia e Samaria têm a maior quantidade de filhos por família (4,5).
Em relação à esperança de vida, continua a crescer a um ritmo de 5/6 meses por ano. Neste momento é de 79,9 anos para os homens e 83,5 anos para as mulheres.

domingo, 5 de setembro de 2010

O que dizem os outros - Ontem, no circo

O dia de ontem, em Matosinhos, foi memorável. Houve circo. Os ataques à Direita pelo Palhaço Rico foram os momentos que despertaram os aplausos mais sonoros entre a assistência de palhaços pobres, composta em boa parte por idosos provenientes de vários pontos do país em autocarros pagos pelas estruturas do partido socialista circense. Mas o circo reservava uma surpresa sem precedentes que os palhaços militantes muito apreciaram. Ocorreu quando, ainda o comício não tinha começado, um morador de um prédio vizinho, sem notar a abundância de palhaços pobres, decidiu colocar na sua varanda um cartaz onde se lia «Circo já há... faltam palhaços». Quando Sócrates chegou, o cartaz foi substituído por outro que dizia «Já há palhaço». Entre insultos e assobios, houve quem ameaçasse arremessar pedras à varanda, mas o comício-circo haveria de chegar ao fim sem qualquer incidente. Aos palhaços deve tolerar-se tudo. Via Palavrossavrvs Rex.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Publicado o Novo Estatuto do Aluno

Foi hoje publicada a Lei n.º 39/2010 - segunda alteração ao Estatuto do Aluno dos Ensinos Básico e Secundário, aprovado pela Lei n.º 30/2002, de 20 de Dezembro, e alterado pela Lei n.º 3/2008, de 18 de Janeiro.
A nova lei, apesar de ligeiramente mais simplificada e arejada, ainda contém toneladas de "eduquês" e artigos que parecem feitos de propósito para não funcionarem.
O estatuto é do aluno, mas os professores são  os primeiros a ser visados. A coisa começa logo no artigo 4º - A, onde finalmente se reconhece o óbvio: os professores devem ter autoridade na escola - um ponto para o CDS aqui.  No artigo seguinte - o 5º - o ponto vai para o PS, pois lembra-se aos docentes que  "enquanto principais responsáveis pela condução do processo de ensino e aprendizagem, devem promover medidas de carácter pedagógico que estimulem o harmonioso desenvolvimento da educação." Seria desejável que devido à sua vacuidade termos como "estímulos" e "harmonias" não aparecessem constantemente, mas enfim, há que tornar o texto mais palavroso, redondo e oco. E também mais bonito,  pois as leis socialistas são conhecidas pela sua beleza e harmonia.
Em relação ao que interessa - faltas e indisciplina - houve melhorias em alguns aspectos e piorias noutros. 
Nas faltas simplifica-se o procedimento burocrático de notificação dos encarregados de educação. Quanto aos efeitos da ultrapassagem do limite de faltas injustificadas, o artigo 22º prevê a criação de um plano individual de trabalho que só poderá ser aplicado uma vez em cada ano. Duas medidas acertadas. Os problemas só irão surgir com os trâmites do referido plano, pois o estatuto não consegue fugir ao palavreado pouco preciso: 6 — O plano individual de trabalho deve ser objecto de avaliação, nos termos a definir pelo conselho pedagógico da escola ou agrupamento de escolas. 7 — Sempre que cesse o incumprimento do dever de assiduidade por parte do aluno, o conselho de turma de avaliação do final do ano lectivo pronunciar -se -á, em definitivo, sobre o efeito da ultrapassagem do limite de faltas injustificadas verificado. 8 — Após o estabelecimento do plano individual de trabalho, a manutenção da situação do incumprimento do dever de assiduidade, por parte do aluno, determina que o director da escola, na iminência de abandono escolar, possa propor a frequência de um percurso curricular alternativo no interior da escola ou agrupamento de escolas. 9 — O incumprimento reiterado do dever de assiduidade determina a retenção no ano de escolaridade que o aluno frequenta. Já se pode ir imaginando as confusões que isto vai dar
Na eventualidade muito remota de um aluno ser suspenso por mau comportamento, o estatuto  é pouco claro em relação à injustificação ou não das faltas dai decorrentes. O artigo 20º dá a entender que devem ser injustificadas,  mas como o artigo 21º diz explicitamente que são injustificadas as faltas decorrentes da suspensão pelo período de 1 dia - sem fazer o mesmo para faltas decorrentes da suspensão por um período superior -  fica sem se perceber se são ou não todas tratadas da mesma maneira.  Até porque o artigo 27º estipula que, uma vez suspenso, o aluno tem de ser sujeito a um plano de actividades pedagógicas -  sem no entanto estipular as consequências do seu não cumprimento. À semelhança do anterior estatuto, estes artigos serão posteriormente explicados por um despacho ainda mais elaborado. Aguardemos.
No que diz respeito à indisciplina,  distinguem-se, e bem,  "medidas correctivas" de "medidas disciplinares sancionatórias". Em relação às 'correctivas' não há muito a apontar, pois mantêm-se alguns vícios, nomeadamente que, uma vez expulso da sala, compete ao professor a decisão de marcar ou não falta ao aluno. Às 'sancionatórias' (artigo 27º) foi aplicado o complicómetro: "3 — A aplicação da medida disciplinar sancionatória de repreensão registada, quando a infracção for praticada na sala de aula, é da competência do professor respectivo, sendo do director do agrupamento de escolas ou escola não agrupada nas restantes situações, averbando -se no respectivo processo individual do aluno a identificação do autor do acto decisório, a data em que o mesmo foi proferido e a fundamentação, de facto e de direito, que norteou tal decisão."  Tradução:  além do director  da escola qualquer professor pode fazer uma repreensão registada a um aluno, mas terá de o fazer por escrito e anexar o papelinho ao processo individual.
Em relação às suspensões  a situação vai piorar, pois o director  apenas pode suspender um aluno prevaricador por 1 dia sem ter de montar um tribunal dentro da escola. Todas as suspensões superiores a esse prazo implicam a instauração e instrução de um processo judicial disciplinar. E é na instrução (artigo 43º e seguintes) que aparece claramente o dedo dos socialistas, pois são requeridos procedimentos similares aos do sistema de justiça.  Tais práticas, como se sabe, servem unicamente para emperrar os processos e desincentivar a sua utilização.  Mas se mesmo assim houver teimosos que insistam em mover processos disciplinares aos alunos, está previsto o tradicional castigo para os directores de turma: ficam a tomar conta dos meninos. O artigo 49º explica como.

À atenção dos militantes do Bloco de Esquerda

Israel vai participar na 14ª edição do Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa - Queer Lisboa 2010 - com três filmes: I shot my love de Tomer Heymann, Hyacinthus Lullaby de Na'ama Landau, e The Traitor de Tomer Velkoff. O festival conta com o apoio oficial da Embaixada de Israel.
O realizador Tomer Haymann estará presente no certame no dia de exibição da sua obra.

E não se arranja um mandato internacional de captura contra 'El Comandante'?

O ex-ditador Fidel Castro assumiu-se como o principal responsável pela perseguição que o seu regime moveu contra milhares de homossexuais cubanos. Numa entrevista ao jornal mexicano La Jornada, Castro admitiu que nos anos 60 e 70 permitiu que muitos homossexuais fossem exilados ou deportados para campos de trabalhos forçados. 
Depois de envelhecer e de delegar o poder, Castro aparece agora aos olhos do mundo como um simpático velhinho arrependido, a confessar os crimes que o seu regime cometeu ao longo de anos. Uma excelente oportunidade para a chamada 'jurisdição universal' dar um ar da sua graça e emitir um mandato internacional de captura contra 'el comandante' -  igualzinho aqueles que costumam fazer as delícias da "esquerda-alegre' quando emitidos contra personalidades ocidentais. Claro que tal nunca acontecerá, porque a  chamada 'justiça universal' não é cega e só se aplica a quem estiver fora do arco islamofascista/esquerdoprogressista.
Pessoas como Arafat, Castro, Mugabe, Amadinejad, Nasralah, Kim-Jong-Il,  Chavez e afins, podem nascer, cometer os maiores crimes, arrepender-se, e  morrer descansadas porque nunca serão incomodadas.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Israel: abertura do ano escolar

O Presidente Shimon Peres com o ministro da educação, Gideon Sa'ar, e o presidente da câmara de Jerusalém, Nir Barkat, hoje numa visita a uma escola primária de Jerusalém. Os três exortaram aos alunos a serem bons cidadãos, a amarem o Estado de Israel e a fazerem coisas boas ao longo das suas vidas.

 A líder da oposição, Tzipi Livni, na escola Rogozin Bialik em Tel Aviv, onde apadrinhou a cerimónia de abertura do ano escolar. Numa plateia repleta de alunos, Livni dirigiu-se em particular aos muitos filhos de imigrantes que se encontravam na assistência, convidando-os a integrar-se e a fazer parte sociedade israelita.