Miguel Sousa Tavares acaba de dizer na SIC que o primeiro erro do Governo foi a "capitulação" perante os professores. Segundo o comentador o acordo entre a ministra Alçada e a Fenprof fez com que "todos os professores ficassem a ganhar mais" e isso foi a primeira brecha na poupada governação do engenheiro Sócrates.
Sousa Tavares mentiu, pois por desconhecimento ou pura má fé omitiu o facto de a esmagadora maioria dos docentes ainda não ter tido qualquer aumento de ordenado. O motivo é simples: a aplicação do acordo é faseada (2010, 2011, 2012, 2013), e será esse faseamento que dará tempo à bancarrota para resolver o assunto. Por isso alguém lhe devia dizer que pode ficar descansado porque aquilo que Alçada e Nogueira acertaram, não passará de letra morta e a generalidade dos professores não terá um único tostão de acréscimo salarial. Será mais um caso em que ficarão com a fama, sem ter o proveito.
Miguel Sousa Tavares pertence àquele grupo de pessoas que anda há 10 anos a dizer sempre o mesmo: os professores são uns privilegiados que ganham muito e trabalham pouco. Enfim, uns parasitas inúteis. Uma década depois do início deste discurso - e após vários congelamentos salariais, alterações de carreiras, roubo do tempo de serviço, aumento das contribuições para a ADSE, aumento do IRS - estas pessoas continuam a dizer a mesma coisa, como se nada se tivesse entretanto passado. Os cortes nunca chegam e os que foram feitos são simplesmente ignorados. Prova de que há gente que só ficará satisfeita quando a classe dos professores for uma classe de indigentes.
Miguel Sousa Tavares pertence àquele grupo de pessoas que anda há 10 anos a dizer sempre o mesmo: os professores são uns privilegiados que ganham muito e trabalham pouco. Enfim, uns parasitas inúteis. Uma década depois do início deste discurso - e após vários congelamentos salariais, alterações de carreiras, roubo do tempo de serviço, aumento das contribuições para a ADSE, aumento do IRS - estas pessoas continuam a dizer a mesma coisa, como se nada se tivesse entretanto passado. Os cortes nunca chegam e os que foram feitos são simplesmente ignorados. Prova de que há gente que só ficará satisfeita quando a classe dos professores for uma classe de indigentes.
5 comentários:
Olá David, sou professor tenho 13 anos de ensino (duas licenciaturas de cinco anos cada qual), passei a professor do quadro PQND em 2005 e sou tratado como se tivesse sete anos de carreira, visto estar colocado no segundo escalão e só em Setembro de 2011 poder passar ao terceiro escalão. Estou sem dúvida a ganhar muito mais!
caro anónimo
há muita gente nessa situação. Estou convencido que a maioria vai ficar onde está, se não for para pior.
Caro Levy, como não estou integrado em nenhum escalão e não sei do que se trata, abster-me-ei de comentar esse pormenor. Sei que muita coisa está mal e sei que os professores lutam pelos seue direitos, mal ou bem, o tempo o há-de dizer. Há muito, no entanto, que já disse e volto a afirmá-lo: enquanto houver classes neste país, nunca haveremos de ir longe. Dá-se mais valor à classe que ao indivíduo, esquecendo muitas vezes que nessas classes se enquadram bons e maus profissionais. Obviamente, nem se dá valor aos bons nem se tira o mesmo aos maus, prevalecendo o título da classe. Mas isso são contas doutro rosário.
O que querias mesmo dizer é que não se admire demasiado se esse senhor amanhã vier dizer exactamente o contrário do que disse hoje. Há muito deixei de lhe dar crédito. Esse atira foguetes para todos os lados, conforme acorda por cima, por debaixo ou ao lado da cama...
Mas alguém ainda tem pachorra para esse seboso do MST?!...
Dylan, Eu tenho :-)INfelizmente, quando alguem fala, com alguma razão, custa!!! Mas neste paés, cada um olha para o seu umbigo!!!
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