sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Cenas da Vida Israelita em Lisboa e Arredores IV


Sem grande esperança de encontrar seres esclarecidos, entro na Cinemateca e, sem grandes modos nem maneiras de maior, pergunto ao rapaz da bilheteira (que, para meu espanto, não pertence àquele grupinho de gente que estudou uma qualquer Ciência Sócio Humana e, por casmurrice, trabalha naquele balcão para continuar ligado à cultura) se sabe onde é a Sinagoga.
- Si-na-go-ga? Olhe que não lhe sei dizer.
-Mas disseram-me que era perto da Cinemateca. E estamos na Cinemateca.
Nisto salta um intelectual do Rato, daqueles que são metade betos, metade artistas.
- Sinagoga? Mas isso é de rezar, não é? – pergunta o tipo, a juntar as mãos, como um devoto de Fátima.
-É, é de rezar. É onde se reza.
- Já sei. Está de carro ou a pé?
- A pé. Vou a pé para todo o lado.
- Mas, olhe, é um bocado longe.
- Tudo bem. De certeza que não é tão longe como Jerusalém.
-  É melhor apanhar um táxi. Tá a ver onde é a Praça de Espanha?
- Tou.
E “tou” também a adivinhar o resto do história.
-Mas aí o que existe é uma Mesquita.
- Então mas não é do Islão? - pergunta-me como quem quer confirmar se se trata do Estádio de Alvalade ou do Estádio da Luz.
- Não. Eu perguntei pela Sinagoga.
Nisto vem um velhote curvado e coxo que tão depressa aparece para nos dizer onde é a Sinagoga, como tão depressa, sem se despedir, desaparece. 

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Atas das Aulas de Hebraico VI


"Escutem a música da linguagem. Vai-vos ajudar a aprender Hebraico", avisa o professor Yossi.  Quem diz a música, diz a lógica da linguagem. Afinal de contas, tudo tem uma lógica, uma regra, uma razão de ser. "Embora existam sempre exceções para nos relembrar que existe uma razão para ser assim" acrescenta ainda o professor, com voz de trovão, a dar e dar com a mão. 
Afinal cumpre às palavras o ato de perguntarmos e protestarmos o porquê, cabe aos idiomas incidir luz sobre as coisas, exigir clareza às coisas - pressionar a vida para se deixar de coisas. Entendido e entranhado isto, podemos então expressar-nos e mover-nos num mundo onde tudo onde está por algum - ainda que, às vezes, oculto - motivo. Mesmo a morte, digo agora eu, a própria morte está aí para nos fazer passar o alerta de que há que que ter pressa e acabar agora o que talvez não possamos sequer começar amanhã e, ao mesmo tempo, ter paciência pelo que, no passado, não fizemos e provavelmente no futuro não teremos oportunidade de sequer pensar.
Parece absurdo, mas nem podemos tocar no que aconteceu antes, nem nos é dada nenhuma garantia que podemos tocar no que amanhã nos pode vir ou não a esperar. Há muito mais mundo do que aquela pequena porção que nos é dada e que tomamos como um banquete. Tanto assim que, tal como os Irlandeses cultivam barriga de cerveja e os Israelitas barriga de Húmus, todo o cidadão do mundo se acha em pleno direito de encher a barriga de universo.
Eu cá contento-me em compreender o bastante as coisas para não perder as estribeiras com qualquer coisa mundana. É um silogismo tão simples como ser Segunda-Feira, noite de Segunda-Feira, e, por isso, predominar a fauna mais infame nas ruas. Ciente disso, assumo que a fila do supermercado vai demorar mais do que o costume e o "muffin" que, dadas as horas, está a metade do preço pode também custar-me uma pilha de nervos. Que é precisamente o que pagam os rapazes à minha frente que, apesar de já estarem aqui há uns dez minutos, por agora já passarem das dez da noite, não podem mais comprar álcool. A culpa é do "cretino" (palavras deles, pois eu mantenho a serenidade de quem sabe como as coisas são) que demorou dois dias para conseguir passar o cartão com que comprou um  - cito - "chocolatito". 
A culpa, seja em que dia da semana, nunca morre solteira. Há sempre alguém a quem apontar o dedo, quer estejamos numa fila indiana, quer estejamos numa infame fila de Segunda-feira à noite. 

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Ha'aretz


Jerusalém e Tel Aviv vistas do céu

Cenas da Vida Israelita em Lisboa e Arredores III


Tudo começou quando dei de caras com uma Associação de Apoio a Surdos e Mudos. De imediato, fui acossado pelo impulso de iniciar uma cena de “apanhados”. Cujo sketch consistia em escrevinhar num papel o nome da dita e mostrá-lo aos transeuntes, para depois perguntar-lhes "onde fica?", Quando a bondade das vítimas me desse o braço e me ajudasse a dar dois passos (sim, só dois, pois não tinha saído do mesmo sítio) até à porta da da associação, o meu telemóvel tocaria e eu atenderia com a maior das naturalidades para despertar iras e tempestades.
Ao deixar esta maldade pendente, já na rua da Cinemateca, decidi perguntar ao rapaz do quiosque, não pela Cinemateca, mas sim pela Sinagoga.
- Si-na-go-ga? A Sinagoga não é aqui.
- Isso, eu sei. Aqui é a Ci-ne-ma-te-ca. Mas é perto daqui.
- Olhe, a única Sinagoga que conheço é na Praça de Espanha.
- Não, isso é a Mesquita.
- Ou isso, sei lá!
- Obrigado. 

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Morreu a mais antiga sobrevivente do Holocausto

Morreu a mais antiga sobrevivente do Holocausto. Alice Herz-Sommer era pianista e professora de música. Tinha 110 anos. O pasteleiro Yirael Kristal também de 110 anos sucede-lhe. 

Força Aérea Israelita atinge comboio carregado de armas

A Força Aérea Israelita terá bombardeado um comboio que transportava armas da Síria para o Hezbollah. A imprensa libanesa relatou o taque que terá ocorrido junto a fronteia sirio-libanesa. O governo israelita não comenta o suposto incidente, mas um alto funcionário israelita confirmou-o sob anonimato.

Apartheid?

A semana do Apartheid no Galiza - Israel.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

De Telhado em Telhado





Paul Michael Glaser no telhado do Board Gáis Energy Theatre, Dublin, 
Autor Desconhecido, Fevereiro de 2014

Por um lado, vejo "O Violinista no Telhado" com os mesmos olhos com que li "A Balada da Praia dos Cães". Em ambos os casos, experienciei um enorme espanto por me deliciar com um género que jamais pensei engraçar com as minhas entranhas. Musical e policial, respetivamente. Em ambos os casos, habita um génio tão grande que, mais do que uma questão de género, passa a ser uma questão de bom gosto. (E de que aqui o casmurro, que tanto custa a convencer, tornou-se fã cego).
Por outro lado, assisto a este espetáculo como assisto aos concertos de Leonard Cohen. Já conheço as canções, assim como a ordem das mesmas, de cor e salteado. E só não peço "encore" por saber que não preciso pedir para que tal aconteça ou deixe de acontecer.
Já vi "O Violinista no Telhado" três vezes. Uma no Youtube, outras duas ao vivo, a primeira num teatro Yiddish em Varsóvia e e outra em Inglês aqui em Dublin. Estou capaz de ver outra vez. Onde quer que se erga o telhado. 
Ou talvez seja uma desculpa para viajar. Como eu precisasse de uma desculpa para fazer as malas. Só não viajo mais por problemas logísticos, vulgo tempo e dinheiro. Ou talvez seja uma desculpa para voltar aos lugares onde me sinto estar em casa emprestada. É certo que ainda continuo a ter vontade de colecionar países. Contudo, ao mesmo tempo, é cada vez maior a tendência para fazer um tour por telhados onde me sinto à-vontade.
Como é o caso do contexto de "O Violinista no Telhado". Os ambientes Askenazi sempre me pareceram a casa dos primos, de uns quaisquer parentes em segundo grau, em suma semita, a mansão que é pertença da família semi-afastada e onde sempre se passavam as férias. Das duas uma. Ou vem daí o fascínio pelos ventos do Leste, ou do fato de ter nascido e crescido num subúrbio que é uma espécie de derradeiro reduto soviético em Portugal. Na dúvida e sem paciência para discussões, digo: das duas, as duas.  

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Cenas da Vida Israelita em Lisboa e Arredores II

Na bilheteira do Padrão dos Descobrimentos recebo a seguinte informação:
- O Memorial dos Judeus é depois da Torre e antes do Museu dos Combatentes.
À entrada do dito Museu, dizem-me:
-Me-mo-ri-al dos Ju-Deus? Essa agora...Nunca ouvi falar!
-No Padrão disseram-me que era depois da Torre e antes daqui do Museu.
- Olhe, pergunte ali no café.
E no café ouço a seguinte confissão:
-É engraçado que não é a primeira pessoa que me pergunta por isso. Mas eu não sei.
- Eu só sei que é depois da Torre e antes do Museu.
- Olhe, já foi à Torre?
Vou à Torre de Belém.
- Memorial dos Judeus?
- Dos Judeus? Memorial ? Memorial, presumo, que de mortos?
- Sim.
- Memorial aos mortos, que eu conheça, só o do Museu dos Combatentes. Tem a certeza que não são os mesmos? 

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Cenas da Vida Israelita em Lisboa e Arredores I


Começo o dia, bem cedo, a fazer um raio-X.
A técnica, depois de dizer o meu nome e se espantar e regozijar (necessariamente por esta ordem) com o fato de estar a chamar um mancebo com bom aspeto, pergunta-me se tenho alguma t-shirt debaixo da camisa e acresenta que, se for o caso,  não preciso de ficar de tronco nu.
Contudo, ao dar conta que a minha t-shirt tem algo escrito (“Tem que tirar, por causa dessas letras”), sou obrigado a despir-me. Quanto a essas letras, são nada mais nada menos que “Tel Aviv, city that never sleeps”.
Já a abraçar a maquineta, ponho- me a pensar se a dita ou a rapariga são anti-semitas. Nada concluo. Provavelmente nem sabem onde fica Tel Aviv. E, se sabem, certamente não fazem a menor ideia de que não se trata de propriamente de uma cidade dada à santidade.  

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Atas das Aulas de Hebraico V


Ao fim de cinco aulas, para mal da (falta de) paciência do professor Yossi e das minhas ambições de fluência e de perfeccionismo, ainda troco algumas letras. Consequentemente, confundo palavras e misturo verbos que, aparentemente, não têm nada a ver. Por exemplo, costumo confundir os verbos escrever e beber. Respetivamente, lich tov e lish tot. Por mais que as palavras se pareçam, como frisou o professor Yossi, são ações distintas. 
Para mim, nem tanto. O professor Yossi está longe de saber que, neste preciso momento, após a quinta aula de Hebraico, estou a beber uma Guinness e a escrever esta crónica - e que é meu costumeiro hábito escrever enquanto bebo.
Porque o colégio, tal como disse em relação à casa numa crónica do meu blog, também é o caminho até ao colégio e do colégio para casa. As aulas não são só as aulas - abarcam também tudo o que se aprende na viagem e de volta.
Porque voltar às aulas, além de me fazerem sentir novo pelo fato de voltar a frequentar aulas, também têm semelhante efeito por me retomarem o velho hábito de errar pelas ruas ao final da tarde e início da noite - hábito que, vencido pela preguiça, perdi em prol do sossego assético do sofá.
Ao contrário das "Carrers" da Catalunya, um dia que deixe Dublin, daqui guardarei poucas mais memórias urbanas do que as que guardo das ruas de Rathmines. Quanto às ruas de Ranelagh, ficarão para sempre associadas ao lugar onde, meio que sonâmbulo, meio que a sonhar acordado, aprendi que andarilhar consiste em andar às arrecuas.  

A postar há 5 anos

Rua Augusta, Lisboa
Rehov Yaffo, Jerusalém

Israel bate recorde de turistas em 2013

Vista da Cidade Velha de Jerusalém. A capital de Israel foi visitada por 2,7 milhões de turistas.
O número de turistas estrangeiros que visitou Israel em 2013 foi de 3,54 milhões, mais 0,5% que em 2012. O sector do turismo rendeu 8,3 mil milhões de euros à economia israelita e empregou cerca de 100 mil pessoas.
Segundo os números divulgados pelo
HaLishka HaMerkazit LiStatistika (Instituto de Estatística de Israel), os Estados Unidos, a Rússia, a França, a Alemanha e o  Reino Unido lideram, nesta ordem, a lista de países com maior número de turistas que visitaram o país. Jerusalém recebeu 75% dos visitantes e o Muro das Lamentações foi o local mais visitado do país com 68%.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Música de Israel


Moshe Peretz, Ulay halaila

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Atas das Aulas de Hebraico IV


Ainda sob a forma de ciclo, vamos começar esta crónica, a quarta desta série, com o assunto com que demos por terminada a terceira: o caráter do povo Judeu.
Mau grada a teimosia em doses industriais, um dos principais valores - que, de resto, tem sobrevivido a ventos e tempestades anti-semitas - da herança Hebraica é o da flexibilidade. O de se acostumar a qualquer circunstância, por nunca se saber que aguardar no dia de amanhã, por se desconhecer se se vai e onde se vai acordar no dia seguinte.
Chamemos-lhe a sabedoria da areia, tesouro de quem habita nesta terra há muito tempo e tem os dedos calejados pelo dia-a-dia no deserto.
Ciente deste valor, pedi ao professor Yossi para mudarmos a aula de Quarta para Segunda-Feira. A coleguinha irlandesa, após consultar a agenda pessoal, aceitou. Enfim, foi um processo tão fácil que até se juntou um terceiro pupilo (Talmid, em Hebraico), metade Inglês, metade Israelita.
Um tanto ou quanto culpado e envergonhado, sarcástico como sempre - santíssima trindade dos sentimentos semitas - pedi desculpa por me ausentar pelo simples fato de querer celebrar o meu aniversário com os que me são queridos e não ter como mudar a data do meu nascimento, por ser demasiado tarde (mais de trinta anos de atraso!) para emendar o erro.
Podia ter sido ainda mais cáustico e acrescentar que, por estar a decorrer o torneio de matraquilhos da empresa, ainda ter pensado em cancelar as férias. Mas isso certamente já soaria a cinismo aos ouvidos do professor Yossi. Assim soou a sinceridade. A frontalidade. Que é outro forte daqui da casa.  

domingo, 16 de fevereiro de 2014

"Os judeus mataram um menino"

(Clique na imagem para ampliar)
"Os judeus mataram um menino" capítulo de um livro de propaganda anti-semita presente nas escolas espanholas até pelo menos à década de 60. O livro chamava-se "Eu sou espanhol" e  foi  escrito por Agustín Serrano de Haro (inspetor-chefe de ensino primario do Ministerio da Educação do regime de Franco. Teve várias edições entre 1943 e 1968 e foi um dos muitos livros utilizados na doutrinação franquista. Não deve ser por acaso que a Espanha é dos países com a taxa de anti-semitismo mais alta da Europa. Via Galiza-Israel.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Israel do passado

Jerusalém em 1964. A terra de ninguém e as muralhas da Cidade Velha, na época ocupada pela Jordânia.

Portugal em Israel

"Portugal experience" realizou-se em Tel Aviv.

De gastador a comentador

Depois de ter arruinado a câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes entra numa nova estapa da sua vida: a de comentador político. Tal como José Sócrates, também irá comentar a atualidade política como se não tivesse deixado uma bancarrota para trás.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Notícias da paz

O Pai Natal existe

Por incrivel de pareça, isto existe mesmo e não é uma brincadeira. E enquanto os idiotas úteis tratam das petições num lado, o próprio trata da propaganda no outro.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

O verdadeiro Rouhani


Adolfo Mesquita Nunes em Israel

O Secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, estará em Tel Aviv entre segunda e quarta-feira para explorar oportunidades de negócio no mercado israelita. Segundo fonte do governo,  Portugal pretende promover o turismo religioso e «Israel é um dos principais mercados para o segmento específico do turismo religioso que tem como motivação a Herança Judaica. Com 7,5 milhões de habitantes, caracterizados por um vincado hábito de viajar, este mercado foi emissor de 3,1 milhões de turistas em 2011, com receitas avaliadas em 3,8 milhões de dólares. Tem como principal destino os Estados Unidos, sendo que a Europa tem vindo a ganhar quota»
Adolfo Mesquita Nunes lidera uma comitiva que inclui 18 empresas portuguesas que contactará com 80 profissionais do setor do turismo em Israel.

Desmemoriados

Vem ai mais enchurrada de directos em que os entrevistados repetem até à náusea que "nunca viram um Inverno assim".

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Atas das Aulas de Hebraico III


À terceira aula, aprendemos o terceiro verbo. Mas já lá vamos.
Lá chegaremos, a toda a velocidade, que a este pessoal lhes sobra em pressa o que lhes falta em paciência. Caraterística que, faça-se justiça, também se aprecia do lado de cá.. Caraterística que, quando andei por aqueles lados - e quando digo andar por aqueles lados, também me refiro às vezes em que aqueles lados vieram, devidamente diasporizados, até mim - caraterística essa que me fez sentir em casa.  (Para que conste, é meu costume dizer que pior do que uma fila, só mesmo uma fila longa e lenta).
O Hebraico, palavras do professor Yossi, quer-se económico. Traduzido para letras, quanto menos das ditas, melhor. Essa é uma exigência, conforme explicado pelo professor Yossi, própria de um país em que a esmagadora maioria das  pessoas frequentou as IDF. Lembre-se que o Russo, parente em segundo grau do Hebraico, também se quer assim, rápido e conciso. Não estivessem também os Russos habituados à luta armada, com mais ou menos Bolcheviques ao barulho. 
Hoje em dia, o Hebraico é um. Contudo, dada a(s) Diáspora(s), está distante de ser um idioma único e consensual. Era essa a vontade de, há uns cinquenta anos atrás, Ben Yehuda, ao ouvir uns a falar em Ladino para outros que lhes respondiam em Yidish. Ainda que o idioma Hebraico esteja instituído, a discórdia persiste. Para dar razão ao célebre dito: "Onde estão dois Judeus, existem três opiniões". Antes estar destinado à sentença da discórdia, do que a discórdia ser sinónimo de sentença de morte.
O idioma Hebraico, tal qual tem sido construído, continua a seguir a rota mais antiga e assim imbrica as palavras de significados ou contextos similares em micro-grupos ou conjuntos. É um idoma feito à medida de quem preza a lógica e a inteligência, numa palavra, a própria educação e, ao mesmo tempo, varrer os estúpidos e a aproximação de qualquer mal-vindo cretino. No fundo, nem é nada de novo. Só mais um idioma que, tal como todos os outros, revela a conduta do povo que o cultiva e o mantém vivo na ponta da língua.
Voltando aos verbos, pois foi com os verbos que começámos esta crónica que se quer concebida sob a forma de ciclo. O primeiro que aprendemos foi precisamente o verbo aprender. (Pois aprender é o primeiro passo para as demais ações). O segundo foi o verbo escrever que é, afinal de contas, o que temos vindo a fazer. O terceiro, já sob a forma de prémio, como que a aplaudir o nosso apetite, foi o verbo comer. Todos os três verbos são caros a um povo de costumes pouco brandos.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Os Mirós não sabem nadar yo!

Todos berram contra os bancos e contra a ajuda que estes receberam do Estado, mas quando se tenta fazer alguma coisa para tentar tapar o monstruoso buraco de um deles - o BPN - logo se gera outra gritaria porque vender para os Mirós é um crime contra a cultura. Mais um triste exemplo de como há muita gente que ainda não se deu conta de que Portugal é um país falido. 
Os que agora se descabelam contra o venda dos Mirós são os mesmos que gritavam que as gravuras não sabem nadar yo! Conhece-se o resultado.

Notícias da paz

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Ha'aretz


Deputado - vereador - deputado

Foi eleito eurodeputado e em pleno mandato concorreu a uma câmara, sendo eleito vereador. Com a maior das naturalidades volta agora a concorrer a eurodeputado. As preocupações com a vida dos lisboetas proclamadas há 4 meses passaram rapidamente à história. O mesmo acontecerá com as preocupações europeias que irá propagar na campanha: serão esquecidas assim que for candidato a outra eleição. Um típico candidato partidário.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Ha'aretz

O Kibbutz de Sde Boker no deserto do Negev

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

domingo, 2 de fevereiro de 2014

António Costa School of Economics

António Costa não esconde ao que anda e verbaliza como ninguém o pensamento socialista acerca das contas públicas: continuar a gastar e mandar a conta para a solidariedade europeia. Melhor resumo era impossível.

Música de Israel


Sinergia, Tiri ze ani