O eterno motivo do conflito israelo-árabe vem mais uma vez ao de cima. O líder da AP, Mahmoud Abbas, declarou que: Não vamos reconhecer Israel como Estado Judeu.
A AP não reconhece Israel, a Fatah não reconhece Israel, o Hamas não reconhece Israel, a Jihad Islâmica não reconhece Israel, o Hezbolah não reconhece Israel. Tudo com um detalhe: como Estado Judeu. Claro que se for como estado árabe até se pode chamar Israel que para estas organizações não haverá problema nenhum.
É mais que evidente que os palestinianos nunca quiseram, e ao fim de 63 anos de conflito continuam a não querer, um estado judaico na Palestina. Esta é a raiz de todos os males e o motivo pelo qual não há paz na região. Israel não tem com quem fazer a paz, porque não tem a condição essencial: ser aceite. Um facto básico que a imprensa e o agip-prop palestinianista da Europa parecem ainda não ter percebido e pelos vistos nunca vão perceber.
É mais que evidente que os palestinianos nunca quiseram, e ao fim de 63 anos de conflito continuam a não querer, um estado judaico na Palestina. Esta é a raiz de todos os males e o motivo pelo qual não há paz na região. Israel não tem com quem fazer a paz, porque não tem a condição essencial: ser aceite. Um facto básico que a imprensa e o agip-prop palestinianista da Europa parecem ainda não ter percebido e pelos vistos nunca vão perceber.
12 comentários:
David
Nunca vão aceitar. O ódio aos judeus criou na Europa uma aliança islâmico-marxista. O que Israel tem de fazer é não dar tréguas aos provocadores. Do lado árabe não há ninguém credível.
Ainda que mal pergunte, que mal haveria se Israel fosse como a generalidade dos países, ou seja, multicultural e não exclusivamente judeu? Afinal, não vivem outras raças e culturas em Israel?
Vivem e Israel actualmente é mais multicultural que a maioria dos países. Por definição é o estado do povo Judeu, mas isso não impede de haver uma minoria árabe (20%). O que o líder da autoridade palestiniana quer já se percebeu há muito tempo: que que exista apenas um estado que abarque os judeus (6 milhões) os palestinianos (4 milhões) e os 4 milhões que ele diz que são os "refugiados palestinianos". Ou seja, ele quer um estado com maioria árabe e uma minoria judaica. Isto numa primeira fase, numa segunda fase já se percebeu o que aconteceria aos judeus ...
Por muito multiculturais que os países sejam, há sempre um grupo étnico maioritário que é a base desse país. Em Portugal por exemplo mais de 90% dos habitantes são portugueses, o mesmo acontece na maioria dos países.
O Estado de Israel, como sabe, foi criado a seguir à 2ª guerra para permitir a auto-determinação do povo judeu. Portanto Israel terá de ser um estado maioritariamente judaico. Quem negar isso, é contra a autodeterminação dos judeus. Um dos motivos pelos quais entendo que os palestinianos devem ter o seu estado, é porque a situação actual desvirtua a natureza judaica do estado de Israel.
O que eu não consigo entender é haver pessoas que são a favor da criação de um estado palestiniano - que se presume ser para os árabes da Palestina - mas depois não vê mal nenhum em que Israel desapareça do mapa enquanto estado judaico e passe a ser substituído por um estado multi-étnico em que os Judeus passarão a ser uma minoria cada vez mais reduzida (tendo em conta a taxa de reprodução entre os palestinianos).
Desculpe que lhe diga Cirrus, mas a sua pergunta parece denotar o mesmo principio de Abbas: Israel pode existir, desde que não seja um estado judaico.
Caro David Levy
Concordo consigo. Israel nasceu para ser um estado judaico. Tal como a Arábia Saudita ou o Irão são estados muçulmanos. Nesse ponto não há qualquer dúvida. Poderão sempre existir muçulmanos em Israel, como há judeus em outras partes do mundo. Neste conflito a única coisa que me faz "espécie" (obviamente da parte de judeus como você e outros de quem sou amigo) é a maneira pouco crítica como lidam com a expansão ilegal (à luz do direito internacional, que tem que valer alguma coisa) de centenas de colonatos em território que, objectivamente, não é israelita (vide mapas de 1948). Essa expansão parece ser uma causa dos ortodoxos mais radicais, que a radicam no chamado "grande Israel". Esta maneira, digamos, de tentar meter a cabeça na areia é semelhante à do modo como alguns amigos indianos procuram não falar do problema das castas. Não será que vocês, os judeus democratas, ocidentais, que já não me chamam gentio, são reféns, sem nada poderem (ou quererem ) fazer contra essa ortodoxia que (penso eu) faz tanto sentido como a ortodoxia católica que acusa os judeus de terem morto Cristo?
Caro Zé Sequeira
Os sectores que em Israel defendem o conceito de "grande Israel" tanto são religiosos ortodoxos, como seculares. Erradamente esse conceito tem sido atribuído aos "ortodoxos", quando na verdade ele é transversal a muitos sectores da sociedade israelita, como também o é a oposição ao "grande Israel". Há muita gente entre os chamados "ortodoxos" que se opõem à construção israelita na Judeia e Samaria.
A minha posição pessoal em relação a isso é meramente prática: Israel deve ficar com as maiores cidades judaicas da Judeia e da Samaria, desmantelar povoações menores e que sejam ilegais. Não vale a pena alimentar a ideia que Israel vai desalojar milhares de pessoas, porque isso não vai acontecer sem uma guerra civil. E uma guerra civil dentro de Israel seria mais uma guerra a juntar às que já existem. Há que ser prático: estado palestiniano sob condições, redefinição de fronteiras e respeito pela demografia existente.
Fico sempre muito satisfeito quando me confundem com um Judeu, mas a verdade é que não o sou. O nome "Levy" é apenas um nick. Não gosto de alimentar mal entendidos. Muitos Judeus que vêm aqui ler isto sabem disso e os não judeus também. Sou apenas uma apaixonado pelo assunto.
Espero que não tenha ficado desiludido. Abraço :)
Caro David Levy
Agradeço-lhe a explicação sobre o meu erro em relação a ortodoxos e não ortodoxos. Aparentemente são os primeiros que mais aparecem nos media, nas manifestações e que - presumo - mais se candidatem a viver nos territórios ocupados após a guerra dos 6 dias. Estou de acordo consigo no que respeita ao lado prático da questão. É uma realidade. Basta ver o que aconteceu para desmantelar uns colunatos bem menos importantes no Sinai, após o acordo com o Egipto. Só que aceitar isso será certamente também impossível para o outro lado. Portanto vamos continuar assim eternamente, até um dos lados acabar com o outro, ou até um dos lados ceder em condições aparentemente impossíveis.
Quanto à última parte, ignorava (peço-lhe desculpa), mas não fiquei obviamente desiludido. Também sou apaixonado pelo assunto, embora mais distante, sendo, umas vezes "israelita" e outras "palestiniano". Abraço.
josé sequeira
Caro, nada disso. Eu aceito que exista o estado judaico. Mas eu não sou parte interessada no processo, pelo que eu aceitar ou não é igual ao litro. Julgo que se não aceitasse igual ao litro seria. A minha questão prende-se apenas com algo que eu não denoto na maioria dos estados europeus, que é uma caracterização à priori, quer étnica quer religiosa. Ou seja, a República Portuguesa é a República Portuguesa, não é a República Portuguesa Branca nem a República portuguesa Católica. Acredite-me que não tenho qualquer maldade ao fazer esta questão: Não estará Israel a tentar implementar o mesmo que alguns países árabes, que implementam as Repúblicas Islâmicas? Isto apesar do multiculturalismo. Como sabe, numerosos países árabes também têm minorias religiosas e étnicas, e alguns deles continuam a ser Repúblicas Islâmicas...
Bem, vamos ser democratas:
a)se Israel deve voltar às fronteiras de 48;
b)então que o mesmo princípio seja aplicado à Europa!
Ups! metade da Polónia para a Alemanha; metade da Ucrânia para a Polónia; a Transilvânia para a Hungria; a Moldávia para a Roménia; a Istrìa para a Itália.
Pois, nada há a temer, senão uma deslocalização de milhões, como em 45.
Se os judeus lá estão, agora vão ver quem lá estava há 100, 1000 ou 10 000 anos? E se a ONU consentiu, e sancionou, as limpezas étnicas DEPOIS de 45, porque é que neste caso tem de voltar ao antes? Só neste caso...
Haja paciência para certos muskenum (os que sabem hebraico podem traduzir com facilidade o babilónico...)
Caro anônimo (com acento circunflexo?) ou então, se me permite, ôi cara.
Em 48 metade da Polónia para a Alemanha? Metade da Ucrânia para a Polónia? etc... etc... onde é que v. foi buscar isso?
Ninguém com um mínimo de imparcialidade(eu não ponho) põe em causa a existência do Estado de Israel. Foi decidido por cerca de meia centena de estados, nas Nações Unidas, com fronteiras definidas, com votos contra dos vizinhos e a abstenção da potência ocupante (a Inglaterra) que já não "precisava" daquela zona, uma vez que já tinha concedido ou estava conformada com a independência dos povos do industão. O Estado de Israel patrocinado também por Estaline (era óptimo mandar os judeus para longe da URSS) e Truman (pelos mesmos motivos que ainda hoje asseguram um apoio incondicional a esse Estado) foi permanentemente atacado, em termos de guerra clássica, entre a data da fundação e 1973 e soube sempre defender-se. Além disso foi permanentemente vítima da chamada guerra suja, com atentados a que tem respondido sistematicamente com os mesmos meios. Nada a opor, está no seu direito. Estes factos (a legitimidade das Nações Unidas somada à tenacidade e à organização com que se defende e assegura os apoios necessários a essa defesa) têm gerado uma aura de simpatia em todo o mundo. Isso é importante e justo. O que não significa que não haja quem pense que a orientação actual do Estado de Israel (parecendo que não) vai inevitavelmente levar esse povo a um beco sem saída, como já teve vários ao longo da sua longa história, o que é pena.
Os 100, 1000 e 10000 foram mal escolhidos. Como deve saber, desde 70 D.C. (pode traduzir para datas hebraicas), com Tito que os judeus foram derrotados e dispersos pelo mundo conhecido, tendo alguns regressado à então Palestina por deferência dos otomanos. Há 10000 anos haveria certamente muita gente na zona mas não me diga que já eram proto-judeus. Abraão nasceu provavelmente em Ur (no actual Iraque) cerca de 1800 AC.
Quanto aos muskenum, não sei a quem se dirige; seja quem forem, como diz, haja paciência, até para pessoas com vistas estreitas como v. parece ser.
Com paciência, os meus cumprimentos.
Obviamente que as transferências de territórios na Europa foram não em 48, mas em 45 -o acordo de Helsínquia é que consagrou o satus quo.
Se, SE, alguém quiser recuar as fronteiras de Israel para a linha de armistício de 48, porque não na Europa! Óbvio que pretendia demonstrar a idiotia da ideia, pelo absurdo.
Os 100, 1000, ou 10 000 anos foram nº redondos, mas considere a ideia de posse de qualquer um a territórios onde não está. ISRAEL ESTÁ! E é a partir daqui que se tem de fazer a paz -se os interlocutores quiserem.
Realmente os judeus terão estado proibidos de permanecer na «Judaea» a partir da rebelião de Bar Kochba, no séc II, mas pequenas comunidades voltaram rapidamente (desde que mantivesem afastadas de Jerusálem) e judeus sempre lá viveram.
Sabe que os cabalistas de Safed falam Ladino? Estão lá desde o séc. XVI, mas não foram eles os fundadores da escola cabalística local. Logo...
deiv
ser judeu é religião ou raça,se é religião é racismo obrigar todos a se converter é o mesmo que o islamismo
enton os judeus não podem dizer que os islamicos são radicais eles são iguais ou pior
no mundo civilizado não interessa sua religião é o respeito a todos
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