A lei do Orçamento de Estado de 2011 impôs o congelamento de todas as progressões na Função Pública, mas parece que dois ministérios não cumpriram a norma: Administração Interna e Defesa. O facto em si já é deveras estranho, mas ainda é mais esquisito por não haver consequências de maior para os ministérios incumpridores. Mais: esta situação absurda acabou a ser utilizada pelo ministro das Finanças como o único exemplo de corte na despesa anunciado ontem de manhã - um corte que já estava previsto e que não estava a ser aplicado, pelo que aparece como um novo corte.
Depois de toda esta trapalhada só falta saber como será mantida a equidade entre os funcionários do Estado. Para isso só há duas hipóteses: ou se promovem os funcionários dos outros ministérios, que a tal tinham direito, até à entrada em vigor do congelamento na Defesa e Administração Interna, ou se despromovem os militares e polícias entretanto promovidos, com a consequente devolução das verbas indevidamente recebidas. Caso não se aplique nenhuma das soluções estar-se-á perante uma típica situação de filhos e enteados.
1 comentário:
Há filhos e enteados, isso é certo. Certo também é que este país é uma palhaçada.
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