Depois de ter sido convidado pelo Presidente Shimon Peres a formar um governo, a vida não está muito facil para Benjamin Netanyahu. Por um lado, tem a recusa de entrar na coligação por parte do Kadima e do Havoda; por outro, tem de lidar com a exigências dos partidos religiosos da direita. O Shas e o Judaísmo Unido da Torah já começaram a apresentar a habitual lista da extorção.
Netanyahu é assim quase forçado a ter de fazer duas coligações em simultâneo: uma com o Havoda e o Kadima, mais a seu desejo, e que teria 68 dos 120 assentos da Knesset; e outra com a direita religiosa (Shas e JUT) e laica (Beitenu, Lehumi e Yehudi), na qual teria 65 lugares. As hipoteses para a primeira são cada vez menores, uma vez que quer Livni, quer Barak, já afirmaram preferir passar à oposição.
A verificar-se a segunda, surgirá o governo mais à direita da história de Israel. O desfecho de um executivo destes será impossível de prever.
A oposição poderá ter vantagem ao demarcar-se da direita, mas por outro lado, poderá ser acusada de ter lançado o país nas mãos do partidos da extrema direita, perdendo com isso pontos.
O Likud está também numa posição dificil, porque ao liderar um governo tão à direita, terá metade de Israel e o mundo inteiro contra ele.
Os únicos que aparentemente estão numa posição de força são os cortejados religiosos e o sr Lieberman, cuja ida para o governo poderá amaciar, ... ou não. Previsões só no fim do jogo.
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