terça-feira, 8 de novembro de 2011

A folga

Apesar de não se perceber muito bem como é que se pode falar em folgas num orçamento deficitário, o Secretário-Geral do PS foi na mesma à TVI contorcer-se para encontrar uma brecha que possa acomodar o pagamento de um dos dois salários cortados aos funcionários públicos. Chegou ao ponto de sugerir o recurso à diminuição da comissão paga à troika, parecendo ignorar que essa despesa não existia em 2010 e que é mais uma das muitas com que os socialistas estoiraram as finanças do Estado. O nível argumentativo está pois ao nível de uma criança de 6 anos. Só faltou a Seguro dizer que a folga orçamental existe e que foi deixada pelo Governo do PS.
A questão do Orçamento de Estado deixou bem à vista a total inabilidade política do líder dos socialistas: primeiro anunciou a abstenção do PS, depois engoliu o isco da possibilidade de negociação de um dos subsídios cortados e só agora, já com as calças na mão, é que reparou que o Governo é que manda. Parece que António José Seguro não se deu conta que nenhum Governo em plenas faculdades mentais anunciaria o corte de 2 meses de salário aos funcionários públicos e que depois de sofrido o embate, e de a ideia ter sido encaixada pelos visados, voltaria atrás na decisão. Ainda por cima depois de tal ter sido pedido pelo líder da Oposição. É básico de mais.

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