sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Em Gaza é que era

Os palestinianistas de todo o mundo têm mais um argumento para utilizar contra o Estado de Israel: então não é que a liberdade que os gays e as lésbicas gozam em Israel é apenas uma artimanha para esconder as contínuas violações dos direitos humanos dos palestinianos. Quem fez a descoberta foi a jornalista americana Sarah Schulman, para quem as festas, as paradas gay, as drag queens, os filmes LGBT e até a própria Dana International, não passam de sinistras manobras de propaganda do pérfido governo regime apartheidesco-sionista. Alguém deveria avisar a organização LGBT palestiniana, AlQaws, para deixar de fazer as suas festas em Tel Aviv e transferi-las rapidamente para outro local mais gay-friendly. Para Gaza, por exemplo. Daria umas belas raves.

3 comentários:

R disse...

David, o pior é que o termo PinkWashing não é de agora...

Até em Portugal já foi usado para boicotar o apoio da embaixada israelita ao Queer Lisboa.

Já agora recomendo que vejas os seguintes links. Referem-se ao processo segundo o qual a realização da Assembleia Geral de 2011 da International Gay and Lesbian Gay Youth Organization foi atribuída à Israeli Gay Youth (para ser realizada em Tel Aviv) e, por entre campanhas e apelos ao boicote, houve uma votação em que as organizações membro da IGLYO apoiaram a realização da AG em Tel Aviv (por larga margem de SIM vs NAO, e posso dizer que a única organização portuguesa da IGLYO também apoiou) mas, ainda assim, a AG acabou por ser retirada de Tel Aviv com base em novos protestos relacionados com a passagem da Lei Anti-Boicote no Knesset...

http://www.iglyo.com/index.php?option=com_content&task=view&id=225&Itemid=34
http://www.iglyo.com/index.php?option=com_content&task=view&id=226&Itemid=4
http://www.iglyo.com/index.php?option=com_content&task=view&id=234&Itemid=33

By the way, não sei sabes da World LGBT Youth Leadership Summit que vai decorrer em Dezembro em Tel Aviv. Tem um programa espantoso, que inclui visitas a Tel Aviv e Jerusalém, recepção no Knesset, discursos de Ministros e Embaixadores e jantar num restaurante árabe de Jerusalém Leste. É algo extraordinário.

DL disse...

@ R

Lembro-me desse boicote ao apoio da embaixada, foi referido aqui.

Thanks pelos links.

Anónimo disse...

Tal como o David Levy, também sou um não-judeu que acabou por simpatizar fortemente com Israel e os Judeus, à força de tanta campanha negra contra este povo. Este exemplo que nos traz neste post é por demais eloquente!

Abraço,

C.E.