segunda-feira, 23 de abril de 2012

Berardo, português de negócios

No país dos escândalos, das telenovelas e dos casos, ninguém parece ligar nenhuma ao assunto Berardo/ações do BCP. O tema tem todos os ingredientes para poder ocupar semanas a fio os telejornais das televisões indígenas, visto que se pode vir a tornar num mini-BPN. Se não veja-se: o comendador pediu um empréstimo de 1000 milhões de euros à CGD, ao BES e ao BCP para comprar ações deste último (só a CGD emprestou 360 milhões). Como garantia deu as ações compradas e a sua famosa colecção de arte. Mas parece que agora o ilustre devedor está com dificuldades em pagar a dívida e a credora CGD accionou o empréstimo. E então não é que as ações compradas por 1000 milhões só valem actualmente 35 milhões e a tal colecção está protegida por um estatuto qualquer e talvez não possa ser executada? A coisa é de tal maneira grave que Berardo foi considerado um cliente de risco sistémico
Na CGD parece ainda não ter havido consequências de tão ruinoso empréstimo e na informação televisiva ninguém conta esta história ao povo, preferindo passar os dias com a soap opera das nomeações para o Constitucional.

1 comentário:

Anabela Magalhães disse...

Este assunto não interessa.
Este país é, frequentemente, uma coisa nojenta pela gente que por cá habita. Gente? Não sei não!