A descrição do itenerário da visita papal a Israel feita pelo Jornal Público é todo um programa político: anuncia a visita do Papa Francisco aos Territórios Palestinianos e a Israel, mas não indentifica nenhum dos locais da peregrinação como israelita, nem escreve a palavra "Israel" em mais sitio nenhum; propaga mais uma vez a ladainha dos campos de refugiados, indentificando um deles nos Territórios Palestinianos, mas não explica por que motivo a AP o mantém aberto num território administrado por si; trata Jerusalém como uma cidade sem país; e refere-se ao Muro das Lamentações e ao Yad Vashem como meros pontos de Jerusalém, omitindo quaisquer ligações a Israel.
sábado, 24 de maio de 2014
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3 comentários:
É um jornal assumidamente pró islamista e anti Israel.
J.J.
trata Jerusalém como uma cidade sem país
O facto é que, de acordo com o reconhecimento internacional, apenas parte de Jerusalém faz parte de Israel. A maior parte dos países não reconhece a anexação da Cisjordânia, e da parte oriental de Jerusalém, por Israel. A maior parte dos países, segundo julgo saber, ainda mantem as suas embaixadas em Israel em Tel-Aviv, uma vez que não reconhece Jerusalém como capital do país.
Em particular, o Muro das Lamentações e a Esplanada das Mesquitas, que o papa visitou, ficam em Jerusalém Oriental.
Ou seja, ou me engano muito ou o Público limitou-se a utilizar a geografia que o mundo inteiro reconhece.
Luís Lavoura.
Uma coisa é o "reconhecimento" internacional, outra coisa é o Direito Internacional! Antes de mais, Israel não anexou a "Cisjordânia" e, quanto a Jerusalém, em 1980, o Knesset limitou-se a aplicar a Lei Básica, declarando a cidade de Jerusalém unida a capital de Israel. Não houve anexação uma vez que Israel não é potência ocupante do seu próprio território nem, por outro lado, o território esteve sob soberania de qualquer dos países árabes que invadiram Israel em 1948, ou alguma vez essa soberania tenha sido reconhecida aos árabes pela Comunidade Internacional. Mas a Comunidade Internacional já nos habituou às suas posições de aceitação do desrespeito das normas internacionais, permitindo-se e aos árabes, toda a sorte de atropelos ao direito e à história do Povo Judeu materializados no estabelecimento do moderno Estado de Israel.
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