Conhecido como um partido fiável e garante da estabilidade, o CDS caminha a passos largos para se tornar num partido pouco fiável e gerador de instabilidade.
Parece que no interior do partido há quem não esteja a ver bem a coisa: se o CDS abandonar a coligação, ficará conhecido como o partido que deixou um governo no meio de uma tormenta político-financeira porque que não teve estrutura para aguentar a pressão da rua, nem capacidade de executar as reformas de que o país precisa. Já para não falar no grau de responsabilidade com que será classificado. Ainda se está para saber o que dirá depois aos eleitores.
10 comentários:
É deprimente.
...e depois há quem se surpreenda que Salazar tenha sido encarado como a pessoa mais importante (ou cosa que o valha) do Sec. XX.
Se este governo estoirar não faltará quem reclame pela volta de Salazar.
Mais depressa chamam por um Otelo ou um Hugo Chavez.
Ou até um Fidel Castro.
Por outro lado, se permanecer, renegará tudo o que prometeu até chegar ao poleiro.
O partido do contribuinte... eheheh... deixa-me rir...
Temo que já esteja espatifado para muitos e muitos anos.
Anabela,
continuo convencido que será pior se saír. O que é que vai dizer a seguir?
Estou convencida que se deixaram prender numa ratoeira.
Seja como for, ficarão mal. E nós com eles!
:(
Ena Pá, sou um "Analista de orçamentos de bancada", e isto tem muito que se lhe diga.
De facto, o Paulinho está metido numa situação muito delicada. Mas por outro lado, o Sr Coelho só tem feito porcaria. Estive a ler alguns artigos antigos que guardei, e este Coelho fez tudo ao contrário do que prometeu. Pior, não reduziu a tão afamada despesa do Estado cortando em Institutos, Fundações, Observatórios e outras palermices que não apresentam trabalho! Só sabe carregar nos impostos e nos funcionários públicos não filiados no Partido dele!
Por isso, o que poderá fazer o Paulinho?
Mais, como poderemos suportar este fedelho que chegou a PM e a sua camarilha?
EJSantos
não teve estrutura para aguentar a pressão da rua
Que eu saiba, nem a pressão da "rua" se dirige predominantemente ao CDS, nem este último se preocupa sobremaneira com o tipo de pessoas que se manifestam na "rua".
Digamos que o eleitorado do CDS não está agora (nem costuma estar) na "rua", pelo que o CDS não tem nada que se preocupar, nem se preocupa, com a "rua".
Ainda se está para saber o que dirá depois aos eleitores.
Tendo em conta o que Passos Coelho disse aos eleitores antes e após as eleições, eu diria que o CDS em caso algum enganará mais os eleitores do que Passos Coelho enganou.
Quando a dupla de vigaristas Sócrates T. Santos saiu, declaram que deixavam um défice que ainda hoje não foi atingido, não obstante este governo ter parado com o espatifanço de dinheiro em mais obras patetas, e subsídios estapafúrdios. E pelo caminho ainda houve mais uns buracões a aparecerem. Não reconhecer isto, e o respectivo impacte no equilíbrio das contas públicas, é completamente absurdo.
A solução que o actual governo tem explorado para resolver o sarilho assenta em dois vectores: 1. nacionalização progressiva do capital privado (através dos impostos) 2. manutenção a todo o custo do número absurdo de funcionários públicos e dos mastodônticos, burocráticos, insaciáveis, aparelhos político-partidários…
É no mínimo kafkiano, que perante estas medidas profundamente socialistas (que evidentemente nada resolvem), a esquerda ainda acuse o governo de ser neo-liberal!...
Neste momento restam-nos, na prática, dois caminhos: um «à grega» e o outro «à islandesa». Não me parece que como povo, tenhamos o nível dos islandeses.
José
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