sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Inverno chega a Israel

Israel foi atingida esta manhã por uma forte chuvada que causou diversas inundações um pouco por todo o lado. A região mais atingida foi a Planície de Sharon na região central do país. As ruas ficaram intransitáveis, tendo muitos passageiros ficado retidos dentro dos carros. Entre as cidades mais afectadas encontram-se Netanya e Kfar Saba (na foto).

Defesa estratégica

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Israel lembra Rabin

Assinalou-se hoje em Israel o 14º aniversário da morte de Yitzhak Rabin.
Na Knesset decorreu uma sessão especial, onde várias personalidades da vida política israelita discursaram. O primeiro-ministro Netanyahu, um dos principais adversários de Rabin durante os acordos de Oslo, referiu-se a ele como sendo um patriota e que agiu sempre em nome do bem estar do Estado de Israel. Netanyahu enfatizou ainda que ainda há entre os israelitas pessoas que não estão dispostas a aceitar as decisões democráticas e a autoridade da lei, e que apesar de serem minoritários, o assassinato de Rabin demonstrou o poder que podem ter. A líder da oposição, Tzipi Livni, referiu-se a Rabin como uma pessoa que fez uma escolha de paz, numa altura em que essa escolha era difícil de fazer, e que se guiou sempre por uma profunda compreensão das alternativas existentes.
Numa outra cerimónia, que decorreu no Monte Herzl de Jerusalém, o Presidente Shimon Peres enalteceu a personalidade de Rabin e elogiou os avanços que, apesar de tudo, foram alcançados no processo de paz com os palestinianos.

A culpa é do neoliberalismo

A economia dos Estados Unidos está a sair da recessão crescendo 3,5% no 3º trimestre de 2009. Os dados foram avançados pelo Departamento do Comercio que referiu ainda que o crescimento económico foi potenciado por contribuições positivas do consumo privado, pelas exportações, pelos gastos do Estado e pelo sector da construção.

Música de Israel


Synergia, Marguish aher

O que dizem os outros

Anti-semitismo
O Partido Conservador Britânico integra, no Parlamento Europeu, o Grupo “Conservadores e Reformistas Europeus", encabeçado M.Kaminski, notório anti-semita polaco, ligado a grupos católicos extremistas.
Também presente no Parlamento Europeu está Nick Griffin, líder do Partido Nacional Britânico, conhecido, entre outras facécias, por negar que o Holocausto tenha existido, e pelas teorias da conspiração sobre grupos secretos de judeus que controlariam a comunicação social inglesa.
Ainda na Grã-Bretanha, as centrais sindicais, controladas pelo Partido Trabalhista, andam numa roda viva a promover boicotes contra Israel embora, paradoxalmente, nem por um momento lhes passe pela cabeça pedir boicotes a países árabes onde a repressão é brutal e os direitos dos trabalhadores primam pela ausência (e que são quase todos).
No Parlamento Europeu está também o nosso Bloco de Esquerda, representado pelo Dr Miguel Portas, conhecido pela virulência das suas posições anti-semitas e pela subserviência peganhosa a ícones do terrorismo islâmico, como o Hezbolah e o Hamas.
Aqui ao lado, em Espanha, um ministro qualquer proibiu a presença de uma universidade judaica num evento sobre energias alternativas, alegando inexistentes “ directivas da EU”, ao mesmo tempo que o Ministro dos Estrangeiros se passeia de braço dado com Chavez, Kadaffis, Castros, e outros grandes amigos da liberdade.
De um modo geral, à esquerda e à direita, os políticos europeus encaram com normalidade e complacência os apelos semanais da hierarquia iraniana, à destruição de Israel, e a repetição continua e descarada, pelos aiatolas, das mais espatafúrdias teses do Mein Kampf.. A mesma complacência que, de resto, demonstram perante os explícitos apelos o ódio contra os judeus que todos os dias são ecoados na cada vez mais numerosa rede de mesquitas financiadas pela Arábia Saudita, por toda a Europa.
O facto de o Hamas, cuja carta “ constitucional” contém o imperativo de destruir os judeus e Israel, ter lançado uma chuva de mísseis sobre Israel, é considerado “ normal” e não justificativo de uso da força por parte de Israel, cuja reacção é invariavelmente classificada de “ desproporcionada” e “criminosa”.
Aliás pelas mesmíssimas pessoas que fazem por ignorar que a resposta britânica a algumas cenenas de V1 e V2 lançadas sobre Londres em 1944, foi a destruição quase completa de Hamburgo e Dresden, etc.
Estes factos mostram que a profecia de Hitler "Passarão os séculos, mas nas ruínas das nossas cidades e monumentos, renovar-se-á o ódio contra aqueles que são os verdadeiros responsáveis por isto: o judaísmo internacional", se está a cumprir.
Há um novo anti-semitismo em movimento, que tem já deputados em todo o espectro ideológico e que elabora libelos e narrativas conspiratórias sobre a malignidade do famoso “lobi judaico”, um conjunto secreto de secretas pessoas que se reúnem secretamente em secretos lugares a secretas horas, para secretamente manobrar fios secretos, responsáveis por todos os males que nos afligem.
Este anti-semitismo não é claro e assumido como o nazi ou o dos czares, nem escorregadio e cínico, como o protagonizado pelo comunismo soviético, mas está a crescer e é cada vez mais poderoso, não só porque tem o antigo apelo à demonização do judeu, mas porque conta com o apoio, empenhado e em metálico, de numerosos estados a nadar em petrodólares.
Este anti-semitismo disfarça-se de “anti-sionismo” e “apoio à causa palestiniana” e, montado nestas falácias, é já hoje parte integrante da politica europeia, tem voz no Parlamento e traduz-se em milhões de euros anualmente concedidos a grupos de activistas que apenas têm Israel no radar.
Por O Lidador, no Triunfo dos porcos e no Fiel Inimigo.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Onde está o Hamas?

O blogue Elder of Zion analisou o relatório Goldstone com a ferramenta informática Wordle e elaborou a lista de 250 palavras mais utilizadas nas recomendações e conclusões . Onde está a palavra Hamas?

Hamas proíbe eleições em Gaza

Depois do anúncio do presidente da AP Mahmoud Abbas, a convocar eleições gerais para Janeiro, o Hamas já avisou que não as vai permitir na Faixa de Gaza. Segundo a organização terrorista palestiniana, as eleições foram convocadas por quem não tem legitimidade para tal.
Para os ocupantes da Faixa de Gaza, a legitimidade decorre da força das armas, e por isso não respeitam sequer as leis em vigor nos territórios palestinianos. Sobre estas atitudes e esta ocupação ninguém ouve as habituais carpideiras da "causa palestiniana".

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Livni


Tzipi Livni, na semana passada, em dois momentos da sua preenchida agenda: com o ministro dos negócios estrangeiros polaco, Radosław Sikorski, e com o presidente Shimon Peres no encerramento da conferência "Israel 2020 – The Leaders’ Visions".

domingo, 25 de outubro de 2009

Monte do Templo agrava tensões

A polícia israelita e fiéis palestinianos enfrentaram-se hoje de manhã no Monte do Templo, em Jerusalém. Os distúrbios começaram quando os agentes da polícia foram acompanhar um grupo de turistas até ao Monte e foram recebidos por uma chuva de pedras. A polícia viu-se forçada a invadir a área e a resolver o conflito. Mais tarde, quando oficias da polícia tentaram convencer o líder muçulmano da mesquita a permitir a saída dos 100 jovens que se haviam refugiado no interior, foram novamente atacados e invadiram pela segunda vez o local.
Os conflitos, nessa sensível área da cidade de Jerusalém, podem ter como explicação o facto de correrem rumores entre os muçulmanos, que extremistas judeus tencionam tomar conta da zona, que é sagrada para as duas religiões. Ontem dirigentes muçulmanos tinham incitado os palestinianos a defenderem Jerusalém da "conquista judaica". Esta manhã a polícia deteve Hatam Abd al-Qadir, conselheiro do presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, sob a suspeita de "conduta desordeira", segundo refere o jornal "Ha'aretz".
Recorde-se que apesar do Monte do Templo ser o local mais sagrado do Judaísmo, não é permitido o acesso dos Judeus, por um lado porque é uma zona profanada, e por outro porque não se sabe com exactidão a sua localização.
Estes conflitos juntamente com as declarações de alguns líderes da Fatah, apelando ao regresso dos atentados suicidas, têm feito crescer a tensão entre israelitas e palestinianos, a ponto de Israel estar neste momento a temer o início de uma terceira intifada.

Música de Israel

Maya Avraham, Lama

Israel Sketchbook

Ricardo Cabral andou por Israel e fez uma série de desenhos sobre o país. Serão publicados hoje no livro Israel Sketchbook da ASA. Notável.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Novo Governo

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Esta saiu da escola da Milu

Começa a chegar à Assembleia da República a geração educada pela SIC e pelas modernas correntes de ensino implementadas pelo Ministério da Educação. A nova deputada do PCP, Rita Rato, que se diz licenciada em Ciência Política e Relações internacionais, deu uma entrevista ao jornal Correio da Manhã, onde demonstra o quanto sabe do assunto:

- Concorda com o modelo que está a ser seguido na China pelo PCC?

- Pessoalmente, não tenho que concordar nem discordar, não sou chinesa. Concordo com as linhas de desenvolvimento económico e social que o PCP traça para o nosso país. Nós não nos imiscuímos na vida interna dos outros partidos.

- Mas se falarmos de atropelos aos direitos humanos, e a China tem sido condenada, coloca-se essa não ingerência na vida dos outros partidos?

- Não sei que questão concreta dos direitos humanos...

- O facto de haver presos políticos.

- Não conheço essa realidade de uma forma que me permita afirmar alguma coisa.

- Mas isto é algo que costuma ser notícia nos jornais.

- De facto, não conheço a fundo essa situação de modo a dar uma opinião séria e fundamentada.

- No curso de Ciência Política e Relações Internacionais, não discutiu estas questões?

- Não, não abordámos isto.

- Como olha para os erros do passado cometidos por alguns partidos comunistas do Leste europeu?

- O PCP, depois do fim da URSS, fez um congresso extraordinário para analisar essa questão. Apesar dos erros cometidos, não se pode abafar os avanços económicos, sociais, culturais, políticos, que existiram na URSS.

- Houve experiências traumáticas...

- A avaliação que fazemos é que os erros que foram cometidos não podem apagar a grandeza do que foi feito de bom.

- Como encara os campos de trabalhos forçados, denominados gulags, nos quais morreram milhares de pessoas?

- Não sou capaz de lhe responder porque, em concreto, nunca estudei nem li nada sobre isso.

- Mas foi bem documentado...

- Por isso mesmo, admito que possa ter acontecido essa experiência.

- Mas não sentiu curiosidade em descobrir mais?

- Sim, mas sinto necessidade de saber mais sobre tanta outra coisa...

Vem aí mais do mesmo

A nova ministra da Educação, Isabel Alçada, é o estereótipo perfeito das ideias socialistas para o ensino: passou pelo SPGL, fez um dos famosos mestrados em Ciências da Educação na Universidade de Boston, fez a preparação do doutoramento, também em Ciências da Educação, na Universidade de Liège, e pertence aos quadros de uma Escola Superior de Educação há mais de 20 anos. Alçada, sendo oriunda de autênticos viveiros de eduquês e pedagogice, cumpre todos os critérios necessários para poder ser nomeada pelo PS. Pode-se por isso dizer que vem aí mais do mesmo.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Arik


Ariel Sharon está em coma há quase 4 anos. Francisco Proença de Carvalho recorda-o no Blogue 31 da Armada.

Estalinismo


O jornal britânico The Guardian omitiu os nomes de Menahem Begin, Yitzhak Rabin e Shimon Peres, da lista de laureados com o Prémio Nobel da Paz, que publicou on-line. Só depois de muitos protestos é que emendaram o "erro". História em detalhe aqui.

Música de Israel


The Idan Raichel Project, Shalomot Shel Acherim

O que dizem os outros

"Há mais de um ano que a principal linha de actuação da política externa israelita é enfatizar a ameaça nuclear iraniana e, assim, alastrar a percepção da ameaça a outros países, de modo a envolvê-los nessa “sua” luta. Claro que esta luta, em rigor, não é só sua, mas é também claro que em mais lado nenhum do mundo a percepção da ameaça é tão latente. A percepção é maior, mas será a ameaça, em si, também maior?
Ahmedinejad tem feito a sua parte neste processo de crescimento de tensão. As percepções de ameaça são fenómenos sociais muito complexos, e em Israel são extremamente exacerbados – mas com mais justificação do que por vezes se faz crer. Em “1967: Israel, the War and the Year that Transformed the Middle East”, Tom Segev relata de forma impressionante o clima vivido em Israel desde os finais de 1966 até ao início de Junho de 1967, às vésperas da Guerra dos Seis Dias. Era uma atmosfera de medo socialmente transversal, com um crescimento progressivo que fez com que, nos primeiros dias de Junho desse ano, o ataque preventivo israelita fosse já mais provável do que o ataque dos vizinhos árabes. Nestes processos de escalada, uns embarcam, outros não.
Netanyahu tem tentado convencer Obama da ameaça iminente que um Irão nuclear representa. Obama sabe disso, mas as soluções que adopta são diferentes das que Netanyahu deseja. Mas se fosse outro o Presidente americano? Em que ponto da escalada de tensão estaríamos agora, quando o tempo passa e Teerão avança no processo de nuclearização? A avaliação das posturas dos dois líderes vai para além da frase da praxe ”o futuro o dirá” – porque as atitudes de um líder moldam os acontecimentos. Esperemos que Obama esteja certo."
Por Bruno Oliveira Martins, no Blogue Tratados.

domingo, 18 de outubro de 2009

Shalev apresenta queixa à ONU

A Embaixadora de Israel na ONU, Gabriela Shalev, formalizou na passada semana uma queixa junto do Secretário-Geral daquela organização, por alegada violação da resolução 1701 por parte do Hezbollah.
Na queixa, a embaixadora refere que a recente explosão de uma casa no sul do Líbano, junto da qual foram fotografados camiões a carregar material militar, e a descoberta de um depósito de armas, demonstram claramente que a organização terrorista libanesa está a armazenar armas ilegalmente.
Outra das reclamações apresentadas, prende-se com o facto de o Hezbolah estar a utilizar aldeias e casas de civis para manipular armas e outros equipamentos militares, estando com isso claramente a utilizar civis como escudos humanos.
Gabriela Shalev reclamou ainda que deveria ser investigado se o exercito libanês está a colaborar na reorganização do Hezbolah, responsabilizando ainda o governo do Líbano por todos os incidentes ocorridos no seu território.
É curioso verificar que este tipo de queixas raramente tem eco na maioria da imprensa ocidental, preferindo alguma dela dar cobertura a outro tipo de incidentes.

sábado, 17 de outubro de 2009

Tudo gente muito recomendável

O Conselho dos Direitos Humanos da ONU aprovou as conclusões do Relatório Goldstone, que acusam Israel de ter cometido crimes de guerra nas operações levadas a cabo na Faixa de Gaza no início deste ano.
Votaram contra as conclusões: Estados Unidos, Itália, Holanda, Hungria, Eslováquia e Ucrânia.
Votaram a favor: China, Rússia, Egipto, Índia, Jordânia, Paquistão, África do Sul, Argentina, Bahrain, Bangladesh, Bolívia, Gana, Indonésia, Djibouti, Libéria, Qatar, Senegal, Brasil, Ilhas Maurício, Nicarágua e Nigéria.
A votação deste relatório é um bom exemplo de como há coisas que ultrapassam o decoro. Ver a China, a Rússia, ou a Indonésia, a condenar outro país por alegados crimes de guerra, ou ver os países árabes a julgar direitos humanos, seria anedótico, se não fosse grave.
O objectivo é só um: condenar Israel. Para isso nomeia-se uma "investigação", que conclui aquilo que os proponentes declararam previamente. Depois é só fazer a votação, que é ganha facilmente pois os proponentes são maioritários, e deliberar contra o "investigado", que neste caso é Israel. Neste e nos outros todos, pois Israel é o alvo quase exclusivo da Comissão de Direitos Humanos da ONU. Esta comissão é composta maioritariamente por países árabes e por ditaduras de 3º mundo, sempre diligentes a defender os seus irmãos palestinianos. É apenas mais um caso em que a ONU é utilizada de forma completamente parcial e a favor de umas das partes, contribuindo com isso para a sua cada vez maior descredibilização.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Separação

é o nome da série da televisão pública turca que está a deteriorar as relações entre Israel e a Turquia. Num excerto revelado pelas televisões israelitas, um militar encurrala uma menina palestiniana que tem apenas tempo para esboçar um sorriso antes de ser atingida no peito. Noutro, um recém-nascido é morto nos braços do pai. Há também imagens de pelotões de fuzilamento, de tanques a avançar sobre multidões e de velhos espezinhados nas ruas. O ministro dos negócios estrangeiros israelita, Avigdor Lieberman, já acusou a televisão e o governo turcos de incitamento ao ódio.
Recentemente outras duas situações azedaram a tradicional amizade entre Israel e a Turquia: no início desta semana o governo turco impediu a participação do exercito israelita nas manobras da NATO previstas para o seu território, e no ultimo Fórum Económico Mundial, o primeiro-ministro Erdogan fez uma manobra demagógica provocando uma discussão com o Presidente Shimon Peres.

Sócrates finge estar disponível para coligação

Como se esperava, o primeiro-ministro indigitado continua a seguir a estratégia da manhosice. Depois de ter passado quatro anos a governar com truques e manobras, volta agora a repetir a receita na formação do novo governo. Primeiro finge-se humilde e dialogante, depois recebe os partidos da oposição a quem propõe coligações, farto de saber que eles não as aceitam, e agora surge como o paladino da estabilidade e da responsabilidade, acusando os adversários de não estarem disponíveis para a "estabilidade política".
Quando se está fingir, o fingimento tem de ser total. Como o PS não tem a menor intenção de se coligar com ninguém, finge-se disponível para se coligar com todos. Isso por si só é suficiente para ser aferir a credibilidade deste partido. Resta saber quando é que os portugueses se vão fartar deste tipo de malabarismos.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Acabou a anestesia

Está a acabar a anestesia que atinge Portugal desde o início de 2009. Dia após dia, vai sendo revelada a verdadeira situação da economia portuguesa. Desde as previsões do FMI que atiram o país para o último lugar da tabela dos países avançados, passando pelo procedimento levantado pela Comissão Europeia por défice excessivo, e acabando no reinício dos despedimentos em massa e na divulgação de passivos gigantescos nas empresas públicas, nada corresponde à propaganda difundida pelo governo.
No Partido Socialista, em vez de se trabalhar para inverter a situação, está a ser montada a estratégia para passar as responsabilidades para a oposição. O primeiro-ministro indigitado, que antes escondia a sua incompetência com propaganda, vai agora escondê-la vestindo a pele de vítima.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Livni ao ataque

Na abertura da sessão de Inverno da Knesset, a líder da Oposição, Tzipi Livni, proferiu um discurso onde desferiu fortes criticas ao governo de Benjamin Netanyahu.
Livni acusou o primeiro-ministro de ter apenas dois objectivos: sobreviver no Governo e não fazer nada. Acrescentando depois que o processo de paz está num impasse porque o Executivo está deliberadamente a protelar as decisões que têm de ser tomadas, e porque o primeiro-ministro tem humilhado os palestinianos e atacado o maior aliado de Israel, os Estados Unidos, isolando com isso o país na cena internacional.
A líder do Kadima acusou também Netanyahu de anti-sionismo e de cobardia política, por o primeiro-ministro não avançar claramente para uma solução de 2 estados, desvirtuando assim a natureza judaica do Estado de Israel.
Os histéricos deputados do Likud reagiram de forma violenta, tendo interrompido várias vezes o discurso, quer com protestos verbais, quer com ruído nas bancadas.

domingo, 11 de outubro de 2009

Música de Israel


Din Din Aviv, Mukeret Li Mipa'am

Obrigar como?

"Com a atribuição do prémio Nobel da Paz, Barack Obama tem a obrigação de conseguir a paz na Palestina, obrigando Israel a aceitar a criação de um Estado palestiniano nos territórios ocupados e obrigando os palestinianos a aceitar a existência e a segurança de Israel. "
Vital Moreira, na Causa dele.


Fala-se em Barack Obama e algumas personagens, como Vital Moreira, entram em convulsão. Delírio completo. Desta vez, e a propósito da atribuição do Prémio Nobel da Paz ao presidente americano, VM resolveu especular sobre a "paz na Palestina". Especulação essa, que revela uma coisa e esconde outra.
Fica-se a saber que para VM, a atribuição de um Nobel da Paz serve para obrigar o laureado a fazer aquilo que ele [Vital] entende que deve ser feito. Seria no mínimo ridícula esta pretensão, se não soubesse já que não é para a levar a sério, e que se trata apenas de uma tentativa de justificar uma atribuição que não tem pés nem cabeça.
Fica-se sem perceber qual a forma defendida por VM, e que Obama deve usar, para obrigar israelitas e palestinianos a fazerem a paz. Será à bomba?

sábado, 10 de outubro de 2009

Israel High - Tech


O modelo tecnológico israelita foi apresentado no TEDxEdges que decorreu no passado mês de Setembro na FLAD. Um dos organizadores, André Marquet, esteve em Israel para estudar o assunto e foi entrevistado pelo Henrique Cymerman.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Se até o Yasser Arafat o recebeu...

...por que é que Barack Obama não deveria receber? Arafat foi laureado com Prémio Nobel da Paz sem nunca ter despido a farda militar. Obama vai "nobelizado" porque alegadamente é uma pessoa bem intencionada. Se o ridículo matasse...

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Pobres e bem agradecidos

Poucas são as vozes, que contra o politicamente correcto e contra a ideologia dominante, se atrevem a questionar e a criticar o "Rendimento Mínimo". Nem toda a gente tem a coragem de desmontar do "Estado-Social" que está a ser construído pelos socialistas em Portugal. É cada vez mais impopular fazê-lo porque o número de dependentes é cada vez maior.
O "Estado-Social" promovido pelo partido do Governo assenta numa visão assistencialista e pouco responsabilizante. O objectivo é muito simples: votos. Os socialistas sabem perfeitamente que quanto mais coisas derem às pessoas, mais votos têm. E também sabem que quem controla os subsídios, controla os votos. Este é um dos grandes princípios do PS.
O outro está em curso nas escolas: nivelar por baixo, desresponsabilizar, infantilizar, facilitar. Só assim se consegue formar uma massa de gente acrítica que permita aos socialistas a manutenção do poder. O objectivo é apenas esse. Para isso, não hesitam em queimar uma geração inteira na escola e em criar um país de necessitados.
Pobres, ignorantes e bem agradecidos.

Ada Yonath

A israelita Ada E. Yonath ganhou o prémio Nobel da Química. A distinção foi atribuída simultaneamente a dois outros cientistas americanos e deveu-se ao facto de os três terem estudado a estrutura dos ribossomas através de um método denominado cristalografia de raios-X, e ainda por terem cartografado cada um dos centenas de milhares de átomos que constituem esta estrutura existente no interior das células.
Ada nasceu em Jerusalém a 22 de Junho de 1939 no seio de uma família pobre, que nem dinheiro tinha para os livros escolares. Apesar disso, conseguiu licenciar-se em Química em 1962 e concluir o mestrado em Bioquímica em 1964, ambos pela Universidade Hebraica de Jerusalém. Em 1968 doutorou-se em cristalogafia pelo Instituto Weizmann, onde ainda hoje é professora. Depois, fez dois pós-doutoramentos, um no Mellon Institute de Pittsburgh em 1969, e o outro no MIT em 1970.
Ada Yonath já declarou ao jornal Haaretz que se sentia muito feliz com a distinção, o mesmo acontecendo com o Presidente Peres e o primeiro-ministro Natanyahu, que manifestaram o seu enorme orgulho pela atribuição deste prémio a uma cientista israelita.
O número de prémios Nobel ganhos por Israel está agora em nove: três para a Química (Yonath, 2009; Aaron Ciechanover e Avram Hershko, 2004), três para a paz (Yitzhak Rabin e Shimon Peres, 1994, e Menahem Begin, 1978), dois para a Economia (Aumann, 2005, e Daniel Kahneman, 2002) e um para a literatura (Shmuel Yosef Agnon, 1966).

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Emigrantes colocam o BE fora da maioria

Apurados os votos dos círculos da emigração, a contabilidade eleitoral fica encerrada. O PSD conseguiu 3 dos 4 mandatos, cabendo o outro ao PS. Assim, a Assembleia da República terá a seguinte composição:

PS 97 deputados (-24)
PSD 81 deputados (+7)
CDS 21 deputados (+9)
BE 16 deputados (+8)
PCP 15 deputados (+1)

Com esta distribuição o PS e o BE, juntos, não formam maioria absoluta. Uma excelente notícia.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Amália

"Não interessa que ninguém perceba a língua das canções, a voz de Amália Rodrigues é a única tradução necessária" Lotte Lapian, Jerusalém (Israel), 1966.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O que dizem os outros

A criação do estado de Israel é um dos resultados quase únicos no século XX de uma pura vontade política e de um movimento político, o sionismo, assente nessa vontade. Não haveria Israel se dependesse apenas da geopolítica, dos interesses das grandes potências, da realpolitik. Pelo contrário, embora os EUA fossem simpáticos para o novo estado, e a URSS permitisse algum apoio militar chegado na 25ª hora, a criação de Israel num processo duplo de guerra civil (que opunha judeus e palestinianos) seguido de um confronto militar com as potências árabes, em particular o Egipto, a Jordânia, o Líbano, o Iraque e voluntários e apoio saudita e iemenita, dependeu sempre dos judeus e da sua organização para-nacional, o Yishuv, e das suas organizações militares, como o Haganah. Contra tudo e contra todos, em particular contra os britânicos, aliados dos jordanos (a Legião Árabe na Transjordânia era a única força militar capaz que combateu contra o Haganah, dirigida por oficiais britânicos) e dos egípcios, e depois contra a ONU que sempre permitiu aos invasores militares de um estado que nascera sobre a sua égide aquilo que negava aos seus defensores e que várias vezes impediu Israel de obter vitórias significativas sob ameaça de intervenção militar... britânica.
O livro de Benny Morris é um excelente balanço desta guerra fundadora que permitiu a Israel existir, e apresenta o estado da arte na documentação sobre os aspectos do conflito que ainda hoje são controversos como a questão dos refugiados. Morris mostra como a "limpeza" das aldeias árabes dentro do território de Israel não foi deliberada no início e só se tornou inevitável devido a considerações militares, tornando-se depois numa política seguida sempre de forma hesitante, ao contrário do "expulsionismo" árabe que queria deitar os judeus ao mar. Igualmente se analisa o modo como os inimigos de Israel usaram a questão dos refugiados como arma política, recusando qualquer esforço de integração e condenando essas populações a uma situação de miséria em guetos suburbanos nos países limítrofes.
Mostra igualmente que os israelitas e palestinianos (menos os exércitos regulares árabes) cometeram vários massacres, mais os israelitas do que os palestinianos, mas como consequência do facto de as oportunidades serem maiores do lado judaico, devido ao facto de as ocupações de colonatos judeus pelos irregulares palestinianos terem sido escassas. Mostra igualmente como é que se evoluiu de uma guerra sem prisioneiros, (durante os dias finais do mandato britânico não podia haver campos de prisioneiros e as execuções eram comuns) conduzida por milícias, para uma guerra mais convencional em que a Convenção de Genebra passou a ser respeitada.
Morris acentua e bem a parte de jihad no conflito, a total e completa incapacidade do mundo islâmico em aceitar a existência de Israel, assente em considerações religiosas e históricas, que explica as enormes dificuldades que, mesmo os dirigentes árabes mais moderados (como o rei hashemita Abdullah, que acabou por ser assassinado o destino de todos os conciliadores como Sadat), tinham em lidar com a intransigência absoluta face à existência de Israel. A sua análise das duas culturas distintas, a do sionismo, pró-ocidental, com elementos de laicidade, um discurso próximo do socialismo europeu, e a pura incapacidade árabe de aceitar sequer uma negociação (o que comprometeu a posição árabe no plano diplomático face a um estado cuja existência era legal e reconhecida pela ONU), é fundamental para se perceber os dados actuais do conflito que, em muitos aspectos, continuam os de 1948.
José Pacheco Pereira, no blogue Abrupto, sobre o livro de Benny Morris, 1948. A History of the First Arab Israeli War, New Haven e Londres,Yale University Press, 2008.

domingo, 4 de outubro de 2009

Cortes na despesa em Israel

O primeiro-ministro Netanyahu e o ministro das finanças Yuval Steinitz preparam-se para anunciar um corte de 2% nos orçamentos da maioria dos organismos em Israel. Segundo o ministério das finanças, os cortes afectarão todas as áreas com excepção da segurança, da defesa e da educação. Os pagamentos aos deficientes e aos sobreviventes do Holocausto também não serão afectados.
O motivo apresentado prende-se com a necessidade de aumentar as dotações do Ministério do Interior em mais 1500 milhões de shekels (270 milhões de euros) e do Ministério da Saúde em mais 500 milhões de shekels (90 milhões de euros), este último para reforçar o programa de combate à gripe A.
Esta alteração orçamental foi feita de forma a não aumentar a despesa total, assim será feito um corte numa parte dos sectores, para compensar os aumentos necessários noutros. O governo pretende seguir a política de não aumento da despesa, que foi definida no início, e que culminou com aprovação pela Knesset, em Julho, de um Orçamento de Estado para 2 anos.

Diz que não sabe de nada

O caso do regadio da Cova da Beira teve origem em 1997 com denuncias que acusavam José Sócrates de ter recebido 750 mil euros para favorecer a empresa HCL na construção da Estação de Tratamento dos Resíduos Sólidos da Associação de Municípios da Cova da Beira. O caso ganha contornos mais suspeitos, porque a pessoa que liderou todo o processo de adjudicação da obra à HCL foi António Morais, professor de quatro das cinco cadeiras que permitiram a José Sócrates licenciar-se em engenharia em 1996. Este processo arrasta-se na justiça desde 1999, tendo inclusive originado um pedido de buscas da PJ à residência de Sócrates, que não se chegou a verificar por recusa do MP.
Espera-se que a Justiça seja célere e que se apure a verdade, pois é bastante prejudicial para um país ter um primeiro-ministro sob suspeita, não só neste caso, mas também no da licenciatura e no do Freeport.
Isso é o que se espera, mas não será o que vai acontecer. Neste caso, como em quase todos, não se chegará a conclusão nenhuma. Por um lado, porque o poder político criou o poder judicial de maneira a que este não funcione, por outro, porque quem faz determinadas aldrabices sabe fazê-las. Se não soubesse, não estaria onde está.

sábado, 3 de outubro de 2009

Os truques do costume

Fiel à mais pura tradição socialista, António Costa utiliza os meios do Estado para fazer propaganda política. Anunciar aumentos aos funcionários da CML a 1 semana das eleições não passa de eleitoralismo e de baixa política.
Para além destes truques eleitorais, o candidato do PS à CML tem ainda proferido tiradas de mau gosto e num tom jocoso em relação ao adversário Santana Lopes, o qual acusou de colocar "a diversão à frente da saúde" (a propósito da futura instalação do IPO de Lisboa.) Estas atitudes são no mínimo criticáveis em alguém que se quer fazer passar por ter um nível superior ao de PSL. Mostram precisamente o contrário.
O ainda presidente da câmara de Lisboa, parte para estas eleições com uma enorme vantagem, não só porque está no poder, mas também porque vestiu o papel de "comentador" no programa quadratura do círculo, onde teve todo o tempo de antena para debitar as posições oficiais do PS e do Governo. Apesar disso, revelou muito de si, pois conseguiu passar semanas a defender o indefensável, a mentir descaradamente e a distorcer factos.
António Costa julga-se em vantagem e age como tal, caso contrário haveria mais pudor em usar a autarquia em proveito próprio e mais consideração para com os adversários.

O único vídeo de Anne Frank


São as únicas imagens em vídeo que se conhecem de Anne Frank. Foram colocadas no Youtube pelo Museu Holandês.
O filme data de 22 de Julho de 1941, e mostra ao 9º segundo Anne a inclinar-se no parapeito de uma janela para ver uma noiva que passava na rua.

Parabéns

ao blogue Estado Sentido pelos dois anos de existência.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Por esta é que ninguém esperava

Portugal desceu quatro lugares (de 28º para 32º) na lista dos países menos corruptos, elaborada pela Transparência Internacional (TI), obtendo 6,1 pontos, contra os 6,5 do ano passado. A lista é liderada pela Dinamarca, Nova Zelândia e Suécia, com 9,3 pontos, pois são os países onde há menos corrupção. A Somália surge no fim da lista com 1 ponto.
Mais um bom exemplo de como Portugal está a avançar no bom caminho para se tornar um país de 3º mundo.

Avançar Portugal

A Eslováquia vai ultrapassar Portugal em termos de rendimento por habitante no próximo ano, deixando a economia nacional no último lugar da tabela de 33 países avançados.
Esta previsão foi avançada ontem pelo FMI. Segundo esta organização, o PIB per capita português deverá ser de 15288 euros em 2010, contra os 15465 euros da Eslováquia, e Portugal crescerá uns anémicos 0,4%, podendo chegar a 2014 com o crescimento mais baixo da zona euro (+1,3%).
O Governo bem se pode ir desculpando com a crise internacional, que de nada adiantará, a crise atinge todos, mas mesmo assim os outros países progridem e Portugal não. Nunca o lema do Partido Socialista esteve tão desfasado da realidade.

Gilad Shalit está vivo

Israel libertou esta manhã 19 prisioneiras palestinianas em troca de um vídeo, que recebeu do Hamas, e no qual se prova que o soldado Gilad Shalit está vivo.
O vídeo já foi difundido pelas estações televisivas israelitas e foi transcrito na integra por alguns jornais:
"Olá, eu sou Gilad, filho de Noam e Aviva Schalit, irmão de Hadas e Yoel, que vive em Mitzpe Hila. Meu número de ID é 300097029. Como podem ver estou a segurar nas minhas mãos o Palestina jornal, de 14 de Setembro de 2009, publicado em Gaza. Estou a ler o jornal, para poder encontrar informações sobre mim, na esperança de encontrar alguma informação sobre a minha libertação (...). Estou à espera do dia da minha libertação há muito tempo. Espero que o governo actual de Benjamin Netanyahu não desperdice a hipótese de finalizar um acordo, para que eu possa finalmente ser libertado. Gostaria de dizer à minha família que os amo e que tenho saudades deles e anseio pelo dia em que voltarei a vê-los novamente. Papa, Yoel e Hadas, vocês lembram-se do dia em que me visitaram na minha base nos Golã em 31 de Dezembro de 2005. Nós andamos à volta da base e vocês tiram -me fotografias no tanque Merkava e num dos tanques antigos que estão na entrada da base. De seguida, fomos a um restaurante numa das aldeias drusas e no caminho tiramos fotografias na beira da estrada com o Monte Hermon coberto de neve em segundo plano. Quero dizer-vos que me sinto bem, de boa saúde, e os Mujahadeen do Izzadien al-Qassam estão a tratar-me muito bem. Obrigado e adeus".