sábado, 17 de outubro de 2009

Tudo gente muito recomendável

O Conselho dos Direitos Humanos da ONU aprovou as conclusões do Relatório Goldstone, que acusam Israel de ter cometido crimes de guerra nas operações levadas a cabo na Faixa de Gaza no início deste ano.
Votaram contra as conclusões: Estados Unidos, Itália, Holanda, Hungria, Eslováquia e Ucrânia.
Votaram a favor: China, Rússia, Egipto, Índia, Jordânia, Paquistão, África do Sul, Argentina, Bahrain, Bangladesh, Bolívia, Gana, Indonésia, Djibouti, Libéria, Qatar, Senegal, Brasil, Ilhas Maurício, Nicarágua e Nigéria.
A votação deste relatório é um bom exemplo de como há coisas que ultrapassam o decoro. Ver a China, a Rússia, ou a Indonésia, a condenar outro país por alegados crimes de guerra, ou ver os países árabes a julgar direitos humanos, seria anedótico, se não fosse grave.
O objectivo é só um: condenar Israel. Para isso nomeia-se uma "investigação", que conclui aquilo que os proponentes declararam previamente. Depois é só fazer a votação, que é ganha facilmente pois os proponentes são maioritários, e deliberar contra o "investigado", que neste caso é Israel. Neste e nos outros todos, pois Israel é o alvo quase exclusivo da Comissão de Direitos Humanos da ONU. Esta comissão é composta maioritariamente por países árabes e por ditaduras de 3º mundo, sempre diligentes a defender os seus irmãos palestinianos. É apenas mais um caso em que a ONU é utilizada de forma completamente parcial e a favor de umas das partes, contribuindo com isso para a sua cada vez maior descredibilização.

19 comentários:

Anónimo disse...

Vamos lá por partes: Israel terá cometido ou não os tais crimes de guerra?

O que estás a fazer neste post, ainda que correcto, só joga contra Israel. Estás a reagir como o miudinho que também faz asneiras e quando é apanhado diz logo "Eles também fizeram!"

DL disse...

Por partes:

- A comissão que foi nomeada, não o foi para investigar se havia ou não crimes de guerra, mas sim para investigar "os crimes de guerra que haviam ocorrido", ou seja, ainda antes de começar os trabalhos já os dava por adquiridos;

- Os países que tiveram a iniciativa de propor a "investigação" incluem a Malásia, Arábia Saudita, Cuba, Paquistão, etc;
que não têm moral para mandar investigar seja o que for em matéria de direitos humanos,

- A comissão nomeada, era composta por várias pessoas assumidamente anti-israel;

- o Conselho dos direitos humanos da ONU só condenou até hoje um país: Israel. 90% das resoluções são-lhe dirigidas.

Julga portanto que há credibilidade em investigações destas, mandadas fazer por conselhos destes?

No post disse mais: disse que a ONU é utilizada contra uma parte, e a favor de outra. Esse é o ponto principal.

Se Israel cometeu ou não crimes de guerra, não sei. Provavelmente sim, mas isso é que tem de se apurar. Mas não é uma comissão cheia de países anti-israel, e com as mãos sujas de sangue, que vai declarar imparcialmente isso. E mais: esses países que propõe investigações, deviam sujeitar-se também a elas. Mas não destas, porque destas já sabemos os resultados que dão.

Anónimo disse...

"Assumidamente anti-Israel"?

O que dirias se houvesse pessoas "pró-Israel"? POderiam integrar a comissão? Estou convencido que, da parte dos Estados Unidos, é assim que acontece e não te vejo contra essas parcialidades.

DL disse...

"O que dirias se houvesse pessoas "pró-Israel"?"

Se a comissão fosse composta unicamente por pessoas "pró-israel" diria o mesmo. Você é que não o diz, de uma comissão "anti-israel".
Os Estados Unidos que eu saiba não integraram ninguém na comissão.

Daniel Santos disse...

nem todos são anjos nem todos demónios.neste mundo existe sempre uma zona cinzenta.

Unknown disse...

Levy,


Tanto quanto sei, as tropas israelitas estavam intruídas para evitar ao máximo a morte de civis. No entanto é preciso que se perceba que mesmo com o equipamento militar mais sofisticado da actualidade, ainda é muito dificil não causar mortes a civis num cenário de guerrilha urbana, sobretudo quando o inimigo os utiliza como escudos humanos. Isto não quer dizer que não tenham sido cometidos excessos pelo exército israelita, até porque nas suas fileiras encontram-se, infelizmente, alguns elementos radicais, seguidores de Meir Kahane e de Baruch Marzel.

Gostaria de ver como é estes países que votaram contra Israel reagiriam, caso fossem bombardeados com rockets durante 8 anos. Atiravam flores ao inimigo?

DL disse...

@ Duarte

Fariam o que quisessem, porque só interessam os conflitos onde há Judeus.

Ainda recentemente no Sri Lankas, houve matanças dos guerrilheiros Tamil por parte do governo desse país e não me consta que a ONU tivesse mandado investigar alguma coisa. Para não falar noutros conflitos mundo fora...

Cirrus disse...

Levy, não conheço o relatório a fundo. Mas pareceu-me ler que ambas as partes são acusadas de crimes de guerra, tanto Israel como o Hamas.

Quanto à legitimidade dos países que aprovaram o relatório, será talvez parecida com a mesma de Israel no caso das armas nucleares, não lhe parece? Investigar o Irão é necessário, ainda que Israel impeça as investigações nos seu território.

Nesta perspectiva do ladrão que rouba a ladrão, parece-me existirem rabos de palha em todo o lado...

DL disse...

Não Cirrus, não me parece. Israel não tem um presidente que brada aos 4 ventos que quer eliminar outro país do mapa. É só essa a diferença.

Cirrus disse...

E é preciso dizê-lo??? Não basta... fazê-lo???

Anónimo disse...

Mas tem armas nucleares ilegais. Um diz que quer, o outro pode. O que será mais relevante?

DL disse...

O seu critério Cirrus, aplica-se a mais algum país?

DL disse...

Caro anónimo (04:10)

Quando vou ao Arrastão fazer comentários identifico-me.

RioDoiro disse...

A coisa resume-se a este comentário:

"Estás a reagir como o miudinho que também faz asneiras e quando é apanhado diz logo "Eles também fizeram!"

O anónimo pretende fazer passar a mensagem pela qual o menino, Israel, fez a dita 'coisa' dando a impressão que está apenas a falar do acto de apontar ao alheio.

O post de Levi é bem claro.

Israel não cometeu crimes de guerra mas quem acusa Israel de os ter cometido cometeu.

O julgador de falso assassinato é assassino e o anónimo pretende desvalorizar a coisa acusando o Levi de, implicitamente, dizer o contrário do que está escrito.

O anónimo bem pode ter saído do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Cirrus disse...

Levy, sim, aplica-se a muitos mais países. Descanse, não sou cego.

Mostrem lá o que têm ao Mundo. E deixem de fazer o que o Irão quer fazer, talvez nessa altura mude o meu critério. Não que ele seja muito importante...

DL disse...

Cirrus não insista nisso, Israel não fez, nem faz, o que o Irão ameaça constantemente.

EJSantos disse...

"E deixem de fazer o que o Irão quer fazer,..."
?!?!?
Tenho andado a ler livros sobre a II Guerra Mundial. Parece que antes dela arrebentar, andaram alguns politicos a deixar a Alemanha Nazi a fazer o que queria. Deu no que deu.
Agora parece que os judeus fartaram-se de serem os bodes expiatórios.
O maluquinho de Teerão anda sempre a bociferar que quer arrasar Israel. Parece que os israelitas não estão com vontade de levar com bombas nucleares em cima...

Eurico Moura disse...

Cirrus não insista nisso, Israel não fez, nem faz, o que o Irão ameaça constantemente.


Despacho:
1 - Mate-se o cão que ladra.
2 - Solte-se o cão que morde.

Cirrus disse...

Levy, basta ver o mapa. Desmente-o completamente. Muito devagar, está quase varrida do mapa...