O MEC prepara-se para permitir aos pais a escolha da escola dos filhos. A ideia à partida parece simpática e não deverá haver muita gente que se lhe oponha, o problema é que poderá não produzir os efeitos desejados. Com o sistema educativo no estado em que está - minado por anos de políticas socialistas que privilegiaram o laxismo, o show-off, a indisciplina, o faz de conta, a burocracia e o melhoramento estatístico - não é de prever que a grande massa da população que vive à conta da Escola Socialista vá a correr escolher uma escola exigente, com disciplina, focada nos conhecimentos, com exames a sério, onde os professores tenham autoridade e ensinem, e onde os alunos estudem e aprendam. Muito pelo contrário: irão quase todos fugir para aquelas onde a baderna impere e onde seja mais fácil concluir o ciclo. As escolas medíocres correm seriamente o risco serem as escolhidas pela nova geração de pais copy paste, ela própria educada pelas televisões e pelo ensino progressista. E já para não falar do facto de em alguns casos terem de ser as escolas a escolher os pais. O que de certa forma não seria mau de todo.
Se o MEC não preparar o processo com cuidado e sensatez, a liberdade de escolha poderá não passar de um chavão. Tal e qual como a avaliação dos professores, que ao fim de 5 anos continua a atribuir elevadas classificações a quase todos os docentes e distinguir com 'excelentes' determinados dinamizadores das aprendizagens.
4 comentários:
Há uma maneira muito simples de não cairmos nesse problema: Exames Nacionais anuais, ou de preferência, trimestrais. Iguais para todas as escolas, com critérios de avaliação objectivos e públicos. A correcção seria feita por professores de escolas diferentes da do aluno. Quem reprovasse, repetiria o ano claro está.
Os pais adeptos dos “atalhos”, ao verificarem que os filhos reprovaram o ano numa escola socialista, perceberão que foi uma má aposta e não repetirão o erro.
O mesmo seria válido para a avaliação dos professores. Em vez de serem avaliados pela sua capacidade de elaborar relatórios (ou conhecer quem elabore…), podem passar a ser avaliados pela sua capacidade de fazer aprender. Não será difícil criar um modelo estatístico que tenha em conta a nota dos alunos à mesma disciplina no ano anterior e avaliar os progressos.
Com isto, os próprios professores tentariam ou mudar para uma escola não socialista, ou acabar com o socialismo na própria escola.
Isto só seria mau para os colégios privados que passariam a ter concorrência de qualidade por parte da escola pública.
"Quem reprovasse, repetiria o ano claro está."
Aqui é que está o problema. Nem com Nuno Crato acredito que isto venha a acontecer.
Bom, há que divulgar que as escolas socialistas são aquelas onde as sociais-luminárias não põem os filhos.
Isso já se viu nas Novas Oportunidades. As escolas que queriam um trabalho minimanmente digno foram abandonadas. As outras que apenas fingiam que faziam trabalho -encheram.
Por causa do chico-espertismo é que o país está como está.
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