sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O problema é se escolhem a 'Escola Socialista'

O MEC prepara-se para permitir aos pais a escolha da escola dos filhos. A ideia à partida parece simpática e não deverá haver muita gente que se lhe oponha, o problema é que poderá não produzir os efeitos desejados. Com o sistema educativo no estado em que está - minado por anos de políticas socialistas que privilegiaram o laxismo, o show-off, a indisciplina, o faz de conta, a burocracia e o melhoramento estatístico - não é de prever que a grande massa da população que vive à conta da Escola Socialista vá a correr escolher uma escola exigente, com disciplina, focada nos conhecimentos, com exames a sério, onde os professores tenham autoridade e ensinem, e onde os alunos estudem e aprendam. Muito pelo contrário: irão quase todos fugir para aquelas onde a baderna impere e onde seja mais fácil concluir o ciclo. As escolas medíocres correm seriamente o risco serem as escolhidas pela nova geração de pais copy paste, ela própria educada pelas televisões e pelo ensino progressista. E já para não falar do facto de em alguns casos terem de ser as escolas a escolher os pais. O que de certa forma não seria mau de todo.
Se o MEC não preparar o processo com cuidado e sensatez,  a liberdade de escolha poderá não passar de um chavão. Tal e qual como a avaliação dos professores, que ao fim de 5 anos continua a atribuir  elevadas classificações a quase todos os docentes e distinguir com 'excelentes' determinados dinamizadores das aprendizagens.

4 comentários:

Fean disse...

Há uma maneira muito simples de não cairmos nesse problema: Exames Nacionais anuais, ou de preferência, trimestrais. Iguais para todas as escolas, com critérios de avaliação objectivos e públicos. A correcção seria feita por professores de escolas diferentes da do aluno. Quem reprovasse, repetiria o ano claro está.

Os pais adeptos dos “atalhos”, ao verificarem que os filhos reprovaram o ano numa escola socialista, perceberão que foi uma má aposta e não repetirão o erro.
O mesmo seria válido para a avaliação dos professores. Em vez de serem avaliados pela sua capacidade de elaborar relatórios (ou conhecer quem elabore…), podem passar a ser avaliados pela sua capacidade de fazer aprender. Não será difícil criar um modelo estatístico que tenha em conta a nota dos alunos à mesma disciplina no ano anterior e avaliar os progressos.

Com isto, os próprios professores tentariam ou mudar para uma escola não socialista, ou acabar com o socialismo na própria escola.
Isto só seria mau para os colégios privados que passariam a ter concorrência de qualidade por parte da escola pública.

DL disse...

"Quem reprovasse, repetiria o ano claro está."

Aqui é que está o problema. Nem com Nuno Crato acredito que isto venha a acontecer.

RioD'oiro disse...

Bom, há que divulgar que as escolas socialistas são aquelas onde as sociais-luminárias não põem os filhos.

mil disse...

Isso já se viu nas Novas Oportunidades. As escolas que queriam um trabalho minimanmente digno foram abandonadas. As outras que apenas fingiam que faziam trabalho -encheram.
Por causa do chico-espertismo é que o país está como está.