Colocar estes meninos na escola custa ao Estado português milhões e milhões de euros por ano. Pelos vistos para nada, pois não há um único vestígio de estudo e de aprendizagem nestas aulas da Escola Secundária Miguel Torga em Sintra.
O Jornal Correio da Manhã, que divulga os vídeos, apressou-se a insinuar que tudo se passa perante a passividade da professora. Eram de esperar insinuações deste tipo: os que ao longo de anos desautorizaram os professores, fazendo com isso aumentar o nível de indisciplina nas escolas, são agora os que lhes apontam o dedo, culpando-os pela balburdia galopante.
O aumento da indisciplina já se deixava adivinhar. Poucos professores aguentam uma vida inteira a contrariar alunos destes e a serem ao mesmo tempo desautorizados, gozados e rebaixados por tudo e por todos - chefias, ministério, pais, Governo, etc. Como castigos para os alunos nunca há, e quase sempre quem acaba com chatices é o professor, muitos docentes desistem e a indisciplina fica fora de controlo.
O clima disciplinar nas escolas em Portugal degradou-se muito nos últimos dez anos. Para isso muito contribuiu a forma como o poder político - socialista, entenda-se - lidou com os estatutos do professor e do aluno. Em relação aos professores, tudo o que era possível fazer para lhes tirar autoridade foi feito - todos se lembram da guerra movida contra os docentes pelo anterior Governo, que fez imediatamente crescer alunos e pais. Com os alunos aconteceu precisamente ao contrário: passaram a ser o centro do universo, e por isso quase intocáveis. Paralelamente arranjaram-se uns imbróglios burocráticos com a finalidade de varrer a indisciplina para debaixo do tapete, ou seja para a clandestinizar. Ela cresceu, mas é como se não existisse.
Esta é a herança que a Escola Socialista deixou em Portugal: alunos indisciplinados e completamente impunes, e professores desgastados e sem forças para os controlar.
2 comentários:
O governo anterior sempre tratou os professores como os maus da fita, tiro-lhes autoridade e a sociedade foi na cantiga. Este é o resultado de tudo o que foi feito.
Caro David:
Aí por 2006 apareceu um vídeo pior do que este, também na sala de aula duma escola suburbana de Lisboa. A indivídua que fazia então de ministra da educação disse que era preciso um novo Estatuto do Aluno para "reforçar a autoridade" dos professores. Uns dois anos depois saiu o tal "novo" que aí está. E temos um novo vídeo... E fala-se de novo Estatuto...
Um dos alunos em evidência na perturbação da aula foi nessa ocasião entrevistado com rosto ausente e voz disfarçada pela televisão. À pergunta: - "Mas então não gostarias de ter alguma coisa na escola para aprenderes?" Resposta: - "Gostava de trabalhar em madeira"...
O mundo deste miúdo - e de tantos outros como ele - já não é o dos marceneiros e carpinteiros. Estes miúdos pura e simplesmente já não têm lugar no mundo da robótica e das "converging technologies". Mas há que manter entretidas estas pessoas destinadas ao improviso de biscates e desemprego perpétuo... Se possível, fora da marginalidade criminosa.
Os professores reciclados de entertainers têm de ter paciência, e cumprir com a função que lhes está reservada no plano de engenharia social em marcha.
De resto, como já se deu conta, a autoridade social, pública como doméstica, desde a chefia do Estado até à polícia na rua e à dos pais em casa foi pulverizada. Tudo isto é do passado.
O Poder decisivo já está noutro lado, e nem sequer onde os ingénuos esquerdistas supõem, sempre obcecados com a banca e a alta finança... Mas estas também já não passam de servas preparadoras das comoções socais que hão de parir o nosso futuro "pós-humano". Dar à luz, custa. E se essa luz é a do Inferno...
Olho vivo e alerta para A GRANDE SEPARAÇÃO, meu caro.
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