Não há nada como um grande crise para a extrema-esquerda renascer. E não há nada como uma greve para poder dar uma prova do seu renascimento. A greve geral da próxima quinta-feira já está a pôr em delírio os líderes do BE do PCP: os Bloco de Esquerda querem que a greve seja o principio de um novo 25 de Abril e os comunistas suspiram para que seja a maior de sempre.
Estas reacções ilustram bem o posicionamento destes dois partidos perante a actual situação: quanto pior, melhor, que é como quem diz quanto mais crise e miséria houver mais reforçados ficam. Não é por acaso que a extrema-esquerda se torna residual em períodos de crescimento económico. É da crise que vive.
3 comentários:
Eu serei grevista e estou longe de ser da extrema esquerda. Estou é farta de ser gozada por políticos manobrados pelo poder financeiro global.
@ Anabela
É precisamente por isso que critico as posições do PCP e do BE. Ambos agem como se fossem donos das greves e aproveitam-nas para reforçar as suas posições. Para estes partidos quanto mais greves houver melhor.
Não confundir a crítica ao PCP e ao BE com a crítica aos grevistas. Nunca ninguém me leu uma linha nesse sentido, pois cada um é que ajuíza se faz ou não greve. Eu próprio já fiz várias greves, inclusive a de 2 dias seguidos contra a Maria de Lurdes Rodrigues. Dai para cá nunca mais fiz nenhuma, porque não lhes vi utilidade.
Concordamos em muito...
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