Diz o capitão de Abril, Vasco Lourenço, que os eleitos já não representam o Povo. Pois claro que não, para uma certa tropa o povo só está bem representado pela esquerda, por um soviete ou por uma assembleia popular. Tudo o resto não passa de uma pérfida democracia burguesa reaccionária e de um pretexto para tomadas de posição mais radicais.
Estas declarações de Vasco Lourenço, a anular a Assembleia da República, não surgem do éter: já há algum tempo que a nomekladura militar abrileira tem vindo a fazer alusões a eventuais golpes de estado sem que ninguém emita um átomo de indignação. Algo no mínimo estranho, tendo em conta a quantidade de indignados que habitam em Portugal.
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