Há qualquer coisa nesta notícia que cheira a esturro. Como bem diz o Ramiro Marques, os motivos para os professores faltarem são mais do que muitos, mas dai a serem 70 mil atestados... Dos 140 mil professores portugueses se 70 mil tivessem metido atestado entre Outubro de 2010 e Janeiro de 2011, isso significaria que metade faltou por doença num espaço de 3 meses, o que é manifestamente um exagero.
A Fenprof, sempre tão empenhada na defesa dos direitos dos professores, deveria ser a primeira a indagar e exigir saber de onde vieram estes dados, ainda para mais porque é habitual o sensasionalismo em torno dos ordenados, das férias e das faltas dos docentes. O Jornal Público, por exemplo, não faz a coisa por menos e avança com o mesmo número de atestados que o DN, mas refere serem aplicados a universo de 300 mil professores. É certo que há quem veja professores em todo o lado - até de baixo das pedras - mas também é verdade que não falta gente a fazer de correia de transmissão e a proferir inverdades unicamente com o intuito de mexer neste ou naquele direito. Antes de Lurdes Rodrigues ter destruído o ensino em Portugal e de ter dizimado os professores, não faltaram notícias deste teor.
Entretanto, terminada a telenovela da avaliação dos professores, continua a do concurso dos professores, que só hoje contou com mais três episódios: este, este e este. Há pessoas que nunca se cansam.
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