segunda-feira, 9 de julho de 2012

Homem não entra

No Egito a Primavera Árabe avança de vento em popa, principalmente para as mulheres que vão dispor de um canal televisivo só para si - o Mariya.
O novo canal começará a emitir no dia 20 e com exceção do diretor - um homem por sinal - conta apenas com mulheres no staff. Aos homens está vedado o acesso às instalações e não podem aparecer no canal nem participar telefonicamente nos programas ao vivo. As apresentadoras serão cobertas de alto a baixo com um niqab preto e essa será linha vermelha que nenhuma poderá quebrar.
O pregador que irá dirigir o canal já declarou que o objetivo do Mariya é educar as mulheres muçulmanas sobre a sua religião e trazer-lhes de volta a dignidade perdida durante o tempo de Mubarak (quando  era proibido aparecer na televisão de véu).

4 comentários:

Luís Lavoura disse...

Creio que em Israel há cromos não muito diferentes destes.
Segundo consta em certos autocarros israelitas reina um cenário típico do antigo Sul dos EUA: homensa nos bancos da frente, mulheres nos de trás.
Quero eu dizer, o David aponta o dedo para o Egito, mas no seu Israel passam-se coisas não muito diferentes.

Testiculóide disse...

@Luís São essas atitudes apoiadas e patrocinadas pelo estado israelita? Não. E a esmagadora maioria da população não está a favor.
Já no Egipto...

Agora resta ver o conteúdo deste novo canal, dentro do contexto actual já se sente um cheirinho daquilo que será.

Another Iran in the making

Anónimo disse...

Bem, as maravilhas da revolução islámica. Começou no Irão. Depois, cada um com as suas raizes históricas, foram minando e minando, até conseguirem chegar ao poder. Temos o Egipto, a seguir e de modo gradual, a Turquia. COmo está a ser na Tunisia?
Bem, a desgraça vai avançando, como uma epidemia de peste negra.

Ah, e já agora, muto convenientemente, suspeitasse que Arafat foi envenenado. Hmm, suspeitasse? Ora, a malta iluminada sabe que de certeza foi envenenado! Muito conveniente. O que virá a seguir? Uma nova frota da liberdade em direcção a Gaza?
EJSantos

Anónimo disse...

Da wikipedia: «As of 2012 it was estimated that 37% of Haredi men and 49% of Haredi women were employed». As semelhanças com a malta dos turbantes são menores do que os autocarros fazem querer...