Ehud Barak, ministro da Defesa, anunciou ontem o seu abandono do Partido Trabalhista e a formação de um novo grupo político: o Atzmaut (Independência).
A decisão surge ao fim de penosos meses de divisão interna nos trabalhistas, durante a qual Barak liderou a facção mais fraca. Os constantes conflitos, exacerbados pela presença do partido no Governo, precipitaram o desmoronar final do grande partido da esquerda israelita, que liderou todos os governos entre 1948 e 1977. O Partido Trabalhista não resistiu à erosão iniciada na década de 90 com a assinatura dos acordos de Oslo, nem à fundação do Partido Kadima em 2005, para o qual parte dos seus membros se passaram, levando com eles muitos eleitores. Ebud Barak, que liderou o partido a partir de 2007, não conseguiu inverter esta tendência, nem evitar que nas eleições de 2009 os trabalhistas tivessem o grupo parlamentar mais pequeno de sempre: 13 deputados - agora reduzidos a 8, com a saída da facção de Barak.
O novo partido, o Atzmaut, define-se como centrista, sionista e democrático, terá 5 lugares na Knesset, e fará parte do Governo de coligação liderado por Benjamin Netanyahu.
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