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Lei Tal - cujo nome se deve Tzvi Tal, juiz que liderou a primeira comissão que a elaborou - foi aprovada em 2002 no governo de Ariel Sharon e tem sido prorrogada sucessivamente por períodos de 5 anos, expirando oficialmente no final deste mês. Apesar disso, o Supremo Tribunal chumbou-a no início deste ano, relançando novamente o debate em torno de um dos mais importantes assuntos internos em Israel: o serviço militar obrigatório e a sua equidade. Em Maio passado a Lei foi objeto de negociação entre Shaul Mofaz e o primeiro-ministro Netanyahu, sendo a sua extinção uma condição para a entrada do Partido Kadima no governo. Dois meses depois Netanyhau dissolveu a comissão encarregue de substituir a Lei Tal por nova legislação que obrigue os
haredim a cumpri serviço militar, facto que provocou uma crise no Executivo,
com o Kadima a ameaçar sair. A situação atingiu ontem o ridículo quando Mofaz, agora vice-primeiro ministro, participou na manifestação de protesto tentando forçar o executivo de que faz parte a aplicar as condições negociadas para a sua entrada no governo - precisamente a extinção da Lei Tal. Não se livrou de uma valente vaia da multidão.
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Tzipi Livni marcou presença na manifestação. |
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Yair Lapid, líder do Yesh Atid, também se manifestou contra a prorrogação da Lei Tal |
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Reservistas do IDF contra a isenção do serviço militar obrigatório para os ultra-ortodoxos |
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Manifestantes empunham um cartaz onde se lê: "Ben Gurion cometeu um erro". |
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Gabi Ashkenazi, ex-Chefe do Estado Maior do IDF, saudou os manifestantes |
4 comentários:
Lembro-me de ter conhecido um israelita há uns anos atrás, que me contou o incómodo que esta situação lhe causava, embora fosse uma pessoa religiosa, lamentava que houvesse privilégios como este.
Quanto ao sr. Mofaz manifestar-se contra o governo de que é ministro, não é nada de novo, também tivemos o ministro da agricultura de Guterres a manifestar-se contra ele próprio...
F.G
Eu não queria meter o sr Mofaz no grupo do Guterres...
Em vez de estarem a discutir isto deveriam discutir o direito à objeção de consciência, ou seja, o direito a não entrar nas Forças Armadas.
Penso que mesmo sendo reservistas, terão de estar preparados para, até aos 46 anos, poderem ser chamados a qualquer altura
JM
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