Chamar concurso de professores a um procedimento onde praticamente só há vagas fechadas é no mínimo uma piada de mau gosto. E vir dizer que as vagas publicadas são as declaradas pelas escolas é uma mentira sem tamanho. Como se pode ver aqui e aqui.
Para os professores o concurso de 2013 não terá qualquer utilidade - os eventuais não entrarão no quadro e os do quadro não serão transferidos - mas para o Ministério da Educação servirá para dizer a 12 mil professores efetivos que estão a mais no sistema e que por conseguinte o seu lugar não está a salvo.
6 comentários:
Com a tua licença, surripiei-te o post!
Surripia a vontade ;)
Para os professores o concurso de 2013 não terá qualquer utilidade
A mim parece-me que os concursos devem ser úteis para os alunos (para que estes obtenham professores), e não para os professores...
Pois claro, os professores são sempre irrelevantes em todo o processo. Se um concurso for útil a um professor para mudar de escola ou entrar no quadro é porque o concurso é inútil para os alunos.
Se um concurso for útil a um professor para mudar de escola
Isso é uma visão perversa que os professores adquiriram da escola pública: que se entra numa e depois se vai "progredindo na carreira" até se chegar àquela que verdadeiramente se quer.
Em qualquer outra profissão as coisas passam-se diferentemente: as pessoas arranjam um emprego numa empresa e depois adaptam a sua vida à necessidade de trabalhar naquele local.
Nas escolas privadas passa-se o mesmo: os professores arranjam emprego numa escola e adaptam-se a trabalhar nela, não ficam sempre com a ideia de no futuro mudarem para outra.
Sim, nas empresas privadas as pessoas não têm carreira e não passam de uns departamentos para os outros. E muito menos são transferidas para outros locais.
Eu percebo o seu ponto de vista e tendo a concordar que não deve haver um concurso nacional. O problema é que os poucos passos que foram dados para o concurso passar a ser a nível de escola não resultaram. A escola abria concurso e apareciam 2000 candidatos. Está a imaginar o diretor de uma escola a analisar 2000 candidaturas? Algum tipo de centralização terá de haver, nem se que seja ao nível de uma base de dados com as características de cada professor. Nesse caso a escola vai a essa base de dados selecionar alguém que queira. O problema é quando se chega a fase das entrevistas. Se forem centenas de pessoas isso não é praticável...
Estou convencido que este concurso de 2013 será o último, mas também já estava convencido que o de 2009 o seria....
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