domingo, 16 de fevereiro de 2014

"Os judeus mataram um menino"

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"Os judeus mataram um menino" capítulo de um livro de propaganda anti-semita presente nas escolas espanholas até pelo menos à década de 60. O livro chamava-se "Eu sou espanhol" e  foi  escrito por Agustín Serrano de Haro (inspetor-chefe de ensino primario do Ministerio da Educação do regime de Franco. Teve várias edições entre 1943 e 1968 e foi um dos muitos livros utilizados na doutrinação franquista. Não deve ser por acaso que a Espanha é dos países com a taxa de anti-semitismo mais alta da Europa. Via Galiza-Israel.

5 comentários:

John Oliveira disse...

Estas coisas, absorvidas na infância, são difíceis de extirpar... Na minha meninice "judeu" ainda era um insulto. Ninguém sabia sequer o que era um judeu, mas nas nossas mentes era o oposto do Bem. Não sei onde íamos buscar aquilo, mas era assim. Um dito popular era "Os judeus cospem para o Céu". Não me recordo de alguém nos ter ensinado nada contra os judeus, só adulto é que percebi o que eram e quem eram os judeus, mas era uma coisa tipo inconsciente colectivo... E hoje, quem diria, sou um empenhado defensor dos judeus :-)

Israel Bloom

Luís Lavoura disse...

Espanha é dos países com a taxa de anti-semitismo mais alta da Europa

Qual a fonte para esta afirmação? Quando e como foi medida a taxa de antissemitismo?

Já agora, nessa suposta medição, como ficou Portugal classificado?

DL disse...

@ Luís Lavoura

http://en.wikipedia.org/wiki/Antisemitism_in_Europe

EJSantos disse...

Franco era um homenzinho execrável. Já sabia que ele era genocida e psicopata, mas desconhecia esta faceta dele.

Anónimo disse...

Nunca vi em Portugal nada de parecido -aliás pensava que a lenda de engordar meninos para fazer os ázimos era mais centro/norte da Europa.

No entanto palavras como judeu significando mau; judiar, significando torturar; rabino, significando menino mal comportado ainda eram vulgares. Uma, sempre me intrigou: chamar judeus aos colchões de baixo -inferiores?
base? os que tudo aguentam?

Claro que judeu era algo que ninguém tinha visto, mesmo quando se sangravam os pescoços às galinhas; se limpava a casa -incluso arrecadações e currais- para a Páscoa, e os santos não eram exactamente populares quando alguém precisava de ajuda do Alto.

Irene Lopes