O cargo de governador do banco de Portugal deveria ser um cargo acima das lutas políticas e dos interesses partidários. Deveria ser mas não é. Desde que o PS subiu ao poder com maioria absoluta, que a pessoa que ocupa o lugar, concorda sempre com o partido do governo. Desde ser avalista do deficit em 2005 (função mais do que criticável), até esta concordância com o governo (ausência de necessidade de fazer um orçamento rectificativo). A desculpa utilizada é no mínimo esfarrapada: a despesa não subiu. Mas a receita desceu e muito, e isso terá impacto directo no deficit. Um impacto brutal. Qualquer pessoa vê isso. E se qualquer pessoa vê, e o governador não vê, só se pode concluir que Vítor Constâncio não está a desempenhar as suas funções ao serviço do superior interesse do país.
terça-feira, 21 de abril de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
O paradigma do que foi exposto radica no celebre "Relatório Constâncio" que, num espaço de pouco meses, rectificou todos os estudos anteriores que o Banco de Portugal havia feito(para um Governo PSD) relativamente à situação economica do pais, rompendo com o havia dito e, apregoando no novo estudo (para um Governo PS) o deficit imenso que, justificou esta panóplia de reforma estruturais (para aqueles que acreditam) que culminam na situação económica actual.
Pago a peso de ouro, cumpre cabalmente a sua função....
Anónimo das 11:25
Uma das reformas estruturais a fazer seria no BdP...
Enviar um comentário