Já está em marcha o último Plano que o Ministério da Educação inventou para mudar o ensino. Travestido de "Programa Educação 2015", mais parece um Plano Quinquenal bem ao estilo da antiga União Soviética. As semelhanças são muitas e não se ficam apenas pelo período de duração (5 anos): na URSS uma entidade central determinava quantos parafusos, sapatos e candeeiros se deveriam produzir por ano nas fábricas x, y e z; em Portugal o Ministério da Educação estabelece as taxas de sucesso que cada a escola deverá atingir em 2015, não só ao nível dos resultados das provas de aferição e exames, mas também ao nível dos chumbos das retenções; na URSS os Planos Quinquenais serviram para centralizar e controlar o poder; em Portugal o PE 2015 também; na URSS a falsificação de resultados proliferou e serviu de base à propaganda e à institucionalização da mentira; em Portugal já está a proliferar, a servir e a institucionalizar.
O Plano português, foi a única maneira que o Governo encontrou para, de uma vez por todas, reduzir a zeros os maus resultados estatísticos. Na prática este Plano é ao mesmo tempo um decreto, que estabelece as taxas a atingir, e um ultimato aos professores que têm resistido à trafulhice do sucesso educativo martelado pelos burocratas socialistas instalados nos gabinetes do Ministério da Educação.
Daqui a 5 anos quem não tiver cumprido as metas, terá a ajuda dos comissários do eduquês, que visitarão as escolas do contra para convencer os professores a superar as suas dificuldades.
1 comentário:
E viva a democracia socrática!
Ainda se podem reunir três a conversar ou já são "convidados" a dispersar? "Agente" ri-se, mas já não falta muito!
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