Paul Michael Glaser no telhado do Board Gáis Energy Theatre, Dublin,
Autor Desconhecido, Fevereiro de 2014
Autor Desconhecido, Fevereiro de 2014
Por outro lado, assisto a este espetáculo como assisto aos concertos de Leonard Cohen. Já conheço as canções, assim como a ordem das mesmas, de cor e salteado. E só não peço "encore" por saber que não preciso pedir para que tal aconteça ou deixe de acontecer.
Já vi "O Violinista no Telhado" três vezes. Uma no Youtube, outras duas ao vivo, a primeira num teatro Yiddish em Varsóvia e e outra em Inglês aqui em Dublin. Estou capaz de ver outra vez. Onde quer que se erga o telhado.
Ou talvez seja uma desculpa para viajar. Como eu precisasse de uma desculpa para fazer as malas. Só não viajo mais por problemas logísticos, vulgo tempo e dinheiro. Ou talvez seja uma desculpa para voltar aos lugares onde me sinto estar em casa emprestada. É certo que ainda continuo a ter vontade de colecionar países. Contudo, ao mesmo tempo, é cada vez maior a tendência para fazer um tour por telhados onde me sinto à-vontade.
Como é o caso do contexto de "O Violinista no Telhado". Os ambientes Askenazi sempre me pareceram a casa dos primos, de uns quaisquer parentes em segundo grau, em suma semita, a mansão que é pertença da família semi-afastada e onde sempre se passavam as férias. Das duas uma. Ou vem daí o fascínio pelos ventos do Leste, ou do fato de ter nascido e crescido num subúrbio que é uma espécie de derradeiro reduto soviético em Portugal. Na dúvida e sem paciência para discussões, digo: das duas, as duas.
1 comentário:
Gostei :)
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